7 motivos do fracasso do GNU/Linux no DeskTop

Iniciado por AnFernal, 26 de Setembro de 2007, 19:19

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Syph0s

o pouco tempo de mercado voltado unicamente e exclusivamente para desktop e o paradoxo da liberdade da filosofia "Free Software" creio que sejam os grandes obstáculos a serem transpostos... solução para isso?? tempo... não dá para dizer que Linux fracassou por que nem começou a briga direito.. daqui uns 4 anos se nada tiver mudado ai sim será um fracasso...

boi

Syph0s, voltado EXCLUSIVAMENTE para desktop o Linux não é e provavelmente nunca será. Mas voltado para o desktop, de forma não exclusiva, ele já é desde os anos 90, quando foram criados o KDE e o Gnome.
Vale lembrar que o Linux não foi o único sistema a desafiar o monopólio da Microsoft. Várias empresas já tentaram, inclusive gigantes como a IBM, e todas se deram mal. Umas faliram, outras tiveram que mudar de ramo. A Apple mesmo quase faliu, conseguiu se recuperar, mas teve que se contentar com uma quota minúscula do mercado. O Linux só conseguiu sobreviver esse tempo todo por não ser um produto comercial e não depender do mercado. Um monopólio gigantesco como o da Microsoft é praticamente invencível, só poderia ser derrubado por intervenção dos governos. Enquanto ficar por conta do mercado, pode esquecer, nem o Linux nem qualquer outro sistema terá a mínima chance.

GuilhermeMachado

#32
Olá pessoal,

Vou postar um comentário muito pertinente do meu amigo Rodrigo Robles sobre a questão.

CitarO autor não conhece muito bem o assunto. Nem o mercado. O Linux está vindo de todos os lados. Todos os níveis de instituições governamentais de todo o mundo estão usando. Eu entro no Banco do Brasil e vejo que as estações são Linux. Eu entro numa loja da Dudony e vejo que as estações são Linux. Vejo muitas pessoas comprando computadores com Linux e gostando (apesar de uma outra parte não gostar e instalar windows pirata, a parte que gosta só aumenta). Por todo lugar vejo mais pessoas usando Linux. Se o autor tem certeza que o Linux não vai vingar, eu tenho certeza que o Windows já era.
Estou em Curitiba e, sempre que posso, dou uma espiada nos principais magazines para ver que sistemas estão usando em seus PCs, e adivinhe, são distribuições Linux de várias grandezas. Lhe garanto que as grandes lojas do centro de Curitiba vendem computadores com distribuições Linux. Essas lojas infelizmente não estão preocupadas com a qualidade do software mas sim com uma diminuição do custo para  obterem uma maior lucratividade, e é exatamente isso que está possibilitando que pessoas comuns possam conhecer nosso Sistema Operacional.

Vale lembrar que as novas gerações já estão usando usando Linux em seus 'Computadores para Todos' e também em seus laptops OLPCs. Estão sendo educadas em Linux. O tempo urge a favor do Software Livre e a grande virada  é uma questão de tempo, de muito pouco tempo. Afinal, as crianças estão crescendo.



http://pt.wikipedia.org/wiki/Laptop_de_100_d%C3%B3lares

Abraço a todos,
Guilherme Machado
Curitiba / Pr
"O destino dos homens é a liberdade"
Vinícius de Moraes

Syph0s

Citação de: boi online 28 de Setembro de 2007, 18:10
Syph0s, voltado EXCLUSIVAMENTE para desktop o Linux não é e provavelmente nunca será. Mas voltado para o desktop, de forma não exclusiva, ele já é desde os anos 90, quando foram criados o KDE e o Gnome.
Vale lembrar que o Linux não foi o único sistema a desafiar o monopólio da Microsoft. Várias empresas já tentaram, inclusive gigantes como a IBM, e todas se deram mal. Umas faliram, outras tiveram que mudar de ramo. A Apple mesmo quase faliu, conseguiu se recuperar, mas teve que se contentar com uma quota minúscula do mercado. O Linux só conseguiu sobreviver esse tempo todo por não ser um produto comercial e não depender do mercado. Um monopólio gigantesco como o da Microsoft é praticamente invencível, só poderia ser derrubado por intervenção dos governos. Enquanto ficar por conta do mercado, pode esquecer, nem o Linux nem qualquer outro sistema terá a mínima chance.

acho que vc interpretou a minha frase de maneira errada... quando disse "voltado unicamente e exclusivamente para desktop", quis dizer distros desenvolvidas - repetindo - unicamente e exclusivamente para desktop... o ubuntu é voltado unicamente e exclusivamente para desktops.. se não fosse não teriam feito o Ubuntu Server.. talvez meu texto por ser curto demais, não me alonguei o bastante e você interpretou errado.. só para ratificar...

