Portugal e o Linux - devagar se vai ao longe...

Iniciado por sylvester, 18 de Outubro de 2008, 12:11

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sylvester

Enquanto vejo com tristeza que Portugal continua a parceria com a Microsoft no plano tecnológico, fiquei contente em saber que os portáteis "Magalhães"  serão distribuidos num dual boot windows/linux.
A distribuição escolhida não podia deixar de ser a nacional Caixa Mágica.
Não sendo perfeita, a solução agrada porque dá-se a oportunidade de os jovens dos 6 aos 9 anos terem contacto com os dois sistemas operativos.
http://www2.caixamagica.pt/pag/f_notc00.php?id=213
http://www.portatilmagalhaes.com/

Assim se vê Portugal a passo de caracol com a divulgação do Linux. Curioso é que o Ministério da Justiça Português já utiliza o Linux há alguns anos - daí o excelente suporte para Linux do Cartão do Cidadão.

Já agora fica aqui a noticia que o "Magalhães" que já exportado para a Venezuela ( com Linux) vai ser exportado também para o Brasil com o nome de "Mobo.
"http://www.portatilmagalhaes.com/mundo/magalhaes-no-brasil-pode-herdar-o-nome-de-mobo/

http://opensourceformac.blogspot.com/                                      http://easyubuntulinux.blogspot.com/

0tacon

#1
 Nunca aconteceu um caso de roubo de dados do Cartão do Cidadão atravéz de pragas de Windows, como acontece bastante com dados bancários (pelo menos aqui deste lado do Atlântico)? Fico pensando se não é bem mais seguro usar o Cartão do Cidadão pelo Linux.
Quanto ao Mobo, a Positivo já vende um Mobo aqui, mas esse da Magalhães parece ser melhor. As primeiras unidades do Positivo Mobo (com Windows XP) não vinham com o programa para ajuste da resolução adequada para a tela de LCD, cuja resolução é de 1024x600 se eu não me engano. O resultado é que ele vinha de fábrica com resolução de 800x600 completamente achatada. Nada que um download não resolvesse, mas para o tipo de público alvo do Mobo (primeiro computador, e de baixo custo)... deve ter gente usando o Mobo achatado até hoje.
Quanto ao "passo de caracol" do Linux em Portugal, a única solução seria a adoção em massa pelo Estado. Aqui no Brasil, em matéria de autarquias e empresas estatais (federais), somente a Caixa Econômica Federal resiste ao Linux - eles exigem que o usuário acesse os serviços virtuais pelo Windows. Com um bom apoio das universidades públicas (que aqui são de longe as melhores) a coisa do Linux vai para frente.
Agora, esse hardware do Magalhães (Celeron 900 e bateria de baixa autonomia) é difícil de aturar. Tem como vantagem a câmera integrada e o disco rígido de 30GB, bem melhor que o SSD do EEE. Mas ia custar muito mais um Intel Atom?


Luciano Gardim

Muito boa a notícia.

Conheço muita gente que nunca comeu jiló, mas não gosta. Com o linux é assim também.

Precisamos dar a oportunidade da escolha.
Um dia eu faço um blog... um dia.

flsantos

A próxima versão do Magalhães já vai trazer o Atom.
Já é de louvar não se terem esquecido da Caixa Mágica, mas com os contratos novos com a Microsoft não deve durar muito o dual-boot.
Há uns anos quando se falava em adoptar o software livre para a administração pública veio cá o Gates distribuir "rebuçados" e este facto foi completamente esquecido. Era ver as filas de governantes para o beija-mão ao Gates.
Agora que o Magalhães está a ficar na boca do mundo, vem cá o Balmer e volta tudo ao mesmo.