Que o Terminal seja abolido

Iniciado por arsolto, 10 de Julho de 2006, 19:15

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boi

Citação de: Xterminator online 08 de Agosto de 2006, 13:06
eu ainda quero ver até quando vai durar esta discussão, ponham a mão na consciência e pensem sobre isto.

Xterminator, larga de ser chato. Isto aqui é uma sala offtopic, deixa a gente se divertir um pouco  :P

arsolto

#106
Ei, Lamego, não diga mais que os usuários utilizam o Terminal por preferência e sim, por que são reféns da ferramenta. Se sua afirmação estivesse correta, eles não teriam migrado para distribuição em que grande parte gráfica do ambiente fica isolada e inutilizada. Até porque os aplicativos gráficos representam, em vão, um consumo de recursos do computador e sistema operacional.

Limite-se a saber que para os usuários do Windows, no geral, o prompt é uma ferramenta insignificante, é como se já estivesse fora do sistema operacional. As motivações para isto ter acontecido são diversas, mas é bom lembrar que a Microsoft adota bem a Teoria da Administração e, por isso, o Windows é do jeito que o cliente quer.

Apesar do caminho ser diferente no universo do Ubuntu, esta distribuição Linux pretende atingir o mesmo público-alvo da Microsoft, e isto explica o meu desejo de isolar o Terminal do usuário doméstico. Tópicos como estes ajudam pessoas como você a se livrar de pré-conceitos arraigados.

É o cúmulo do absurdo afirmar que realizar uma tarefa pelo Terminal corresponde ao caráter intuitivio do usuário doméstico de manipular o sistema operacional. Ninguém advinha, por exemplo, como deselvolver instalações e remoções de programas pelo Terminal, nem imagina que tal ferramenta pode fazer isto sem que tenha uma referência. Já vi que você vai longe com esta mentalidade...

Foi como pensei, pelo visto, você mostrou o quanto estava sendo infantil com este discurso:

CitarDe boas intençôes está o inferno cheio, no seu discurso tenta descrever a abolição do terminal como uma medida defensora dos usuários mais limitados quando na verdade está procurando é limitar ainda mais os usuários em geral,...

Para o que já foi respondido por "mil vezes", o melhor é que você fique sem uma contra-resposta agora. Percebo que você não vive um bom momento no debate, até o mrbin já te alertou sobre sua insanidade em querer atacar um ponto que já foi esclarecido em páginas anteriores. Procure se situar fazendo a leitura sobre as mensagens que direcionei a LaSSarD e ao Ricardo Braida na página 5 e outra, logo abaixo. Leia também a primeira mensagem que deixei na página 6, acho que é o bastante para você iniciar um novo discurso aqui. O atual já está fora de contexto.

Lamego

CitarAí é que tá, Lamego. Se a cada passo que eu der eu tiver que consultar o forum, perguntar se eu posso fazer tal coisa e esperar a resposta, eu vou acabar desistindo da idéia de instalar algum pacote que não esteja nos repositórios oficiais. Dessa forma eu fico dependente não só do terminal, como da comunidade. Dessa forma fica difícil.
Não é a cada passo que tem que utilizar o terminal, no seu caso é porque está tentando instalar um programa que não está ainda disponível nos repositórios, em vez de reclamar pela sua necessidade de utilizar o terminal eu reclamaria por ainda não ter havido capacidade na comunidade Ubuntu de disponibilizar um pacote desse programa, se  o programa for de código aberto e fácil de compilar até pode colocar aqui o link, talvez eu tenha tempo para constuir o pacote para você e outros que  possam necessitar.

CitarE, se vc teve tempo livre suficiente para vasculhar o man de cada comando, sorte sua. Não é todo mundo que tem. Mais uma vez, sou usuário comum. Não sou programador, sou músico. Eu quero o negócio funcionando. Mesmo assim, perdi quase uma hora do tempo que eu deveria estar ensaiando para instalar um programinha meia boca porque o que eu queria não funciona no meu sistema.
Por favor não misture as necessidades de um usuário normal com as necessidades de um usuário avançado, um usuário normal praticamente nem instala programas, digita textos, navega na internet, joga uns joguinhos, lê email, etc, para tudo isso não é necessário utilizar o terminal nem aprender comandos. Para quer saber muito mais que isso, aí sim certamente terá tempo para ler os mans.

