Problemas de permissão - Samba acessando pasta Windows

Iniciado por Xin, 01 de Dezembro de 2018, 11:00

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Xin

Pessoal,

Trabalho em uma empresa, em que uso meu notebook (onde tenho instalado o Ubuntu 18.10) para acessar um servidor Windows (acho que roda Windows Server 2012). Consigo acessar a pasta e arquivos normalmente pelo nautilus (e LibreOffice), pelo qual consigo copiar, excluir e colar arquivos. O LibreOffice às vezes dá algum erro de acesso...

No entanto alguns aplicativos só possuem acesso de leitura, é o caso do drafsight (CAD) e navegadores (firefox e chrome). Ainda não entendi o motivo, mas parece ser sobre permissão. Acho que tenho que alterar alguma coisa na configuração do samba, mas não faço ideia do que seja!...

Se alguém puder ajudar fico grato!
"Teoria é quando tudo se sabe e nada funciona. Prática é quando tudo funciona e ninguém sabe por quê. Neste local conjugam-se teoria e prática: nada funciona e ninguém sabe porque."

zekkerj

A pista pode ser o LibreOffice dando problema esporadicamente. Pode ser algum problema na criação de arquivos de lock.
Pesquise antes de perguntar, sua dúvida pode já ter sido respondida.
Não respondo dúvidas por MP, coloque sua dúvida no fórum onde ela pode ser pesquisada pelos seus colegas!
Não venha ao fórum apenas para perguntar. Se você sabe a resposta de um problema, porque não ajudar seu colega? ;D

Xin

Realmente pode ser isso, porque quando estou editando algum arquivo ele não fica bloqueado. Se outro tenta usar ele consegue e eu perco o acesso. Mas como contornar isso???   ???
"Teoria é quando tudo se sabe e nada funciona. Prática é quando tudo funciona e ninguém sabe por quê. Neste local conjugam-se teoria e prática: nada funciona e ninguém sabe porque."

zekkerj

Olha no help do smb.conf, se há alguma coisa relacionada com "oportunistic locks". Estou sem acesso agora pra consultar.
Pesquise antes de perguntar, sua dúvida pode já ter sido respondida.
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Xin

#4
Obrigado pela atenção!

No help do smb.conf, eu encontrei essas 3 situações. Mas não estão exatamente como você escreveu, mas acho que todos tem algo a ver.

fake oplocks (S)
Tradução (google)
Oplocks são a maneira como os clientes SMB obtêm permissão de um servidor para armazenar localmente operações de arquivo em cache. Se um servidor conceder um bloqueio (bloqueio oportunista), o cliente estará livre para assumir que é o único que acessa o arquivo e armazenará os dados do arquivo de forma agressiva. Com alguns tipos de bloqueio, o cliente pode até mesmo fazer o cache de operações de abertura / fechamento de arquivos. Isso pode proporcionar enormes benefícios de desempenho.

Quando você configura oplocks falsos = yes, smbd sempre concederá oplock requests não importando quantos clientes estejam usando o arquivo.

Geralmente, é muito melhor usar o suporte real de oplocks do que esse parâmetro.

Se você ativar essa opção em todos os compartilhamentos somente leitura ou compartilhamentos que você sabe que serão acessados ​​apenas de um cliente por vez, como mídias fisicamente somente leitura, como CDROMs, você verá uma grande melhoria de desempenho em muitas operações. Se você habilitar essa opção em compartilhamentos nos quais vários clientes possam estar acessando os arquivos read-write ao mesmo tempo, você poderá obter corrupção de dados. Use esta opção com cuidado!


Default: fake oplocks = no


oplocks (S)
Tradução (google)
Essa opção booleana informa ao smbd se deve emitir oplocks (bloqueios oportunistas) para abrir solicitações abertas nesse compartilhamento. O código de bloqueio pode aumentar drasticamente (aprox. 30% ou mais) a velocidade de acesso aos arquivos nos servidores Samba. Ele permite que os clientes armazenem arquivos em cache de forma agressiva localmente e convém desabilitar essa opção para ambientes de rede não confiáveis (ela é ativada por padrão nos servidores Windows NT).