outro ponto que você citou: "Um monopólio gigantesco como o da Microsoft é praticamente invencível, só poderia ser derrubado por intervenção dos governos." .. quando as empresas virem o Linux como mais produtivo/lucrativo que Windows, não pensarão duas vezes em dar um pé na nádegas na MS, não tenho duvidas sobre isso. No dia que o Estado tiver que intervir, bom, pode passar a régua e fechar conta.

rjbgbo

Pessoal tenho preferido acompanhar esse tópico e respeito o ponto de vista de cada um.
Mas eu analiso o PRODUTO GNU/Linux e o PRODUTO software livre como bons produtos que vem trazendo uma visão participativa de pessoas em um PRODUTO. E talvez seja esse a grande base desses PRODUTOS.

Vejam o recente caso do Firefox, quem poderia dizer que mais um browser lançado no mercado conseguiria o que ele vem conseguindo?

Leio, ouço e vejo tudo que posso sobre o GNU/Linux e o software livre; e baseado na minha recente experiência c/ esses PRODUTOS me fazem crer sim na sua evolução.

Uma historinha já repetida, mais uma vez ontem e hj me deparei consertando um PC de uma amiga, pois bem é claro que precisei reinstalar o Windows (sempre tento ñ fazer isso), pois bem e cadê o CD dos drives da placa-mãe?  :-[ Tive que retornar p/ casa s/ resolver o caso, p/ pegar os ditos.  ;D

E adivinha que estava na minha mão um CD do Kurumin (precisei fazer um teste num dos hds). Nessa hora vcs imaginam que veio na minha mente.  ;D

Mas é claro a prudência ainda ñ me deixa sair por aí instalando GNU/Linux a torto e a direita. Mas também um dia agi assim c/ o Firefox, e já faz tempos que venho contribuindo c/ novos e felizes usuários de Firefox versão Windows.

Uma ilustração sobre essa amiga, ela só usa o PC p/ navegar, ver email e escrever no Word. Pergunto o GNU/Linux já ñ faz isso e muito, mais muito mais? Sim, mas há certas coisas que faltariam p/ essa minha amiga: um dicionário bom de português. Opa! ainda ñ descobri um bom dicionário em português pro Linux, os on-line só descobri um de Portugal.

Pergunto o que uma pessoa descrita acima, faria c/ o bravo Windows Vista, e tendo que comprar um super computador?

São situações também como essas que me fazem crer no futuro dos PRODUTOS GNU/Linux e o software livre, s/ estipular prazos. Mas também c/ umas mudanças de mentalidades em torno dos mesmos, principal/ na aspecto da publicidade...
Linux User #440843 | Ubuntu User #11469

Glauco Hass

#35
O autor do texto exagerou em quase tudo. Escreveu muitas verdades, mas onde seria 80, podendo até ser avaliado como 40, ele foi 8 (alusão minha ao "8 ou 80").

Mas num ponto ele está coberto de razão. Até acho que os fanboys do mundo linux são a pior propaganda que nós temos. Normalmente ofendem os curiosos, propensos a novatos. Uma comparação com o Windows (queiram ou não, é a maior, senão única referência dos novos usuários) é completamente rechaçada pelos fanboys. Isso é tão evidente que temos até os que são mais fanboys que os outros, como é o caso do Slackware. Vão num fórum sobre Slack, falem que são usuários do Ubuntu e saberão exatamente do que estou falando.

Outra verdade é a portabilidade. Desenvolver um software com o qual se queira atingir todas as distribuições linux dá tanto trabalho que a "data fatal" do projeto (momento que o custo ultrapassa as vantagens) já inicia em ontem, dependendo do que se queira desenvolver.

Mas o linux já entrou num mundo dominado pelo S.O. da Microsoft e o autor do artigo trata do assunto como se o Windows tivesse começado depois e assumido o monopólio que tem hoje após ultrapassar o linux.

