Então a solução para o combate à pirataria é diminuir os preços e oferecer mais recursos únicos?
Ha!
Eu vejo um problema nisso... eles não estariam "combatendo" de forma direta a pirataria, mas sim competindo com a mesma. Já que tudo não passa de competição, por que demonizar a cópia não autorizada?
Eu acredito que a competição - que de fato seria o termo mais indicado para as mudanças de paradigma - seria também o combate! Já sobre a questão de demonizar a cópia pirata... Olha, na verdade, a maioria das pessoas que eu conheço
não demonizam a questão, senão muito pelo contrário: tenho um amigo que é ávido seguidor do lema "pirataria é crime, original é roubo, mas compartilhar é legal!" (veja, isso é uma clara apologia à pirataria, porque compartilhar arquivos, segundo as leis vigentes, não deixa de ser pirataria).
E acredito não existir esta lei do abbadonware pois como detentores do direito de cópia, eles podem fazer o que quiser com ela, até mesmo não vendê-la. Assim como eu já ouvi falar que a rede globo compra alguns programas só para outras tvs não exibirem e competir com ela.
Não existe - nem nunca existiu - lei sobre "abandonwares". Aliás, também não tramita e provavelmente jamais será considerada uma lei desse tipo. Há certo tempo, alguns grupos começaram a afirmar, sem qualquer embasamento, que após 15 anos qualquer software virava domínio público (mais ou menos como os 90 anos para músicas e etc). Mas isso é papo furado. O que acontece, na prática, é que com o passar dos anos as empresas não lucram mais com os jogos (seja com o suporte, seja com as vendas) justamente porque outros jogos foram lançados e aqueles mais antigos acabam caindo no esquecimento da maioria das pessoas e são "abandonados" pelos seus fabricantes. Por esse motivo, a vigilância sobre alguns títulos é amenizada. Por exemplo: é improvável que a Atari vá processar alguém que possua uma rom do "Pitfall" no PC. Pode acontecer, mas convenhamos, é improvável.
Eu também sou doido pra ter um super nintendo com tudo originalzinho e novo de fábrica pra poder jogar na tv, assim como também poder usar as roms no meu pc. Masss sabe como é né?
Meu caso de "amor" é com o Master System... Sei exatamente como é!
Ah! Ta aqui uma matéria em que a ms acusa o linux de violar várias patentes. Já pensou se a "justiça" concorda com eles?
http://br-linux.org/linux/microsoft-diz-que-linux-viola-42-patentes
Como o próprio artigo menciona:
"É mais um lance da guerra de FUD tipicamente associada a Steve Ballmer, e mais uma vez estão presentes as características essenciais: as patentes não são identificadas, e ninguém diz o que pretende fazer a respeito."Ainda não li esta notícia porém parece que algo está acontecendo... kkkk
http://br-linux.org/2009/projeto-de-lei-pretende-liberar-copia-de-musicas-e-de-livros/
Bah... Esse texto não está muito preciso - pelo menos no que tange aos arquivos MP3. Sobre os livros, apesar de eu mesmo usar praticamente somente cópias xerocadas em meus estudos, se formos parar pra pensar em quem elabora essas edições, isso é meio injusto: afinal, a lei permitiria a cópia para aquele cara que quer somente estudar e tal... Mas qual é o outro fim do livro didático? Ou existe alguma outra coisa que se possa fazer com ele e nunca me disseram? Acho que o melhor seria haver algum tipo de subsídio para que saísse mais em conta para o estudante. As coisas como estão atualmente, são absurdas: um livro de eletrônica que me custaria quase R$150,00, me saiu por menos de R$30,00... Um outro de alemão que me custaria mais de R$70,00 (e esse faz parte de uma coleção, dividida em módulos, o que quer dizer que eu seria
obrigado a comprar os próximos livros, também) paguei menos de R$20,00 na cópia...
E sobre os arquivos MP3: pelo que consta do artigo, se eu tenho um CD e faço uma cópia integral do álbum para dentro do meu aparelinho de MP3, eu estaria cometendo pirataria. Mas baseado em que se afirma isso? Afinal, se eu possuir o original, me é permitido a "cópia de segurança", e converter arquivos para MP3 pode ser considerado isso (estou apenas mudando o tipo de mídia). Além disso, se realmente procedesse essa interpretação equivocada, o iTunes e o Windows Media Player (que são dois "players" e "ripadores" de alguns audazes defensores dos direitos autorais e copyrights) estariam incentivando a pirataria. Aliás, essas empresas também fabricam os próprios aparelhos, em si: o iPod e o Zune, sendo dois exemplos.
Mas continuaria a ser roubo, caso a lei mudasse, na opinião de vocês?
Cara, vou te ser bem sincero: mesmo a lei dizendo que é, eu não considero roubo. Pelo menos não acho que seja uma questão de "preto no branco". A pirataria não vai deixar de existir, haja o que houver. Mas dependendo dos benefícios e justificativas para se escolher entre o original ou o "alternativo", pode-se diminuir bastante o ilícito. E daí voltamos à questão de que é necessário mudar-se a maneira de se ganhar dinheiro com música, software, filmes, etc. É necessário mudar os paradigmas atuais.
Um abraço!!