Estive pensando sobre o fim do Kurumin.
Neste caso tendo a concordar com seu criador, o Morimoto. Ele argumenta que o Kurumin teve seu papel um dia, quando não havia tantas distros voltadas para desktop, mas hoje não há mais sentido para manter a distro.
Avaliando outras distros sob este mesmo critério, resolvi procurar no top 100 do
Distrowatch.com algum projeto que pereça não ter motivos para ainda ser mantido, por não trazer nada que outras distros já não apresentem.
Afinal criar uma distro que nada acrescente ao que já existe é apenas desperdiçar trabalho.
Ao dar uma olhada no distrowatch tive uma surpresa: Mesmo com uma análise um tanto superficial sobre cada uma - baseada apenas na descrição de suas inovações, no caso das distros que nunca testei - , percebi que a maioria das distros não poderia ser considerada "mais do mesmo". A maioria possui peculiaridades que dão sentido a sua existência.
Na verdade eu poderia imaginar um bom motivo para criar pelo mais 100 outras distros, simplesmente mesclando funcionalidades de várias já existentes. Que tal uma distro usando o centro de controle do Mandriva, o pacman como gerenciador e o Enlightenment como ambiente desktop. Parece interessante não? Pois alguém poderia criá-la.
Conclusão: Nem 1.000 distros atenderiam às possibilidades de diversificação e aos interesses particulares de todos os usuários Linux.
1 - Mas será que tantas distros não gerariam dispersão de usuários em vários fóruns e de trabalho que poderia ser melhor direcionado em menos projetos?
2 - Se o argumento é que é preciso diminuir o número de distros, quais seriam os critérios para definir as distros a serem extintas? As mais usadas permanecem? (Esse seria o argumento do Bill Gates)
3 - Seleção natural (as melhores irão se sobressair e causar indiretamente a morte das outras)? Como, se para cada distro que morre duas novas são criadas e adotadas por seu grupo de interessados?
4 - Será que os supostos 50 usuários daquela distro fictícia que mencionei acima (painel do Mandriva, pacman e Enlightenment) não têm o direito de preferi-la e usá-la ?