Não é fácil ganhar mercado num monopólio que está em círculo vicioso e também não acho que o linux será o novo monopólio, mas terá o seu espaço, muito maior que o artigo que iniciou este tópico faz crer.

boi

Citação de: Syph0s online 28 de Setembro de 2007, 21:52
acho que vc interpretou a minha frase de maneira errada... quando disse "voltado unicamente e exclusivamente para desktop", quis dizer distros desenvolvidas - repetindo - unicamente e exclusivamente para desktop... o ubuntu é voltado unicamente e exclusivamente para desktops.. se não fosse não teriam feito o Ubuntu Server.. talvez meu texto por ser curto demais, não me alonguei o bastante e você interpretou errado.. só para ratificar...

outro ponto que você citou: "Um monopólio gigantesco como o da Microsoft é praticamente invencível, só poderia ser derrubado por intervenção dos governos." .. quando as empresas virem o Linux como mais produtivo/lucrativo que Windows, não pensarão duas vezes em dar um pé na nádegas na MS, não tenho duvidas sobre isso. No dia que o Estado tiver que intervir, bom, pode passar a régua e fechar conta.

Pois continua errado. Distros voltadas para o desktop já existem desde os anos 90. A coisa não começou com o Ubuntu, como muita gente pensa. O antigo Mandrake Linux é um exemplo de distro voltada para os desktops, pelo menos no começo. O finado Corel Linux, que teve curta duração é outro exemplo. A empresa Corel, inclusive, vinha lançando vários produtos voltados para Linux, inclusive uma distro própria, quando recebeu uma injeção de capital da Microsoft e "coincidentemente" mudou de rumo, abandonando o Linux. O monopólio tem várias formas de derrubar a concorrência.
E o Estado já vem interferindo. Vários governos têm adotado políticas de apoio ao Linux e ao software livre ou de código aberto, inclusive o do Brasil. É por isso que o Linux vem ganhando algum fôlego ultimamente. Por outro lado, há governos totalmente submissos aos interesses da Microsoft, como os do Chile e de Portugal. O governo americano também costuma interferir a favor da Microsoft em muitas ocasiões, dizem até que tem o dedo dele na decisão de transformar a pena da Microsoft no caso Netscape em uma simples multa. Mas isso não seria novidade, o governo dos Estados Unidos sempre defendeu as empresas americanas em qualquer situação, uma questão de interesses.

boi

Muitos também têm falado da evolução do Linux, que o Linux tem melhorado vertiginosamente. Mas o problema é que para o mercado isso é completamente irrelevante. O que os críticos do Linux têm dito, e que é completamente verdadeiro, é que no Windows as coisas funcionam, e no Linux, não. Isso é totalmente verdadeiro, e não há nada que os usuários e nem os desenvolvedores do Linux possam fazer a respeito.
Um exemplo bem simples de como as coisas funcionam no Windows e não no Linux:
Um usuário vai acessar uma página de internet usando Linux. Essa página só funciona no Windows e no Internet Explorer, e ele recebe um aviso que o sistema operacional dele não é compatível com a página. Todos os usuários de Linux já devem ter passado por essa situação mais de uma vez. Em muitos casos é até possível contornar a situação, acessando a página normalmente no Linux, em outrso, não. Sabemos que é um problema causado pelo monopólio, como a grande maioria das pessoas usa Windows e Internet Explorar, a maior parte dos webmasters nem se preocupa em fazer páginas compatíveis com outros browsers, muito menos com outros sistemas operacionais. Mas um utilizador comum não quer saber de nada disso, ele quer que funcione, simplesmente isso. O que ele enxerga é só isso, o Windows funciona, o Linux, não. Logo, o Linux, no entender desse utilizador comum, não serve.
Esse tipo de situação é comum e sempre será comum enquanto houver o monopólio. Não é um problema do Linux ser bom ou não,  é questão que o Windows funciona, e o Linux, não. E o Linux não funciona em muitas situações simplesmente porque tudo é feito em função do Windows. E aí, entramos naquele círculo.

Piras

Nem sempre a intervenção do Estado é negativa. Dizer o contrário é puro dogmatismo liberal. O Estado pode intervir de modo muito positivo se o seu objetivo for assegurar a própria livre concorrência. Foi dessa forma que vários monopólios nefastos foram derrubados no mundo todo. E o que a História demonstra é que, uma vez estabelecido, o monopólio ou oligopólio muito raramente será vencido pelo próprio funcionamento do livre mercado. Não é por outra razão que mesmo as nações mais liberais, como os Estados Unidos, têm as suas leis anti-trustes.

Se os governos se limitassem a migrar em massa para outros sistemas, assegurando aos usuários contato quotidiano com as opções ao Windows nos telecentros comunitários, escolas, repartições públicas etc., ele já estaria cumprindo o seu papel. Agora, descaso mesmo com o dinheiro público é ver a Administração agindo como o cidadão comum, pagando verdadeiras fortunas em licença por estações de trabalho vendidas como pacotes fechados,  com programas e mais programas completamente inúteis para as suas necessidades. No campo dos sistemas operacionais, o descaso com o dinheiro público está na omissão e não na ação estatal.


