Encontrei esse artigo no site
www.vivaolinux.com.brTodos os créditos para o davidsonpaulo que escreveu o artigo.
Achei interessante a resposta que ele encontrou para o por que de usuário windows não migrarem para o linux.
PRA COMEÇO DE CONVERSA
Há muito se fala que o Linux não está pronto para o desktop, ou seja, para o usuário comum. Isso já foi tema de muitas discussões, e nunca se chega a um consenso, uma vez que especialistas da área dividem suas opiniões sobre o assunto. Afinal de contas, quem está certo? O Windows é uma opção melhor para o usuário comum? E se, pelo contrário, o Linux é melhor, por que seus adeptos têm tão pouco sucesso quando tentam convencer um usuário a migrar para o software livre?
Para responder a essas perguntas, é necessário, primeiramente, definir com precisão quais são os tipos de usuário que estamos considerando.
Tipos de usuário
O primeiro tipo de usuário é o usuário comum. Muitos usam constantemente esse termo sem saber, exatamente, o que significa. Comum é aquilo que é típico de todos, ou seja, algo que todo mundo possui. Então, o usuário comum é o usuário que realiza as tarefas que todos os tipos de usuário realizam, e nada mais, de forma que todos os demais tipos de usuário fazem o mesmo que o usuário comum faz e mais outras coisas. E, se pararmos para pensar quais usos todos os tipos de usuário, sem exceção, fazem de seus computadores, chegaremos a uma conclusão rapidamente: o uso que todos fazem do computador é a execução de aplicativos, sendo aplicativos os softwares que permitem ao usuário executar uma ou mais tarefas específicas.
Sendo assim, a definição de usuário comum está diretamente relacionada às tarefas que ele executa no computador e aos aplicativos utilizados para tal. E, se o usuário é comum, suas tarefas também o são, de modo que o usuário comum é aquele que utiliza o computador para para executar tão somente as tarefas que todos os demais tipos de usuário executam.
O segundo tipo de usuário é o usuário técnico. Técnico refere-se àquele que estuda, ensina ou pratica a tecnologia. A tecnologia, por sua vez, é o estudo de um conjunto de técnicas. Sendo assim, o técnico é aquele que estuda, ensina ou pratica um conjunto de técnicas aplicadas a uma determinada área do conhecimento humano.
Técnicas são utilizadas para fins práticos, para fazer alguma coisa. Os usuários técnicos são, portanto, aqueles que procuram saber como e qual a melhor forma de se fazer as coisas no computador, ou seja, são as pessoas que farão as coisas funcionarem, para que os usuários comuns possam executar as suas tarefas em seus computadores.
Esses são os tipos básicos de usuários. Os que não se enquadram nesses perfis são os profissionais e pesquisadores do ramo de informática. Um desenvolvedor de sistemas, por exemplo, não pode ser considerado um usuário, pois ele utiliza o computador para desenvolver softwares para o próprio computador, sendo que esse software atenderá às necessidades de outras pessoas, e não a própria.
O CULPADO
Sendo assim, podemos voltar à nossa questão, de porque os usuários de Linux têm tão pouco sucesso em migrar os usuários de Windows para o software livre. A culpa é de quem? Do usuário comum, preguiçoso, do técnico, que não sabe configurar o sistema, ou do próprio Linux, que é mais difícil de usar que o Windows?
Do usuário comum a culpa não pode ser. Afinal de contas, os usuários comuns de Windows, em sua maioria, não sabem praticamente nada de informática, sobre como funciona o computador, por vezes mal sabem que os programas que eles utilizam não são parte integrante do sistema operacional. Então, como dizer que a culpa é dos usuários, por não terem a disposição de estudar e aprender a usar o Linux?
Do Linux a culpa também não é, afinal de contas, muitas distribuições possuem as mesmas facilidades do Windows e outras mais, tudo depende da configuração. E, se depende da configuração, chegamos à nossa resposta: o culpado é o usuário técnico, ou seja, do próprio usuário Linux que tenta migrar o usuário comum, porque não sabe configurar o sistema de modo adequado, nem resolver as necessidades do usuário.
A VONTADE DO USUÁRIO É A LEI
emos que ter em mente que o usuário comum de Windows não sabe:
1. Instalar o sistema operacional;
2. Instalar aplicativos;
3. Instalar e configurar dispositivos de hardware;
4. O que fazer quando algo não funciona como deveria.
O usuário comum não sabe fazer quaisquer dessas coisas, e sempre requisita os serviços de um profissional quando alguma dessas tarefas precisa ser executada. Por que no Linux tem que ser diferente? O usuário não tem que instalar o sistema operacional, nem instalar os pacotes, nem configurar o seu hardware, nem se virar para consertar o seu computador quando algo não funcionar como deveria. Quem tem que fazer isso é o técnico, e o que faz um usuário comum desistir de utilizar o Linux é o fato de os técnicos não conseguirem resolver as dificuldades enfrentadas após a migração.
