Larguei a pirataria porémm....

Iniciado por Usuario_Leigo, 05 de Novembro de 2009, 05:25

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sboorbou

Concordo inteiramente com o que você disse FLuiz ......

mas só para constar, embora não tenha dito com essas mesmas palavras, usei exemplos que identificavam os profissionais intermediarios no processo de criação de uma gravadora....

mas sabe pirataria não é só musica, não é só software e filmes.... a pirataria é um conceito de levar a melhor...... é um conceito de desrespeito ao alheio.... é o sujeito que, mesmo custando apenas R$ 5,00... apenas R$ 0,25... não importa... ele não esta perdendo com isso....

Acredito que as leis precisam de mudanças sim, mas não a força ( propagando a pirataria ), mas devemos fazer um projeto de lei ( lembrando que a lei não favorece ninguem, nem grande nem pequeno ) fazer abaixo assinados, espalhar a noticia e deixando o conhecimento publico disso.... mas a lei só mudará quando deixarem de existir "espertos" que se recusam a respeitar o direito dos outros........
duvida eu em você sinto... duvida a raiva leva, raiva ao ódio leva, ódio é o lado negro da força - Mestre Yoda

FLuiz

sboorbou,

É lamentável mas, a questão da pirataria envolve realmente a conhecidíssima "Lei de Gérson" (como vc disse nas entrelinhas de sua mensagem).

Um ponto que esqueci completamente de trazer a luz, versa sobre os custos que são lançados em função da própria pirataria (e que não necessáriamente envolve apenas as mídias, livros, textos etc) mas, também em nossa energia, água etc. Caso vc tenha acesso, observe as planilhas de custo das empresas de energia (aqui no RJ, a Light), há uma variável denominada "perda", que nada mais é do que uma previsão de custo dos "gatos", valor este que também é integrante no momento da apuração dos custos dos softwares, músicas, filmes e etc em face de "previsão" de pirataria.

Por isto que afirmei, e estou absolutamente convencido, que a pirataria afeta à todos, mesmo àqueles que não se utilizam deste expediente.

FLuiz

sboorbou,

Me perdoe, faltou complementar.

A questão da legislação, não vejo como solução, porquanto, não consigo imaginar lei que consiga imputar valores no ser humano que devem vir de berço, não obstante sancionar o cometimento do ilícito. Se fosse assim, teríamos vários ressocializados, como sabemos bem que não é assim que funciona. Veja os vários casos de presos que, em regime de benefício, indulto de natal etc, semi aberto, condicional, coltam imediatamente a cometer crimes. (E, por favor, não me venham falar das dificuldades financeiras etc, porque, estaríamos justificando à qualquer um, mesmo um de nós, quando em dificuldades financeiras, roubar, matar etc.).

Ademais, legislação existe, inclusive razoavelmente recente, inserindo texto no artigo 184 do Código Penal, com pena base de 1 à 4 anos.

Observe a lógico que tento esposar para afirmar que a questão do preço é fundamental, desta feita aliada a Lei de Gérson mencionada por vc.

Se o produto tiver um preço acessível, mais pessoas irão compra-lo, o que reduzirá sensivelmente o "custo de perda", o que afetará aqueles que realmente compram (legalmente) o produto.

Na mesma linha, o adepto da "Lei de Gérson", irá raciocinar se é vantagem comprar o piratão, sem qualquer garantia de funcionamento, ou melhor, garantia de nada, ou comprar o original para "tentar se dar bem" em cima das fabricantes (não se assuste, hoje existe o profissional de juizados, aquele que compra e reza, força a barra, chama o padre para que o produto tenha defeito e ganhe o dano moral). O que de toda a sorte não seria ruim para os primeiros, porque, obrigaria as fabricantes melhorar e muito a qualidade de seus produtos.

Ainda, os "piratões", pelo seu preço, tem um problema de custo. A margem deles é "meio que pequena" tendo que ganhar na quantidade. Assim, com eventual redução do preço do produto original como ficaria a margem dos vendedores do piratão ?

Finalmente, na linha das espécies acima, restariam aqueles que realmente, independentemente do preço, garantia etc., optariam pelos piratões. Mas, creio piamente que o número destes seria absurdamente reduzido.

Grande abraço e obrigado por este debate muito esclarecedor e proveitoso.

sboorbou

Sabe,

descordo com a frase
CitarEu vejo a pirataria como uma maneira dos grandões controlarem os pequenos.

pensa da seguinte maneira... existe uma coisa chamado poesia de cordel, ou prosa de cordel, conforme a região.... no interior do norte/nordeste do pais... consiste em prosa, poesia, textos... em geral curtos o suficiente para caber em um pequeno pedaço de folha/cartão e ser pendurado em um varal ( cordel ) para ser vendido em feiras/etc...

o João, escreveu muitas dessas poesias, na verdade foi o trabalho de TODA a vida dele... e colocou uma banca na feira, no interior do certão... vendendo assim seu trabalho pra ganhar seu humilde sustento.... João por ter pouco conhecimento, apenas registrou as poesias sobre seu nome, mas não foi adiante, não conseguiu uma grande produtora para criar um livro/compendium de toda a sua obra e ganhar as livrarias do brasil/mundo.....

um dia um brasileiro/japones/chines/coreano/americano/italiano/alemão/FDP vem de ferias ao brasil e olha a banca do joão, ele fica maravilhado com a criatividade e tudo mais que o SIMPLES joão tem... compra um exemplar de cada uma das prosas dele, foi o dia mais feliz da vida de joão. juntou dinheiro de umas 2 semanas de venda,.....

esse FDP metido a esperto, vai para sua terra natal, com a grana que tem, compila tudo num livro ( usando um estagiário para copiar do papelzinho e escrever no computador ) arruma uma boa editora e se lança mundialmente ( P.S. sei que provavelmente a editora descobriria o plagio por que joão registrou, e o registro da editora seria negado....mas vamos continuar a historinha e não sejamos chatos ) e ganha um rio de dinheiro com o trabalho de joão....

