Comentando as postagens anteriores:
1)
Neste primeiro vídeo o Fábio adiciona um repositório não-oficial (e portanto não-confiável) a partir do qual será baixado o instalador do Java da Oracle. Esse instalador, por sua vez, é um pacote DEB especial, que executa um script que atualiza o JRE inteiro.
O ruim desse método é que você vai depender de o mantenedor desse repositório manter os arquivos do repositório sempre atualizados. Além disso, você também tem que confiar no mantenedor, claro: confiar que (por exemplo) ele não vai incluir nenhum código malicioso dentro dos arquivos que você vai baixar e instalar no seu sistema a partir do repositório que ele mantém na internet. Eu tô fora.
2)
Neste segundo vídeo o Fábio mostra como instalar usando o repositório da equipe Webupd8team. Esse é um procedimento atualmente bastante popular na internet, existem "trocentos" tutoriais na internet ensinando a instalar via repositório do Webupd8team. Mas eu particularmente também não gosto de usar esse método, e é pela mesma razão do método anterior:
eu não confio em repositórios de terceiros. Só confio em baixar os arquivos do Java
diretamente do website da Oracle mesmo. Mas isso sou eu...
Ainda em relação a esse segundo vídeo:
não é necessário configurar variáveis de ambiente caso você esteja instalando o JRE apenas para usá-lo no seu navegador (via plugin). Como o nome diz, as variáveis de ambiente são do ambiente, ou seja, são do seu sistema operacional (não são da internet, do seu navegador etc.): seu plugin não vai utilizá-las. Se (por exemplo) você for desenvolver programas em Java, pode ser interessante (por exemplo) acrescentar a pasta do seu JRE ou a do seu JDK à variável
PATH do seu sistema, por exemplo, ou ainda criar a variável
JAVA_HOME para informar que o seu JRE padrão está instalado (por exemplo) em
/opt/java/jre (ou em
/usr/java/jre, ou em outro lugar).
Mas nada disso é necessário para que o seu JRE e o plugin funcionem, tanto que no meu tutorial eu nem toco no assunto e mesmo assim tudo funciona. Não tem nada a ver uma coisa com a outra, são temas distintos.
Inclusive, no final do segundo vídeo o Fábio diz que vai confirmar se as variáveis de ambiente estão configuradas e daí ele executa o comando
java -version
no terminal do shell, porém esse comando não serve para ver variáveis de ambiente, ele apenas faz a JVM padrão do sistema informar qual é a versão dela.
3) Falando em variáveis de ambiente: no Linux, o comando que lista as variáveis de ambiente é o comando
printenv. Por exemplo, se você quiser ver quais são as variáveis de ambiente que contêm a palavra
java, deverá executar este comando, no terminal do shell:
printenv |grep java
Nota: o comando printenv gera a lista das variáveis do ambiente, daí o caractere | envia essa lista para o comando grep, que por sua vez percorre essa lista procurando a palavra java (porque o comando grep procura a palavra que você digita à direita dele, e no caso eu digitei java). Daí o comando grep exibe na tela somente as linhas da lista na qual a palavra procurada (java, no caso) aparece. 4) A respeito
deste vídeo, ele basicamente reproduz o que o
manual de instalação da Oracle sugere (inclusive instalando o JRE dentro de
/usr/java, ao invés de em
/opt/java).
Eu não gosto deste método da Oracle porque, como explico lá no
meu tutorial, a pasta
/usr foi criada para armazenar
arquivos do usuário e de aplicações que
fazem parte da distribuição e foram instalados pelo usuário para uso próprio, enquanto que a pasta
/opt existe para se instalar tudo o que
não faz parte da distribuição, como é o caso do JRE da Oracle, que por ser proprietário
não faz parte da distribuição e por isto é instalado como um
optional (um "opcional"). É por isto que eu instalo o Java da Oracle na pasta
/opt. É uma questão de organização.
...mas claro que para o programa em si é indiferente onde você o instala: se instalá-lo e configurá-lo corretamente, ele vai funcionar, independentemente de onde ele esteja: /opt, /usr ou o que for.
Outra coisa que não gosto nesse manual de instalação da Oracle é que ele diz para criarmos a pasta do JRE com o nome completo desse JRE (exemplo:
/usr/java/jre1.7.0_55/). Acho isso
péssimo, porque quando o usuário for atualizar o Java para (por exemplo) a versão
1.7.0_56, ele vai ter que criar o caminho
/usr/java/jre1.7.0_56/ e excluir a pasta
jre1.7.0_55. É por isto que no meu tutorial eu crio a pasta
/opt/java/jre/ (a palavra
jre aparece isolada,
sem o número da versão do JRE) e daí toda vez que eu atualizo o java os comandos do meu tutorial excluem os arquivos da pasta "jre" e colocam os arquivos novos dentro dessa mesma pasta.
A principal vantagem desse segundo método é que você não vai precisar atualizar os links que você havia criado com o comando
ls. Se você criou o link
ls (para os seus navegadores Firefox, Opera, Chrome, Chromium etc.) apontando para a pasta
/usr/java/jre1.7.0_55/, após a atualização via manual da Oracle você vai ter que executar novamente o
ls para todos os seus navegadores, pois só assim o link passará a apontar para o novo caminho, que agora será
/usr/java/jre1.7.0_56/. Porém, se a pasta sempre tem o mesmo nome "
jre", não é necessário ficar executando novamente o comando
ls porque a pasta ainda é a mesma, com o mesmo nome e estando no mesmo lugar: apenas os arquivos dentro dela foram substituídos pelos da nova versão do Java.
Ainda outra vantagem é que você fica com (e somente com) a
última (a mais recente) versão do Java instalada em seu sistema, dentro da pasta "jre" (ao invés de ficar com um JRE dentro da pasta jre1.7.0_55, outro JRE dentro da pasta jre1.7.0_56, e assim por diante).
E isso é bom por questões de
segurança: se você instalou a versão mais recente do Java, é melhor que exclua todas as demais (antigas), porque quando o Java é atualizado, muitas vezes é porque encontraram falhas de segurança na versão anterior, daí deixar essa versão anterior instalada pode abrir uma brecha para oportunistas mal-intencionados.
O meu tutorial é grande mas vale a pena lê-lo todo, porque nele eu explico esses e vários outros pormenores que justificam o fato de eu haver estruturado o meu tutorial da maneira como o estruturei.