Oplocks pode ser seletivamente desativado em determinados arquivos com um compartilhamento. Veja o parâmetro dos arquivos de bloqueio de veto. Em alguns sistemas, os oplocks são reconhecidos pelo sistema operacional subjacente. Isso permite a sincronização de dados entre todos os acessos a arquivos opostos, seja via Samba ou NFS ou um processo UNIX local. Veja o parâmetro oplocks do kernel para detalhes.


Default: oplocks = yes


strict locking (S)
Tradução (google)
Este é um tipo enumerado que controla a manipulação do bloqueio de arquivos no servidor. Quando isso estiver definido como yes, o servidor verificará todos os acessos de leitura e gravação para bloqueios de arquivo e negará o acesso se existirem bloqueios. Isso pode ser lento em alguns sistemas.

Quando o bloqueio estrito é definido como Automático (o padrão), o servidor executa verificações de bloqueio de arquivo apenas em arquivos não bloqueados. Como a maioria dos redirecionadores do Windows realiza verificações de bloqueio de arquivos localmente em arquivos bloqueados, esse é um bom resultado para um melhor desempenho.

Quando o bloqueio estrito é desativado, o servidor executa verificações de bloqueio de arquivo somente quando o cliente solicita explicitamente.

Clientes bem comportados sempre pedem verificações de bloqueio quando é importante. Portanto, na grande maioria dos casos, o bloqueio estrito = Bloqueio automático ou estrito = não é aceitável.


Default: strict locking = Auto


Esqueci de postar anteriormente o conteúdo do smb.config, ela está exatamente o padrão da distro. Como não entendo de configuração de rede, não fiz nenhuma modificação. Apenas instalei o samba e usei, segue abaixo como ela está:

#
# Sample configuration file for the Samba suite for Debian GNU/Linux.
#
#
# This is the main Samba configuration file. You should read the
# smb.conf(5) manual page in order to understand the options listed
# here. Samba has a huge number of configurable options most of which
# are not shown in this example
#
# Some options that are often worth tuning have been included as
# commented-out examples in this file.
#  - When such options are commented with ";", the proposed setting
#    differs from the default Samba behaviour
#  - When commented with "#", the proposed setting is the default
#    behaviour of Samba but the option is considered important
#    enough to be mentioned here
#
# NOTE: Whenever you modify this file you should run the command
# "testparm" to check that you have not made any basic syntactic
# errors.

#======================= Global Settings =======================

[global]

## Browsing/Identification ###

# Change this to the workgroup/NT-domain name your Samba server will part of
   workgroup = WORKGROUP

# server string is the equivalent of the NT Description field
   server string = %h server (Samba, Ubuntu)

#### Networking ####

# The specific set of interfaces / networks to bind to
# This can be either the interface name or an IP address/netmask;
# interface names are normally preferred
;   interfaces = 127.0.0.0/8 eth0

# Only bind to the named interfaces and/or networks; you must use the
# 'interfaces' option above to use this.
# It is recommended that you enable this feature if your Samba machine is
# not protected by a firewall or is a firewall itself.  However, this
# option cannot handle dynamic or non-broadcast interfaces correctly.
;   bind interfaces only = yes



#### Debugging/Accounting ####

# This tells Samba to use a separate log file for each machine
# that connects
   log file = /var/log/samba/log.%m

# Cap the size of the individual log files (in KiB).
   max log size = 1000

# We want Samba to only log to /var/log/samba/log.{smbd,nmbd}.
# Append syslog@1 if you want important messages to be sent to syslog too.
   logging = file

# Do something sensible when Samba crashes: mail the admin a backtrace
   panic action = /usr/share/samba/panic-action %d


####### Authentication #######

# Server role. Defines in which mode Samba will operate. Possible
# values are "standalone server", "member server", "classic primary
# domain controller", "classic backup domain controller", "active
# directory domain controller".
#
# Most people will want "standalone server" or "member server".
# Running as "active directory domain controller" will require first
# running "samba-tool domain provision" to wipe databases and create a
# new domain.
   server role = standalone server

   obey pam restrictions = yes

# This boolean parameter controls whether Samba attempts to sync the Unix
# password with the SMB password when the encrypted SMB password in the
# passdb is changed.
   unix password sync = yes

# For Unix password sync to work on a Debian GNU/Linux system, the following
# parameters must be set (thanks to Ian Kahan <<kahan@informatik.tu-muenchen.de> for
# sending the correct chat script for the passwd program in Debian Sarge).
   passwd program = /usr/bin/passwd %u
   passwd chat = *Enter\snew\s*\spassword:* %n\n *Retype\snew\s*\spassword:* %n\n *password\supdated\ssuccessfully* .

