Usando o XFS no Desktop!

Iniciado por galactus, 06 de Abril de 2012, 08:46

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galactus

Atenção: Leia todo o artigo antes de realizar quaisquer mudanças e por favor, FAÇA backup! Não me responsabilizo por perda de dados, eu deixo bem claro o que pode ou não acarretar risco em perda de dados. Por favor, se algo estiver errado me avise!

Data da Publicação: 06/04/2012 - Editado em 07/11/2012 - Nova edição em 18/03/2015 na sessão "Considerações Gerais"!

1) Introdução


Esse artigo não é bem um tutorial, talvez mais propriamente um relato com algumas dicas de minha experiência com ele nos últimos meses em alguns PCs e alguns Notebooks de  usuários comuns. Nesses últimos meses venho utilizando o XFS em minhas máquinas pessoais e no trabalho. Como ele não é o sistema de arquivos padrão de nenhuma distro que eu conheça, o pessoal acaba não fazendo muito uso dele no desktop. Este artigo está longe de mostrar tudo o que o XFS é capaz de fazer, visei apenas a situação mais usual, um usuário comum com apenas um HD.

O XFS foi criado e pensando para ser grande. Ele é um sistema de arquivos 64bits nativo com grande escalabilidade. Seu uso em desktop geralmente é indicado para quem quer montar aquele PC onde você armazena seus filmes, o  "HTPC", contudo como acabei descobrindo, ele também pode ser muito útil para uso em geral do seu PC. Como em qualquer outro sistema de arquivos, se você quiser tirar o máximo de desempenho o ideal é  você mesmo realizar a formatação manual de acordo com suas necessidades. Este é um ponto onde o XFS é muito bom, existem muitas opções de formatação de acordo com o que você precisa.
Como exemplos:

a) É possível passar parâmetros específicos se o seu sistema de arquivos tiver muitos pequenos arquivos nos diretórios para melhorar o desempenho do XFS.
b) Seu Journal interno máximo de até 128MB pode ser colocado em outro disco externo para aumentar o seu tamanho e desempenho, contudo, do que eu pude ler, não recomendo o uso dessa técnica em desktops.
c) Você pode alterar o número de grupos de alocação ou o tamanho deles de acordo com o tipo de arquivos e carga de trabalho a que o seu sistema de arquivos será submetido.


Portanto ele pode ser muito versátil como você já pode ter imaginado. Outras vantagens são:

1) É o único sistema de arquivos usado pelo Linux que permite desfragmentação online (com o seu sistema ligado e seu disco montado), assim como o NTFS do Windows.  
2) Checagem do sistema de arquivos muito rápida, muitas vezes mais rápida que a do ext4.
3) Outra característica peculiar é a  reserva de banda para requisições, com isso ele tenta garantir que mesmo com altas cargas de transferência de dados  você será atendido.
4) Excelente para lidar com arquivos grandes, como filmes, vídeos e imagens virtuais do VmWare ou do Virtual Box.


Como desvantagens eu poderia listar:

1) Ele pode ser expandido mas não diminuído. Isso mesmo, depois de definido o seu tamanho inicial não há mais volta se quiser diminuir o tamanho dessa partição. Então muito cuidado no planejamento do tamanho das partições do XFS.
2) Para melhor desempenho e segurança de seus dados você deve usar a versão mais nova possível do XFS e um kernel moderno, de preferência do 2.6.39 em diante! Melhor ainda se for do 3.1 em diante.
3) Em suas opções padrões ele é perceptivelmente mais lento ao lidar com arquivos pequenos do que o ext4. Principalmente na hora de descompactar arquivos durante a instalação de pacotes. O que leva a um usuário comum desavisado a pensar que o XFS é muito lento como um todo o que não é verdade.


