Conheça o novo sistema que ameaça o windows

Iniciado por ucastrobr, 11 de Janeiro de 2009, 20:53

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ucastrobr

Spock – "After a time, you may find that having is not so pleasing a thing, after all, as wanting. It is not logical, but it is often true."
("Depois um de tempo você vai perceber que ter algo pode não ser tão prazeroso quanto deseja-lo. Isto não é lógico, mas frequentemente é verdade.")

RicardoSEP

Saiu no New York Times e o Terra traduziu a seguinte reportagem sobre o Ubuntu e o Mark Shuttleworth:

Eles são uma praga miserável ou as pessoas capazes de superar o Windows. Escolha. Em dezembro, centenas desses controversos desenvolvedores de software se reuniram por uma semana na sede do Google em Mountain View, Califórnia. Eles vieram do mundo todo, exibindo muitos dos sinais usuais dos soldados do software: jeans, cabelo preso em rabo de cavalo, barba desgrenhada e olhos vermelhos.

Mas em vez de programar pela melhor oferta, os desenvolvedores coordenavam um esforço, sobretudo voluntário, para solapar o sistema operacional da Microsoft, Windows, que gerou cerca de US$ 17 bilhões em vendas no ano passado. O estardalhaço se centrava em algo chamado Ubuntu e um homem com o nome de Mark Shuttleworth, um carismático bilionário sul-africano de 35 anos, que trabalha como o líder financeiro e espiritual desse clã da codificação.

Criado há mais de quatro anos, o Ubuntu emerge como a versão mais celebrada e de maior expansão do sistema operacional Linux, que compete com o Windows primordialmente devido a seu preço extremamente baixo: zero.

Estima-se que mais de 10 milhões de pessoas rodem o Ubuntu atualmente, e elas representam uma ameaça à hegemonia da Microsoft nos países desenvolvidos e talvez uma maior ainda em regiões que correm atrás da revolução tecnológica. "Se tivermos sucesso, podemos mudar os fundamentos do mercado de sistema operacional," disse Shuttleworth em um intervalo do encontro, o Ubuntu Developer Summit. "A Microsoft precisaria se adaptar, e acho que seria saudável."

O Linux é gratuito, mas existe dinheiro envolvido nos serviços para o sistema operacional. Companhias como IBM, Hewlett-Packard e Dell instalam Linux em mais de 10% de suas máquinas vendidas como servidores, e empresas pagam esses fabricantes de hardware e outros, como as vendedoras de software Red Hat e Oracle, para obter assistência técnica e atualização de seus sistemas com base em Linux.

Mas a Canonical, companhia de Shuttleworth que desenvolve o Ubuntu, decidiu focar suas aspirações de médio prazo sobre os PCs usados por trabalhadores e usuários em suas residências.

O sonho de um competidor de peso com base em Linux para fazer frente ao Windows e, em menor escala ao Mac OS X, da Apple, é recorrente para os defensores do software de código aberto. Eles defendem a idéia de que um software que pode ser alterado gratuitamente pelas massas pode se provar melhor e mais barato do que o código protegido produzido por corporações enfadonhas.

Em sua tentativa, entretanto, os fanáticos por Linux fracassaram na missão de tornar o sistema hegemônico em computadores pessoais e portáteis. O software por vezes estranho permanece no reino dos geeks, não das avós. Com o Ubuntu, acreditam os devotos, as coisas talvez finalmente mudem.

"Acho que o Ubuntu capturou a imaginação das pessoas em torno do Linux no PC," disse Chris DiBona, gerente para código aberto do Google. "Se há esperança para o Linux no PC, são eles." Quase metade dos 20 mil funcionários do Google usa uma versão levemente modificada do Ubuntu, apelidada de Goobuntu.

Pessoas que se deparam com o Ubuntu pela primeira vez o acham bem similar ao Windows. O sistema operacional tem uma interface gráfica eficiente, menus familiares e todos os softwares comuns em computadores: navegador de internet, programas de e-mail e mensagem instantânea e um conjunto de utilitários para criar documentos, planilhas e apresentações.

Companhias de tecnologia estabelecidas já notaram o entusiasmo acerca do Ubuntu. A Dell começou a vender computadores com o software em 2007, e a IBM recentemente tornou o Ubuntu a base de um pacote de software que compete com o Windows.