# This boolean controls whether PAM will be used for password changes
# when requested by an SMB client instead of the program listed in
# 'passwd program'. The default is 'no'.
   pam password change = yes

# This option controls how unsuccessful authentication attempts are mapped
# to anonymous connections
   map to guest = bad user

########## Domains ###########

#
# The following settings only takes effect if 'server role = primary
# classic domain controller', 'server role = backup domain controller'
# or 'domain logons' is set
#

# It specifies the location of the user's
# profile directory from the client point of view) The following
# required a [profiles] share to be setup on the samba server (see
# below)
;   logon path = \\%N\profiles\%U
# Another common choice is storing the profile in the user's home directory
# (this is Samba's default)
#   logon path = \\%N\%U\profile

# The following setting only takes effect if 'domain logons' is set
# It specifies the location of a user's home directory (from the client
# point of view)
;   logon drive = H:
#   logon home = \\%N\%U

# The following setting only takes effect if 'domain logons' is set
# It specifies the script to run during logon. The script must be stored
# in the [netlogon] share
# NOTE: Must be store in 'DOS' file format convention
;   logon script = logon.cmd

# This allows Unix users to be created on the domain controller via the SAMR
# RPC pipe.  The example command creates a user account with a disabled Unix
# password; please adapt to your needs
; add user script = /usr/sbin/adduser --quiet --disabled-password --gecos "" %u

# This allows machine accounts to be created on the domain controller via the
# SAMR RPC pipe. 
# The following assumes a "machines" group exists on the system
; add machine script  = /usr/sbin/useradd -g machines -c "%u machine account" -d /var/lib/samba -s /bin/false %u

# This allows Unix groups to be created on the domain controller via the SAMR
# RPC pipe. 
; add group script = /usr/sbin/addgroup --force-badname %g

############ Misc ############

# Using the following line enables you to customise your configuration
# on a per machine basis. The %m gets replaced with the netbios name
# of the machine that is connecting
;   include = /home/samba/etc/smb.conf.%m

# Some defaults for winbind (make sure you're not using the ranges
# for something else.)
;   idmap config * :              backend = tdb
;   idmap config * :              range   = 3000-7999
;   idmap config YOURDOMAINHERE : backend = tdb
;   idmap config YOURDOMAINHERE : range   = 100000-999999
;   template shell = /bin/bash

# Setup usershare options to enable non-root users to share folders
# with the net usershare command.

# Maximum number of usershare. 0 means that usershare is disabled.
#   usershare max shares = 100

# Allow users who've been granted usershare privileges to create
# public shares, not just authenticated ones
   usershare allow guests = yes

#======================= Share Definitions =======================

# Un-comment the following (and tweak the other settings below to suit)
# to enable the default home directory shares. This will share each
# user's home directory as \\server\username
;[homes]
;   comment = Home Directories
;   browseable = no

# By default, the home directories are exported read-only. Change the
# next parameter to 'no' if you want to be able to write to them.
;   read only = yes

# File creation mask is set to 0700 for security reasons. If you want to
# create files with group=rw permissions, set next parameter to 0775.
;   create mask = 0700

# Directory creation mask is set to 0700 for security reasons. If you want to
# create dirs. with group=rw permissions, set next parameter to 0775.
;   directory mask = 0700

# By default, \\server\username shares can be connected to by anyone
# with access to the samba server.
# Un-comment the following parameter to make sure that only "username"
# can connect to \\server\username
# This might need tweaking when using external authentication schemes
;   valid users = %S

# Un-comment the following and create the netlogon directory for Domain Logons
# (you need to configure Samba to act as a domain controller too.)
;[netlogon]
;   comment = Network Logon Service
;   path = /home/samba/netlogon
;   guest ok = yes
;   read only = yes

# Un-comment the following and create the profiles directory to store
# users profiles (see the "logon path" option above)
# (you need to configure Samba to act as a domain controller too.)
# The path below should be writable by all users so that their
# profile directory may be created the first time they log on
;[profiles]
;   comment = Users profiles
;   path = /home/samba/profiles
;   guest ok = no
;   browseable = no
;   create mask = 0600
;   directory mask = 0700

