Mark Shuttleworth pede sincronização na publicação das distros GNU/Linux

[rjbgbo]

Mark fala em seu blog que um calendário de lançamentos conjuntos beneficiaria tanto a usuários como a distribuidores. "Se dois ou três, Red Hat, Novell e Debian estiverem dispostos a acordar quanto a uma data mais próxima (referindo-se à próxima versão LTS) e portanto com versões sincronizadas do kernel, ferramentas de compilação, Gnome e KDE, X e Openoffice, e com um período de seis meses e entre 2 e 3 anos para as LTS, então eu felizmente reajustaria o calendário do Ubuntu". Por enquanto o Debian diz que não gosta da idéia.

Por enquanto o Debian diz que não gosta da idéia.

Fontes:
http://www.noticiaslinux.com.br/nl1210818660.html
http://www.linuxnarede.com.br/index2.php?subaction=showfull&id=1210793479&archive=

Semana passada, li isso nos RSS que assino e achei interessante a idéia.

Diante, de que venho lendo nova/ sobre reclamações sobre a nova versão do Ubuntu, conforme no tempo do Gutsy, venho tirando umas conclusões a mais sobre o GNU/Linux e também do SL de modo geral.

Acredito que é muito mais frustante p/ usuários c/ maior tempo de uso de GNU/Linux verem essas instabilidades acontecerem num SO que se notabilizou entre utras coisas sobre sua estabilidade.

Pois bem, o que se deseja do GNU/Linux é um SO prático, seguro e estável, aliado a sua característica Open Source, p/ se  poder fazer as tarefas habituais seja no campo do entreterimento e/ou profissional.

E isso vem acontecendo ultima/ nesse tempo em que esse SO está se voltando p/ o desktop. E daí surgem os problemas, que estão ocasionandos essas queixas nas trocas de versões.

Por isso, acho muito correto essa idéia, grds foristas daqui já me falaram sobre isso.

É como eu disse no outro tópico do Alarcon sobre o Xorg.conf: http://ubuntuforum-br.org/index.php/topic,34869.0.html

Galactus disse:

Lançar uma nova versão a cada 6 meses com tudo o que puder de mais novo é muito arriscado. No fim das contas, nós usuários do Ubuntu e do Fedora, é que estamos servindo de cobaia para as novas funcionalidades a serem implementadas nas distros Linux. Não tô dizendo que isso é exclusividade das duas distros!

A Canonical só não socou o Kernel 2.6.25 dessa vez por ser essa versão 8.04, uma versão  LTS!  Lembram do Ubuntu 7.04 com o novíssimo Xorg 7.2 recém lançado? E como uma distro considerada Final sai com o navegador chefe ainda em estado BETA?

Por isso o pessoal da Mandriva é bem mais cauteloso! Entre outras distros. Quanto tempo levou para o Patrick colocar um Kernel série 2.6 como padrão no Slackware, comparado com a concorrência?   Ele deixou a coisa amadurecer bem, outras distros testar bem tudo pra ele, para só então colocar no Slackware.

Só quero deixar claro que eu uso o Ubuntu por aceitar esse estilo de desenvolvimento! Ninguém é obrigado a usar distro nenhuma! Cada um escolhe a que melhor te serve.

O pessoal vem tentando fazer do Linux um sistema fácil para usuário final, e não só para Geeks de plantão! Mas com isso são obrigados a quebrar com muita coisa já feita e que sabem que funciona. É como já andei lendo sobre a biblioteca GTK2. Chegaram num limite, se quiserem melhorar bastante, vão ter que começar tudo do zero! Tudo novo! E isso vai dar a maior dor de cabeça com certeza! Pois deve ficar incompatível com o que já tinha antes e que eles sabem que funcionam bem, mas chegou no seu limite de desenvolvimento!

É soda esse lance do Xorg.conf, mas era isso ou a coisa não ficava automática. Mas somos nós que estamos na linha de frente dessa bagaça! Por isso sofremos mais com esses problemas.

Era isso.

