Que o Terminal seja abolido

Iniciado por arsolto, 10 de Julho de 2006, 19:15

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boi

Olá, mrbin!

Lamento, mas você ainda não entendeu o que é o Linux e o que é software livre. Sugiro fazer uma pesquisa sobre isso. Como dizem por aí, "o Google é seu amigo". E a Wikipedia também!
Acho bastante curiosos comentários como esse:
CitarComo um SUBSTITUTO, o Linux deve ter uma estratégia que IMPEÇA o Windows de ENGOLÍ-LO com suas ações de marketing. Incorporar avanços da plataforma Windows - como, por exemplo, a facilidade de uso por ícones e menus e a maneira intuitiva de operar - não é demérito algum! É estratégia documentada em literatura especializada sobre competição em mercados tão voláteis como o de alta tecnologia!
Veja, "o Linux deve ter uma estratégia...", mas que é esse "Linux" que deve ter uma estratégia? Uma empresa, uma entidade, uma pessoa? Que eu saiba o Linux é apenas um software, e ainda não inventaram software que pense por si próprio.
Linux é completamente diferente do Windows também pelo fato de não ter uma empresa por trás. Isso pode ser bom e pode ser ruim. Uma coisa, por exemplo, que você não entendeu, ou não quis entender, é que para "Incorporar avanços da plataforma Windows - como, por exemplo, a facilidade de uso por ícones e menus e a maneira intuitiva de operar", é preciso INVESTIMENTO. O Windows tem uma empresa por trás, que investe bilhões de dólares em desenvolvimento, em design, em marketing. Do lado do Linux, isso não existe. Até existem empresas que investem no Linux, mas em geral elas estão preocupadas apenas com servidores e aplicações profissionais. Elas investem onde existe o retorno. Poucos estão preocupados com o desktop, até porque não é aí que está o lucro que as empresas procuram.
Se você não tem idéia da dificuldade de se fazer um sistema totalmente gráfico e intuitivo, é preciso lembrar que o Linux é software livre, ou seja, nada impede que você próprio crie o seu próprio sistema a partir dele. Você pode criar sua própria distro, sem terminal e com todas as facilidades que você deseja, e pode usar o próprio Ubuntu como base. Vamos lá, é só arregaçar as mangas e partir para o trabalho.
Boa sorte!  ;)

arsolto

#91
Ei, boi, o Ubuntu já é o Linux que eu, o mrbin e as pessoas, no geral, precisam. Agora, é claro que muito ainda deve ser feito para suprir todas as necessidades dos usuários domésticos. E a questão não é só produzir mais e mais aplicativos gráficos, note que os quais já temos pouco são demonstrados por aqui. Que tal você tentar mudar o hábito de guiar as pessoas pelas vias do Terminal.

Você ainda não entendeu que não estamos lutando pelo nosso benefício e sim, para o de uma infinita rede de usuários domêsticos. Que o Linux é diferente do Windows todos nós já sabemos e deve ser assim mesmo, sempre, mas isto não significa que não são substitutos conforme disse o mrbin. Álias, é interessante que nem você e nem o galactus manifestaram opinião contrária em tópicos, anteriores, onde muitos membros do fórum deram a entender que são substitutos. Não tem como negar!

Vou tomar dois exemplos abaixo para provar:

Porque vc ainda não largou o Windows completamente?

Por que as pessoas geralmente não usam Linux?

mrbin

Citação de: boi online 07 de Agosto de 2006, 14:16
Olá, mrbin!

Lamento, mas você ainda não entendeu o que é o Linux e o que é software livre. Sugiro fazer uma pesquisa sobre isso. Como dizem por aí, "o Google é seu amigo". E a Wikipedia também!
Acho bastante curiosos comentários como esse:
CitarComo um SUBSTITUTO, o Linux deve ter uma estratégia que IMPEÇA o Windows de ENGOLÍ-LO com suas ações de marketing. Incorporar avanços da plataforma Windows - como, por exemplo, a facilidade de uso por ícones e menus e a maneira intuitiva de operar - não é demérito algum! É estratégia documentada em literatura especializada sobre competição em mercados tão voláteis como o de alta tecnologia!
Veja, "o Linux deve ter uma estratégia...", mas que é esse "Linux" que deve ter uma estratégia? Uma empresa, uma entidade, uma pessoa? Que eu saiba o Linux é apenas um software, e ainda não inventaram software que pense por si próprio.
Linux é completamente diferente do Windows também pelo fato de não ter uma empresa por trás. Isso pode ser bom e pode ser ruim. Uma coisa, por exemplo, que você não entendeu, ou não quis entender, é que para "Incorporar avanços da plataforma Windows - como, por exemplo, a facilidade de uso por ícones e menus e a maneira intuitiva de operar", é preciso INVESTIMENTO. O Windows tem uma empresa por trás, que investe bilhões de dólares em desenvolvimento, em design, em marketing. Do lado do Linux, isso não existe. Até existem empresas que investem no Linux, mas em geral elas estão preocupadas apenas com servidores e aplicações profissionais. Elas investem onde existe o retorno. Poucos estão preocupados com o desktop, até porque não é aí que está o lucro que as empresas procuram.