Depois de alguns meses chega la no interior onde joão mora um sobrinho de joão que na cidade comprou um livro que todos na escola estão lendo, joão vendo o livro e as poesias... aciona a justiça.... e ganha todo o dinheiro que o FDP tentou roubar dele........ ( provavelmente o advogado vai passar a perna nele, mas mesmo assim joão ganhou os direitos de suas poesias..... )

Acho certo sim, os direitos autorais como estão estabelecidos agora.... acredito que quem quer ganhar pelo que fez, tem esse direito, como quem quer compartilhar ( vide gpl's e afins ) também tem esse direito...

Acredito sim que a forma que estamos, hoje, sendo pressionados de todos os lados com problemas pirataria X Correto? precisa sim de atenção.... mas a primeira mudança deveria vir nos consumidores, em seguida, os consumidores ditariam as regras do mercado, obrigando assim as grandes produtoras adotarem outros rumos.......

um bom exemplo é a banda Dancing of days... eles distribuem todas as suas musicas de graça na internet.... mas cobram os shows.... o que acho perfeitamente normal e justo.... muitas outras bandas fazem o mesmo e já esta se provando uma tendencia de mercado....( não tão difundida como gostariamos, mas melhor que hontem por exemplo ).

A 1º mudança seria os consumidores, quando eles forem honestos e conscientes o suficiente para "mandarem" nas produtoras, o 1º passo para acabar com a pirataria e termos formas mais justas de distribuição de midia/conteudo... o resto seria consequencia........



P.S. JABA do Dancing of days foi di gratis.......

duvida eu em você sinto... duvida a raiva leva, raiva ao ódio leva, ódio é o lado negro da força - Mestre Yoda

FLuiz

Companheiro,

Me filio ao seu raciocínio, porque, também discordo da frase "Eu vejo a pirataria como maneira dos grandões controlarem os pequenos.", até porque, o exercício do "controle", no caso, não existe.
O que existe, realmente, e simples repasse de "custos" e não para os "pequenos" mas, para aqueles que se valem de compra legal de originais para seus misteres.
O caso da literatura de cordel que vc relatou é emblemático, porque, o "João" fez valer os seus direitos, conforme reza a legislação, que realmente, segundo a minha análise não é ruim. O complicado é a sua fiscalização pelos poderes públicos e/ou representantes dos detentores dos direitos (mais propriamente das grandes empresas que não ligam muito para a pirataria no "varejo", porque, repassam estes custos, normalmente para empresas e/ou grandes compradores), "lascando" quem realmente quer exercer o seu direito/dever de comprar original por preço justo.
Faço somente a ressalva de que há muitos, mas muito mesmo, advogados que não honram a sua missão. Mas, outros há, que tem a sua postura ética e profissional com o cliente e seus direitos elevada a categoria de "modus vivendi".
Finalmente, concordo com vc que a postura do consumidor é fundamental, desde aliada a postura do "fabricante" quanto ao preço de seus produtos. Talvez uma das formas sérias de reduzir (porque acabar, será muito difícil) a pirataria, seria medidas de desoneração de certo pedaço da carga tributária, aliada ao comprometimento das empresas com o custo final do produto e, pincipalmente, a postura de valores éticos do consumidor, como vc afirma em sua msg.

Utopia ? Pode ser. Mas é factível.

Grande abraço.

GuidjeLeGamba

Legal, mas estamos falando de um modelo de mercado, quando há mais opções! A verdade é que dependendo do caso, não é vantagem para o artista essa coisa da grande gravadora e das vendas de cd... Pode ser mais lucrativo ele ter seu material divulgado através de mp3, mundo afora, e acabar lucrando com os shows. Mais ou menos como se o João do Cordel tivesse seu talento reconhecido (mesmo que um "aproveitador" tenha feito uma grana em cima, com a utilização indevida de seus textos) e a partir daí, começasse a lucrar com palestras...

Eu li este texto do David Byrne que explica um pouco melhor as diferenças das possibilidades existentes atualmente e, claro, a opinião dele: http://www.mudernage.com.br/?p=46

Reparem que os modelos 2 e 3 são os que nós nos baseamos durante toda a argumentação (ele cita SEIS possibilidades!).

Eu acho que não adianta bater pé: esse "modus operandi" tradicional das gravadoras e produtoras é falho nos tempos modernos. Uma outra observação: não creio, sinceramente, que o baixo custo de um CD diminuiria a pirataria. Porque, por pirataria, me refiro a download de arquivos também. E convenhamos que é muito mais fácil (e barato, independentemente do custo de um CD) baixar um álbum pela internet do que ter de se deslocar até uma loja para comprá-lo. Um valor mais baixo num CD só diminuiria o comércio dos piratões no "reino de Camelot"...

Citação de: FLuiz online 10 de Novembro de 2009, 18:49
(...) Fala-se ainda da questão moral. A moral é estática, não pode ser medida e calculada conforme o interese de que está a medí-la. Pirataria é definida por lei como crime. Ponto final. Não há questão moral a ser discutida. Imaginem se o sujeito que está na rua catando lixo em frente as suas casas se imaginasse no direito de passar a dormir no seu quintal ou na varanda de seu apartamento, por que, segundo ele moralmente, como ser humano, ele tem direito a moradia digna e a sua presença nos locais mencionados não está "tirando" nada de ninguém. Vcs permitiriam ? (...)

E sobre essa questão de dividir em razões morais e legais: eu havia dividido a questão justamente porque não há o que discutir no âmbito judicial. É crime. Ponto final! A discussão moral não tem nada a ver com a judicial. Quanto ao exemplo do mendigo não sei se atende necessariamente a discussão: não consigo fazer um paralelo dessa situação hipotética com o prejuízo que a pirataria poderia trazer às produtoras e gravadoras (e não me refiro só às produtoras de música). É uma questão de mudança de paradigmas, é necessário repensar como se comercializa e como se lucra com arte e software.

Abraço!!


vinicius_aleao

Não existe essa história de moral estática. Se até o conceito de verdade é dinâmico, o que dizer da moral?

