A história do Asus eee

Iniciado por nq6, 09 de Dezembro de 2007, 16:36

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nq6



Uma reportagem da Forbes de dezembro de 2007 traz a história por trás do projeto do Asus eee,asus-eee-forbes.jpg o notebook ultra-portátil de baixo custo que tem feito bastante sucesso na Ásia, único continente onde já foi colocado à venda. Segundo a mesma reportagem da Forbes, o estoque na Ásia foi vendido em menos de meia hora; a máquina chega esse mês aos Estados Unidos, onde muitas reservas já foram feitas, e chega ano que vem à Europa (não há previsão para a chegada ao Brasil).

Há um ano, Jonney Shih, Presidente da empresa taiwanesa Asus, estava na seguinte situação: a empresa que dirigia havia se tornado a maior fabricante de placa-mãe do mundo, mas, por causa dos anos em que produziu clones de PCs de baixa qualidade, não conseguia entrar no competitivo mercado de notebooks ("éramos vistos como uma empresa de segunda classe").

À mesma época, dois grandes projetos investiam na produção de máquinas portáteis de baixo custo para crianças de países pobres: o notebook de US$ 100, conduzido por Nicholas Negroponte, e o ClassmatePC, projeto da Intel. Foi de Shih a idéia: por que não produzir um notebook de baixo custo para adultos?

Em novembro de 2006, Shih reuniu a equpe de notebooks e a de placas-mãe e deu início ao projeto. Logo definiu-se que a máquina funcionaria com memórias flash, que ocupam menos espaço e consomem menos energia que os hard disks convencionais; definiu-se também que ela teria wi-fi, webcam, interface Skype e uma tela de alta resolução, tudo por um custo inferior a US$ 300.

Para produzir o chipset, a Asus contactou primeiro a AMD, mas ela estava comprometida com a OLPC. A Intel manteve seu projeto ClassmatePC, mas viu que a associação com o projeto da Asus era um bom negócio. A Intel colocou dinheiro e pessoal no projeto, mas exigiu ver um protótipo em um mês.

Isso causou a aceleração do projeto. A Asus usou sua rede de contatos, construída ao longo dos anos em que fabricou notebooks, smartphones e iPods para a Sony e a Apple, e conseguiu negociar grandes lotes de componentes a baixo custo com os fornecedores da Ásia.

O passo final, que tomou mais tempo e causou atrasos no cronograma (o prazo previsto era agosto, passou a setembro e concretizou-se em outubro), foi o projeto da interface com o usuário. O Windows foi descartado de cara, pois o custo de sua licença inviabilizaria um preço final abaixo de US$ 300 (Shih disse que, na reta final, a Microsoft ofereceu o Windows a um terço do preço). A Asus optou por desenvolver uma versão própria do Linux, o Xandros, e seus engenheiros passaram longo tempo trabalhando para que a interface fizesse jus ao nome da máquina - Eee significa Easy to learn, easy to work, easy to play, ou Fácil de aprender, fácil para trabalhar, fácil para brincar.

No final, Shih declara que pretende atingir um mercado de 1 bilhão de usuários, e a idéia não é focar apenas os países pobres. Pelo contrário, há muitos consumidores em países desenvolvidos que podem se interessar pela máquina (e é fácil melhorá-la: aumentar a RAM de 256 MB para 1 GB e a memória flash de 8 para 32 GB exige apenas a remoção de dois parafusos).

Fonte: http://www.notebooks-site.com/blog/a-historia-do-asus-eee/
http://members.forbes.com/global/2007/1112/024a.html
http://nq6.blogspot.com/
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rjbgbo

Citar... Pelo contrário, há muitos consumidores em países desenvolvidos que podem se interessar pela máquina (e é fácil melhorá-la: aumentar a RAM de 256 MB para 1 GB e a memória flash de 8 para 32 GB exige apenas a remoção de dois parafusos).

Bem interessante esse final Fred.
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