Primeiramente, Olá, boi!

Vamos por partes: sim, eu tenho consciência do que é o Linux e o que é Software Livre. Sei que não existe uma empresa por trás do Linux, mas há, sim, uma comunidade de usuários que deseja sempre o melhor para ele. Tem uma vasta gama de equipes trabalhando por ele por ideologia, o que é um investimento muito mais valioso do que o dinheiro da Microsoft.

O que eu quero dizer é que, fazendo parte da comunidade Ubuntu, nós PODEMOS sim dar alguma sugestões (vulgo "palpites") do que nós temos de visão do futuro do software livre. O Linux tem vida própria, sim, e quem dá essa vida a ele somos nós! Não existe uma única empresa, uma única pessoa, uma única entidade por trás dele. Quem está por trás dele somos nós! E é da comunidade, ou seja, de NÓS, que deve sair a estratégia. O Linux vem como uma alternativa ao Windows, SIM. E, para que esse movimento continue em ascenção, para conquistar cada vez mais usuários que vão participar da comunidade, para ter cada vez mais cérebros e mãos trabalhando pelo ideal GNU/Linux, é preciso que o sistema evolua Não digo que ele não está evoluindo, mas sim que algumas peças continuam inalteradas desde os tempos das cavernas, e o terminal como ferramenta principal é uma delas!

Repito: não quero que sumam com o terminal. Eu uso mais o terminal do que qualquer outra coisa. Mas EU não sou o padrão de um usuário comum desses que têm por aí, que têm mais o que fazer do que ficar procurando como fazer tal coisa em forums por aí só pra instalar um programinha de afinar guitarra - aliás, ontem eu tive um problemão com isso. Resolvi pelo terminal + aptitude. Mas o Synaptic bem que podia ter resolvido sozinho pra mim - era só fazer downgrade em algumas bibliotecas que instalei da internet. Mas quem é obrigado a aprender na marra a usar o aptitude pelo terminal pra corrigir algumas dependências quebradas?

Citação de: boi online 07 de Agosto de 2006, 14:16
Se você não tem idéia da dificuldade de se fazer um sistema totalmente gráfico e intuitivo, é preciso lembrar que o Linux é software livre, ou seja, nada impede que você próprio crie o seu próprio sistema a partir dele. Você pode criar sua própria distro, sem terminal e com todas as facilidades que você deseja, e pode usar o próprio Ubuntu como base. Vamos lá, é só arregaçar as mangas e partir para o trabalho.
Boa sorte!  ;)

Agradeço o convite, boi, mas eu realmente não tenho tempo nem conhecimento necessário para isso. Sou um reles mortal estudante de Administração de Empresas insatisfeito que quer fazer Biologia. O máximo que eu posso fazer para colaborar é isso: postar minhas idéias nesse fórum e conhecer as opiniões alheias para influenciar ou ser influenciado.

Aliás - nada pessoal, boi - , é preciso acabar com esse comportamento que existe aqui no fórum de "não gosta? faz melhor". Não é todo mundo que sabe programar. Eu venho aqui para dar sugestões e escutar opiniões, além de obter ajuda e ver algumas dicas. Não sou programador, logo, não vou saber fazer melhor. O que eu sei fazer é usar o programa e dar minha opinião no nível de usuário.
Ubuntu user nº 4141
Since 2004

Lamego

CitarRepito: não quero que sumam com o terminal. Eu uso mais o terminal do que qualquer outra coisa. Mas EU não sou o padrão de um usuário comum desses que têm por aí, que têm mais o que fazer do que ficar procurando como fazer tal coisa em forums por aí só pra instalar um programinha de afinar guitarra - aliás, ontem eu tive um problemão com isso. Resolvi pelo terminal + aptitude. Mas o Synaptic bem que podia ter resolvido sozinho pra mim - era só fazer downgrade em algumas bibliotecas que instalei da internet. Mas quem é obrigado a aprender na marra a usar o aptitude pelo terminal pra corrigir algumas dependências quebradas?
MrBin, os seus comentários estão na mesma ideologia que deu ao origem a este tópico, ideologia essa que na minha opinião está completamente furada, a falta de maturidade ou mesmo a inexistência de ferramentas gráficas no Linux não têm a ver com a simples existência do terminal. A maior parte da comunidade Linux utiliza o terminal porque o acha mais eficiente mesmo para tarefas em que já existem ferramentas gráficas, isto é um facto associado ao desenvolvimento do Linux, Linux não é apenas uma mudança de programas é tambem uma mudança de filosofia e mentalidade. Isso não impede que empresas como a Canonical estejam a apostar essêncialmente no desenvolvimento de facilidades de utilização e configuração do sistema para todos os utilizadores, incluindo aqueles que não querem ou não conseguem mudar.