2) Formatando o Sistema

O XFS assim como o ext4 e o brtfs são sistemas de arquivos usados pelo Linux em constante evolução. Por isso na hora de procurar tutoriais sobre o XFS, me deparei com um grande número de tutoriais desatualizados. Antigamente se usava alguns parâmetros na hora de formatar para melhorar o seu desempenho, acontece que os desenvolvedores já colocaram a maior parte desses parâmetros como padrão nas versões mais recentes do XFS e do kernel Linux.  Por isso o meu aviso de procurar usar as versões mais recentes do XFS e do kernel Linux! Portanto prefira versões do xfsprogs (o utilitário que gerencia o sistema de arquivos XFS) acima da 3.1.1. Atualmente a última versão é a 3.1.7 e de preferência de kerneis  do 3.0 em diante.

Então para a grande maioria dos usuários desktops comuns, você pode simplesmente aceitar as opções padrões do sistema sem ter que se preocupar, isso com uma versão recente do XFS e do kernel Linux,  as opções que melhoram o desempenho do XFS com arquivos pequenos serão colocadas no fstab após a formatação! Entretanto, eu chamaria sua atenção para dois parâmetros que podem ser alterados na hora da formatação, são eles o agcount e o maxpct!

O agcount especifica o número de grupos de alocação. O XFS divide o seu sistema de arquivos em grupos de alocação para aumentar o desempenho com leituras em paralelo dos blocos e inodes. Em teoria quanto maior o número de grupos de alocação, mais dados podem ser lidos em paralelo nos blocos e inodes resultando em maior desempenho. Em teoria! Na prática um número muito alto ou muito baixo pode prejudicar o desempenho de acordo com a carga do sistema e se o seu processador não tiver muito poder de fogo para processar tantas leituras em paralelo! Por padrão o mkfs.xfs calcula o número de agcount de acordo com o tamanho do dispositivo a ser formatado.    
Seus valores variam geralmente entre 4 / 8 / 16  e 32. Você também pode colocar outros valores como 2/ 6 / 56 ou até mesmo números maiores. Para um usuário comum com apenas um HD, do que pude aprender lendo vários textos, prefira usar 4 para sistemas abaixo de 1TB e 16 para sistemas com mais de 1TB.

O maxpct especifica a porcentagem máxima que o sistema de arquivos pode alocar com inodes. Os valores padrões são: 25% para um sistema de arquivos com menos de 1TB, 5% para os menores que 50TB e 1% para os acima dos 50TB. Como podem ver novamente o XFS foi pensado para ser grande, quem vai usá-lo em um sistema de arquivos pequeno é quem mais vai ter espaço desperdiçado. Com 25% em um sistema com menos de 1TB você provavelmente terá um monte de inodes nos  blocos iniciais do sistema de arquivos.  Não use 0%  pois assim todos os blocos podem se transformar em inodes! Então se o seu sistema de arquivos tiver menos de 1TB, na hora de formatar use 5% para o maxpct.

Para poder fazer uso dos comandos que colocarei abaixo você terá que instalar os dois pacotes seguintes: xfsprogs e xfsdump.

Na hora de formatar, para sistemas com menos de 1TB, você pode usar:

mkfs.xfs -i maxpct=5 -d agcount=4 /dev/sdxy

Para um sistema com mais de 1TB:

mkfs.xfs -d agcount=16 /dev/sdxy

Ao final da formatação você terá um relatório de como está organizado o seu sistema de arquivos como no exemplo abaixo:

meta-data=/dev/sda5                isize=256    agcount=4, agsize=17945472 blks
                       =                       sectsz=512   attr=2
            data     =                       bsize=4096   blocks=71781888, imaxpct=5
                       =                       sunit=0      swidth=0 blks
naming   =version 2                 bsize=4096   ascii-ci=0
log      =internal                       bsize=4096   blocks=35049, version=2
                        =                     sectsz=512   sunit=0 blks, lazy-count=1
realtime =none                        extsz=4096   blocks=0, rtextents=0



3) Alterações pós formatação


Aqui vão algumas opções que julguei úteis para o fstab de um usuário comum, você pode pesquisar e testar outras opções que julgar útil a você:

noatime = Os tempos de acesso dos dados não serão atualizados quando lidos, apenas quando gravados. Não há risco de perda de dados com essa opção. Se o tempo de acesso dos dados for importante para você não use essa opção.