E realmente, como o colega aí em cima colocou, dá sim pra lucrar de outras formas. De fato, o lucro mesmo de um artista vem com shows, não com venda de cds e dvds. Além disso, veja o caso do Radiohead: eles têm lucrado em média R$4,00 por álbum com as doações feitas no site da banda, que permite o download gratuito das músicas (desculpem se perdi a fonte de referência). Isso tudo sem gravadora atravessando o processo. Aqui no Brasil, a maioria dos artistas ganha menos de R$1,00 por álbum vendido, ficando todo o resto para as gravadoras. Então dá, sim, pra pensar num outro modelo de negócios. Claro que, no Brasil, o nível de educação e distribuição de renda populacionais teriam que aumentar um bocado, para que as pessoas realmente considerassem doações aos músicos que adotassem sistema parecido.

Usuario_Leigo

#37
ée... a lei de gérson!?!?!?

não sei... mais um dia desses ouvi falar que tinha um pessoal querendo processar a comunidade do software livre, chamando-os de ladrões e criminosos. Agora pensa comigo aí... e se a "justiça" resolve colocar qualquer um que seja usuário/desenvolvedor de software livre como criminoso... o que você faria? a) concordaria com a lei, pois ela é justa... e somente os justos obedecem a lei, o resto é bandido. b) usaria software livre da mesma maneira, mesmo sendo contra a lei. c) tentaria mudar a lei.



Não sei até que ponto, vocês que falam estas coisas, vivem sem pirataria. eu posso dizer que tento o máximo porém ainda fico louco só de pensar que não dá pra definir isso. O limite que impus a mim mesmo foi mais ou menos o limite que esta comunidade tolera (ao menos na minha opinião).

jogos como frets on fire (pelo menos 99% das músicas do jogo tem copyright), vídeos do youtube, documentos nos quais eu posso ler online em sites como o scribd. Os sites como jamendo, que não é o site oficial das bandas, é apenas um mero agregador de músicas feitas por creative commons. O site internet archive no qual eles dizem disponibilizar conteúdo de domínio público e creative commons, não me dá plena certeza que o que tem ali é realmente de domínio público. Caso eu baixe e gaste energia e tempo de conexão, eu vou ter que deletar caso o que eu tenha baixado seja descoberto ainda estar sob copyright. é tudo pirata né?

O certo seria?
Existirem somente sites "oficiais", e acabarem com os agregadores.
A internet deve ser vigiada pelos provedores de acesso e servidores de website. Tudo isso pra controlar a pirataria.

Não sei daonde tiraram que alguém aqui está dizendo que se deva infringir a lei e usar coisas pirateadas. O que sempre foi proposto aqui, ao menos da minha parte, é uma mudança na lei, para que haja mais liberdade para as pessoas buscarem cultura. Isso além da incapacidade das pessoas de gerar conteúdo em cima daquilo que foi-lhes apresentado.

você acha justo esse pessoal se dizer dono de tudo? é só dar um prejuízo e eles já começam... paaaahhhh prendam o bandido safado que tá me roubando! aí... arrumam uma graninha de multa e ainda por cima metem medo no resto.

Só um conselho... se o copyright continuar da mesma maneira, esqueçam tudo... não coloquem nem mesmo imagem nos seus avatares de gente famosa... não vale a pena... esse pessoal só quer é sugar tudo o que temos. usem apenas gpl/creative commons.

Um dia, eu acabo aprendendo... ou será que não?

FLuiz


CitarLegal, mas estamos falando de um modelo de mercado, quando há mais opções! A verdade é que dependendo do caso, não é vantagem para o artista essa coisa da grande gravadora e das vendas de cd... Pode ser mais lucrativo ele ter seu material divulgado através de mp3, mundo afora, e acabar lucrando com os shows. Mais ou menos como se o João do Cordel tivesse seu talento reconhecido (mesmo que um "aproveitador" tenha feito uma grana em cima, com a utilização indevida de seus textos) e a partir daí, começasse a lucrar com palestras...

Eu li este texto do David Byrne que explica um pouco melhor as diferenças das possibilidades existentes atualmente e, claro, a opinião dele: http://www.mudernage.com.br/?p=46

Reparem que os modelos 2 e 3 são os que nós nos baseamos durante toda a argumentação (ele cita SEIS possibilidades!).

Eu acho que não adianta bater pé: esse "modus operandi" tradicional das gravadoras e produtoras é falho nos tempos modernos. Uma outra observação: não creio, sinceramente, que o baixo custo de um CD diminuiria a pirataria. Porque, por pirataria, me refiro a download de arquivos também. E convenhamos que é muito mais fácil (e barato, independentemente do custo de um CD) baixar um álbum pela internet do que ter de se deslocar até uma loja para comprá-lo. Um valor mais baixo num CD só diminuiria o comércio dos piratões no "reino de Camelot"...

Não discuto haver outras formas do artista ou mesmo das produtoras, gravadoras etc, explorarem comercialmente o produto, o que é totalmente diferente de piratear a obra intelectual de alguém ou grupo de pessoas de forma individual ou à serviço de uma empresa, inclusive quanto ao software. Mas, repito, utilizar-se de outras formas de comercializar o produto é totalmente diferente de pirataria.

CitarE sobre essa questão de dividir em razões morais e legais: eu havia dividido a questão justamente porque não há o que discutir no âmbito judicial. É crime. Ponto final! A discussão moral não tem nada a ver com a judicial. Quanto ao exemplo do mendigo não sei se atende necessariamente a discussão: não consigo fazer um paralelo dessa situação hipotética com o prejuízo que a pirataria poderia trazer às produtoras e gravadoras (e não me refiro só às produtoras de música). É uma questão de mudança de paradigmas, é necessário repensar como se comercializa e como se lucra com arte e software.

Não consigo visualizar a separação do cometimento de ilícito que não decorre do estado famélico ou necessidade de sobrevivência (que realmente tem questões morais e individuais do ser humano) com pirataria de obra intelectual, independentemente de se tratar de música, software ou livros.

CitarNão existe essa história de moral estática. Se até o conceito de verdade é dinâmico, o que dizer da moral?

E realmente, como o colega aí em cima colocou, dá sim pra lucrar de outras formas. De fato, o lucro mesmo de um artista vem com shows, não com venda de cds e dvds. Além disso, veja o caso do Radiohead: eles têm lucrado em média R$4,00 por álbum com as doações feitas no site da banda, que permite o download gratuito das músicas (desculpem se perdi a fonte de referência). Isso tudo sem gravadora atravessando o processo. Aqui no Brasil, a maioria dos artistas ganha menos de R$1,00 por álbum vendido, ficando todo o resto para as gravadoras. Então dá, sim, pra pensar num outro modelo de negócios. Claro que, no Brasil, o nível de educação e distribuição de renda populacionais teriam que aumentar um bocado, para que as pessoas realmente considerassem doações aos músicos que adotassem sistema parecido.