[printers]
   comment = All Printers
   browseable = no
   path = /var/spool/samba
   printable = yes
   guest ok = no
   read only = yes
   create mask = 0700

# Windows clients look for this share name as a source of downloadable
# printer drivers
[print$]
   comment = Printer Drivers
   path = /var/lib/samba/printers
   browseable = yes
   read only = yes
   guest ok = no
# Uncomment to allow remote administration of Windows print drivers.
# You may need to replace 'lpadmin' with the name of the group your
# admin users are members of.
# Please note that you also need to set appropriate Unix permissions
# to the drivers directory for these users to have write rights in it
;   write list = root, @lpadmin


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zekkerj

Sim, é por aí. Mas pelo que vejo, essas opções são para o servidor samba, não para o cliente samba, que vc está usando agora.

Pergunta, vc chega a montar o compartilhamento windows? Se montou, montou como?

Outra coisa... quando vc abre algum arquivo no LibreOffice, observou se um arquivo de lock ("~lock.arquivo.odt#") é criado na mesma pasta?
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Xin

Olhando aqui, percebi que o arquivo .~lock. é criado.

O acesso que faço ao servidor Windows é bem simples. Abro o nautilus, clico em conectar a servidor, e digito smb://endereçoipdoservidor/. Depois digito meu login de acesso e minha senha e pronto! é só o que faço. Não fiz nenhuma opção de montagem no fstab ou coisa parecida se é o que quis perguntar.

Penso que pode ser alguma coisa no compartilhamento de rede do Windows, mas aí é outra história. Porque não tenho acesso a ele, e o suporte é terceirizado, não tem alguém na empresa para dar esse suporte e/ou acesso.
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zekkerj

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Xin

Abro os arquivos navegando pelas pastas usando o nautilus.

Quanto ao LibreOffice criando o arquivo .lock, quando outro computador abre o mesmo arquivo pelo excel, eu perco a permissão de salvar o arquivo. É como se o outro computador tivesse preferência sobre o arquivo. Lembrando que todas as máquinas sem exceção, utilizam alguma versão do Windows, minha máquina é a única que acessa utilizando o Ubuntu. Até é por isso que fico muito sem opção de pedir suporte, porque sou o patinho feio. A empresa é pequena e acho que o terceirizado que dá suporte não entende de Linux, então acho que o que ele irá querer fazer é instalar Windows na minha...  ::)
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zekkerj

Ué, mas é assim mesmo que o LibreOffice tem que funcionar: quando outro computador abre o mesmo arquivo pelo Excel, vc não poderia nem conseguir abrir o arquivo --- deveria receber a mensagem de que o arquivo está aberto em outro computador, e que outro computador, e que você só pode abrí-lo em modo Somente-Leitura, ou então abrir uma cópia dele.

Outra coisa interessante que vc está me dizendo é que o resto da casa usa o Office da Microsoft, e esses programas não usam um arquivo de lock, como o LibreOffice faz ("~lock.arquivo.ods#"), ao invés disso, eles fazem lock diretamente no arquivo em edição, e se essa função não estiver funcionando, explica o problema.

Sabe dizer se os arquivos estão sendo compartilhados por um servidor windows real (Windows 2003/2008/2012/2016), ou por um desktop Windows (XP/7/8/10)?
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Xin

CitarUé, mas é assim mesmo que o LibreOffice tem que funcionar: quando outro computador abre o mesmo arquivo pelo Excel, vc não poderia nem conseguir abrir o arquivo --- deveria receber a mensagem de que o arquivo está aberto em outro computador, e que outro computador, e que você só pode abrí-lo em modo Somente-Leitura, ou então abrir uma cópia dele.
Me desculpa, acho que não fui claro na minha explicação. Eu  quis dizer que quando outro computador abre o mesmo arquivo pelo excel e eu perco a permissão de acesso a ele, eu já estou com o arquivo aberto e sendo editado na minha máquina, quando a outra máquina o acessa pelo excel e me deixa sem permissão.

CitarSabe dizer se os arquivos estão sendo compartilhados por um servidor windows real (Windows 2003/2008/2012/2016), ou por um desktop Windows (XP/7/8/10)?
A empresa usa um servidor real, Windows Server 2012.
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