Gnome 3.0 no horizonte

Iniciado por Ricardo Tiburcio, 04 de Abril de 2009, 13:16

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hedbruno

CitarDiferente do menu atual que cobre ícones embaixo, essa nova abordagem permite que o usuário acesse conteúdo no desktop mesmo com o menu de aplicativos listados. Não tem usabilidade? Acho que está tendo muita resistência a mudanças. São protótipos e já caminham numa boa direção.

Concordo com o amigo acima, estou gostando do caminho que o gnome esta seguindo,  resistência a mudanças e coisa de windows users, quem não gostar do resultado vai sempre ter outras opções como LXDE(estou testando atualmente) e xfce.

felipeborges

Resultado é uma coisa, outra é meu computador de 512mb de ram ser tratado como ultrapassado e incapaz de rodar um ambiente gráfico decente. É preciso manter a cabeça no lugar para não virar uma interface do Window$ (inútil e pesado). Sou a favor de mudanças e novas implementações, mas que sejam em plugins ou softwares não obrigatório para o uso do Window Manager. Já pensou você querer fazer uma instalação simples num netbook com HD bem limitado e baixa memória, e ser obrigado a por Compiz, Emerald e Desklets? Isso só pra usar o ambiente gráfico?  :-\
Meu blog sobre GNU/Linux
Debian Lenny e Gentoo.

Ricardo Tiburcio

Acho que um dos focos do Gnome sempre foi ser um sistema enxuto e não creio que justamente num momento de transição de versão os desenvolvedores vão cometam o erro de pesar demais. Pelo contrário. Uma mudança mais profunda certamente vai exigir bastante trabalho sobre o código e portanto pode ser justamente um bom momento para limpá-lo de qualquer "gordura" que possa ter se acumulado durante o ciclo de vida do 2.X.

Por outro lado, uma coisa é inevitável: a medida que qualquer programa ganha novos recursos ele acaba ficando maior, mais pesado e exigindo mais hardware. Programas bem feitos podem minimizar este aumento, mas querer aumento de recursos e diminuição das exigências de hardware ao mesmo tempo é um tanto complicado.

Por fim, vale lembrar que com 512 de memória e um processador mais antigo (de 3, 4 anos) já dá pra rodar muita coisa, inclusive Compiz, Deskletes e firulas gráficas do tipo. O mundo do linux em geral é bem generoso com hardware "antigo".

felipeborges

Citação de: Ricardo Tiburcio online 12 de Abril de 2009, 18:03
Acho que um dos focos do Gnome sempre foi ser um sistema enxuto e não creio que justamente num momento de transição de versão os desenvolvedores vão cometam o erro de pesar demais. Pelo contrário. Uma mudança mais profunda certamente vai exigir bastante trabalho sobre o código e portanto pode ser justamente um bom momento para limpá-lo de qualquer "gordura" que possa ter se acumulado durante o ciclo de vida do 2.X.

Por outro lado, uma coisa é inevitável: a medida que qualquer programa ganha novos recursos ele acaba ficando maior, mais pesado e exigindo mais hardware. Programas bem feitos podem minimizar este aumento, mas querer aumento de recursos e diminuição das exigências de hardware ao mesmo tempo é um tanto complicado.

Por fim, vale lembrar que com 512 de memória e um processador mais antigo (de 3, 4 anos) já dá pra rodar muita coisa, inclusive Compiz, Deskletes e firulas gráficas do tipo. O mundo do linux em geral é bem generoso com hardware "antigo".

Com certeza, inclusive eu possuo Compiz, Emerald e AWN instalados, porem no meu dia-a-dia, não tenho necessidade de utiliza-los e por isso reforço que não se pode obrigar o usuário a utilizar os efeitos gráficos (os quais virão por padrão, a principio, no gnome 3).
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Ricardo Tiburcio

Uma tradução do planejamento da versão 3.0 (http://live.gnome.org/ThreePointZero/Plan) pode ser encontrada aqui http://tgplima.net84.net/?p=10.

felipeborges

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ChausDevereaux

Citação de: felipeborges online 12 de Abril de 2009, 16:42
Resultado é uma coisa, outra é meu computador de 512mb de ram ser tratado como ultrapassado e incapaz de rodar um ambiente gráfico decente.
Sinto lhe informar, mas um computador com esta quantidade de memória está ultrapassado há muito tempo. Dependendo do resto da sua configuração, você só está adiando o inevitável: um upgrade.

Citação de: felipeborges online 12 de Abril de 2009, 16:42
É preciso manter a cabeça no lugar para não virar uma interface do Window$ (inútil e pesado).
Você tentou rodar o Vista com 512 MB de RAM. Acertei?