O conceito de verdade é dinâmico e, normalmente, atende aos interesses que lhe são contemporâneos, o que é extremamente perigoso, até porque, os interesses são diversos de pessoa à pessoa.

Pensar desta forma, pode levar a conclusão que nimguém é dono de nada, muito menos de sua própria produção intelectual. Assim, para que produzir intelectualmente.

Não podemos pensar de forma simplista, no sentido de que o direito autoral decorre de simples questão de ganhar dinheiro (o que não vejo como incorreto, até porque é o esforço do trabalho de pessoa, grupo de pessoas ou investimentos de empresas). Mas, visa também, proteger a própria produção intelectual em si.

Imaginem se alguém teria qualquer esforço intelectual se, sob argumento de distribuição livre, a sua obra fosse distribuída aos quatro cantos do mundo sem a devida contraprestação de seu esforço. Provavelmente, nesta hipótese, não teríamos esta discussão porque a luz das velas não iria ser suficiente para a nossa folha de papiro resistir ao carvão "apontado" para a escrita e o mensageiro não teria tempo de levar e trazer as inúmeras mensagens deste tópico.

Citarnão sei... mais um dia desses ouvi falar que tinha um pessoal querendo processar a comunidade do software livre, chamando-os de ladrões e criminosos. Agora pensa comigo aí... e se a "justiça" resolve colocar qualquer um que seja usuário/desenvolvedor de software livre como criminoso... o que você faria? a) concordaria com a lei, pois ela é justa... e somente os justos obedecem a lei, o resto é bandido. b) usaria software livre da mesma maneira, mesmo sendo contra a lei. c) tentaria mudar a lei.

Também não sei, já ouvi falar que o ET de varginha veio para selecionar pessoas de MG para levar ao seu planeta e ser felizes para sempre.

Processar porque ? Qual o fundamento da alegação de ladrão e criminoso ? É necessário mais fundamentos para tal afirmação.

Comparar a sua afirmação de crime o uso do software livre é muito pueril. Veja que o software livre trabalha sob licença que preve a livre distribuição da propriedade intelectual de uma infinidade de pessoas e de algumas empresas (o Ubuntu como exemplo) para uso irrestrito por outro tanto número de pessoas de empresas.

Ademais, se a lei for injusta, não cumprí-la é uma hipótese muito perigosa. Veja vc pode achar justo o profissional liberal, por exemplo, pagar os mesmos (quase) impostos que uma empresa. E daí ? Vamos descumprir a Lei ? Ou é melhor tentarmos mudá-la através de pressão aos nossos representantes ou mesmo apresentando PLP´s (projeto de lei popular). Vc sabia que com um determinado número de assinaturas a população pode apresentar projetos de Lei (tanto em âmbito federal como estadual e municipal)? Que tal, havendo lei injusta, determinado número de pessoas se agrupem e proponham, conforme o caso, ADI´s (Ações Diretas de Inconstitucionalidade) e etc, dentre os vários mecanismos possíveis de atuação popular que não dependem necessariamente de políticos. Eh.......... mas o brasileiro somente se reúne para a cervejinha, falar mal do meu Flamengo (rs) e discutir sobre mulher, qualquer coisa além disso dá muito trabalho......

CitarNão sei até que ponto, vocês que falam estas coisas, vivem sem pirataria. eu posso dizer que tento o máximo porém ainda fico louco só de pensar que não dá pra definir isso. O limite que impus a mim mesmo foi mais ou menos o limite que esta comunidade tolera (ao menos na minha opinião).

Vivo bem, realmente. Uso Windows e SL (Ubuntu e Debian, este mais recente). Os meus Windows tanto os de uso pessoal como de meu local de trabalho, são em maioria esmagadora OEM que vieram com as máquinas (e, quando da compra fiz questão da etiquetinha e lançamento desta condição nas Notas Fiscais das máquinas) e um apenas comprado de "prateleira", em verdade, um XP home, o resto é Ubuntu e Debian, repito, este em fase de teste.

Usuário_Leigo, vejo que vc confunde material de divulgação com material para distribuição. Há diferenças gritantes entre uma e outra forma de utilização do trabalho do artista, bastando apenas, vc "entrar" no google e digitar "material de divulgação e pirataria" que vc conseguirá, com certeza, diferenciar uma da outra.

CitarNão sei daonde tiraram que alguém aqui está dizendo que se deva infringir a lei e usar coisas pirateadas. O que sempre foi proposto aqui, ao menos da minha parte, é uma mudança na lei, para que haja mais liberdade para as pessoas buscarem cultura. Isso além da incapacidade das pessoas de gerar conteúdo em cima daquilo que foi-lhes apresentado.

Não vi em nenhum dos post´s deste tópico ninguém dizendo que o tópico incentiva a pirataria. Em verdade o debate, bastante elegante e com conteúdo, versa até o momento, sobre as posições das pessoas e seu entendimento sobre pirataria.

Citarvocê acha justo esse pessoal se dizer dono de tudo? é só dar um prejuízo e eles já começam... paaaahhhh prendam o bandido safado que tá me roubando! aí... arrumam uma graninha de multa e ainda por cima metem medo no resto.

Tudo ? Que tudo é este ? Cada um, pessoa física ou jurídica é dono daquilo que lhe pertence (perdôe-me a redundância formal). Assim, desde que seja o dono (direto, como produtor do trabalho intelectual ou indireto, como detentor dos direitos sobre o trabalho), acho justo sim.

Eu acho muito perigoso as pessoas se auto intitularem (e não estou dizendo que é o seu caso) juízes do que justo e correto, até porque, como disse o amigo acima, até a verdade é dinâmica, quanto mais os interesses pessoais de cada um.