CitarE o Post inicial foi um exagero... você acompanhou o restante da discussão? Se não me engano, o criador do tópico diz que ele exagerou no termo "abolição" para gerar polêmica - o que ele conseguiu. Eu acredito que o terminal deve ser utilizado, sim, mas não logo de cara. O iniciante deve conseguir fazer tudo - ou quase - pelo GUI. Mesmo que dê muito mais trabalho. Posteriormente, ele vai aprendendo a usar o terminal e se torna mais um usuário assíduo do terminal.
Ok, fiquei com a ideia que você estava defendendo o exagero inicial, concordo consigo na facilidade que o sistema deve ter para TODOS os utilizadores.

CitarAcredito que todos aqui têm a mesma vontade que é a de ajudar a comunidade do Software Livre. Todos aqui querem o bem do Linux, mais precisamente do Ubuntu. A discussão está ficando acalorada demais, acho que, assim como outros já fizeram, andei exagerando nos meus posts. Antes que fiquem bravos comigo, peço desculpas. Não quero ofender ninguém. Sacomequié, é o calor da discussão que deixa assim.
Eu acho que é saudável termos estas discussões só me debati tão violentamente porque li opiniões extremistas, por um lado no sentido de negar a utilidade do terminal por outro lado no sentido de rotular os utilizadores do terminal como opositores ao desenvolvimento do Linux. Após isto tenho que concluir que estamos de acordo sobre as necessidades de facilitar o Linux, só temos pontos de vista muito diferentes na importância do terminal para os utilizadores.
João Luís Marques Pinto
Mais programs e jogos para o Ubuntu

Lamego

CitarEi, Lamego, não diga mais que os usuários utilizam o Terminal por preferência e sim, por que são reféns da ferramenta. Se sua afirmação estivesse correta, eles não teriam migrado para distribuição em que grande parte gráfica do ambiente fica isolada e inutilizada. Até porque os aplicativos gráficos representam, em vão, um consumo de recursos do computador e sistema operacional.
arsolto,
se ao fim de todas estas mensagens você ainda não compreendeu que :

- O terminal e as interfaces gráficas são um conjunto e não um oposto e como tal não se podem substituir

- Nós os que utilizamos o terminal tambem utilizamos todas as outras facilidades gráficas que o Ubuntu oferece

- O Ubuntu tem tido uma  adopção massiva por parte da comunidade exactamente porque satisfaz ambos os tipos de utilizadores, os mais experientes com comandos e os menos experientes com graficos (Já existiam outras distribuições ainda mais orientadas ao grafico, como  o SuSE, Mandrake, Linspire, etc).

- Colar o comando "sudo apt-get install pacote1 pacote2 pacote3" num terminal é mais fácil de descrever e muito mais rápido de executar do que o procedimento para fazer o mesmo de forma gráfica (só um exemplo)

Então não vale a pena continuar, você não quer ou não consegue compreender.
João Luís Marques Pinto
Mais programs e jogos para o Ubuntu

arsolto

#109
Observar o que Windows representa no dia-a-dia de um  usuário doméstico é uma boa dica para quem quer entender a proposta do autor do tópico. E o ponto fundamental para a aceitação dela esta na capacidade de perceber que uma organização atende a vontade dos seus clientes, como manda a Teoria da Administração.

Direta ou indiretamente, vemos que o prompt ou "modo texto" do Windows foi completamente isolado pelos usuários do sistema operacional, no geral, mas isto não se deve a vontade da Microsoft. Através da dsitribuição Ubuntu, parte da comunidade Linux se propõe a atender o mesmo público-alvo da organização de Bill Gates.