É por essas coisas que no meu Desktop, não tirei e nem pretendo tirar o Ubuntu 7.10! Só  no Notebook é que estou usando o 8.04. Me parece que a equipe de desenvolvimento da Canonical está dando mais atenção a Notebooks do que aos Desktops! Tenho lido muito mais coisas sobre usuários felizes com o Hardy em Notebooks do que em Desktops. Não tenho do que reclamar do Hardy no Notebook, cheguei a fazer testes com o Hardy no Desktop de casa e não resolvi arriscar.

O mundo do GNU/Linux e os demais SO Open Source e SL, precisam  a começar a raciocinar menos emocional/, pois o mercado consumidor está se voltando p/ esse mundo.

[carlosaluisio]

É isso aí.

Eu mesmo, com todos os bugs que vi relatarem no Hardy (eu esperava que não existisse praticamente nenhum, já que é uma LTS), nem vou trocar para ele. Fico com o Gusty mesmo.

A que eu vi menos problemas foi o feisty mesmo.. aco que foi a melhor de todas, junto com o Dapper, que nao pude usar, mas vi poucas reclamações

[alexcosta67]

Parece que a notícia foi recebida com desconfiança pela comunidade.

http://www.guiadohardware.net/artigos/ideologia-ubuntu/

[-.-]

Alguns dos tópicos recentes do fórum do DistroWatch Weekly incluem a violação da GPL por alguns distribuidores e o boicote à Novell e a seus produtos por causa do papel da empresa na legitimação da infame acusação sobre patentes da Microsoft no Linux.

ridiculo.a Novell só assinou o acordo pelas vantagems,como o OOXML e outras além dessa,e até onde eu sei uma empresa não vai perder oportunidades por causa de ideologia

alem do mais a MS ta ganhando dinheiro vendendo Suse.

alem do mais² a Novell vende o Suse Enterprise Desktop e Enterprise Server que tem clientes corporativos que não ligam para ideologias.

Vai nos poupar tempo e dinheiro? Vai aumentar nossa produtividade? Tem recursos úteis? É fácil falar com os desenvolvedores? Eles ouvem os usuários? Têm idéias inovadoras? Levam a sério a segurança do software?

é assim que uma empresa pensa,não é porque meia duzia de pessoas dizem que o Windows é do mal que uma empresa vai parar de usar,se ela achar que o linux correspondera mais as suas espectativas ela troca,se o windows for melhor ela deixa.

que é um capitalista agressivo, como também tem como único propósito (de acordo com o CEO de outra empresa Linux) a destruição de todas as outras distribuições do mercado.

claro que sim,afinal se você trabalha anos em cima de alguma coisa,é obvio que queria ser o melhor,logo se destaca.

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afinal,os freetards (retirado do meiobit @_@) só atrapalham,afinal porque ao invés de atrapalharem o ubuntu ou outra distro eles não ajudam em alguma coisa ?

R:porque são zeros a esquerda,não sabem de nada e não tem habilidades para tal.

[0tacon]

 É... eu também fiquei com o Gutsy... é decepcionante o que fizeram com o Hardy, incluir mais coisas novas do que melhorar o que já existia.
Mas essa da desconfiança... caramba, o povo vive de sub-mídia mesmo! Sempre tem os malas que querem boicotar isso, que detestam aquilo, e os malinhas que vivem de factóides.

...boicote à Novell e a seus produtos por causa do papel da empresa na legitimação da infame acusação sobre patentes da Microsoft no Linux.

Isso me lembra o caso da campanha do "boicote à Nestlè" por causa do trabalho escravo na Costa do Marfim. É aquela coisa que não se sabe de onde vem a informação, normalmente procedente daquela disposição para se acreditar em "monstros". Informações provenientes de meios de comunicação "alternativos". Não que esses meios não tenham seus méritos, pois a grande mídia é comprada, mas enfim...

ridiculo.a Novell só assinou o acordo pelas vantagems,como o OOXML e outras além dessa,e até onde eu sei uma empresa não vai perder oportunidades por causa de ideologia

Óbvio! o negócio é grana! "Danem-se os GNU-chatos", pensam eles! Como uma empresa dessas não tem interesse de ficar apoiando ideologias, também não tem interesse em confrontá-las de uma forma "esportiva". Ninguém faz isso para ser um [seu palavrão preferido aqui]. O que dá lucro dá lucro.
E hoje em dia até dá para ser uma empresa sendo razoável, devido ao próprio interesse de se promover um nome e uma marca... Deve ser isso que fez do Ubuntu uma grande distro.

alem do mais a MS ta ganhando dinheiro vendendo Suse.