A Canonical, que tem sede em Londres, possui mais de 200 funcionários em tempo integral, mas sua força de trabalho vai muito além, através de um exército de voluntários. A companhia pagou para que cerca de 60 voluntários fossem ao seu evento de desenvolvimento, considerando-os importantes contribuidores para o sistema operacional.

Outros mil trabalham no projeto Debian e disponibilizam seu software à Canonical, enquanto cinco mil disseminam informação sobre o Ubuntu pela internet. E 38 mil já se cadastraram para traduzir o software em diferentes línguas.

Quando uma nova versão do sistema operacional é disponibilizada, os devotos do Ubuntu se avolumam na internet, geralmente prejudicando os web sites que o distribuem. E centenas de outras organizações, a maioria universidades, também ajudam na distribuição. O instituto de pesquisa tecnologia IDC estima que 11% das empresas americanas possuem sistemas baseados no Ubuntu. Ou seja, muitos dos maiores consumidores do Ubuntu estão na Europa, onde o domínio da Microsoft enfrenta intensos escrutínios regulatórios e políticos.

O Departamento de Educação da Macedônia confia no Ubuntu, fornecendo 180 mil cópias do sistema operacional às crianças, enquanto o sistema escolar espanhol possui 195 mil computadores com Ubuntu. Na França, a Assembléia Nacional e a Gendarmerie Nationale, a polícia militar, contam com o Ubuntu num total de 80 mil PCs. "A palavra 'gratuito' foi muito importante," disse Rudy Salles, vice-presidente da assembléia, observando que com ele a legislatura abandonou a Microsoft.

Sem dúvida, a rápida ascensão do Ubuntu teve a ajuda do fervor em volta do Linux. Mas é Shuttleworth e seu estilo de vida ostentoso que geram boa parte da atenção dada ao Ubuntu. Embora prefira se vestir casualmente como os desenvolvedores, algumas de suas atividades, inclusive uma viagem ao espaço, são tudo menos triviais.

"Veja, tenho uma vida privilegiada, certo?" disse Shuttleworth. "Sou bilionário, bacharel e ex-cosmonauta. A vida não poderia ser melhor. Ser um geek de Linux traz equilíbrio à força."

A primeira parcela da fortuna de Shuttleworth veio após ele se formar em negócios na Universidade da Cidade do Cabo em 1995. Ele pagava suas contas operando uma pequena consultoria de tecnologia, configurando servidores Linux para companhias rodarem seus sites e outras operações básicas. Sua inclinação aos negócios e seu passado tecnológico o inspiraram a tentar aproveitar o interesse crescente pela internet. "Sou mais um acadêmico que um negociante afiado," disse. "Estava muito interessado em como a internet estava mudando o comércio e determinado a ir atrás disso."

Em 1995, Shuttleworth decidiu abrir uma companhia chamada Thawte Consulting, que oferecia certificados digitais, um mecanismo de segurança que navegadores usam para verificar a identidade das companhias. Aos 23 anos, ele visitou a Netscape para promover uma ampla padronização desses certificados. A Netscape, então líder em navegadores da web, comprou a idéia e a Microsoft, que faz o internet Explorer, imitou.

Com o crescimento da mania ponto.com, companhias se mostraram interessadas na lucrativa firma sediada na África do Sul. Em 1999, a VeriSign, que coordena uma série de serviços de infra-estrutura da internet, comprou a Thawte por US$ 575 milhões. (Shuttleworth havia recusado uma oferta de US$ 100 milhões meses antes.) Único proprietário da Thawte, Shuttleworth, filho de um cirurgião e de uma professora de jardim de infância, se tornou muito rico com apenas 26 anos.

Então o que faz um novo e criativo milionário? Shuttleworth olhou para as estrelas. Em 2002, pagando o estimado de US$ 20 milhões a oficiais russos, ele garantiu uma viagem de dez dias ao espaço e à Estação Espacial Internacional pela Soyuz TM-34, se tornando o primeiro "afronauta," como a imprensa o chamou na época.

"Após vender a companhia, não fiquei em uma situação de iates e loiras," disse. "Estava bem claro que me encontrava em uma situação única, em que devia escolher fazer coisas que caso contrário não seriam possíveis." Nos anos seguintes, Shuttleworth investiu em capital de risco e organizações de caridade. Através de investimentos nos Estados Unidos, África e Europa, disse, ele acumulou uma fortuna de mais de US$ 1 bilhão.