Quanto ao seu problemazinho de depêndencias quebradas só posso dizer que provávelmente terá sido causado por uma má utilização do terminal, eu já instalei milhares de programas dos repositórios e a unica vez que tive problemas que não consegui resolver no synaptic foi quando decidi adicionar repositórios "não Ubuntu", alias a facilidade de instalar/remover programas é um dos aspectos onde o Ubuntu está mais desenvolvido a nível gráfico.
João Luís Marques Pinto
Mais programs e jogos para o Ubuntu

arsolto

#94
O Lamego diz que os membros do fórum utilizam o Terminal porque a ferramenta é mais eficiente do que os aplicativos gráficos, no geral, mas não sabe dizer porque eles ainda se mantêm numa distribuição como esta, altamente pesada em função do ambiente gráfico desenvolvido para o usuário doméstico. Que desperdício!

Como eu disse em mensagem anterior, no Windows, o prompt é uma ferramenta insignificante para o usuário doméstico (já poderiam até ter abolido), mas isto se deu por causa de interesses capitalistas. No caso do Linux, tenho que buscar outras vias para atender o mesmo público-alvo da Microsoft, afinal, o sistema operacional livre segue em universo diferente.

O Terminal aparece dentro do Linux como uma espécie de "coringa", pois, para tudo ele serve, tudo. Só que não há um só usuário doméstico que advinhe isto quando não tem uma referência, o que sugere que ele fique subordinado a tutoriais, manuais, livros e fóruns como este. Então, propor a abolição do Terminal é um pretexto para "comprar uma briga": o ambiente gráfico corresponde melhor ao caráter intuitivo do usuário doméstico de manipular um sistema operacional e deve substituir o "modo texto".

Antes mesmo de chegarmos na página 3 do tópico eu dava sinais da minha real intenção, novos argumentos foram apresentados por mim e o mrbin acompanhou para não deixar dúvidas do recado, mas, mesmo assim, o membro Lamego insiste em manter o discurso que ele iniciou o tópico. Ele não vê que suas mensagens estão fora de contexto.

Só espero que ele não fique esperando eu dizer o inverso do que disse no título da mensagem que inicia o tópico. É o mesmo que subestimar a sua inteligência.

Lamego

CitarO Lamego diz que os membros do fórum utilizam o Terminal porque a ferramenta é mais eficiente do que os aplicativos gráficos, no geral, mas não sabe dizer porque eles ainda se mantêm numa distribuição como esta, altamente pesada em função do ambiente gráfico desenvolvido para o usuário doméstico. Que desperdício!
Não sei dizer o quê ? Você perguntou isso ? Se quer saber eu respondo, eu utilizo o Ubuntu porque é a distribuição onde mais rápidamente tenho o sistema instalado com tudo a funcionar sem grande trabalho. Para além disso é o sistema onde mais fácilmente consigo fazer tudo o que preciso seja em linha de comandos seja em modo gráfico conforme o que pretendo.
CitarComo eu disse em mensagem anterior, no Windows, o prompt é uma ferramenta insignificante para o usuário doméstico (já poderiam até ter abolido), mas isto se deu por causa de interesses capitalistas. No caso do Linux, tenho que buscar outras vias para atender o mesmo público-alvo da Microsoft, afinal, o sistema operacional livre segue em universo diferente.
Oh meu amigo, essa relação do manter o prompt com capitalismo é no minimo louca, não vou nem comentar, só mostra o quão pouco você sabe de administração de sistemas seja ele em que sistema operativo fôr.
CitarO Terminal aparece dentro do Linux como uma espécie de "coringa", pois, para tudo ele serve, tudo. Só que não há um só usuário doméstico que advinhe isto quando não tem uma referência, o que sugere que ele fique subordinado a tutoriais, manuais, livros e fóruns como este. Então, propor a abolição do Terminal é um pretexto para comprar uma "briga": o ambiente gráfico corresponde melhor ao caráter intuitivo do usuário doméstico de manipular um sistema operacional.
Você continua precisando reler o que tem sido aqui, ninguem tem defendido que o terminal server para tudo, experimenta substutituir o gimp ou o inkscape por ele ! Desde quando é que você precisa de um manual ou o terminal para utilizar um sistema Linux Ubuntu ? Já tentou utilizar o rato e o teclado ?
CitarAntes mesmo de chegarmos na página 3 do tópico eu dava sinais da minha real intenção, novos argumentos foram apresentados por mim e o mrbin acompanhou para não deixar dúvidas do recado, mas, mesmo assim, o membro Lamego insiste em manter o discurso que ele iniciou o tópico. Ele não vê que suas mensagens estão fora de contexto.
De boas intençôes está o inferno cheio, no seu discurso tenta descrever a abolição do terminal como uma medida defensora dos usuários mais limitados quando na verdade está procurando é limitar ainda mais os usuários em geral, você não está oferecendo opções, está apenas propondo retirar uma, aquela que no seu ponto de vista é pior, eu não defendo que o terminal subtituia as configurações gráficas, eu defendo sim que este seja uma opção sempre presente, pelos vários motivos que já exemplifiquei.