Como? Me desculpe, mas essa eu não entendí direito, disso eu tô meio desinformado. Tem a ver com o OOXML?

[-.-]

Como? Me desculpe, mas essa eu não entendí direito, disso eu tô meio desinformado. Tem a ver com o OOXML?

essa noticia é mesmo bombastica,o acordo entre a Novell e a MS deixava a MS vender Suse server ou desktop...eles vão faturar alguns milhões vendendo...na China @_@

http://www.meiobit.com/linux/microsoft-vendendo-linux-um-negocia-da-china

ps:o acordo entre a MS e a Novell rendeu um bom dinheiro para a Novell.

[0tacon]

Como? Me desculpe, mas essa eu não entendí direito, disso eu tô meio desinformado. Tem a ver com o OOXML?

essa noticia é mesmo bombastica,o acordo entre a Novell e a MS deixava a MS vender Suse server ou desktop...eles vão faturar alguns milhões vendendo...na China @_@

http://www.meiobit.com/linux/microsoft-vendendo-linux-um-negocia-da-china

ps:o acordo entre a MS e a Novell rendeu um bom dinheiro para a Novell.

uahuahuhauhau...
Juro que tô rindo disso! Eu achei engraçado mesmo... de tão irônico.

[sylvester]

Um terço das receitas da novell vem desse acordo.
Agora quanto à questão de boicotar a Novell, acho ridiculo.
Para muitos não interessa se a Novell é a empresa que mais investe dinheiro no linux. Não importa se grande parte das inovações do kde e do gnome vem de programadores da Novell.
Não importa se projectos como o openoffice, beagle, appmor, evolution e outros são desenvolvidos pela Novell.
Não importa se a Novell oferece ferramentas com o build service, que permite a criação de pacotes de forma fácil não só para o suse, mas para ubuntu, Debian, fedora, Mandriva,etc.
Não importa se a Novell oferece um produto de qualidade com o opensuse, estável e perfeitamente utilizável como SO principal, ao contrário da RedHat que oferece um fedora que é o equivalente ao debian sid, completamente instável.
( Veja-se que a ultima versão do fedora vem com o xorg beta e nem sequer existem drivers nvidia para ele! E sim, um dia o yum vai destruir todo o seu sistema!)
Não importa se esse acordo aumentou as vendas e a divulgação do Linux.
Tudo isso não importa para quem é fanático e odeia a Microsoft.
Eu não morro de amores pela Microsoft, mas isso não me vai impedir de utilizar uma das melhores distros linux disponiveis gratuitamente.

[zoroastro]

situação complicada. Fiquei com vontade de sair do Ubuntu agora, com uma pulga atrás da orelha dizendo que estou numa organização que pode dar lucro à um porco.

[IgorM0L]

  O Mark quer que o GNU/Linux vire Just in Time?

  Sou totalmente contra isso. As grandes distribuiçoes nao precisam de estar sempre instalando novos pacotes e novos conceitos. Isso eh uma verdadeira falta de respeito com a filosofia de cada distribuiçao.
  Cada distro deve seguir sua propria filosofia de tempo e desenvolvimento, senao, na pratica elas se tornarao tudo a mesma coisa, nao tendo mais para que haver tantas distros, caindo no velho problema que tanto falavamos: o monopolio.

 

[zoroastro]

Código Selecionar Expandir

caindo no velho problema que tanto falavamos: o monopolio.

e nao é isso que ele pode estar querendo?

[-.-]

não é isso que toda empresa quer ?

[IgorM0L]

Eh, talvez a Comunidade Linux deve ter mais cuidado com Mark Shuttleworth 

[Pedro Martins]

Seria interessante que o povo lesse os dois artigos do Mark e não apenas as notícias ultra-resumidas que os sites disponibilizam:
Primeiro artigo
Segundo artigo

Tudo bem que os artigos estão em inglês, mas quem entende o idioma deveria ler os textos antes de dar uma opinião. É ótimo para compreender melhor a idéia dele e entender o que ele realmente quer dizer com lançamentos simultâneos.

