Tá aí uma coisa que ainda não tinha me interessado. Procurei pela internet uns benchmarks e todos os que achei são muito tendenciosos, para ambos os lados.
Mas a comparação do Ubuntu com o Windows XP realmente não será muito justa, pois o XP é de 2001, na verdade. Em 2003 foi lançado o pacote de atualizações SP2, que acrescenta muito pouco (ou quase nada?) à arquitetura do sistema. E como já disseram, comparar o hardware de 2001 com o de hoje é uma covardia.
Para uma avaliação bem justa, compare softwares semelhantes para funções semelhantes. E faça os testes você mesmo.
Outra coisa, utilize o Open Office para os testes de escritório em ambos os S.O., por exemplo.
Evite usar aplicativos dos próprios desenvolvedores do S.O., pois eles provavelmente a se integrarão com o sistema. Talvez isso vá de encontro com o desejo de alguns, mas é justo utilizar Windows, com Defender (ainda existe?), Internet Explorer e MS Office, sendo que no Ubuntu não existe monopólio de desenvolvimento? "Problema do Ubuntu", podem dizer, mas deixa de ser justo. Se for assim, vamos avaliar apenas aplicativos em linha de comando então? Tenho certeza que o terminal do Linux dará um show no antiquado DOS ou Command, vulgo cmd, ou ainda mesmo em aplicações gráficas para o Windows XP. Afinal, são interfaces criadas em períodos diferentes, assim como o Ubuntu e o XP. Sim, estou exagerando, mas é apenas pra reforçar o conceito.
Eu, realmente, não creio que o Linux dê um show de benchmark no Windows. No XP, certamente não dará. E no Vista, apesar de provável, não acho que será um "show". São sistemas que cresceram diferentes. O Linux é tecnicamente superior ao XP, mas quando tratamos de softwares, isso está longe de significar mais rápido.
Apenas uma pequena história pra ilustrar esse conceito do crescimento diferente: um dos fundadores da Conectiva disse certa vez em uma mini-palestra, lá nos primórdios do Conectiva Parolin, que o Linux começou sendo robusto em sua coluna vertebral, o kernel, sendo completamente funcional antes de qualquer coisa. A partir de então (1997 ou 1998), o sistema cresceria para os usuários de desktop, desenvolvendo um ambiente gráfico (KDE, à época) para que fosse agradável aos usuários, mas em cima da já existente e robusta coluna vertebral. E ele estava correto. Hoje, o que vemos em todas as distros, é que o foco está quase completamente voltado para a interface com o usuário. No outro lado da moeda, a MS sempre reescreve o Windows a cada versão majoritária (95/98/ME/NT -> 2000/XP/2003 -> Vista), porque o kernel ainda não é robusto o suficiente.
É por esse foco inicial diferente que eu não acredito no Linux dando baile em benchmark no Windows para aplicações 3D e escritório, por enquanto. Mas provavelmente terá um desempenho superior em aplicativos que usem processamento pesado (banco de dados ou cálculos) e utilização do HD (compactação de arquivos), tarefas também comuns para usuários em casa ou no escritório, mas normalmente deixadas de lado na hora de fazer um benchmark.
E uma última questão, que eu acho muito válida na comparação, é o prejuízo que um benchmark inferior representa para o usuário. Um exemplo é tentar converter um arquivo WAV para MP3. Em um dos S.O., digamos que leve 1min e 30s, no outro, 1min e 31s. Muito bem, um é superior ao outro nessa tarefa. Qual a diferença prática para o usuário? Nenhuma.
É isso aí, espero ter ajudado em algo e que esse post seja menos cansativo de ler do que foi pra escrever.