Lucas_Panurge

concordo totalmente com a 2 e na do "garoto propaganda" de resto discordo totalmente...
gtalk: lucas.pan@gmail.com
icq: lucasspan
GNU/Linux User #440333

velox256

Marketing agressivo? Desculpe a minha "burreza de usuário", mas não entendi o termo. Desde qdo se vê a M$ na TV e nas rádios anunciando os produtos dela? Marketing agressivo é o que fazem a Ambev, a Coca-Cola, as Casas Bahia e tal. A M$, a AMD e até a Intel se vendem sozinhos, independente de haver "manobras de sacanagem" no modo como elas operam.
Eu acho que se a M$ não 'ameaçar' mais os fabricantes de hardware (se é que ela faz isso realmente), tudo vai continuar na mesma, com produtos continuando sendo feitos para Windows, justamente por causa das 7 coisas que fazem com que o Linux não dê certo em Desktops.

Citação de: AnFernal online 26 de Setembro de 2007, 20:06


4 - Essa parte é difícil comentar, é delicado, mas vou tentar.
Para a maioria dos usuários comuns de PC, digo, pessoas que usam o PC apenas para MSN, Orkut e Chat, SÓ conhecem o Window$, mas por que? A resposta é simples, Marketing agressivo, o pior tipo de marketing que existe, já que não fala sobre todos os pontos do produto, só por ser de tal marca é bom, o que nem sempre é verdade, Mac Donald's é uma derma de lanche, mas várias pessoas frequentam, quem nunca comeu um Mac lanche feliz, apesar de ter opções muito superiores como BurguerKing, BigX Picanha, e outros... entre Windows e Linux acontece a mesma coisa... quem já viu uma propaganda de Linux???
Computador perereca, com disco perereca, monitor perereca e sistema super xuxu. Visitem a minha página em http://sidserra.k6.com.br ou meu blog em http://sidserra.blogspot.com.br.

marcos_vargens

Eu concordo com absolutamente tudo que o altor do texto falou. Ele foi completamente inparcial e disse exatamente o que penso sobre o linux.
Gosto do linux. Acho ele superior ao windows em muitos aspectos. Até mesmo visuais. Mas perde e muito em usabilidade, facilidade e compatibilidade.

O linux vai se tornar o sistema mais usado em desktops quando:
1- Ele tiver uma grande marca por traz direcionando seu crescimento (Sem cobrar claro, e temos exemplos que deram certo como o java e a SUN).
2- Quando tiver um comite formado pela comunidade e empresas que decidem como as tecnologias vão ser criadas e como elas vão ser usadas no SO para o bem do usuário comum e para o bem de quem vai adotalo nas empresas.
3 - Quando ele receber aplicativos comerciais sem nenhuma fronteira ou barreira e quando oferecer mais coisas que o windows oferece.
4 - E por ultimo quando tiver um sistema de distribuição e instalação de software unico que funciona para o bem de todos.

Se esse dia chegar o linux atropela a microsoft sem nem piscar. A microsoft não fornece o código dela para os produtores de hardware. Eles tem que se virar e muito para desevolver drives. Se a ATI e a NVIDIA paricipassem mais das comuinidades de linux e ajudassem no X por exemplo ele seria muito melhor do que é hoje. Mas os caras sempre vem com 4 pedras na mão com o papo de que o drive deveria ser aberto, e ai meu amigo fica impossivel uma coperação.
Mas eu tenho esperança porque vi uma linguagem de progração parecida em muitos aspectos com o linux derrubar esse império. Mas ela tem uma coisa que o linux não tem infelizmente. Ela é ferrenha por padrões, os responsáveis por tudo funcionar no seu devido lugar e se conversando.
AMD Phenom II X4955 BE Ubuntu  11.10 64bits / Unity
Dell Inspiron 15R  Ubuntu 11.10 64bits / Unity

