Encontrei esta matéria no sítio GNU da Faculdade Ruy Barbosa, instituição onde estudo Administração. O tema que foi tratado no conteúdo abaixo, questiona, especialmente, a razão para não ser um usuário Linux.
"Um bom usuário de Linux nos dias atuais é alguém que estuda tutoriais, lê livros, está atualizado. Deixando um pouco de lado toda essa sede de saber, por que não refletir: por que seu tio, a sua irmã ou o seu colega de trabalho não usam Linux? O que podemos melhorar para que pinguim conquiste as massas?
Se alguma coisa funciona realmente bem no Linux, isso tudo está relacionado às redes de comunicações. Agradece-se ao trabalho de muitos voluntários que tomam partido de projetos complexos e demorados para o Linux, com o simples objetivo de tornar o Linux um Sistema Operacional cada vez mais acessível ao usuário, sobretudo ao iniciante.
Evidentemente, essa premissa não necessariamente alveja os mais variados níveis de usuários: concentremos nossas atenções naqueles operadores que não tem facilidades com comandos de terminal, que sentam na frente do computador e se limitam a resolver problemas simples e esporádicos. Seria muito bom instalar o Linux com um disco apenas, escolher a linguagem e os tipos de programas para usar, auto-detectar todo o hardware e tudo estar funcionado bem.
Isto sem dúvida é uma utopia, dado a quantidade imensa de hardware diferente que existe hoje em dia. Os winmodems são um grande problema. Uma dificuldade a mais para o usuário, que cairá no caso típico: "uso o Linux, mas tenho um winmodem". Embora ter um winmodem não signifique que ele só funcionará no Windows, as distribuições que não detectam estes modens, devem ser ligadas a internet para executar o download do driver correspondente, e então instalá-lo e configurá-lo.
Os modens externos são captados facilmente. Mas que dizemos das dores de cabeça que temos pela simples razão de que os fabricantes decidiram fazer alguns modens tão baratos e problemáticos para os sistemas não-Windows??? Toda "boa vontade" tem um preço...
As grandes empresas de software são também culpadas desta lenta migração, por não jogar no mercado versões de seus programas para Linux. Imagine ter uma versão de Autocad ou um Contaplus: seriam capazes de passar de Windows a Linux sem converter os dados. A maioria das médias e pequenas empresas seriam capazes de migrar perfeitamente para o Linux, a não ser que essas aplicações das grandes empresas de software não façam, por este motivo, versões para Linux.
É uma pena, já que se tem o código fonte, compilar a aplicação para Linux é "fácil". Em aplicações de escritório, o nível dos pacotes do Linux e Windows estão gradativamente se equiparando. Ainda mais agora, com o OpenOffice, que já chega a representar uma ameaça ao caríssimo Microsoft Office por criar novos recursos e pela qualidade notável dos processadores de texto e softwares de planilha de dados e cálculo.
Pirataria é a cópia ilegal dos programas pagos, uma forma de economizar em software. É um dos grandes inimigos do software livre. Para que usar, se posso adquirir qualquer programa por 10 reais? Isso é realmente algo difícil de resolver ou até mesmo competir, já que os programas pagos são geralmente melhores que os livres. Apesar dessa problemática, ainda temos felizes paradoxos.
O Photoshop antigamente era imbatível, mas o GIMP tem melhorado a cada edição, chegando a um patamar competitivo. Jogos É também uma pena que, quando um jogo entra no mercado, ele não tenha uma versão para Windows e outra para Linux. No entanto, a Id software e outras companhias tem mostrado que a emulação é uma solução.
Quake é um exemplo de jogo que já está com uma versão Linux inclusa, um exemplo para empresas que possuem bons jogos no mercado como Eidos, Atari, Blizzard e tantas outras. Interface de usuário Desde que foi abandonado o modo texto, as pessoas tem se acostumado a mexer mais com o mouse, arrastar janelas, utilizar menus gráficos. É muito melhor assim, sem dúvida alguma, e tende a ser cada vez melhor.
Com as dúvidas, sugestões dos usuários, veremos qual interface estes preferirão: o Windows XP ou o KDE. Avançamos, mas temos muito trabalho ainda. Quase todo mundo se agrada com o Linux, testou-o ou o viu e achou muito bom, mas mesmo assim não usa o mesmo.
Quando consolidar-se-á a mudança?
Ela já está acontecendo, não é algo que é irá terminar da noite para o dia. Estou seguro que o desenvolvimento de software livre, com o tempo, superará qualquer projeto fechado. O ponto vital é a educação. Se nas aulas de informática das escolas fosse ensinado Linux ao invés de Windows, esses estudantes seriam capazes de usar facilmente qualquer plataforma de hardware ou software.
Pelo andar da carruagem, é um momento crucial de ensinar algo mais do que Microsoft nas escolas."
Fonte:
Notícias GNU Ruy