Veja só o que ocorre neste mesmo fórum. Determinado sujeito pergunta como faer determinada coisa no Windows para que este funcione com Ubuntu. Ou ainda, determinado sujeito faz perguntas sobre o Debian. Ambas mensagens irão para a quarentena porque aqui é fórum exclusivo para Ubuntu. Ora, a primeira pergunta é indiretamente ligada ao tema do fórum e a outra é ligada ao Linux, mais propriamente ao "pai" do Ubuntu - que é o Debian. Assim, acho justo mandar as mensagens para a quarentena ? Não.... Mas é correto o seu envio à quarentena ? Sim..... As regras dispostas no fórum são absolutamente claras. Aqui é fórum só de Ubuntu. Ponto Final.

CitarSó um conselho... se o copyright continuar da mesma maneira, esqueçam tudo... não coloquem nem mesmo imagem nos seus avatares de gente famosa... não vale a pena... esse pessoal só quer é sugar tudo o que temos. usem apenas gpl/creative commons.

O copyright irá continuar desta forma, ou talvez até mais protetivo ao autor intelectual como recente mudança da denominada "Lei Anti-Pirataria", o que vejo com bons olhos, até porque, ficam mais reduzidas as possibilidades de inserção nas planilhas de custo da rubrica denominada "perda", que também é inseriada para o cálculo de venda de música "on line".

Finalmente, ao que tudo indica Usuário_Leigo, vc conhece a licença "aberta", porque també, defendo que o uso das "GPL´s/CREATIVE COMMONS"     

sboorbou

Sabe, ( se eu estiver errado me corrijam ).... mas essa historia aqui, precisa ser beeem explicito o DEPENDE:
CitarA verdade é que dependendo do caso, não é vantagem para o artista essa coisa da grande gravadora e das vendas de cd

Pois, no brasil pelo menos... alugar um estúdio pelo tempo necessário para gravar, mixar, pagar para prensar e distribuir um cd é muiiiiitooooooo caro... sendo proibitivo até mesmo para artistas já conceituados... imagina uma banda que esta começando... ou até mesmo bandas intermediarias que não tem R$ 250,000,00 ou mais para lançar um cd a âmbito nacional ( se a cifra estiver muito baixa/alta, corrijam por favor... mas uma tiragem de 2 milhoes de cd ( julgo ser o minimo para âmbito nacional) somados a um estudio equipado suficientemente bem para uma mixagem boa -- vale lembrar que os mamonas foram mixar seus cds no exterior devido a qualidade oferecida, outros artistas fazem o mesmo.... -- )
Olhando dessa forma, o investimento incial para gravadora/banda é consideravelmente alto.. fora as propagandas em tv/rádio e os jabas para aparecer no faustão/gugu e outros lixos televisivos........... e gastos com os profissionais intermediarios etc..
Uma banda que escolher não passar por essas fazes para subir ( ou seja abrir mão de um selo de gravadora grande ) pode recorrer a colocar suas musicas em mp3 na internet... blz... mas e ai? onde colocar, afinal a internet não é uma rua que te obriga a passar/ver uma coisa se esta indo do ponto a para o ponto b.... ele pode ter um site que tem apenas 3 visitas por mes, e são as namoradas, apenas isso....

Outros sites que podem facilitar e ajudar o artista são tão concorridos que dificilmente seriam olvidos "sem querer" ou atingiriam um publico novo que não estava procurando diretamente por eles.... olhem o site da trama virtual... existe tanta banda lá que provavelmente deve ter musicas nunca ouvidas/baixadas... e esse site não tem uma prospecção tão acentuada assim para uma banda "estourar" de repente....
Mesmo sites de relacionamentos como orkut, myspace e redutos similares tem um alcance curto e mesmo inefetivo... pois uma banda que esta começando concorre com nomes tão grandes de artistas conceituados ( lembram do caso do Tico Santa Cruz e as musicas que a gravadora queria proibi-lo de colocar par download? ) que abafam qualquer ( a maioria nem todos, claro ) escalada para o topo....
E mesmo as bandas que "estouram" por causa da moda ( foi o caso do axé, punk, emocore... ) somem em no máximo 2 ou 3 cd's.... e sem uma gravadora e um bom agente ( que a banda não conseguiria pagar ) eles acabam no esquecimento e somem... alguém lembra de é o tcham???

então, para artistas novos... meu amigo, infelizmente... ou assina com uma gravadora... ou seja banda de show de escola e comício politico.........


Por isso o DEPENDE é muito depende mesmo........
duvida eu em você sinto... duvida a raiva leva, raiva ao ódio leva, ódio é o lado negro da força - Mestre Yoda

Usuario_Leigo

#40
Fluiz...

Me diz aí como é que faz pra controlar a pirataria...

Eu tenho duas idéias...

1- Exigir que as desenvolvedoras de software coloquem software espião para inviabilizar o uso do software ou sistema operacional... tipo você abre o windows e de repente se depara com uma popup que não te permite de jeito nenhum usá-lo

2- Controlar a internet para fiscalizar todos os usuários.

3- A polícia prender todos os que infringirem a lei com direito a multa.

Mas tudo isso tem que ser real... e não ficar só no discurso... aí o pessoal vinha direto para o linux... mas por que eles não tomam atitudes?

Eu conheço muitas músicas legais em creative commons, eu só não sei se posso colocar elas pra download pro pessoal ouvir. pelo que conheço da creative commons, mesmo a mais restritiva me permite compartilhar estes arquivos desde que eu coloque atribuição ao autor e coloque sob mesma licença e não a modifique.

Só pra ter certeza eu posso compartilhar músicas criando álbuns com as melhores que eu achar? Se isso for possível, eu faço um tópico aqui na comunidade pro pessoal ver se gosta kkkkk!!!

É mais fácil ficar perito nas licenças do que aproveitar a internet! kkkkkkkkkkkkkkkkkk!!!!!
Um dia, eu acabo aprendendo... ou será que não?

sboorbou

eu acredito que controlar a pirataria não é restringir... e oferecer.....

1º oferecer vantagens reais para comprar um jogo/musica/filme, por exemplo jogar CS na net, ou jogar wow no server oficial que recebe toneladas de atualizações mensalmente... esses jogos tem pirataria minima ( cs não é o caso, mas ta no espirito ), no caso de musicas... comprar o cd da direito a toque de celular, senha para wallpaper etc.... no caso de filme, bem esse precisa mesmo pensar, pois idependente da ação tomada... uma copia ainda pode parecer mais vantajosa....