A idéia é focar na estabilidade de todas as distribuições, pois todas estariam usando versões idênticas dos mesmos softwares. Todos estariam utilizando a mesma versão do kernel e teriam o mesmo "alicerce", o que contribuiria para a estabilidade do sistema como um todo. Também acabaria com o problema dos programadores terem de trabalhar com várias versões de bibliotecas ao mesmo tempo, pois haveria muito menos defasagem de versões.

A intenção seria focar em lançamentos próximos, mas respeitando a ordem de prioridade. A princípio, seriam lançadas as versões do kernel, bibliotecas, compiladores, interpretadores e tudo mais que for essencial; tudo que "ninguém vê", mas que sabemos que é a base de sustentação do sistema. Então, com esse material em mãos, seriam testados os softwares principais, como interfaces gráficas, suítes de escritório, programas multimídia etc. E por fim, as distribuições pegariam esse material e lançariam suas versões, totalmente sincronizadas em termos de versões dos softwares.

Há os que serão contra a idéia, pois ela "impõe" uma "linha de produção". Mas é desta forma que o Linux será transformado em algo mais profissional sob o ponto de vista empresarial (e doméstico também). Com versões similares, fica mais fácil trabalhar para corrigir os bugs e descobrir eventuais problemas nos softwares. Uma das coisas que mais incomodam no suporte técnico no mundo Linux é ter de saber as versões de várias coisas antes de testar as possibilidades de problema. De repente pode até ser um bug, mas gasta-se muito tempo investigando esses problemas.

Se todas as distros tiverem versões próximas ficará muito mais fácil fazer manutenção. No mundo Windows, quando se sabe que é XP, pergunta-se se tem SP1, 2 ou 3. Aí já dá para considerar ou descartar algumas causas de problemas. Com as distros ficaria algo similar. No Ubuntu mesmo vemos algo parecido, pois pela versão já dá para ter uma noção, mas o problema é que a versão do kernel pode variar, dependendo da pessoa ter feito ou não atualizações do sistema.

É possível sim fazer essa "linha de produção", mas será preciso da colaboração e, principalmente, disposição de todos. Um ponto positivo é que acabariam as versões com muitos dígitos (5.2.9.18, por exemplo), pois, com os períodos de lançamentos, ficaria mais fácil controlar o que é lançado, sem atualizações jogadas às pressas apenas para satisfazer uma ou outra pessoa que precisa da implementação no momento. Com a turma prioritária (kernel, bibliotecas, compiladores, interpretadores etc), após o lançamento da versão, eles já saberiam o tempo que teriam para implementar coisas novas e, quando estiver perto da data de lançamento da próxima versão, é focar na estabilidade e deixar as novas implementações para as novas versões. Com o lançamento da turma prioritária, a turma secundária (interfaces gráficas e softwares em geral) pegariam esse "alicerce" estabilizado e concentrariam na estabilidade de seus próprios softwares. E depois que lançarem, podem buscar novas implementações para seus produtos, até chegar perto do novo lançamento da turma prioritária, quando passariam a focar na estabilidade. E o final da cadeia, as distros, apenas pegariam os softwares prontos, implantariam suas características aos produtos, testariam tudo e então lançariam.

Com várias distros diferentes, mas com softwares, drivers e kernel com as mesmas versões, os usuários pegariam a distro que for melhor para ele, respeitando suas liberdades de escolha. Ele escolheria aquela que trouxesse sua interface gráfica favorita, seu gerenciador de pacotes predileto e um conjunto de softwares que satisfaça suas necessidades. É lógico que desta forma muitas distros minúsculas praticamente sumiriam do mapa, mas o excesso de distros é uma das maiores queixas do mundo Linux.

Bom, o texto ficou grandinho, mas espero que leiam e compreendam essa idéia do lançamento simultâneo.

[rjbgbo]

Interessante suas palavras Pedro, me permita esse ponto.

...Há os que serão contra a idéia, pois ela "impõe" uma "linha de produção". Mas é desta forma que o Linux será transformado em algo mais profissional sob o ponto de vista empresarial (e doméstico também)...

Acho que vai acabar assim mesmo, e mesmo respeitando o ponto de vista de todos, torço por isso.

Ainda me sinto bem seguro no Ubuntu, por tais motivos e outros, mesmo sabendo que ele tem os seus erros e acertos.