A sugestão de isolar o Terminal do usuário doméstico na distribuição Ubuntu não pode ser algo assustador como alguns pensam. Reparem que não sou eu quem vai limitar ninguém, o próprio público-alvo da Microsoft quer as coisas dessa forma. E não vejo mal nenhum nisto, pois, há profissionais que se dedicam em áreas que não têm relação com o que aprendemos aqui, no fórum.

Nem todo mundo está voltado assim como eu a dedicar um tempo a mais para aprender outra atividade que não seja a qual está habituado a fazer. As vezes, é o caso da simples falta de interesse do usuário doméstico pelo que há por trás do ambiente gráfico em que se trabalha. Daí, cabe a todos nós respeitar esta escolha.

O Ubuntu pretende atingir uma classe de usuários que já tem um perfil de sistema operacional em mente, o que lhe agrada e satisfaz neste, então, independente da minha vontade, a distribuição Ubuntu deve compor-se de modo que o usuário não precise requisitar o Terminal. E isto só pode ser viabilizado com cobertura ampla do ambinete gráfico.

boi

Citação de: arsolto
Observar o que Windows representa no dia-a-dia de um  usuário doméstico é uma boa dica para quem quer entender a proposta do autor do tópico.
Claro, tornar o Ubuntu um Linux Windows like. Nenhuma novidade nisso.

Citação de: arsolto
Direta ou indiretamente, vemos que o prompt ou "modo texto" do Windows foi completamente isolado pelos usuários do sistema operacional, no geral, mas isto não se deve a vontade da Microsoft. Através da dsitribuição Ubuntu, parte da comunidade Linux se propõe a atender o mesmo público-alvo da organização de Bill Gates.
Você claramente parte do princípio de que o domínio da Microsoft do mercado de SOs se deve a méritos técnicos. Acho melhor você estudar a história dos computadores, principalmente do PC. Como disse antes para o mrbin, o Google é seu amigo, e a Wikipedia também. Agora, se você acha que o propósito do Ubuntu é se tornar uma distro Windows like, você está realmente muito mal informado. Já existem e existiram vários distros Windows like, e o Ubuntu não é uma delas. Aliás, como observou o Lamego, o Ubuntu nem está tão focado assim no ambiente gráfico como outras distros. O Suse e o Mandriva, que ele citou são distros bem mais voltadas ao ambiente gráfico do que o Ubuntu. O Ubuntu nem mesmo tem uma ferramenta de configuração gráfica, como o Yast da Suse. Uma das primeiras distros que tentaram ser Windows like foi uma chamada Redmond Linux (nome bem sugestivo, que depois foi mudado para Lycoris). No Brasil também tivemos uma tentativa semelhante com uma distro chamada Freedows. Nenhuma dessas iniciativas deu muito certo.
Outro detalhe de que você parece se esquecer, ou não ter conhecimento, é de que o console do Linux é completamente diferente do prompt do Windows. Com o prompt do Windows, herdado do velho MS-DOS, realmente não dá para fazer muita coisa. Ele é inútil pela sua própria limitação. O velho MS-DOS, do qual ele deriva, era um sistema bem sem-vergonha, não dava mesmo para fazer quase nada pelo prompt. Muito diferente do Linux e dos sistemas Unix.

arsolto

#111
Ei, boi, o Windows é o que o usuário doméstico determinou que fosse, a Microsoft só fez seguir o que orienta a Teoria da Administração ao atendê-lo. Como está claro que o Ubuntu pretende atingir o mesmo público-alvo da Microsoft, não restam dúvidas de que a organização deve fazer o que for a feição deste.

O cliente não compra as características de um produto e sim, benefícios, eu trabalho com televendas para uma multinacional que domina o segmento de Call Center no Brasil e sei muito bem do que estou falando. Portanto, o argumento de que o usuário doméstico deseja um "Linux Windows Like" cai por terra, agora.

boi

Citação de: arsolto online 09 de Agosto de 2006, 00:32
Ei, boi, o Windows é o que o usuário doméstico determinou que fosse, a Microsoft só fez seguir o que orienta a Teoria da Administração ao atendê-lo.