Citação de: felipeborges online 12 de Abril de 2009, 16:42
Sou a favor de mudanças e novas implementações, mas que sejam em plugins ou softwares não obrigatório para o uso do Window Manager. Já pensou você querer fazer uma instalação simples num netbook com HD bem limitado e baixa memória, e ser obrigado a por Compiz, Emerald e Desklets? Isso só pra usar o ambiente gráfico?  :-\
Netbooks com HD pequeno e pouca memória estão morrendo. Além disso, para esses mais limitados, opções não faltam: OpenBox, LXDE, XFCE, ...

achteutis

olha, se expandir as possiblidades do gnome, já seria fantástico.

exemplo, lembrado do enlightenment 17: que os applets do painel possam ser colocados tanto nele quanto no desktop. não uso painel (mantenho escondido), e não vejo ele como algo essencial para o uso. quanto a substituir o compiz, creio que seja questão de possibilitar que o usuário final escolha.
Toshiba Satellite m302, core 2 duo 1.83Ghz, 3G de ram, chipset intel, Ubuntu Oneiric Oncelot (11.10) 32 bits.
Netiqueta: http://pt.wikipedia.org/wiki/Netiqueta
http://oquenaoestanogibi.wordpress.com/, blog crítico de HQ, no início.

Ricardo Tiburcio

Pessoal

Acho que é preciso tomar cuidado com a idéia de máquina ultrapassada, por duas razões.
Primeiro porque o que interessa realmente não é se sua máquina é top de linha ou antiga, e sim se ela faz o que você precisa. Pra quem roda processador de texto e navegação na internet 512mb de memória, um chip mais antigo e uma placa mãe baratinha podem ser mais do que suficientes. Pra quem gosta de jogos em 3D, ou trabalha com imagens de alta resolução, vídeos de qualide profissional ou coisa deste tipo 2Giga de memória, um chip mais ou menos e uma placa de vídeo de 128, por exemplo, podem até ser pouco. Já quem quer entender o genoma humano, a fomração do universo ou os efitos de uma explosão nuclear pode precisar de um "pouco" mais de hardware (http://www.top500.org/list/2007/06).
Além disso, que é óbvio, eu tenho a impressão que muita gente substima o que hardwares mais antigos ainda podem fazer, especialmente se o software for bem feito. Eu já disse abaixo e repito aqui. Com 512 de memória, num computador comprado em julho de 2005, e que já não era "top" naquela época, eu rodo o Ubuntu 8.10 sem problemas, inclusive com Compiz*. Duvido que eu seja o único. Ok. Não dá pra rodar "aquele sistema", mas dificilmente isso é um problema do meu hardware, até porque o próprio fabricante do dito cujo está apressando o desenvolviemnto das usa nova versão, em parte pelas muitas reclamações de usuários a respeito da má performance do mesmo (mal softaware portanto, e não hardware depreciado).

Independente de qq outra coisa, o modelo de plugins e opcionais usado por vários programas para acrescentar funcionalidades parece ser bem interessante no sentido de permitir que cada usuário adeque o mesmo a suas necessidades e a suas possibilidades de processamento. Neste ponto concordo com o Felipe. Não sei se o gnome vai seguir esta linha**, mas que é um modelo interessante é.
Por fim, acho mesmo que os recursos a serem acrescentados ao Gnome 3.0 (pelo menos os que foram mostrados nos vídeos já disponibilizados) não devem pesar tanto assim. Tanto porque não envolvem grandes firulas gráficas (vejam que não tem nada rodando na tela, flipando, tremendo, queimando) quanto porque isso iria muito pra fora da linha "filosófica" do proprio Gnome. Mesmo assim não custa lembrar que ainda não foi decidio pelos desenvolvedores se estas novas funcionalidades vão substituir de vez os painéis e menus usados até o momento ou se estes serão mantido como opcionais, ou seja, quem prefere continuar tendo estes recursos disponíveis ainda tem chance de dar sua opinião.

*Que por sinal não roda no meu outro computador bem mais novo e "parrudo" porque o fabricante da placa de vídeo não dá suporte adequado ao Linux. Tá vendo a importância do software?

**Me parece que foi um pouco por ai que o KDE seguiu a partir da versão 4, pelo menos para os elementos da área de trabalho (plasmóides, se não me engano). Eles tem uma coleção deles disponível, mas você habilita só o que quiser.

felipeborges

Nunca instalei um sistema Micro$oft em minha maquina, sou usuário Linux de longa data. E os WM open sources sempre se mostraram respeitadores dos hardwares razoáveis, tanto que rodo GNOME (instalação Debian 5.0) e o consumo normal fica em torno de 140mb (com compiz). Pra mim, as evoluções de usabilidade já foram muito grandes, é chegado o momento de investir em estabilidade, de ter programas de altíssima qualidade (como as últimas versões do GNOME, ex.: 2.26), abrindo de forma espantosa, aplicativos abrindo em alta velocidade, e isto é possível! Quem já utiliza um WM dos tipo *box sabe da sensação que estou falando, é uma sensação de poder/usabilidade incrível.
Trabalho somente com programação, e nunca tive dificuldades para cumprir estes objetivos com o meu hardware atual.

Sobre os portáteis, comprei um Eee PC 701 por ser barato e realmente portátil (diferente dos grandes notebooks que ninguém usa na rua) e seu hardware para as funções de notebook dá e sobra! Por isso reforço a ideia anterior de consolidar novidades com estabilidade.