2º Oferecer a um preço que mesmo um pirata seria "caro" comparado ao original... um exemplo.. vender jogos viam steam, direct2drive etc a R$ 10,00 -- um pirata a 5, sem atualização, sem jogar nos server oficiais e ter todas as balelas que se ganha por isso? num vale a pena.... fora o fato que se o serial tiver que ser verificado na net para funfar... vai ser dificil pacas crackear ( sempre tem como ) e num vai valer a pena.....

3º Mudanças radicais ( que o brasil precisa desde que deixou de ser imperio ) na cultura popular... do tira o meu e azar o seu. pois o povo, por mais que seja legal ( de correto ), vantajoso do ponto de vista possibilidades... se pude roubar, vai faze-lo...

um exemplo é isto aqui http://www.gizmodo.com.br/conteudo/made-brazil-descoberto-servidor-de-musicas-e-filmes-no-senado

e veja que eles não se enquadrm em "população carente buscando cultura"


e temos o outro lado da moeda....
eu quero jogar "gabriel knight 2 - the interior beast".... e num acho para vender..... sério mesmo, por ser antigo, nem o distribuidor nacional tme mais.... e no mercado de 2 mão.... quem tem num vende....

e agora? acho que a lei do abandowere deveria ser proposta, sério mesmo... mesmo que seja só para jogos com 15 anos ou mais, isso deveria ser pensado.....

duvida eu em você sinto... duvida a raiva leva, raiva ao ódio leva, ódio é o lado negro da força - Mestre Yoda

GuidjeLeGamba

#42
Citação de: FLuiz online 12 de Novembro de 2009, 04:26
Não consigo visualizar a separação do cometimento de ilícito que não decorre do estado famélico ou necessidade de sobrevivência (que realmente tem questões morais e individuais do ser humano) com pirataria de obra intelectual, independentemente de se tratar de música, software ou livros.

Então, se eu vendo CDS piratas ali na esquina para sustentar a minha família, tudo bem? Tornamos a bater de frente com a questão moral da história...

Citar(...) Ademais, se a lei for injusta, não cumprí-la é uma hipótese muito perigosa. Veja vc pode achar justo o profissional liberal, por exemplo, pagar os mesmos (quase) impostos que uma empresa. E daí ? Vamos descumprir a Lei ? Ou é melhor tentarmos mudá-la através de pressão aos nossos representantes ou mesmo apresentando PLP´s (projeto de lei popular). Vc sabia que com um determinado número de assinaturas a população pode apresentar projetos de Lei (tanto em âmbito federal como estadual e municipal)? Que tal, havendo lei injusta, determinado número de pessoas se agrupem e proponham, conforme o caso, ADI´s (Ações Diretas de Inconstitucionalidade) e etc, dentre os vários mecanismos possíveis de atuação popular que não dependem necessariamente de políticos. Eh.......... mas o brasileiro somente se reúne para a cervejinha, falar mal do meu Flamengo (rs) e discutir sobre mulher, qualquer coisa além disso dá muito trabalho......(...)

Sou gremista, mas nada contra o teu Flamengo! HEHEHE... Quanto às PLPs, vou procurar me informar sobre isso. Mas acho meio estranho esse conceito. De qualquer maneira, qual é o percentual da população necessário pra se "criar" um PL, nesse caso? Esse PL tem o mesmo peso de uma proferido por uma "excelência"? Partindo desse pressuposto (que temos autonomia para fazer o mesmo trabalho que a classe política não faz), qual é a justificativa para as "ajudas de custo" de quinze mil que esses cretinos continuam a receber? Hum... Essa última pergunta foi mais um rompante de indignação. Deixa pra lá!!

Citação de: sboorbou online 12 de Novembro de 2009, 07:33
Pois, no brasil pelo menos... alugar um estúdio pelo tempo necessário para gravar, mixar, pagar para prensar e distribuir um cd é muiiiiitooooooo caro... sendo proibitivo até mesmo para artistas já conceituados... imagina uma banda que esta começando... ou até mesmo bandas intermediarias que não tem R$ 250,000,00 ou mais para lançar um cd a âmbito nacional ( se a cifra estiver muito baixa/alta, corrijam por favor... mas uma tiragem de 2 milhoes de cd ( julgo ser o minimo para âmbito nacional) somados a um estudio equipado suficientemente bem para uma mixagem boa -- vale lembrar que os mamonas foram mixar seus cds no exterior devido a qualidade oferecida, outros artistas fazem o mesmo.... -- )
Olhando dessa forma, o investimento incial para gravadora/banda é consideravelmente alto.. fora as propagandas em tv/rádio e os jabas para aparecer no faustão/gugu e outros lixos televisivos........... e gastos com os profissionais intermediarios etc..
Novamente, se nos basearmos nos moldes jurássicos de produção e divulgação da obra, é inviável... Como uma banda começava a divulgar o seu trabalho há, sei lá, quinze anos? Fita demo. Era aquela coisa: se gravava uma fita K7 com demonstrações de músicas, o que era enviado à uma gravadora/distribuidora para que, se gostassem, contratassem os músicos. Com o advento da internet, grava-se a música (muitas vezes em casa, mas com uma qualidade muito superior do que se conseguia em estúdios semi-pro há esses mesmos 15 anos) e joga-se no MySpace, por exemplo, para que o pessoal conheça (veja que não há mais necessidade da intermediação da gravadora/distribuidora para a divulgação do material, somente se o alvo for a mídia tradicional). Quem vai descobrir a banda? Quem quer descobrí-la! Na verdade, isso é uma vantagem em relação ao modo tradicional de fazer a coisa: o processo de divulgação sem custos e para um público selecionado, permite que o público realmente interessado naquele tipo de som tenha facilidade em encontrar o que procura. Já existe um termo para esse novo comportamento: "longtail". Trata-se do conceito de digerirmos mais do que a gente quer e menos do que nos é empurrado goela abaixo pela mídia tradicional.