nodiratime = Os tempos de acesso dos diretórios não serão atualizados quando lidos, apenas quando gravados. Não há risco de perda de dados com essa opção. Se o tempo de acesso dos diretórios for importante para você não use essa opção.

nobarrier = essa opção faz com que a verificação dos dados entre o cache do disco e o buffer da memória não sejam mais feitas. Com essa opção ativa você acelera a gravação dos dados mas existe o risco de perda de dados em uma queda de energia ou travamento do sistema, aquilo que estiver aberto pode ser perdido.  

logbufs = diz o número de buffers que devem ser guardados na memória, esse número varia de 2 a 8. Nos kerneis mais recentes o 8 já é  padrão. Essa opção ajuda muito o XFS a lidar com arquivos pequenos e aumenta o consumo de RAM. Use 8 e seja feliz!

logbsize = Especifica o tamanho de cada buffer na memória! Você pode especificar o tamanho em bytes ou kilobytes, o padrão é 32k nas versões mais recentes do kernel. Você pode aumentar esse valor para 64k, 128k até o máximo de 256k! Essa opção ajuda muito o XFS a lidar com arquivos pequenos e aumenta o consumo de RAM.  Use 256k e seja feliz!

allocsize = determina o tamanho final da pré-alocação do Buffer de I/O. Seu tamanho varia de 64Kib a 1Gib. Essa opção ajuda a diminuir a fragmentação do disco e aumenta a velocidade de transferência de arquivos grandes. No caso do disco rígido servir apenas para arquivos grandes como imagens ISO, use 512mb, no geral 64mb está de bom tamanho. Você não aumenta o risco de perda de dados com essa opção. Na prática notei que quanto maior esse número, melhor a taxa de transferência, mas também o sistema fica mais "preso" a essa transferência então não abuse.

delaylog = Atrasa a gravação das informações no journal do XFS o máximo possível. São parâmetros internos do XFS que determinarão quando as informações serão salvas. Essa opção acelera muito o XFS mas aumenta o risco de perda de dados no caso de uma queda de energia ou travamento do sistema. Note que você não está desativando o Journal, apenas atrasando a gravação dos dados nele. A opção delaylog não funciona em versões antigas do XFS ou do kernel linux.

osynciosync = Essa aqui é complicada, mas resumindo, essa opção tem haver com uma espécie de garantia de que  as gravações dos dados e metadados ocorram  em sincronia com o cache do disco. Entendeu? Eu também não! :)  Para piorar ainda mais, dizem que essa opção é obsoleta e não faz mais "efeito". Na prática o que notei é que o XFS fica muito mais ágil com essa opção no fstab do que sem ela! Faça os seus testes e observe se ela ajuda mais que prejudica seu sistema. Há sim, ela não é indicada para quem vai ter grandes bancos de dados no disco rígido e também não funciona em versões antigas do XFS e do Kernel Linux. Na prática já tive um sistema meu que deixou de reconhecer os dados da partição /home com essa opção ativa com o kernel 2.6.32! Foi só retirar a mesma do fstab que tudo voltou ao normal!  

inode64 = indica que o XFS pode criar inodes em qualquer lugar do sistema de arquivos, essa opção pode criar problemas em aplicações de backup que não podem lidar com grande número de inodes. Essa opção é sempre indicada em servidores de arquivos quando fui estudar para fazer esse artigo. Na prática achei que aumenta a latência em geral. Também notei o seguinte, ou você usa o inode64 ou usa o allocsize para melhor desempenho. Os dois juntos atrasaram o sistema! Eu prefiro o allocsize para desktop e servidor de arquivos. Faça os seus testes e verifique se ele é bom pra você.


