Trocar Gnome por KDE no Ubuntu 9.04

Iniciado por vitor lima, 24 de Janeiro de 2010, 22:44

tópico anterior - próximo tópico

vitor lima

Eu uso Ubuntu 9.04.

Gostaria de saber se tem como eu mudar para o KDE sem perder tudo que tenho e se após colocar o KDE há alguma forma de voltar para o Gnome (caso não goste do resultado).


Agradeço desde já.

Valew.

jomafras

Não é uma boa pedida o que vc quer fazer.
Se quer experimentar o KDE instale o Kubuntu.
Vc pode experimentar usando Virtual Box no Ubuntu ou então criando uma partição nova no HD.
O Ubuntu sem dúvida é a melhor Distro.
Pesquise primeiro... só depois abra um tópico.
Canal do YouTube - Blog

vitor lima

Por que vc não acha uma boa ideia ?

Eu já tenho dualboot Windows/Ubuntu (o que ocupa três partições contando com a swap) e uma partição para documentos.

Um HD só pode ter 4 partições né ?

jomafras

Gnome e KDE são ambientes diferentes, com bibliotecas diferentes, programação diferente e programas diferentes.
Se vc misturar os dois vai haver uma confusão dos diabos. Se fosse uma boa idéia não existiria o Kubuntu.
No HD vc pode criar um número ilimitado de partições. O limite é para 4 partições primárias.
Se criar 3 primárias vc tem que criar uma Estendida e dentro dela quantas unidade lógicas vc desejar.
Exemplo : 1-/dev/sda1(primária) = Windows XP; 2-/dev/sda2(primária) = Windows 7; 3-/dev/sda3(primária)=Ubuntu e
4-/dev/sda4(será tbém primária)= Partição Estendida.
Dentro da partição Estendida : 5-/dev/sda5(unidade lógica) =swap; 6-/dev/sda6(unidade lógica)=Kubuntu; 7-/dev/sda7(unidade lógica) = Debian Leny..../dev/sda8..../dev/sda9.....
O Ubuntu sem dúvida é a melhor Distro.
Pesquise primeiro... só depois abra um tópico.
Canal do YouTube - Blog

Polaco

sudo apt-get install kubuntu-desktop

São 180 megas aproximadamente de download, basta reiniciar o sistema que você terá o KDE como ambiente padrão, podendo escolher na tela de login do sistema se quiser ou não entrar pelo GNOME.

É possível manter os dois sistemas instalados em uma mesma instalação do sistema, caso não queira um ou outro, basta pelo fazer um:

apt-get remove (U ou Ku)buntu

Obviamente instalando apenas um ou outro, você terá um sistema mais "puro", com menos bibliotecas carregadas na memória e programas visualmente melhor integrados, contudo, se a sua máquina for atual e não sofrer com falta de memória RAM, o "impacto" sobre o desempenho será praticamente nulo. ;)
Ubuntu 10.04 x64 @ Dell Optiplex 740

RamonB

Já tenho o Gnome e instalei o KDE através do Synaptic, marcando os pacotes kubuntu-desktop e kde-l10n-ptbr. Vão aqui as impressões de um usuário mais para leigo que para técnico sobre esta experiência.


  • depois que instalei os 2 pacotes, re-bootei o computador e na tela de login veio a opção para abrir o Gnome ou o KDE. Escolhi, é claro, o KDE.

  • visual bonito, clean. Acho até que mais bonito que o do Gnome padrão. Algo de que não gosto muito é a moldura das janelas. É bonita mas há pouco contraste entre a janela ativa e as inativas. Nada que uma alteração nas configurações não resolva.

  • quem está acostumado com o menu e o painel do Gnome estranha o KDE, com seu K-menu. Me pareceu um pouco menos intuitivo que o do Gnome mas fica tudo bem depois que se acostuma e se aprende a colocar atalhos no desktop e no painel (mas, por outro lado, é bem parecido com o Iniciar do Windows).

  • logo no início, por duas vezes, sumiu o desktop todo e ficou só uma tela preta. Aí, não aparecia nenhum ícone mas, estranhamente, o dock do Cairo, que eu tenho no Gnome, passou a funcionar (que não funcionava quando a tela estava no "normal"). Pelo dock, consegui encerrar a sessão e reiniciar. E, depois destas 2 vezes, não voltou a acontecer.