No entanto, ele passa 90% de seu tempo trabalhando na Canonical, que considera outro projeto que desafia o que é possível. "Investi bem, mas nunca me senti preenchido," disse. "Temo chegar ao fim da minha vida e sentir que não construí nada de verdade. E realizar o que é considerado impossível é atraente." O modelo da Canonical dificilmente seria rentável.

Muitas companhias de código aberto distribuem versões gratuitas limitadas de seus softwares, enquanto vendem uma versão completa com serviços complementares para mantê-lo atualizado. A Canonical distribui tudo, incluindo seu produto principal, e então espera que as companhias contratem seus serviços, como a administração de grandes grupos de servidores e computadores ao invés de confiá-los a especialistas internos.

A Canonical também recebe de companhias como a Dell, que vende computadores com Ubuntu e com quem trabalha conjuntamente em projetos de engenharia de software, como inclusão em laptops de recursos baseados em Linux. Levando tudo em consideração, a receita anual da Canonical está em torno de US$ 30 milhões, disse Shuttleworth. Esse número não preocupa a Microsoft.

Mas Shuttleworth defende que US$ 30 milhões anuais é o suficiente, exatamente o que precisa para financiar atualizações regulares do Ubuntu. E um sistema operacional gratuito que se paga, disse, pode mudar o modo como as pessoas vêem e usam seu software cotidiano.

"Estamos criando a paz mundial ou mudando fundamentalmente o mundo? Não," ele disse. "Mas podemos mudar o que e quanto de inovação por dólar as pessoas esperam."

Link: http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI3440553-EI4801,00-Conheca+o+sistema+livre+que+ameaca+o+Windows.html

clcampos

O colega ucastrobr já deixou este link no fórum, o que poderia deixar seu tópico como duplicado.

Porém além do link você deixou também o texto então vou unir o seu tópico ao dele.

[]'s

Cristiano
Cristiano/Timóteo - MG
.: Como Fazer Perguntas de Forma Inteligente :.                
Com dúvida? pesquise!

0tacon

 É. Estamos no mapa. Já não somos mais uma sujeirinha numa carta de navegação. Agora vamos aguardar um punhado de novos usuários meio atrapalhados no fórum.
É uma pena que o Goobuntu seja restrito ao pessoal do Google. Me deu uma curiosidade...
Mas esse artigo tem um erro: ele fala como se as massas pudessem modificar um SL. Essa é boa. Não é nem qualquer programador que tem conhecimento para tanto. A possibilidade não chega nem a ser teórica. É apenas conceitual.


rjbgbo

Citação de: 0tacon online 11 de Janeiro de 2009, 22:33
.....
É uma pena que o Goobuntu seja restrito ao pessoal do Google. Me deu uma curiosidade...
......

Otacon, a poucos dias li sobre um tal SO interno da Google, que poderia vir a ser o tão falado SO da Google, se for um derivado do Ubuntu. heheeh

Outra coisa, está p/ sair a versão 2 do navegador Chrome, que li algo sobre ter versões p/ Linux e Mac; além de umas boas novidades que me agradaram. Essa Google ñ é brincadeira, e muitos afirmam que será a empresa dessa área no futuro.

Qto a matéria do post, muito bom, eu por exemplo ñ substimo um empresário de visão como o Mark, que além disso é sortudo.
Linux User #440843 | Ubuntu User #11469

Alakazan

Eu fico com raiva do Goobuntu ser só do Google.
Como ele pode ser opensource PORÉM restrito?
PC é como ar-condicionado: é só abrir Windows que ele para de funcionar.
Tentando ser melhor - desculpem o incômodo!

carlosaluisio

Citação de: rjbgbo online 11 de Janeiro de 2009, 22:51
Citação de: 0tacon online 11 de Janeiro de 2009, 22:33
.....
É uma pena que o Goobuntu seja restrito ao pessoal do Google. Me deu uma curiosidade...
......

Otacon, a poucos dias li sobre um tal SO interno da Google, que poderia vir a ser o tão falado SO da Google, se for um derivado do Ubuntu. heheeh

Outra coisa, está p/ sair a versão 2 do navegador Chrome, que li algo sobre ter versões p/ Linux e Mac; além de umas boas novidades que me agradaram. Essa Google ñ é brincadeira, e muitos afirmam que será a empresa dessa área no futuro.