Use o seu editor preferido e como root abra o fstab para colocar alguma das opções acima:

Fstab para os que gostam de desempenho e fortes emoções :)

/dev/disk/by-id/ata-TOSHIBA_MK6465GSXN_31F8B103B-part5 /                    xfs
noatime,nodiratime,nobarrier,logbufs=8,logbsize=256k,allocsize=64m,delaylog,osynciosync               1 1
/dev/disk/by-id/ata-TOSHIBA_MK6465GSXN_31F8B103B-part6 swap                 swap       defaults              0 0

Fstab para os que gostam de desempenho dentro dos limites de segurança

/dev/disk/by-id/ata-TOSHIBA_MK6465GSXN_31F8B103B-part5 /                    xfs
noatime,nodiratime,logbufs=8,logbsize=256k,allocsize=64m               1 1
/dev/disk/by-id/ata-TOSHIBA_MK6465GSXN_31F8B103B-part6 swap                 swap       defaults              0 0

4) Desfragmentando e Reorganiznado o XFS

Esta é uma grande vantagem frente a outros sistemas de arquivos que sua distro pode usar. O XFS é capaz de ser desfragmentado com suas partições montadas e ativas sem risco de perda de dados. Contudo, eu sugiro que o ideal seja fazer isso com todos os programas  e arquivos fechados. O motivo é simples, se for detectado que um arquivo está em uso este arquivo em particular não é desfragmentado. Quanto mais potente for o seu processador mais rápida será a sua desfragmentação. A primeira desfragmentação/reorganização  é bastante demorada.  O comando para desfragmentar é o xfs_fsr e deve ser dado como root. Ele vai reorganizar o sistema de arquivos  um arquivo por vez, procurando compactar e melhorar a disposição das extensões dos arquivos junto aos blocos e inodes, ele também desfragmenta os 10% de arquivos mais fragmentados por vez que é executado. Como root você pode fazer:

xfs_fsr -t 8000 /dev/sdxy -v

Onde o -t é o tempo máximo que ele pode levar para desfragmentar/reorganizar em segundos. Se não colocar o -t o valor padrão é 7200 ou 2 horas. O -v é o modo verbose, ou seja, ele vai te mostrar o que está fazendo, muito bom para saber se ele pulou algum arquivo que estava aberto.

Você também pode saber o quão desfragmentado o seu disco rígido está  antes de executar uma desfragmentação. O comando é:

xfs_db -c frag -r /dev/sdxy

Exemplo da saída do comando:

linux-tl2k:~ # xfs_db -c frag -r /dev/sda5
actual 232989, ideal 232230, fragmentation factor 0.33%



Eu recomendo que você faça uso do xfs_fsr todas as vezes em que uma quantidade grande de programas forem instalados ou removidos, assim como se os seus dados forem alterados de disco ou deletados. Eu não espero a desfragmentação aumentar, como ele reorganiza os inodes o sistema fica  sempre ágil com a execução frequente do xfs_fsr.
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galactus

#1
5) Reparando o XFS

Vamos pensar o pior, seu sistema de arquivos "deu pau"! Como reparar o seu sistema corrompido ou danificado? Tá na mão, com sua partição desmontada e como root faça:

xfs_repair  -v /dev/sdxy

O -v é para ver o que ele está fazendo, sete etapas serão realizadas com um relato ao final de cada uma delas como no exemplo abaixo:
Citar
root@lana-server:/home/lana-server# xfs_repair /dev/sda1
Phase 1 - find and verify superblock...
Fase 2 - usando um log interno
       - log zero...
       - scaneia espaço livre no sistema de arquivos e mapeia estrutura de dados...
       - encontrada maior parte da estrutura de dados do super usuário.
Fase 3 - para cada AG...
       - scaneia e limpa lista de agi deslincados...
       - processa a estrutura de dados conhecidos e apresenta estrutura de dados descobertas...
       - agno =0
       - agno =1
       - agno =2
       - agno =3
       - processa novas estrutura de dados descobertas...
Phase 4 - check for duplicate blocks...
       - setting up duplicate extent list...
       - check for inodes claiming duplicate blocks...
       - agno =0
       - agno =1
       - agno =2
       - agno =3
Phase 5 - rebuild AG headers and trees...
       - reset superblock...
Phase 6 - check inode connectivity...
       - resetting contents of realtime bitmap and summary inodes
       - traversing filesystem ...
       - traversal finished ...
       - moving disconnected inodes to lost+found ...
Fase 7 - verificar and corrigir contagem de links...
pronto