DiogoReis

Não vou discordar deste texto, mas por base neste eu como designer e novo usuário vou citar minha opinião.
- Falta um "Super instalador" Um super Alien, algo que unificasse todos os linux e seus aplicativos, e de modo geral, adeus códigos para usuários comuns.
- Outra questão de interface é sair da sombra, em vez de copiar interfaces comuns (ex Open Office), realizar pesquisas em prol de novas e apaixonantes interfaces (isso não quer dizer maquiar urubu), devem mais usuais e amigáveis dos que as existentes. Para isso Design!!
- Multidisciplinar, hoje o computador não é código e bits, não é um estilo de vida, mas está em quase todos estilos de vida. Deve-se incorporar no desenvolvimento e distribuição todas outras disciplinas afins.
- Ganhar dinheiro: "Esqueçam" o que já existe, o comum. Acredito no suporte, mas deve ser mais abrangente, deve ter treinamentos, certificações, palestras, consultorias, computadores customizados... Aprenda com a Adobe, a Corel e a brastemp.
- Ego é uma característica natural do ser, mas pra que diversas micro pesquisas reinventando a roda. O Guimp é bem legal, vamos nos concentrar nele, use-se o que tem como ponto de partida e unifiquem bons aplicativos de interesse comum.
- Somos preguiçosos e ansiosos, por isso que a roda, o micro computador, a Internet e as copias piratas vingaram.

Alakazan

Ai ai ai ui ui.
Vc viu que esse tópico não tem respostas desde outubro de 2007?
HÁ MAIS DE UM ANO?
PC é como ar-condicionado: é só abrir Windows que ele para de funcionar.
Tentando ser melhor - desculpem o incômodo!

markbr

Concordo na maioria das partes.

Principalmente na questão "ganhar dinheiro".

Segundo o Mark até hoje o Ubuntu só deu prejuízo. Ou seja, e querendo ou não já percebi que ganhar dinheiro de verdade (no nível dessas empresas) com open source é complicado. Principalmente com produtos de softwares que fogem do paradigma econômico do open source (manutenção/treinamento). Por exemplo, porque a EA lançaria uma versão do novo jogo da franquia Need For Speed para linux? Mesmo que lançasse somente o binário para Linux, o gasto com suporte para o mesmo é ridiculamente MUITO SUPERIOR ao do Windows. Só para exemplificar a questão, vejamos o caso do Skype. Se você for no site do Skype e for na seção de download para linux, você vai encontrar nada mais, nada menos do que 11 instaladores diferentes. Ou seja, jogos para linux decente é inviável em maneira comercial. Principalmente se consideramos que o jogo for open source. Imagina dar suporte para um jogo open source, aonde, teoricamente o usuário poderia modificar o código... => CAOS.

Sei que existe todo esse blá blá que software livre não é software grátis etc, mas infelizmente a comunidade de software livre está impregnada com a junção de software grátis. É difícil mesmo encontrar um produto de software genérico que seja pago. E quando o software é pago ele é ignorado pois ou a comunidade se recusa a pagar, o que é ridículo, ou existe um software similar ao pago.

Até mesmo o Mark reconhece esse problema, em uma recente entrevista ele respondeu:
Do you expect most of the money to come from server or desktop support?
Mark: In the next three years? From the server.


Ou seja ganhar dinheiro com uma distro para destkop é algo bastante complicado. Até hoje pelo que eu vi o maior rendimento econômico com distribuições vem de servidores. Acredito seriamente que uma distro paga faria pouco ou nenhum sucesso.

Agora retomando a discussão de open source e dinheiro.

Por qual motivo a Adobe lançaria um Photoshop Open Source? Se grande parte da sua arrecadação vem do dinheiro anexado ao produto? Faria ela treinamento, ou prestaria consultoria??? O que a Adobe ganharia revelando seus algoritmos para as concorrentes?

Infelizmente existe uma grande nicho de produtos de software incompatíveis com o modelo econômico do Open Source. Como Jogos, Editor de Imagens (Photoshop, Corel), Editor de páginas web (Dreamweaver).

Na minha universidade, Universidade Federal de Goiás, a maioria dos meus colegas são contra Software Livre e Linux. Vários professores estimulam nós a desenvolver algo novo e patentear. Quem disse isso foi um professor que já trabalhou na IBM nos EUA em desenvolvimento de algoritmos.

Ou seja, eu não vejo muitas saídas econômicas reais para Open Source e Linux. Apesar disso, gostaria de firmar que existem sim vários software que lidam bem com a questão open source + dinheiro. Como OpenOffice (Treinamento), se bem que a SUN disse recentemente que pode colocar propagandas no OpenOffice devido a falta de $$, Apache, MySQL (Acredite se quizer parece que a maior renda tá vindo da "Integração do Banco de dados em programas Closed Source :O").

Gostaria também de deixar bem claro que não sou contra open source nem linux. Gosto muito de ambos. Uso linux no meu dia-dia :). Porém não acredito que Linux e Open Source AINDA não é uma alternativa viável economicamente.
Estudante de Ciência da Computação UFG
http://www.inf.ufg.br/~marcosroriz/
Entusiasta da tecnologia Open Source - Principalmente Java ^^