Eu defendo o terminal e os interfaces gráficos ! Ambos têm o seu lugar e cada um deles pode ser a melhor opção de acordo com o usuário e com a tarefa que pretende, em que é que estou fora do contexto ?
João Luís Marques Pinto
Mais programs e jogos para o Ubuntu

arsolto

#96
Ei, Lamego, você resolveu falar do seu perfil enquanto usuário do Ubuntu, mas não se preocupou em justificar o que você disse com relação aos membroS do fórum. Se eleS preferem soluções em "modo texto" porque optaram pelo Ubuntu? Uma vez que você diz que os membros do fórum preferem as vias do Terminal para realizar tarefas (inclusive básicas) no sistema operacional, tudo indica que grande parte gráfica da distribuição é ignorada, servindo de impecílio. É por isso que não dá pra acreditar na sua afirmativa, no fundo, eles são reféns do Terminal, mas não gostariam de ser.

No segundo paragráfo da mensagem anterior, eu escrevi que o prompt é uma ferramenta insignificante para o usuário doméstico e acrescentei que isto se deve aos investimentos da Microsoft em fazer do Windows um sistema operacional ideal para esse tipo de usuário. Ora, na medida em que cobriu-se o Windows de interfaces gráficas, o "modo texto" foi esquecido por completo. Quando falei do capitalismo, quis dizer que a Microsoft tinha um interesse comercial por trás desta ação.

Eu não disse em nenhuma mensagem que você ou "fulano" escreveram que o Terminal é uma ferramenta capaz de desenvolver qualquer tarefa, quem afirmou isto foi eu, ironicamente. Não leia já com a intenção de procurar coisas negativas no discurso alheio, seja mais flexível, radicalismo não combina com você.

Por vezes eu expliquei e exemplifiquei a razão para a tornar o Terminal uma ferramenta secundária para o usuário doméstico e como todos já devem ter percebido, o ambiente gráfico corresponde melhor ao caráter intuitivo deste para manipular o sistema operacional. Qualquer um pode deduzir para que serve tal aplicativo quando vê o ícone do mesmo, isto é só um exemplo pra assegurar o seu entendimento. Só que ninguém jamais vai descobrir que através de um bloco de notas automático (o Terminal) é possível fazer coisas como instalar e remover programas sem que tenha o auxílio de manuais, tutoriais, livros, fóruns ou outra referência. Caiu a ficha agora? As perguntas que você fez sobre rato e teclado mostram que você não tinha entendido isso.

Agora me diz: o que eu ganho eu limitar os usuários do Ubuntu Linux na manipulação do mesmo? Como você não me conhece, provavelmente, não terá como afirmar nada sobre, mas, por outro lado, gostaria de saber quais são suas suposições? Vou provar que isto é pura infatilidade sua.

Piras

O que se está ignorando neste tópico é que o Linux é, sobretudo, pluralidade! Pluralidade de distribuições, de ambientes gráficos, de gerenciadores de janelas, de aplicativos, enfim, pluralidade de opções, filosofias e de foco.

Não existe uma única mentalidade ou estratégia no Linux. Não existe um único modo de ser Linux. Um dos poucos traços que unificam o mundo Linux é a licença GPL e mesmo assim, com diferentes modos de aplicação: alguns mais rígidos, outros nem tanto.

Não existe quase nada de comum entre, por exemplo, o Ubuntu e a CRUX, a Mandriva e a Arch Linux. Do Ubuntu eu não ficaria nada chocado se abolir o uso quotidiano do terminal se tornasse uma meta estratégica da distro. Aliás, penso que, mesmo se colocada em outros termos, tal estratégia já existe. Da CRUX ou do Slackware eu jamais esperaria uma estratégia como esta.