Se o XFS foi desmontado incorretamente, você não poderá usar o comando de reparação sem risco de perda do Journal! Ele avisa isso para você caso isso aconteça. A solução é simples, tente montar a partição XFS para que ele reorganize o journal, desmonte a partição e execute o comando de reparação!

6) Considerações gerais

Na prática e no uso diário do XFS o que eu pude observar foi o seguinte:

1) Na instalação de programas ele é nitidamente mais lento que o ext4. E isso fica evidente ao se estudar um pouco sua organização interna, o XFS foi feito para ser grande, ele lida bem com arquivos grandes, instalar um pacote binário consiste basicamente em descompactar um grande número de arquivos pequenos para depois instalar os mesmos. Portanto ele também é mais lento para descompactar ou compactar arquivos do que o ext4.

2) Ele carrega muito mais rapidamente arquivos PDF que o ext4, quanto maior o arquivo melhor o seu carregamento.  Se vocês prestaram atenção, quando vamos abrir um arquivo PDF ele demora para ser carregado e mais ainda para mostrar todas as figuras e textos dentro dele, principalmente em arquivos cheios de fotos. No ext4 isso é ainda mais marcante, no XFS ele mostra tudo muito mais rapidamente.

3) Imbatível na hora de executar vídeos em alta definição! Alguém aqui já conseguiu executar dois vídeos em HD no ext4 em um Atom sem engasgar o sistema e ao mesmo tempo em que faz tantas outras coisas como no vídeo a seguir? http://www.youtube.com/watch?v=9Or_rZDLbbY&feature=youtu.be

4) Mantém taxas de transferências de arquivos pela rede mais altas e constantes que o ext4.

5) Verifica muito mais rapidamente sua coleção de mp3 pelo Rhythmbox. Aquela barrinha de progresso do Rhythmbox enche muito mais rápido no XFS, além de consumir menos recursos do sistema. Se alguém já notou, em coleções muito grandes, quando o Rhythmbox é chamado e verifica sua coleção, existe um momento em que você não consegue fazer nada no Rhythmbox e algumas vezes até mesmo no sistema em geral. Isso praticamente não acontece com o XFS.

6) Ele é mais lento para abrir e fechar programas que o ext4.

7) Adiciona mais rapidamente a coleção de fotos do Picasa, também consumindo menor recurso do sistema.

8 ) O sistema em geral pode responder um pouco mais lentamente do que com o ext4, mas você consegue fazer mais coisas ao mesmo tempo sem "engasgar" o sistema, principalmente quando faz transferências de arquivos e continua a fazer outras tarefas que exigem muito do disco. Isso também é explicado pela organização interna do XFS, ele possui um recurso de reserva de banda para garantir que todas as solicitações sejam atendidas.

9) Copia, recorta e cola arquivos grandes muito mais rapidamente do que o ext4. Vejam o vídeo a seguir com o meu Atom do trabalho:
http://www.youtube.com/watch?v=_gUVyXGcTRU&feature=youtu.be

10) É muito mais lento para apagar arquivos pequenos do que o ext4.

11) Executa muito mais rápido e consumindo menos recursos do sistema máquinas virtuais do VmWare ou do VirtualBox do que o ext4.

12) Pré visualiza fotos e principalmente filmes mais rápido do que o ext4.