Eu ainda acho um absurdo um sistema operacional e um ambiente gráfico consumirem 50% ou mais da memória de seu sistema, como o próprio Linus disse em The Code Linux, o sistema deve servir de ferramenta para se fazer uso das aplicações (Office, Web, Gráficas e etc...).

O que se vê no Window$ Vi$ta, por exemplo, é um sistema bebedor de memória, na qual a memória consumida não responde a altura em recursos para o usuário.

:D
Meu blog sobre GNU/Linux
Debian Lenny e Gentoo.

ChausDevereaux

Vocês são sempre prolixos assim?

Citação de: felipeborges online 15 de Abril de 2009, 19:53
Nunca instalei um sistema Micro$oft em minha maquina
Por que isto é motivo de orgulho, alguém pode me explicar?

Citação de: felipeborges online 15 de Abril de 2009, 19:53
E os WM open sources sempre se mostraram respeitadores dos hardwares razoáveis, tanto que rodo GNOME (instalação Debian 5.0) e o consumo normal fica em torno de 140mb (com compiz).

Historicamente, o Linux sempre exigiu menos hardware para fazer a mesma coisa que o Windows. O consumo de memória do Debian é ridículo, é um ponto forte dele, mas eu acho que não serve pra desktop. Dá pra deixar o Ubuntu tão leve quanto o Debian, mas demanda um certo trabalho -- não tanto quanto deflorar uma virgem (Slackware).

Citação de: felipeborges online 15 de Abril de 2009, 19:53
Pra mim, as evoluções de usabilidade já foram muito grandes, é chegado o momento de investir em estabilidade, de ter programas de altíssima qualidade (como as últimas versões do GNOME, ex.: 2.26), abrindo de forma espantosa, aplicativos abrindo em alta velocidade, e isto é possível!

Usabilidade é um conceito subjetivo (e volátil) demais. O que é usável para você pode não ser para mim, ou para outros. E eu não vi nada de mais no GNOME 2.26, só está um pouco mais rápido. Instável, o GNOME nunca foi, o desenvolvimento dele é conservador demais para que fosse (reclamam muito do KDE 4 nesse sentido). Abrir aplicativos em alta velocidade é um pouco difícil, dado o número de bibliotecas e a complexidade da maioria dos programas. Talvez nos programas mais simples, mas programadores são só programadores, e não milagreiros.

Citação de: felipeborges online 15 de Abril de 2009, 19:53
Por isso reforço a ideia anterior de consolidar novidades com estabilidade.

Novidade e estabilidade são, por definição, incompatíveis. Primeiro se lança uma novidade, para depois ir refinando ao longo do tempo (como o KDE 4).

Citação de: felipeborges online 15 de Abril de 2009, 19:53
Eu ainda acho um absurdo um sistema operacional e um ambiente gráfico consumirem 50% ou mais da memória de seu sistema, como o próprio Linus disse em The Code Linux, o sistema deve servir de ferramenta para se fazer uso das aplicações (Office, Web, Gráficas e etc...).
Um pente de memória de 2GB DDR2-800 está na faixa de R$90,00, ou menos, dependendo da região. Até aquelas máquinas foleiras vendidas em lojas de eletrodomésticos vem com 1 GB de RAM, no mínimo. Você está sendo pragmático demais.

Citação de: felipeborges online 15 de Abril de 2009, 19:53
O que se vê no Window$ Vi$ta, por exemplo, é um sistema bebedor de memória, na qual a memória consumida não responde a altura em recursos para o usuário.
Um E2160 com 1 GB de memória já é o suficiente para rodar qualquer Windows rodar decentemente, e grande parte da memória que ele usa é para cache, assim como o Linux.

yzarc

o conceito de gnomeshell é bem interessante e inovador. é como se o painel contivesse o desktop e nao o contrário.cria desktops virtuais sobre demanda, e nao um número fixo q quase sempre é subutilizado é uma economia de memória (eu acho). também acho q nao vai ser mais pesado q um desktop com o compiz, e talvez possa ser utilizado sem animações em computadores mais modestos.
videos
http://www.gnome.org/~otaylor/gnome-shell-talk/

ja o Zeitgeist (usei ctrl+c ctrl+v) parece nome de raça de cachorro :) acho q só usando pra saber, a primeira vista nao me parece melhor do que a estrutura de árvore do nautilus. me imagino com a mão na testa tentando lembrar quando foi a ultima vez q abrir tal arquivo. acho q tá mais pra sistema de busca q pra um substituto do nautilus.
video:
http://seilo.geekyogre.com/uploads/2009/03/Zeitgeist.ogv
; Linux is almost there!

Ricardo Tiburcio

Definição de Zeitgeist segunda a Wikipédia. Tem até um áudio com pa rponúncia correta. Só resta saber se o Gnome 3.0 conseguirá mesmo ser "o espítiro do nosso tempo".


Ricardo Tiburcio