Nem penso, portanto, que caiba uma discussão como esta - abolir o terminal - em termos tão genéricos. A abolição do terminal pelo Ubuntu e a Mandriva, entre outras, seria um objetivo mais do que razoável. Para outras, seria inadmissível. Agora, aplicar uma das duas conclusões para todas as distribuições, isto sim é demonstrar que não se entende o que é Linux.

mrbin

Citação de: Lamego online 07 de Agosto de 2006, 16:44
Quanto ao seu problemazinho de depêndencias quebradas só posso dizer que provávelmente terá sido causado por uma má utilização do terminal, eu já instalei milhares de programas dos repositórios e a unica vez que tive problemas que não consegui resolver no synaptic foi quando decidi adicionar repositórios "não Ubuntu", alias a facilidade de instalar/remover programas é um dos aspectos onde o Ubuntu está mais desenvolvido a nível gráfico.

Meu problemazinho de dependências quebradas pode ser o problemão de muita gente por aí. Queria instalar o Lingot, um software que mede a freqüência do som e diz a distância entre ela e o padrão do Mi bemol. É o mais legal que encontrei, mas ele possui dependências que não são cobertas pelo Ubuntu (algumas blibliotecas necessárias são em versões mais recentes do que as que estão no ubuntu e no repositório oficial). Fui no site do Debian e baixei as versões mais novas. Instalei os arquivos e o apt-get parou de funcionar. O Lingot funcionou, mas o apt-get não. Se eu instalasse o Lingot sem atualizar as bibliotecas, o apt-get também parava de funcionar.

Sorte que tem o Aptitude que faz o downgrade das bibliotecas atualizadas. Mas o problema é que quando eu fui tentar fazer o mesmo pelo Synaptic, ele me dizia que tinha que desinstalar metade do sistema. Pensei até em reinstalar o Ubuntu. Mas, depois de muito penar, consegui consertar. E acabei instalando o gtkguitune, que é um programiha bem meia boca que só serve pra guitarra (eu toco saxofone).

É um problema que seria evitado se eu não tivesse usado o terminal para instalar. E à má utilização do terminal TODOS estão sujeitos. Mas nem todos saberão descobrir na marra como corrigir o problema como eu soube.

Aliás, para os power users como você, qualquer dificuldade é problemazinho. É a maior prova da atitude ensimesmada dos fundamentalistas do terminal.

E Piras, nossa discussão é a respeito da diminuição da necessidade do terminal no Ubuntu. Não em todas as outras distros. O problema é que tem gente que acha que todo mundo deve nascer em frente a um computador e lá ficar pelo resto da vida, pra poder aprender a usar todos os recursos do incrível terminal, que por si só já deveria ser suficiente para usar uma distro Linux.
Ubuntu user nº 4141
Since 2004

boi

Citação de: Piras online 07 de Agosto de 2006, 23:02
O que se está ignorando neste tópico é que o Linux é, sobretudo, pluralidade! Pluralidade de distribuições, de ambientes gráficos, de gerenciadores de janelas, de aplicativos, enfim, pluralidade de opções, filosofias e de foco.
Não acho que este apecto tenha sido ignorado. O problema é que o pessoal do Windows like simplesmente é contra essa pluralidade. O que eles querem é apenas uma distro, apenas um ambiente de desktop, apenas um gerenciador de configurações, apenas uma maneira de fazer as coisas. Veja que eles são até mesmo contra essa possibilidade que o Linux oferece de fazer as coisas pelo terminal ou pelo console no lugar de usar um aplicativo gráfico. Realmente é difícil de entender, a pessoa prefere não ter escolha, prefere ser obrigada a fazer as coisas de uma maneira determinada por uma multinacional do que escolher entre muitas opções. Mas quem conhece Linux e software livre sabe que acabar com essa pluralidade é impossível. E, como eu disse em outro post, quem quer ter um Linux totalmente gráfico e sem o terminal, pode muito bem construir sua própria distro dessa maneira. Ninguém depende da Canonical, da Red Hat ou da Novell para isso. Mas o mrbin respondeu isso da seguinte forma:
Citaré preciso acabar com esse comportamento que existe aqui no fórum de "não gosta? faz melhor"
Esse "não gosta? faz melhor" é parte da própria filosofia do software livre. Se você não gosta de um determinado software, você tem toda a liberdade de modificá-lo para que fique do jeito que você quer. E isso não é algo ruim, de maneira alguma. Já o software proprietário não dá essa liberdade. O equivalente dessa frase na filosofia do software proprietário seria: "não gosta? senta e chora".