13) Você deve estar se perguntando se ele é um sistema de arquivos seguro, e principalmente com todas aquelas opções no fstab. Nas versões antigas do XFS eu mesmo já perdi dados, só recomendava usá-lo com um NoBreak. Mas nessas versões recentes ele está muito seguro. Mesmo com todas as opções que podem perder dados ativas no meu fstab, e eu fiz questão de usá-lo em máquinas sem Nobreak, o que eu consegui foi: 1) O Gnome chegou a perder as configurações da minha área de trabalho toda personalizada voltando as suas opções padrão.     2) O Rhythmbox "esqueceu" a minha coleção de músicas do trabalho, como se eu nunca tivesse adicionado a coleção de músicas. Tive que mandar ele refazer a coleção, todas as músicas estavam intactas.  3) Arquivos abertos no Openoffice podem ser recuperados, ele os  encontrou mesmo após uma queda de energia e me perguntava se queria recuperá-los.  Então eu não "consegui" perder nenhum arquivo com essas novas versões do XFS mesmo usando ele em modo não seguro.  

14) Lembram daquela minha dica do hdparm no tópico do ext4?  Então, nunca, mas nunca use o -W1 com o XFS, tá lá na empresa que desenvolve o XFS. Numa queda de energia sua máquina virtual pode deixar de existir, entre outras coisas, depois não diga que eu não avisei!


15) O colega lotavio trouxe mais novidades ao tópico, um artigo mostrando como o XFS fica cada vez mais rápido a partir de 4 núcleos de processadores: http://rocha.forenaite.com.br/xfs-um-sistema-de-arquivos-eficiente/    e que a partir do Kernel 3.2.12, o uso do XFS com o escalonador CFQ acaba com muitas das vantagens do paralelismo do XFS.  Façam seus testes pois em alguns casos o CFQ pode continuar sendo uma boa opção, pois a Red hat continua mantendo o CFQ como escalonador padrão do XFS em sua versão 7.

Todas essas observações foram feitas com o XFS e o ext4 tunados em seus fstabs, com o journal interno e apenas um disco rígido para o sistema inteiro. Para servidores a coisa pode ficar ainda melhor para o XFS, principalmente com mais de 32TB de dados e mais de 8 núcleos de processadores!

Era isso pessoal, espero ter ajudado mais do que prejudicado!

Bibliografia Consultada para este Artigo:

http://www.mythtv.org/wiki/XFS_Filesystem
http://www.mythtv.org/wiki/Optimizing_Performance
http://www.gridpp.ac.uk/wiki/Performance_and_Tuning
http://www.novell.com/coolsolutions/feature/15844.html
http://everything2.com/index.pl?node_id=1479435
http://www.ffnn.nl/pages/articles/linux/server-wide-performance-benchmarking.php
http://xfs.org/index.php/XFS_FAQ
http://old-wiki.flexion.org/LinuxFileSystems.html
http://linuxconfig.org/choosing-the-right-linux-file-system-layout-using-a-top-bottom-process
http://mindplusplus.wordpress.com/2008/07/27/scratching-an-i/
http://mindplusplus.wordpress.com/2011/02/02/finding-the-fastest-filesystem-2011-edition/
http://mindplusplus.wordpress.com/2008/07/14/finding-the-fas/
http://ciar.org/ttk/zfs-xfs-ext4.html
http://escovandobits.wordpress.com/2008/07/26/desfragmentanto-particoes-xfs/
http://www.infoblogs.com.br/view.action?contentId=34181&Desfragmentacao-de-arquivos.html
http://www.ibm.com/developerworks/br/library/l-journaling-filesystems/
http://searchenterpriselinux.techtarget.com/tip/How-to-use-XFS-management-tools
http://old.nabble.com/Optimal-XFS-formatting-options--to33140169.html#a33140169
http://searchenterpriselinux.techtarget.com/tip/Exploring-the-features-of-the-XFS-file-system-on-Linux
http://searchenterpriselinux.techtarget.com/tip/Settings-to-optimize-an-XFS-file-system
http://www.practicalsysadmin.com/wiki/index.php/Filesystem_optimisation
http://www.practicalsysadmin.com/wiki/index.php/XFS_optimisation
http://everything2.com/index.pl?node_id=1479435
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jkmsjq

Pelo que eu li ele deve ser indicado para quem trabalha com edição de vídeos, músicas e imagens e servidores em geral.
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"A verdade só é agressiva a quem vive de mentiras". Autor desconhecido.
Twitter: @jeisonkertesz

galactus

Citação de: jkmsjq online 06 de Abril de 2012, 12:21
Pelo que eu li ele deve ser indicado para quem trabalha com edição de vídeos, músicas e imagens e servidores em geral.