  • quando comecei a teclar este texto em um arquivo .txt, as teclas de acentuação não funcionavam. Aí, fui teclando o texto sem acentuação mesmo para ver depois como resolver. De repente, sem eu fazer absolutamente nada além de digitar o texto (nem saí da janela do editor!), as teclas de acentuação milagrosamente começaram a funcionar. Não entendi nada!!!

  • deu um pouco de trabalho para aprender a configurar meu desktop (colocar atalhos, ícones, etc.), principalmente porque o que eu mais usava, que era clicar o item no menu e arrastar para o desktop, não funcionou. Mas, depois que peguei o macete, ficou tranquilo.

  • precisei reconfigurar a rede WiFi. Também deu um pouco de trabalho mas, depois que comparei com a configuração do Gnome (que se instalou automaticamente quando instalei o Ubuntu), acertei no KDE. No início, algumas vezes ele ficava na condição "ativando" e eu tinha que re-entrar a senha. Depois, regularizou.

  • nessa de configurar a rede WiFi, provavelmente fiz algo que me obrigava, a cada vez que entrava a senha do WiFi, entrar também com a senha de uma tal "Carteira". Depois, procurando aqui e ali descobri onde acertar esse problema... mas não anotei como fiz!   :-\

  • logo no início, depois de instalado, o KDE usa o mesmo desktop do Gnome mas... no KDE os ícones dos atalhos foram substituídos por aquele ícone padrão com um lançador e uma mola embaixo. Quando tentei alterar o ícone, veio a mensagem que eu não tenho permissão para essa alteração (apesar de usar o mesmo login e a mesma senha e ser o mesmo usuário). Esses atalhos apontavam para minhas pastas (Vídeos, Música, Documentos, etc.). Quando voltei ao Gnome, os atalhos não apontavam mais para essas pastas e, no duplo clique, aparecia só o conteúdo do arquivo nnnnn.desktop ("nnnnn" é o nome que dei ao atalho) como se fosse um arquivo de configuração. Removi aqueles atalhos no Gnome, criei novos e não os alterei mais no KDE.

  • o Gnome continuou a funcionar normalmente, sem qualquer problema (a bem da verdade, houve duas mudanças: o cursor do mouse e o símbolo equivalente à ampulheta mudaram para o padrão do KDE).

  • depois, passei vários dias entrando só no KDE e "brincando" com ele, além de executar nele minhas atividades do dia-a-dia. Nessa "brincadeira", aprendi a mexer com as configurações, alterar a aparência (que é bem diferente da forma como é feita no Gnome) e outras coisas do gênero.

  • apanhei um pouco para trabalhar com o painel e às vezes ele se desarrumava todo. Até agora não consegui uma convivência pacífica com a configuração do painel mas isto não atrapalhou o uso do KDE.

  • uma coisa chata que acontece (e que alguém já relatou aqui no fórum) é que o KDE não desliga diretamente. Você tem que encerrar a sessão e aí abre-se novamente a janela de login para, somente então, você desligar através desta janela. Não sei se isto é o normal do KDE ou se acontece quando ele é instalado junto com o Gnome.

Conclusão: fazendo apenas uma análise do uso puro e simples (já que não é minha intenção "abrir o capô para olhar o motor" do KDE), o KDE é muito interessante e bom para se trabalhar. No entanto, depois de uma semana de uso, não me pareceu haver uma grande diferença com o Gnome em relação à usabilidade (que, no final das contas, é o que de fato me interessa). Então, vou deixar o KDE instalado para "brincar" com ele de vez em quando mas, já que não apareceram ganhos significativos na usabilidade, estou voltando para o Gnome, com o qual estou bem acostumado.
Notebook: Dell Inspiron 15 5584, 8 GB RAM, 1 SSD 480 GB, 1 HD 1 TByte. Dual-boot Linux Mint Cinnamon 21.1 / Windows 11
Notebook Dell Inspiron 13 5301, 8 GB RAM, SSD 480 GB. Dual-boot Ubuntu Budgie 22.04 / Windows 11
Notebook Lenovo Thinkpad X201, 4 GB RAM, SSD 120 GB. Linux Mint XFCE 21.1

Polaco

Citar(...) uma coisa chata que acontece (e que alguém já relatou aqui no fórum) é que o KDE não desliga diretamente. Você tem que encerrar a sessão e aí abre-se novamente a janela de login para, somente então, você desligar através desta janela. Não sei se isto é o normal do KDE ou se acontece quando ele é instalado junto com o Gnome.