Lamego

CitarEi, Lamego, você resolveu falar do seu perfil enquanto usuário do Ubuntu, mas não se preocupou em justificar o que você disse com relação aos membroS do fórum. Se eleS preferem soluções em "modo texto" porque optaram pelo Ubuntu? Uma vez que você diz que os membros do fórum preferem as vias do Terminal para realizar tarefas (inclusive básicas) no sistema operacional, tudo indica que grande parte gráfica da distribuição é ignorada, servindo de impecílio. É por isso que não dá pra acreditar na sua afirmativa, no fundo, eles são reféns do Terminal, mas não gostariam de ser.
Eu só posso falar sobre as minhas motivações, não posso pegar na minha opinião e tentar dizer ao mundo que tudo sería mais fácil se todos pensassem como eu, um pouco o que você tenta fazer com o pedido de abolição do terminal.

CitarNo segundo paragráfo da mensagem anterior, eu escrevi que o prompt é uma ferramenta insignificante para o usuário doméstico e acrescentei que isto se deve aos investimentos da Microsoft em fazer do Windows um sistema operacional ideal para esse tipo de usuário. Ora, na medida em que cobriu-se o Windows de interfaces gráficas, o "modo texto" foi esquecido por completo. Quando falei do capitalismo, quis dizer que a Microsoft tinha um interesse comercial por trás desta ação.
Espero que você tenha consciência da filosofia de desenvolvimento do Linux e em particular tenha lido o Ubuntu, saberia concerteza que nesta filosofia o "comercial" não é o factor central de desenvolvimento, existem objectivos comerciais sim mas para suportar/financiar o desenvolvimeno do próprio sistema. Ou seja, basicamente você está aplicando a motivação puramente comercial do Windows ao Linux. Espero que tenha consciência que este "comercialismo" que existe no Windows se traduz tambem na limitação das opções dos utilizadores e mesmo em técnicas monopolistas, factor contra as quais assume especial importância o software livre.

CitarEu não disse em nenhuma mensagem que você ou "fulano" escreveram que o Terminal é uma ferramenta capaz de desenvolver qualquer tarefa, quem afirmou isto foi eu, ironicamente. Não leia já com a intenção de procurar coisas negativas no discurso alheio, seja mais flexível, radicalismo não combina com você.
Esta sua ironia tenta tal como os comentários de mrbin tentam transformar todos os apoiantes do terminal alguns guerreiros xiiitas lutando religiosamente contra a faciliade de utilizar o sistema, quando na verdade fazemos o contrário, defendemos a facilidade do sistema pela utilização tambem do terminal.

CitarPor vezes eu expliquei e exemplifiquei a razão para a tornar o Terminal uma ferramenta secundária para o usuário doméstico e como todos já devem ter percebido, o ambiente gráfico corresponde melhor ao caráter intuitivo deste para manipular o sistema operacional.
A sua definição de "carácter intuitivo" é nada mais que isso, a sua definição, a menos que você seja Deus eu considero a sua opinião tão válida como a a minha, e como já exemplifiquei existe um sem número de tarefas em que utilizar o terminal é nitidamente mais intuitivo do que fazer via interface gráfica.
Citar
Qualquer um pode deduzir para que serve tal aplicativo quando vê o ícone do mesmo, isto é só um exemplo pra assegurar o seu entendimento. Só que ninguém jamais vai descobrir que através de um bloco de notas automático (o Terminal) é possível fazer coisas como instalar e remover programas sem que tenha o auxílio de manuais, tutoriais, livros, fóruns ou outra referência. Caiu a ficha agora? As perguntas que você fez sobre rato e teclado mostram que você não tinha entendido isso.
Se no seu menu tiver um ícon que abre o manual onde é explicado como utilizar o terminal ceramente teremos utilizadores muito mais informados, o terminal está lá a documentação tambem, quem quizer saber mais sobre o seu sistema do que utilizar o rato e o teclado certamente vai abrir o tal manual e investigar, algo que você não tem disponível no belo sistema operativo fácil de utilizar que você utilizou como exemplo.

CitarAgora me diz: o que eu ganho eu limitar os usuários do Ubuntu Linux na manipulação do mesmo? Como você não me conhece, provavelmente, não terá como afirmar nada sobre, mas, por outro lado, gostaria de saber quais são suas suposições? Vou provar que isto é pura infatilidade sua.
Não ganha nada para alem de tentar cimentar a sua própria ideologia onde procura promover a fácil e desinformada utilização de um sistema pelo sacrificio de uma ferramente fundamental à utilização por vezes mais complexa mas quase sempre mais informada que é o terminal.
João Luís Marques Pinto
Mais programs e jogos para o Ubuntu