Você acredita mesmo nesse papo furado? Então também deve acreditar que os americanos estão no Iraque por razões humanitárias e que os políticos brasileiros só querem o bem do povo. A Microsoft é um monopólio, ela não precisa se preocupar com o consumidor. Ela pode dar ao cliente o produto que ela quer, ao preço que ela quer. Ou vai me dizer que o usuário adora ter um sistema vulnerável a vírus e cheio de furos de segurança? E ainda pagar caro por isso? Agora, você pode alegar que a Microsoft conquistou esse monopólio graças à excelência técnica de seus produtos. Mas, se você voltar na história, vai ver que não a coisa não foi bem assim. Olha só como foi o início de tudo:

CitarPEGADINHA DO BILL GATES
Nos anos 70, a IBM, que ganhava bilhões de dólares vendendo máquinas de grande porte, via com certo desprezo o mercado de computadores “pessoais”. Mas, quando a novata Apple, que lançara seu microcomputador em 1977, começou a atrair a atenção dos consumidores, a IBM percebeu que tinha de entrar no negócio.

A criação da máquina em si até que foi tranqüila. Liderando uma equipe pequena, o engenheiro Don Estridge conseguiu desenvolver, em um ano, um computador mais barato do que o Apple II – pois usava peças de terceiros (até então, a IBM fazia questão de projetar seu próprio hardware).

Mas o grande susto veio na hora de escolher o sistema operacional que daria vida ao micrinho. A IBM tinha seu próprio software, mas acabou seduzida por um tal Bill Gates, cuja empresa, uma quase desconhecida Microsoft, prometia a solução perfeita para o PC. Os softwares da IBM, afinal, tinham sido projetados para rodar em máquinas grandonas, dotadas de uma potência que o computador pessoal não atingia.

Gates, com muita esperteza, conseguiu vender para a IBM um produto que não tinha. Depois de assinar o contrato saiu correndo para comprar um sistema operacional de outra empresa. Conseguiu um chamado Q-DOS, fez algumas modificações e entregou para a IBM como se fosse obra sua.

Foi um verdadeiro negócio da China: Gates pagou US$ 50 mil pelo programa e, do outro lado, recebeu dezenas de milhões de dólares da IBM.
fonte:
http://www.link.estadao.com.br/index.cfm?id_conteudo=8216
Nessa época, não era possível ao usuário escolher o sistema operacional de seu computador, não havia opções. Se ele optasse por um PC, tinha que usar o sistema operacional MS-DOS, se quisesse um Mac, teria que usar o MacOS. O PC acabou dominando o mercado, graças ao seu hardware aberto (e apesar do seu sistema operacional fraquinho, bem inferior ao dos concorrentes), com isso a IBM acabou dando de graça o monopólio dos sistemas operacionais para a Microsoft. Tempos depois eles se arrependeram dessa burrada, e tentaram tomar o mercado lançando o sistema OS/2, mas aí já era tarde.

mrbin

Pelas barbas do profeta... essa discussão cíclica está me dando no saco.

boi, você acredita mesmo que todo mundo iria atualizar seu Windows sem uma vantagem evidente nessa ação? Você acha mesmo que a inutilização do prompt do MS-DOS foi uma decisão deliberada da Microsoft, e só da Microsoft? Você acredita mesmo que uma empresa, ainda que seja monopolista, não escute seus clientes? Bill Gates fez fortuna dando aos clientes aquilo que eles queriam. Só que do jeito dele. Bill Gates fez fortuna antecipando tendências na plataforma PC. Não foi porque ele quis que o modo texto acabou! Foi uma necessidade do mercado, que dita as regras no capitalismo!

