Não, é verdade, RamonB. Os caras tem um potencial cultural gigantesco, assim como econômico, militar, tecnológico etc; aliás, tudo isso acaba vindo junto, na maioria das vezes, já que uma depende da outra. Mas, se formos falar de cultura num sentido menos massificado (ou não, também), como o vinicius_aleao disse, qualquer país possui (isso é até um pouco óbvio, se for ver...). O fato é que os EUA tem mais potencial pra espalhar essa cultura (seja de massa ou não), coisa que o nosso país, p.ex., não tem tanto. E, com isso, o que interessa mais pra eles é espalhar o que "pegar" mais, o que acaba gerando esse preconceito de que eles
só possuem esse tipo de cultura (o que eles devem pensar sobre os nosso filmes estilo "Cidade de Deus" ou "Tropa de Elite"? Aliás, mta gente daqui mesmo se incomoda com a promoção desse tipo de filme, dizendo que não cria uma imagem mto boa do país lá fora...).
E, RamonB, achei interessante a sua colocação sobre a utilidade das gravadoras. CD (pra mim, pelo menos) já é coisa ultrapassada. Se existe a Internet, e o You Tube, os sites de armazenamento, o Pirate Bay (aliás, bem provocador esse nome!) etc., é claro que eles precisam rever essa coisa toda de pirataria! Eu acho que é aí que entra a coisa do "certo" e "errado": se fosse antigamente, uma pessoa que, por exemplo, baixa um álbum da internet, estaria fazendo a mesma coisa que entrar numa loja e roubar um vinil (afinal, não há custo algum em ambos os casos). Só que, agora, isso precisa ser revisto. Se a internet possibilita esse tipo de coisa, nada mais natural do que explorar esse potencial ao invés de dar murro em ponta de faca e partir em defesas anacrônicas, em um suposto favorecimento do artista.
É o que eu tinha dito (nem lembro mais se disse isso ou não, mas, enfim...): o Software Livre e todo movimento afim é um ótimo exemplo de que há um modo de lidar com essa "pirataria" de maneira sustentável (ou seja, sem perder dinheiro). As pessoas sempre ficam desconfiadas pelo fato de as distribuições Linux serem gratuitas e tal, mas nem percebem que o fato de pagarem para ter uma licença Windows não o torna necessariamente um bom sistema (pelo contrário
). Pensando agir de maneira "correta", ou seja, pagando "bunitinho" por uma licença, elas acabam não percebendo os benefícios que um software de código aberto pode trazer (aliás, eu acho bem difícil o usuário final e leigo sequer suspeitar disso).
Mas eles acabam cedendo um dia. Se a coisa já fugiu ao controle, o melhor é se adaptar a essa nova realidade e criar soluções inteligentes e sustentáveis, ao invés de colocar a culpa em milhoẽs de usuários.