mrbin

#101
Citação de: boi online 08 de Agosto de 2006, 10:48
O que eles querem é apenas uma distro, apenas um ambiente de desktop, apenas um gerenciador de configurações, apenas uma maneira de fazer as coisas. Veja que eles são até mesmo contra essa possibilidade que o Linux oferece de fazer as coisas pelo terminal ou pelo console no lugar de usar um aplicativo gráfico. Realmente é difícil de entender, a pessoa prefere não ter escolha, prefere ser obrigada a fazer as coisas de uma maneira determinada por uma multinacional do que escolher entre muitas opções. Mas quem conhece Linux e software livre sabe que acabar com essa pluralidade é impossível.
Ninguém aqui defendeu um só gerenciado de janelas. Ninguém aqui defendeu apenas uma distro. Nada disso. Aqui estamos defendendo a evolução do Ubuntu para um sistema para ser usado em desktops, por pessoas comuns. Você tenta, por meio da sua interpretação do Software Livre, desqualificar a opinião minha e do arsolto com o argumento de que nós queremos um clone do Windows. Mais uma vez: se eu quisesse o Windows, ficava nele. Tenho a licença do Xp Home. Não uso por acreditar que o Linux está no caminho certo. Uso o Ubuntu por essa liberdade de escolha que ele me dá: não sou obrigado a usar o sistema proprietário para meu computador funcionar.

Citação de: boi online 08 de Agosto de 2006, 10:48
E, como eu disse em outro post, quem quer ter um Linux totalmente gráfico e sem o terminal, pode muito bem construir sua própria distro dessa maneira. Ninguém depende da Canonical, da Red Hat ou da Novell para isso. Mas o mrbin respondeu isso da seguinte forma:
Citaré preciso acabar com esse comportamento que existe aqui no fórum de "não gosta? faz melhor"
Esse "não gosta? faz melhor" é parte da própria filosofia do software livre. Se você não gosta de um determinado software, você tem toda a liberdade de modificá-lo para que fique do jeito que você quer. E isso não é algo ruim, de maneira alguma. Já o software proprietário não dá essa liberdade. O equivalente dessa frase na filosofia do software proprietário seria: "não gosta? senta e chora".

Essa é a filosofia Sofware Livre PARA PROGRAMADORES. Para utilizadores, como eu, a coisa é diferente. Não uso o Linux para desenvolver softwares para ele. Não uso Linux para contribuir com linhas de código. Isso seria desastroso, não sei absolutamente NADA de programação. E não sou obrigado a saber.

E você, mais uma vez, utiliza o argumento do "não gosta? faz melhor" para desqualificar minhas opiniões. Foi nesse sentido que eu defendi que esse comportamento deve acabar. NÃO SOMOS UMA COMUNIDADE DE PROGRAMADORES. Somos uma comunidade de UTILIZADORES do sistema UBUNTU DESKTOP. E, como usuário, acho que o Ubuntu, por ser Desktop, ainda depende demais do Terminal para realizar tarefas.

E, se o sr. ainda não entendeu, minha luta não é para sumir de vez com o terminal, para torná-lo inútil. É, sim, pela liberdade de quem não se dá bem com o terminal utilizar a interface gráfica! Eu mesmo uso muito o terminal, mas vou dizer de novo: não tenho o perfil do usuário comum padrão! Minhas idéias não são fundamentalistas, como as suas estão se mostrando agora. Sou extremamente a favor da pluraridade. Mas acho que o Ubuntu nasceu com a proposta de ser o mais amigável possível. O mais intuitivo possível. "Linux for human beings". Não é porque sou um ser humano que eu devo saber como corrigir uma dependência quebrada pelo terminal. Muito pelo contrário. Eu quero mais é que meu sistema funcione, para eu poder trabalhar COM ELE. Não trabalhar NELE. Percebe a diferença?
Ubuntu user nº 4141
Since 2004

Lamego

CitarMeu problemazinho de dependências quebradas pode ser o problemão de muita gente por aí. Queria instalar o Lingot, um software que mede a freqüência do som e diz a distância entre ela e o padrão do Mi bemol. É o mais legal que encontrei, mas ele possui dependências que não são cobertas pelo Ubuntu (algumas blibliotecas necessárias são em versões mais recentes do que as que estão no ubuntu e no repositório oficial). Fui no site do Debian e baixei as versões mais novas. Instalei os arquivos e o apt-get parou de funcionar. O Lingot funcionou, mas o apt-get não. Se eu instalasse o Lingot sem atualizar as bibliotecas, o apt-get também parava de funcionar.
Isto só mostra que você não percebe as implicações de instalar pacotes que não foram preparados especificamente para Ubuntu em seu sistema, por muito bom que seja o terminal ele não previne contra má utilização, caso contrário não teria feito o que fez, ou se tivesse feito não se teria queixando porque teria consciência dos riscos que correu.