Vamos parar com fundamentalismo, vai... Não é só porque é Linux que o Ubuntu deve ser complicado para iniciantes. Imagine-se você tendo um primeiro contato com um sistema que até tem uma plataforma gráfica, mas quando você quer instalar o BrOffice, por exemplo, que tem uma porrada de arquivos DEB, se depara com uma tela preta (ou sei lá, branca, depende das suas preferências de cor) com um cursor piscando exigindo que você escreva algo que você NÃO SABE o que é. Você não faz idéia de como proceder e vai buscar ajuda. Chega num fórum como esse, posta que você não sabe instalar e um monte de gente cai matando em cima de vc pra que leia as regras e procure antes de perguntar. Diabos, você só quer que funcione!! Não é frustrante?
Ubuntu user nº 4141
Since 2004

arsolto

#114
Ei, boi, não importa se o Windows é vulnerável a vírus, o usuário doméstico, no geral, nem se queixa das falhas de segurança do sistema operacional e adotam programas antívirus de outras organizações para combater um mal que consideram inevitável não ter.

Estas ações que envolvem as políticas monopolistas da Microsoft não interferem em nada a relação entre cliente e organização que eu demonstrei acima. Álias, o bom atendimento ao público-alvo aliado a satisfação do mesmo só serve para motivar tais ações de monopólio.

Enfim, a sua contra-resposta sempre sai do foco da discussão.

boi

Olá, mrbin!

Em nenhum momento eu disse que o Ubuntu tem que ser difícil para iniciantes. O que não posso concordar é com essa idéia de que para um sistema ser fácil ele tem que ser igual ao Windows. Se for assim, pode esquecer, por uma série de razões (já enumerei várias delas nesse tópico) o Linux não é e nunca vai ser igual ao Windows. Como disse antes, muita gente já tentou fazer uma distro Windows like, e o resultado não foi muito bom.

Olá, arsolto!
Claro, o usuário adora as falhas do sistema, ele não trocaria a emoção de ter todos os seus dados perdidos pela ação de um vírus por nada neste mundo. Monopólios são bonzinhos, eles fazem tudo o que o cliente quer. Não sei nem porque criaram essas leis anti-truste, que absurdo!

arsolto

#116
Ei, boi, já disse que o cliente não compra as características de um produto e sim, benefícios. No Linux ou no Windows, não importa se a barra de ferramentas da área de trabalho é marron ou azul, se é fina ou grossa, o que vale são as vantagens e benefícios que o cliente tira disso. Logo, nunca teremos um "Linux Windows Like", conforme tinha atentado, anteriormente.

A questão da vulnerabilidade do Windows a vírus e arquivos maliciosos não procede num debate como este, nós podemos criar um novo tópico para tratar exclusivamente disso. Aqui, limite-se a falar sobre o modo que melhor corresponde ao caráter intuitivo do usuário de manipular um sistema operacional, mas peço que não apresente velhos argumentos.

Como o membro mrbin disse, o debate está muito redundante.

boi

Olá, arsolto!

Eu confesso que estou achando esse debate bastante divertido. Não sei porque, mas você e mrbin me lembram bastante aqueles defensores da teoria do design inteligente. Acho que você nem mesmo entendeu o que significa Windows like, não é mesmo?
A questão da vulnerabilidade do Windows procede sim nesse debate, pois isso é apenas um exemplo de como, ao contrário do que você acredita, a Microsoft não dá aos clientes o que eles querem. Há um certo tempo atrás, quando um vírus chamado I Love You causou um grande estrago no mundo inteiro, os clientes dessa empresa passaram a exigir que fossem tomadas providências. A empresa prometeu que daria mais atenção à segurança do sistema, mas, como vimos, ficou só na promessa.

Piras

Sejamos justos! Muito da vulnerabilidade do Windows se deve exatamente a sua condição monopolista: nenhuma equipe, por melhor que seja, poderia enfrentar milhares de pessoas inventando vírus e troianos sem cessar para o mesmo sistema operacional. A própria diversidade de opções que o Linux oferece a cada distribuição limita e muito a vulnerabilidade do sistema ao mesmo tipo de "contágio". Mas se o próprio Ubuntu fosse monopolista é bem provável que sua resistência não fosse muito maior. Pelas próprias características do Linux, o usuário poderia livrar-se do vírus mais facilmente, mas mesmo assim o "contagio" existiria!