Qto a matéria do post, muito bom, eu por exemplo ñ substimo um empresário de visão como o Mark, que além disso é sortudo.

Ricardo!

O Konqueror do KDE 4 é também baseado no webkit, é super rápido, e eu acho que pode até vir a ser melhor. Eu nao gostei mto do chrome. em navegador, nada como firefox ou opera.
Em tempo, que bela iniciativa essa reportagem!
Sds. Carlos
Ubuntu Lucid é 10 !!!

livre1

Já viram http://baixaki.ig.com.br/download/gos.htm não sei se e do google mais que dizem que tem a cara dele.


A ele e feito a partir do ubuntu.

0tacon

 O gOS não é o Goobuntu. É uma distro vendida nos PCs da Wallmart nos Estados Unidos, e tem lá seus fãs. O gOS é cheio de "applets" google, ou "widgets", sei lá... Mas o Goobuntu é outra coisa, e também não é o Gobuntu - que morreu de apatia anêmica amarelona.


RicardoSEP

#9
A versão BETA do Chrome 2 já está disponível para download. Porém somente para Windows. Quem quiser testar: http://dev.chromium.org/getting-involved/dev-channel/

Aqui explica como buildar o Chrome no Linux. Eu não testei. Quem quiser: http://code.google.com/p/chromium/wiki/LinuxBuildInstructions

Eu estou testando aqui no meu Windows XP e sinceramente eu ainda sou mais o Firefox ou Opera. Não achei o release notes da versão 2 Beta para a versão 1 do Chrome. Quem tiver e saberas difernãs de um para outro, poste para nós.

Alakazan

Eu gosto do Chrome.
E acho que faz tempo que falam que o Ubuntu ia acabar com o Windows e ele não acabou. O povo fica sempre na mesma tecla, o Ubuntu vai acabar com Windows, o Ubuntu vai acabar com Windows, o Ubuntu vai acabar com Windows... vamos virar o disco?
PC é como ar-condicionado: é só abrir Windows que ele para de funcionar.
Tentando ser melhor - desculpem o incômodo!

agente100gelo

Citação de: Alakazan online 11 de Janeiro de 2009, 23:01
Eu fico com raiva do Goobuntu ser só do Google.
Como ele pode ser opensource PORÉM restrito?

Eu imagino que seja só uma customização.

Já existem relatos que o Android, o SO do Google baseado no Linux, já vai começar a rodar no ASUS EEE PC. Daqui a pouco passa pra o desktop deles, e pro mundo.
Advogado e analista de sistema cearense.
Twitter: @glaydson

dom diniz

Eu acho mais fácil o tal Linux da google ser alguma derivação do Android do que do Ubuntu ( tipo Mac OS e Iphone), teria mais lógica e chamaria mais a atenção.


Sobre o texto, caramba teve horas que eu fiquei na dúvida se era a favor do linux ( e do ubuntu) ou se ele queria desmerecer o sistema.


ps.: por mais que eu pense não consigo me empolgar nem em testar o chrome2 ( usei assim que foi lançado mas já foi)
Preocupem-se com a criação de mais programas e não de mais distros.
link
Ga-945GM-S2Dual|Core 2 Duo E4600|2GB DDR2 Kingston667|Radeon X300 128|XP+ubuntu 10.04 || DELL Vostro 1310 + ubuntu 10.04

agente100gelo

Citação de: dom diniz online 12 de Janeiro de 2009, 13:05
Eu acho mais fácil o tal Linux da google ser alguma derivação do Android do que do Ubuntu ( tipo Mac OS e Iphone), teria mais lógica e chamaria mais a atenção.

É pública esta informação que eles usam um derivado do Ubuntu, só não proporção de uso citada no texto. Na época (e até hoje) não havia Android para desktop.
Advogado e analista de sistema cearense.
Twitter: @glaydson

velox256

Caramba, moçada, chega de tanta distribuição, já não bastam as calamidades que vemos por aí sujando a imagem do Linux e tem gente curiosa em como é a distro usada pelo Google? :)
Computador perereca, com disco perereca, monitor perereca e sistema super xuxu. Visitem a minha página em http://sidserra.k6.com.br ou meu blog em http://sidserra.blogspot.com.br.