Dois anos e meio depois de anunciar seu SO para smartphones, a Google tem hoje quase 10% do mercado americano e diversos fabricantes, da Dell à Motorola, estão apostando no Android.
Moro em Dublin, na Irlanda, há mais de três anos e, mesmo não sendo um Reino Unido, temos aqui quatro opções de aparelhos com o robozinho verde: um da Samsung, um da Sony Ericsson e dois da HTC. Decidido a abandonar meu já não tão prático Nokia 5310 e investir em um smartphone. Desnecessário dizer que descartei a hipótese de adquirir um iPhone, pois vejo a Apple de hoje como a Microsoft dos anos 90.
Trocentos reviews e relações de custo benefício realizados depois, escolhi o Galaxy Spica i5700 da Samsung e, feliz da vida, comecei a fuçar o Android. Logo de cara percebi que, embora a Samsung já tenha liberado o update da versão 1.5 para a versão 2.1, o meu aparelho estava ainda desatualizado.
E foi aí que eu dancei.
Ao contrário outras fabricantes/operadoras, nem a Samsung e nem a O2, uma empresa da Telefónica, disponibilizaram o update "pelo ar". Não, isso facilitaria muito a vida dos usuários e daria acesso à nova versão do sistema sem deixar ninguém de fora. O método escolhido pela fabricante coreana foi através de um software, um software instalável apenas no Windows.
Pior: um software que simplesmente não roda no Wine e, por depender de uma conexão USB com o smartphone em questão, não funciona nem no XP virtualizado dentro do Lucid.
Zica à parte, o Android é bastante interessante. Leva um certo tempo para se acostumar ao teclado touchscreen, mas navegar no Chrome Lite e no Google Maps e lidar com fotos e músicas (em FLAC, graças ao player andLESS) é fácil e natural.
Dá pau? Sim, de vez em quando dá pau. Alguns aplicativos são forçados a serem fechados e o smartphone desliga do nada, mas acredito que a versão 2.1 corrija vários desses bugs.
Devo dizer que, mesmo com o problema causado pela falta de visão por parte da Samsung, estou satisfeito com minha aquisição. Ter um mini computador sempre à mão é excelente e, para quem viaja com frequência, uma mão na roda.
E aí? Como está a adoção ao sistema aí no Brasil, em Portugal ou onde quer que você esteja nesse momento?