CitarUma banda que escolher não passar por essas fazes para subir ( ou seja abrir mão de um selo de gravadora grande ) pode recorrer a colocar suas musicas em mp3 na internet... blz... mas e ai? onde colocar, afinal a internet não é uma rua que te obriga a passar/ver uma coisa se esta indo do ponto a para o ponto b.... ele pode ter um site que tem apenas 3 visitas por mes, e são as namoradas, apenas isso....

Bom... Quanto ao "modus operandi", divulgação e o resto, vai depender da capacidade de cada um. A vantagem de se ter uma gravadora, é que a preocupação com marketing não é responsabilidade do artista. Mas, convenhamos, o pequeno artista tem chance quando com uma gravadora? E depois que ele não é mais pequeno, por quê continuar com uma gravadora?

Somente esse ano, conheci no mínimo três bandas, por exemplo, que não são mainstream (ou pelo menos, não se fizeram conhecidos através da mídia tradicional) mas que estão fazendo certo sucesso (para o público alvo deles, que é o que importa): Black Bonzo, Priestess e Black Drawing Chalks. Cada uma dessas bandas, cito-as como exemplo: a primeira, é de rock progressivo, e tem um público naturalmente bem pequeno. Mesmo assim, um ananá brasileiro como eu, acabou descobrindo-os por causa dessas ferramentas de divulgação gratuitas disponíveis pela internet. O segundo caso (Priestess), um amigo me apresentou. É a velha propaganda boca-a-boca. O terceiro caso, pasme, é de uma banda Brasileira (apesar do nome), goiana (eu sou gaúcho) e conheci através da MTV, mas não pararam na telinha por causa da mídia tradicional: esses caras divulgaram o trabalho pela internet e, por serem bons, foram citados por um monte de gente. A MTV tomou conhecimento deles e os convidaram para participar de programas e do VMB. Ou seja: mais do que em nenhum outro momento histórico, faz-se ouvir quem é bom e ouve quem quer e o que se quer. Isso é o "longtail"!

CitarE mesmo as bandas que "estouram" por causa da moda ( foi o caso do axé, punk, emocore... ) somem em no máximo 2 ou 3 cd's.... e sem uma gravadora e um bom agente ( que a banda não conseguiria pagar ) eles acabam no esquecimento e somem... alguém lembra de é o tcham???

Buenas... Cara, isso é simples de explicar: modismo e mídia tradicional nos empurrando porcarias (minha opinião) goela abaixo. Quando algum som está na moda, é óbvio que existe um "buzz" em torno daquilo. Por exemplo: o Iron Maiden na década de 80. Era a música da moda e tocava nas rádios por esse motivo. Depois que aquela febre do metal passou, somente os que realmente curtiam o som continuaram a escutar as músicas deles. Daí, os outros exemplos (axé, punk, emocore e o "É o Tchan"): francamente, sucessos comerciais única e exclusivamente devidos à lavagem cerebral, modismo e jabá. Não perpetuam porque não têm qualidade. Por quê Caetano Veloso (apesar de eu não curtir), Chico Buarque, Sá, Rodrix & Guarabyra, dentre outros, ainda são ouvidos? Ainda bem que ninguém lembra do "É o tchan" (mas do "derrière" da Carla Perez, todos se lembram!!  ;D  ::) :P)

Citação de: sboorbou online 12 de Novembro de 2009, 09:31
eu acredito que controlar a pirataria não é restringir... e oferecer.....

1º oferecer vantagens reais para comprar um jogo/musica/filme, por exemplo jogar CS na net, ou jogar wow no server oficial que recebe toneladas de atualizações mensalmente... esses jogos tem pirataria minima ( cs não é o caso, mas ta no espirito ), no caso de musicas... comprar o cd da direito a toque de celular, senha para wallpaper etc.... no caso de filme, bem esse precisa mesmo pensar, pois idependente da ação tomada... uma copia ainda pode parecer mais vantajosa....

2º Oferecer a um preço que mesmo um pirata seria "caro" comparado ao original... um exemplo.. vender jogos viam steam, direct2drive etc a R$ 10,00 -- um pirata a 5, sem atualização, sem jogar nos server oficiais e ter todas as balelas que se ganha por isso? num vale a pena.... fora o fato que se o serial tiver que ser verificado na net para funfar... vai ser dificil pacas crackear ( sempre tem como ) e num vai valer a pena.....

3º Mudanças radicais ( que o brasil precisa desde que deixou de ser imperio ) na cultura popular... do tira o meu e azar o seu. pois o povo, por mais que seja legal ( de correto ), vantajoso do ponto de vista possibilidades... se pude roubar, vai faze-lo...

um exemplo é isto aqui http://www.gizmodo.com.br/conteudo/made-brazil-descoberto-servidor-de-musicas-e-filmes-no-senado

e veja que eles não se enquadrm em "população carente buscando cultura"


e temos o outro lado da moeda....
eu quero jogar "gabriel knight 2 - the interior beast".... e num acho para vender..... sério mesmo, por ser antigo, nem o distribuidor nacional tme mais.... e no mercado de 2 mão.... quem tem num vende....

e agora? acho que a lei do abandowere deveria ser proposta, sério mesmo... mesmo que seja só para jogos com 15 anos ou mais, isso deveria ser pensado.....

Assino embaixo...

Abraço!!


FLuiz

Prezado Usuário_Leigo,


Citação de: Usuario_Leigo online 12 de Novembro de 2009, 09:07
Fluiz...

Me diz aí como é que faz pra controlar a pirataria...

Eu tenho duas idéias...

1- Exigir que as desenvolvedoras de software coloquem software espião para inviabilizar o uso do software ou sistema operacional... tipo você abre o windows e de repente se depara com uma popup que não te permite de jeito nenhum usá-lo

2- Controlar a internet para fiscalizar todos os usuários.

3- A polícia prender todos os que infringirem a lei com direito a multa.

Mas tudo isso tem que ser real... e não ficar só no discurso... aí o pessoal vinha direto para o linux... mas por que eles não tomam atitudes?

Eu conheço muitas músicas legais em creative commons, eu só não sei se posso colocar elas pra download pro pessoal ouvir. pelo que conheço da creative commons, mesmo a mais restritiva me permite compartilhar estes arquivos desde que eu coloque atribuição ao autor e coloque sob mesma licença e não a modifique.