Acredito que restringir ao máximo o uso do terminal seja sim uma meta do Ubuntu. Não há nova versão do Ubuntu que não facilite a vida do usuário neste aspecto. Mas sob um Ubuntu fácil, cheio de utilitários gráficos de fácil emprego pelo usuário "ser humano" comum, haverá sempre uma outra distro, onde a configuração via terminal e editor sempre será o meio mais fácil de configuração e gestão por parte do usuário programador ou simplesmente mais experiente.

Mas criar um utilitário gráfico não é tarefa tão simples como pode parecer a princípio e requer muitas vezes um cálculo estratégico importante. No caso do Ubuntu, por exemplo, que pretende o máximo de integração ao desktop padrão, há sempre necessidade de um certo sincronismo com Gnome, o mesmo acontecendo com o Kubuntu em relação ao KDE. Afinal, um utilitário gráfico desenvolvido por meio da concentração de muitos esforços pode rapidamente tornar-se redundante em relação a outro, criado pelos desenvolvedores do desktop. E há também a dificuldade de escolher o programa que servirá de base para a interface gráfica. Muitos vezes, ao tornar-se anacrônico, ele condena também sua interface gráfica.

Imagine um aplicativo gráfico para configuração do monitor baseado no XFree86 (na verdade, havia um muito bom, desenvolvido pelo pessoal do KDE). Com a mudança para o Xorg, ele teria sido "condenado". Assim, muitas vezes, despender muitos esforços no desenvolvimento de certas interfaces gráficas, do ponto de vista estratégico, pode não ser a melhor escolha.

O dpkg é um exemplo disso. O famoso dpkg-reconfigure xserver-xorg pode não parecer muito amigável a princípio. No entanto, depois de utilizá-lo três ou quatro vezes ele me pareceu bem simples. Se houvesse no menu Ferramentas do Sistema ou no Sistema>Administração uma opção Configurar o Ambiente Gráfico (ou em linuxês mais castiço, Rodar o X) com uma boa tela inicial de instruções, duvido que muita gente teria dificuldade em fazer uso dele com sucesso e relativa facilidade. Configurar o Debian (no caso, o Ubuntu) não é tão difícil como parece. E com a vantagem deste dpkg-reconfigure xserver-xorg ser bem mais leve que o Centro do Controle da Mandriva, por exemplo, e acessível de todos os ambientes gráficos (Gnome, KDE, Xfce, etc.).

É provável que, desenvolvido o instalador gráfico do Debian, boa parte de suas telas possam ser empregadas, depois de instalado o sistema, como utilitários gráficos de configuração, tal como acontece hoje com algumas telas do instalador Anaconda na Fedora Core. É uma solução inteligente e avessa a redundâncias.  Penso que, em muito pouco tempo, teremos coisa parecida no Debian e derivatives. Então, penso que está muito próximo o dia em que a maioria de nós passará longe do terminal ao utilizar o seu Linux. Mas que ele estará lá no, submenu Acessórios do meu Gnome, disto eu tenho certeza!


insondavel

Arsolto.

Vc têm a minha total aprovação e consideração. Apesar dos nerds xiitas de plantão, que adoram ficar digitando ficarem reclamando. Afinal o Ubuntu é para humanos e não para nerds. Eles que usem slackware...

O próprio sucesso do Ubuntu se deva sua caracterisca amigavel e de fácil uso. Mas é claro que sempre tem os "iniciados" que não desejam perder poder. Que vão se morder, quando na próxima versão do Ubuntu por exemplo vir com Beryl padrão.

É Isso ai. Morte ao terminal.
"Você pode ser definido pelo que fez pelo outro."
Mark Shuttleworth