CitarSorte que tem o Aptitude que faz o downgrade das bibliotecas atualizadas. Mas o problema é que quando eu fui tentar fazer o mesmo pelo Synaptic, ele me dizia que tinha que desinstalar metade do sistema. Pensei até em reinstalar o Ubuntu. Mas, depois de muito penar, consegui consertar. E acabei instalando o gtkguitune, que é um programiha bem meia boca que só serve pra guitarra (eu toco saxofone).
O synaptic raramente resolve problemas que não foram criados por ele mesmo, não foi o synaptic que colocou um respositório ou que instalou pacotes que não estavam preparados para o sistema.

CitarÉ um problema que seria evitado se eu não tivesse usado o terminal para instalar. E à má utilização do terminal TODOS estão sujeitos. Mas nem todos saberão descobrir na marra como corrigir o problema como eu soube.
Concordo plenamente, por isso acho que as pessoas devem perguntar antes de utilizar, se você tivesse perguntado aqui no forum se poderia instalar pacotes de Debian no seu Ubuntu eu ter-lhe ia explicado os riscos, aí você seria um utilizador mais informado e menos queixoso. Não tenta culpar o terminal na sua falta de consciência ao copiar e colar comandos ou pacotes sem tentar perceber as possíveis implicações.

CitarAliás, para os power users como você, qualquer dificuldade é problemazinho. É a maior prova da atitude ensimesmada dos fundamentalistas do terminal.
Qualquer dificuldade é problemazinho não porque eu seja mais iluminado, mas sim porque tive um terminal, que decidi utilizar, o comando que mais utilizei no terminal, era o "man", hoje em dia é o comando que menos utilizo.

CitarE Piras, nossa discussão é a respeito da diminuição da necessidade do terminal no Ubuntu. Não em todas as outras distros. O problema é que tem gente que acha que todo mundo deve nascer em frente a um computador e lá ficar pelo resto da vida, pra poder aprender a usar todos os recursos do incrível terminal, que por si só já deveria ser suficiente para usar uma distro Linux.
MrBin, o post inicial não tem a ver com a diminuição da necessidade do terminal tem sim a ver com a sua remoção completa, foi essa a proposta que deu origem a esta discussão.
João Luís Marques Pinto
Mais programs e jogos para o Ubuntu

mrbin

Aí é que tá, Lamego. Se a cada passo que eu der eu tiver que consultar o forum, perguntar se eu posso fazer tal coisa e esperar a resposta, eu vou acabar desistindo da idéia de instalar algum pacote que não esteja nos repositórios oficiais. Dessa forma eu fico dependente não só do terminal, como da comunidade. Dessa forma fica difícil.

E, se vc teve tempo livre suficiente para vasculhar o man de cada comando, sorte sua. Não é todo mundo que tem. Mais uma vez, sou usuário comum. Não sou programador, sou músico. Eu quero o negócio funcionando. Mesmo assim, perdi quase uma hora do tempo que eu deveria estar ensaiando para instalar um programinha meia boca porque o que eu queria não funciona no meu sistema.

E o Post inicial foi um exagero... você acompanhou o restante da discussão? Se não me engano, o criador do tópico diz que ele exagerou no termo "abolição" para gerar polêmica - o que ele conseguiu. Eu acredito que o terminal deve ser utilizado, sim, mas não logo de cara. O iniciante deve conseguir fazer tudo - ou quase - pelo GUI. Mesmo que dê muito mais trabalho. Posteriormente, ele vai aprendendo a usar o terminal e se torna mais um usuário assíduo do terminal.

Acredito que todos aqui têm a mesma vontade que é a de ajudar a comunidade do Software Livre. Todos aqui querem o bem do Linux, mais precisamente do Ubuntu. A discussão está ficando acalorada demais, acho que, assim como outros já fizeram, andei exagerando nos meus posts. Antes que fiquem bravos comigo, peço desculpas. Não quero ofender ninguém. Sacomequié, é o calor da discussão que deixa assim.

Mas vamos lá, a conversa tá boa!
Ubuntu user nº 4141
Since 2004

Xterminator

Olha como disse antes é uma discussão que não vai levar a nada
vejo as pessoas reclamarem do terminal e tal, mas e as pessoas com deficências estas sim "algumas nem vêem interfaces sejam CLI ou GUI só necessitam do sistema configurado para que possam suprir suas necessidades
estas sim precisam de mais recursos implementados no linux do que um mero detalhe bobo "terminalXgui"
acho que vocês deveriam discutir sim um maior suporte a tecnologias assistivas.
pois se é linux para seres humanos então levem em consideração que temos seres humanos surdos,mudos,cegos e etc... que tem necessidades bem maiores que detalhes cosméticos
por isto amo meu ambiente gráfico, pois um dos que mais se preocupam com isto basta ver projetos como o atk,at-spi,gnopernicus,orca e etc...
eu ainda quero ver até quando vai durar esta discussão, ponham a mão na consciência e pensem sobre isto.