Eu já fiz algumas migrações, que ocorreram de forma tranqüila, tendo o Linux tido uma ótima aceitação por parte dos novos usuários. Inclusive, a primeira migração foi no computador público de um hotel em Cuiabá, no Mato Grosso, um computador acessado por dezenas de pessoas diferentes semanalmente. Muitas nem percebiam a diferença. Navegavam na internet, abriam seus e-mails, arquivos, assistiam vídeos e ouviam músicas, sincronizavam seus dispositivos USB e tudo mais, sem necessitar de qualquer ajuda.
E se você estiver curioso pra saber qual o segredo do sucesso nessas migrações, talvez se decepcione, mas não existe segredo nenhum, porque só o que foi necessário fazer foi a mesma coisa que os profissionais que trabalham com Windows fazem: aquilo que o usuário quer.
Fazer o que o usuário quer e resolver todos os seus problemas, sem pedir pra ele aprender absolutamente nada, a não ser detalhes como diferença de localização de diretórios e outros detalhes do tipo.
A PRÁTICA DO DISCURSO
São os pequenos detalhes que fazem a diferença na migração de usuários, citarei a seguir alguns, extraídos das situações reais que experimentei.
Tocar o CD
Após uma migração, a primeira dúvida de um usuário foi quanto ao procedimento para tocar CD's de áudio. Imaginei-me explicando para o usuário:
"Abra o XMMS, clique sobre o botão ADD, mantenha o botão do mouse pressionado e solte sobre DIR. Então, clique sobre o diretório /cdrom e clique em OK."
Pensei, e desisti na hora de dar tal explicação, que de nada serviria. Ao invés disso, criei um lançador na área de trabalho que executava o comando xmms -p /cdrom, com o nome "Tocar CD de áudio" e com um ícone bonitinho. Agora sim, dei uma explicação muito melhor:
"É só clicar duas vezes nesse ícone."
O programa travou
Algum tempo depois, o mesmo usuário reclamou de estar tendo problemas com o XMMS, que travava de vez em quando e não fechava de jeito nenhum. Novamente, imaginei a explicação:
"Abra o terminal, digite xkill e clique sobre o programa travado."
Abrir o terminal? De jeito nenhum! Mais um lançador, para executar o xkill, com o nome "Fechar programa travado" e um ícone mais bonitinho ainda, e daí sim, a explicação:
"Clica duas vezes nesse ícone e depois clica sobre o programa que estiver travado."
Privilégios para desligar o computador
Outro usuário queria que o computador não pudesse ser desligado por ninguém, exceto por ele mesmo e por seus funcionários. Entretanto, ele não queria dar a senha de root para seus funcionários. Qualquer usuário que tenha conhecimentos razoáveis em Linux sabe que isso é uma questão de usuários, grupos e permissões. Fiz as configurações e, então, mais uma vez imaginei a explicação:
"Abra o terminal, digite su desligar -c "shutdown -h now", digite a senha que eu criei para desligar o sistema e pronto."
Abrir terminal? Digitar comando? Fiz um lançador que executava o comando acima e o coloquei na área de trabalho, dentro de um diretório chamado "Administração". A mesma coisa fiz para que se pudesse bloquear ou liberar um site para ser acessado pelo Squid.
O PROFISSIONALISMO É A CHAVE
O Linux é muito mais completo que o Windows, afinal, o que é que se consegue fazer apenas com o que vem junto com ele? Jogar paciência, talvez.
O Linux é mais fácil de usar, desde que estejamos falando de GNOME ou KDE, devidamente configurados e em conjunto com uma distribuição bem suportada, como Ubuntu, SUSE ou Mandriva.
O Linux é mais bonito. Se alguém discorda, não tem problema, pois quem ama o feio, bonito lhe parece.
O Linux reconhece mais hardware e com muito mais velocidade. Quem nunca passou horas procurando o driver para aquela placa de vídeo antiga, ou esperou vários minutos para fazer o download daquele arquivo gigantesco necessário para fazer sua impressora funcionar, ou teve que instalar um driver pra conseguir acessar o seu chaveiro USB, no Windows, que atire a primeira pedra.
Instalar programas no Linux é mais fácil. Afinal, procurar e baixar programas, seriais e cracks via KaZaA e similares não é tarefa lá muito simples.
Nada falta ao Linux. Falta aos usuários técnicos, e aos que acham que são profissionais da área. O Linux é muito superior, não há como conceber que alguém que se diga profissional não consiga concluir com sucesso um processo de migração. Um profissional consegue fazer isso. Se não consegue, então não é profissional.
Ctrl+C e CTRL+V
Minhas conclusões:
Realmente funcionou, depois de ler esse artigo consegui puxar uns 2 amigos para o linux e eles simplesmente "assimilaram" normalmente. Realmente de início tentei fazê-los usar comandos e agora vejo que foi um erro. Para o usuário comum acho que clicar duas vezes já é o bastante para poder usar o computador.
Coloquem suas opiniões!