Só pra ter certeza eu posso compartilhar músicas criando álbuns com as melhores que eu achar? Se isso for possível, eu faço um tópico aqui na comunidade pro pessoal ver se gosta kkkkk!!!

É mais fácil ficar perito nas licenças do que aproveitar a internet! kkkkkkkkkkkkkkkkkk!!!!!

A finalidade do combate à pirataria é a sua erradicação (o que é pura utopia), até porque, controlar a pirataria presume que vc tenha conhecimento do ilícito e o controle com maior ou menor grau de rigor o que levaria inexoravelmente à corrupção, que é outro grande problema que envolve o microcosmo chamado pirataria que está inserido no macrocosmo chamado "mazelas do Brasil".

A questão de vir ou não vir para o Linux, em meu sentir, ainda envolve questões sobre drivers proprietários e, principalmente, a sustentabilidade para os jogos, questões estas que enquanto não forem resolvidas, não permitirão uma massificação do Linux, pelo menos é este o meu entendimento.

O problema de pirataria pode ter início de solução (já que são várias nuances que envolve o caso), nas sugestões apresentadas pelo sboorbou. Este é realmente o início, desonerando-se ainda, a carga tributária sobre determinados produtos, tornando o piratão desvantajoso. Acho que o caminho é por aí.

Prezado GuidjeLeGamba,

CitarEntão, se eu vendo CDS piratas ali na esquina para sustentar a minha família, tudo bem? Tornamos a bater de frente com a questão moral da história...
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Não......., falha minha, o estado famélico e de sobrevivência que mencionei é um termo técnico utilizado no "direitês", cuja sobrevivência não é manutenção sua ou de sua família, é sobrevivência mesmo, salvar a sua vida ou de sua família ou terceiro, mais ou menos como se fosse na legítima defesa. Assim, ficam as minhas escusas pela falta de clareza.

CitarSou gremista, mas nada contra o teu Flamengo! HEHEHE... Quanto às PLPs, vou procurar me informar sobre isso. Mas acho meio estranho esse conceito. De qualquer maneira, qual é o percentual da população necessário pra se "criar" um PL, nesse caso? Esse PL tem o mesmo peso de uma proferido por uma "excelência"? Partindo desse pressuposto (que temos autonomia para fazer o mesmo trabalho que a classe política não faz), qual é a justificativa para as "ajudas de custo" de quinze mil que esses cretinos continuam a receber? Hum... Essa última pergunta foi mais um rompante de indignação. Deixa pra lá!!

E vamos de Grêmio, vc sofre também (HEHEHEHE).

A verdade é que ainda vivemos no período colonial, onde somente aquilo que se quer que o "populacho" saiba é o que o "populacho" vai saber.

Veja só.

"Como se faz uma lei popular

A população pode participar da elaboração de leis através dos Projetos de Lei (PL) de Iniciativa Popular. Eles consistem na apresentação de um abaixo-assinado à Câmara dos Deputados, subscrito por, no mínimo, 1% do eleitorado nacional, distribuído por, pelo menos, cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.

Os PLs  de Iniciativa Popular seguem a mesma tramitação no congresso que os projetos de iniciativa de um parlamentar. São submetidos à aprovação dos deputados, senadores e do Presidente da República como todos os outros projetos de lei.

Os projetos de iniciativa popular são regulamentados pela Lei 9709/98, que também rege os plebiscitos e referendos. Estes dois são consultas formuladas ao povo para que delibere sobre assuntos de grande relevância de natureza constitucional, legislativa ou administrativa.

A diferença entre eles é que o plebiscito é convocado com antecedência a um ato legislativo ou administrativo, deixando a cargo da população a decisão sobre o rumo que o assunto tomará, enquanto o referendo é um instrumento que vem depois do ato, cumprindo ao povo ratificar ou rejeitar a decisão." (Fonte: http://poupaclique.ig.com.br/materias/324501-325000/324675/324675_1.html)

Além deste mecanismo, há vários nos quais a população pode, inclusive em sede do Poder Judiciário, arguir inconstitucionalidade de leis, decretos, pedir prestação de contas etc, Direitos estes que são sumariamente escondidos do cidadão.

A questão da "ajuda de custo" decorre do princípio da representação da população, onde determinado cidadão, de conduta ilibada (huahuahuahuahua), notório espírito público (huahuahuahua) representa os interesses dos cidadãos de seu município/cidade/estado (vereadores, deputados estaduais e federais, além dos senadores) - huahuahuahuahuahuahua. Perdô-me, mas, em toda a oportunidade que me lembro destes conceitos molho as calças como se fosse um piá.

Não se preocupe com rompantes de indignação, porque o País precisa disto. Se mais pessoas ainda tivessem capacidade de se indignar talvez muita coisa, mas muita coisa mesmo seria diferente.

Prezado sboorbou,

+ 1. Assino em baixo.

Abraços à todos.

Usuario_Leigo

#44
Então a solução para o combate à pirataria é diminuir os preços e oferecer mais recursos únicos?

Ha!
Eu vejo um problema nisso... eles não estariam "combatendo" de forma direta a pirataria, mas sim competindo com a mesma. Já que tudo não passa de competição, por que demonizar a cópia não autorizada?

E acredito não existir esta lei do abbadonware pois como detentores do direito de cópia, eles podem fazer o que quiser com ela, até mesmo não vendê-la. Assim como eu já ouvi falar que a rede globo compra alguns programas só para outras tvs não exibirem e competir com ela.
Eu também sou doido pra ter um super nintendo com tudo originalzinho e novo de fábrica pra poder jogar na tv, assim como também poder usar as roms no meu pc. Masss sabe como é né?

A não ser é claro, que se mude a lei.

Persisto no argumento de que isso não é roubo, porém pela lei é crime.

Ah! Ta aqui uma matéria em que a ms acusa o linux de violar várias patentes. Já pensou se a "justiça" concorda com eles?
http://br-linux.org/linux/microsoft-diz-que-linux-viola-42-patentes


Ainda não li esta notícia porém parece que algo está acontecendo... kkkk
http://br-linux.org/2009/projeto-de-lei-pretende-liberar-copia-de-musicas-e-de-livros/

Mas continuaria a ser roubo, caso a lei mudasse, na opinião de vocês?
Um dia, eu acabo aprendendo... ou será que não?