De maneira geral sim! Principalmente em servidores de arquivos com mais de 32TB de dados. Mas ele pode ser usado em um desktop tranquilamente, por isso fiz esse artigo. Mas realmente, para quem lida com vídeos ele deveria ser a primeira escolha, a diferença de desempenho com arquivos grandes é nítida quando comparamos XFS e o ext4. Assim como com arquivos pequenos.
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jkmsjq

Será que faz diferença em utilizar em uma máquina virtual... ???
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galactus

Citação de: jkmsjq online 06 de Abril de 2012, 12:58
Será que faz diferença em utilizar em uma máquina virtual... ???

Demais! Lembra que a imagem da máquina virtual é grande? Deu uma olhada no primeiro vídeo que postei acima? É um Atom rodando o XP e mostro outras coisas também.
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jkmsjq

#6
Vou experimentar instalar o Ubuntu 12.04 no Win_7 e ver o que pode acontecer... já tenho um que acabei de instalar, mas vamos brincar um pouco.
Depois eu posto minhas impressões... :D
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galactus

Citação de: jkmsjq online 06 de Abril de 2012, 13:16
Vou experimentar instalar o Ubuntu 12.04 no Win_7 e ver o que pode acontecer... já tenho um que acabei de instalar, mas vamos brincar um pouco.
Depois eu posto minhas impressões... :D

Bom, você vai fazer o inverso do que seria indicado!  Sua máquina virtual vai funcionar dentro do NTFS do Windows! E não dentro do XFS!
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jkmsjq

Citação de: galactus online 06 de Abril de 2012, 13:54
Bom, você vai fazer o inverso do que seria indicado!  Sua máquina virtual vai funcionar dentro do NTFS do Windows! E não dentro do XFS!

Eu se... como falei, vou brincar um pouco... feriadão... sabe como é... ;)
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"A verdade só é agressiva a quem vive de mentiras". Autor desconhecido.
Twitter: @jeisonkertesz

pylm69

Jovem, eu tava lendo aqui e vi que o XFS não pode ser diminuido. confere? E entre ele e BTRFS, qual tu recomendaria, pra uso na raiz do sistema, com /home separada (home em reiserfs).
Rolling Release é o máximo \o/

galactus

Citação de: pylm69 online 23 de Agosto de 2013, 15:36
Jovem, eu tava lendo aqui e vi que o XFS não pode ser diminuido. confere? E entre ele e BTRFS, qual tu recomendaria, pra uso na raiz do sistema, com /home separada (home em reiserfs).

No momento, de longe o XFS!

O BTRFS ainda está praticamente sem ferramentas para checagem do sistema de arquivos. 
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Renan Rischiotto

Aproveitando a deixa....pra que serve e como faz checagem do sistema de arquivos?  ::)

pylm69

Mas e quanto a diminuir uma partição xfs? Comofaz? ??? ou é normal, de boa? É que li num artigo do viva o linux que não pode ser diminuido, somente aumentado @_@
Rolling Release é o máximo \o/

Creto

Leram a mensagem titulo do Galactus inteira? Acho que não! Aqui mesmo ele diz:

CitarComo desvantagens eu poderia
listar:
1) Ele pode ser expandido mas não
diminuído. Isso mesmo, depois de
definido o seu tamanho inicial não
há mais volta se quiser diminuir o
tamanho dessa partição. Então muito
cuidado no planejamento do
tamanho das partições do XFS.

E diz também, leia todo o tutorial antes de se aventurar.

T+

pylm69

 Eu já tinha lido isso, só queria confirmar, vai que algo mudou ;-; enfim, tchau xfs ;--;
Rolling Release é o máximo \o/