Acho que isso é um bug do KDE do Karmic, não é o comportamento nativo do KDE, e nem foi pra mim no 8.10 quando eu fiz a instalação junto com GNOME.
Ubuntu 10.04 x64 @ Dell Optiplex 740

vitor lima

Valew pela ajuda pessoal.


Vou fazer isso que o Polaco falou e depois volto aki pra postar o que eu achei do resultado.


Eu usava o Kurumin, então já estou mais habituado com o KDE.
Além disso, sinto uma saudade do bom e novo Amarok.


Ah, quanto ao sistema ficar pesado, acho que não terei muitos problemas.
A minha máquina tem 4 Gb de RAM, e um processador dual, só a placa de vídeo que é um lixo (um super lixo na verdade...).


Abrçs

vitor lima

Fala, galera! Tudo bem ?


Finalmente tomei coragem de instalar o Kubuntu aqui.

hehehe


Nossa, eu estava esperando encontrar uma interface parecida com a do linux Kurumin ...
O KDE evoluiu bastante.


Ah, aparentemente ficou um pouco mais lento que o Gnome, mas isso é aceitável tendo em vista as diferenças entre os dois.


Toda vez que vou entrar na internet aparece uma janela me perguntando se pode dar acesso ao aplicativo...
Isso é normal ?



Abrçs

adilson bts

sempre  preferi instalar o ubuntu e depois instalar o kubuntu-desktop, pois percebi que o kubuntu instalado direto parece que falta alguma coisa, nem tudo funciona (parece que os desenvolvedores nao se importam muito com o kubuntu) e isso só no kubuntu, pq instalei o mandriva one com kde4 e funciona mt bem... nem sinto falta dos programas do gnome...   
note aspire 4710, dualcore 1,73, mobile intel grafic media acelerator 950, 2gb ram, Ultimate edition 2.6- Ubuntu 10.04

MauricioLopes

    Citação de: RamonB online 25 de Janeiro de 2010, 21:24
    • uma coisa chata que acontece (e que alguém já relatou aqui no fórum) é que o KDE não desliga diretamente. Você tem que encerrar a sessão e aí abre-se novamente a janela de login para, somente então, você desligar através desta janela. Não sei se isto é o normal do KDE ou se acontece quando ele é instalado junto com o Gnome.

    Conclusão: fazendo apenas uma análise do uso puro e simples (já que não é minha intenção "abrir o capô para olhar o motor" do KDE), o KDE é muito interessante e bom para se trabalhar. No entanto, depois de uma semana de uso, não me pareceu haver uma grande diferença com o Gnome em relação à usabilidade (que, no final das contas, é o que de fato me interessa). Então, vou deixar o KDE instalado para "brincar" com ele de vez em quando mas, já que não apareceram ganhos significativos na usabilidade, estou voltando para o Gnome, com o qual estou bem acostumado.


    Isso acontece porque o KDE está sendo gerenciado pelo GDM (Gerenciado do GNOME). Para que apareça o desligar no KDE (caso você o queira como padrão), vc deve configurar para que o ubuntu use o KDM (Gerenciador do KDE). Normalmente, durante a instalação do KDE (ou kubuntu-desktop), essa pergunta é feita pelo Synaptic, mas a gente nem repara quando vai responder. Então basta dar o comando "sudo dpkg-reconfigure kdm" e escolher o KDM.

    RamonB

    Valeu, Maurício. Por enquanto, tenho usado mais o Gnome. Só vou ao KDE de vez em quando. Então, vou deixar como está.

    De qualquer forma, obrigado.
    Notebook: Dell Inspiron 15 5584, 8 GB RAM, 1 SSD 480 GB, 1 HD 1 TByte. Dual-boot Linux Mint Cinnamon 21.1 / Windows 11
    Notebook Dell Inspiron 13 5301, 8 GB RAM, SSD 480 GB. Dual-boot Ubuntu Budgie 22.04 / Windows 11
    Notebook Lenovo Thinkpad X201, 4 GB RAM, SSD 120 GB. Linux Mint XFCE 21.1