Autor Tópico: Linux, uma quebra de barreiras  (Lida 986 vezes)

Risaldo Costa

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Linux, uma quebra de barreiras
« Online: 09 de MAR?O de 2009, 21:49 »
Linux, uma quebra de barreiras

Muita gente faz certa associação, com um pouco de razão, quando se fala em software livre ou mais comumente usado, Linux, muitos dizem que não gostam, outros que não presta, que é difícil, dentre outros, porém sem nem ter ao menos usado. Simplesmente porque o amigo do vizinho do primo disse, ou porque algum vendedor de loja "especializada" disse que é melhor "aquele" sistema operacional, prática comum no mundo capitalista como o nosso.

Basta entrarmos em qualquer loja que vende equipamentos de informática para notarmos algumas práticas que para usuários comuns são imperceptíveis, computadores idênticos (mesma marca e configuração de hardware) com preços diferentes, e ao indagarmos o vendedor sobre essa diferença, o mesmo diz na cara dura:

"É porque o mais barato vem com Linux, aí o senhor em casa manda alguém instalar o outro sistema operacional"

e muitas vezes ainda falam que esse que sistema operacional que está aí não presta, e nós simplesmente, por confiança e para gastar menos, acreditamos, compramos o computador mais barato e em casa fazemos a instalação do sistema que na grande maioria das vezes é pirata.

Não estou aqui para fazer alusão contra a gigante Microsoft, mas estou escrevendo para mostrar às pessoas as grandes possibilidades que temos em nossas mãos, não vim aqui para dizer que o sistema operacional da Microsoft é ruim e que Linux é bom, tanto é que no meu trabalho faço uso do mesmo, e também sou usuário de Linux, porém tenho conhecimento de causa que me faz ter embasamento suficiente para defender e mostrar por A + B que essa recusa de uso do Linux sem conhecimento de causa só nos faz distanciar de um mundo que cresce a cada dia que passa, que é o mundo do software livre.

Muitos associam Linux a algo de outro mundo, indomável e intocável, que só pessoas feras em computação têm o poder e o privilégio de usá-lo, mas não é bem assim, o Linux é um sistema operacional tão bom quanto qualquer outro como: Windows, MAC OS, Novell, dentre outros, porém a Microsoft, por seus méritos próprios, tem seus louros da vitória pelo pioneirismo de lançar no mercado o primeiro sistema operacional baseado em janelas que fosse voltado para usuários domésticos, ou seja, uma boa interface de integração usuário x máquina, que fazia com que domássemos um computador, a partir daí, resumindo a história, nos acostumamos a usar e depender desse sistema operacional, e não nos deixamos olhar para o lado e ver que tínhamos grandes possibilidades, mas que o medo de mudar, de não conseguir usar, era maior, mesmo que essa permanência com o uso do sistema operacional proprietário nos levasse a cometer crimes, o da pirataria, pois é, sem querer cometemos o mesmo crime que aquelas pessoas que vendem e compram CDs e DVDs "genéricos" nas ruas, só que no nosso caso, temos opções, e boas opções, e melhor ainda, não precisamos pagar por elas, pois é, os softwares livres que têm a licença GPL (General Public License), podem ser usados, sem prazo de expirar, e mais, temos todo o poder em cima dele, porque é um sistema totalmente aberto e podemos alterá-lo e adaptarmos às nossas necessidades.

Existem distribuições, nome dado aos vários tipos ou "sabores" de Linux espalhados pela "grande rede", dentre elas posso citar algumas, todas elas com suas nuances, tais como: Kurumin, Ubuntu, Debian, Slackware, Red Hat, Mandriva, CentOs, dentre outros, sem falar que algumas distribuições como o Ubuntu, você pode se cadastrar e pedir que eles enviem para você CDs com essa distribuição, e por incrível que pareça, de graça.

E muita gente pergunta: "E os programas que eu utilizava, vão funcionar se eu mudar de sistema operacional?", a resposta para sua grande maioria é não, mas não se assuste, o Linux tem programas como o OpenOffice, que tem as mesmas funcionalidades que o conhecido e caro MS Office, e seus arquivos podem ser salvos no formato .doc, .xls, .ppt, totalmente adaptável ao famoso office, temos tocadores de música, visualizadores de vídeo, gravadores de CDs e DVDs, navegadores, comunicadores, ferramentas de desenho, jogos, desenvolvimento e tudo que se pode imaginar num sistema operacional para usuários comuns ou para usuários mais avançados.

Mas será que eu vou conseguir me adaptar ao instalar o Linux? Sim, o Linux não quer que você se desfaça de vez do seu antigo sistema operacional, pelo contrário, ele quer que você o use da mesma forma, ou melhor que seu antigo sistema, porque se já temos outro sistema rodando em nossa máquina, podemos simplesmente fazer nosso computador trabalhar com o "dual boot", em resumo, ao instalarmos nosso Linux, ao final da instalação o instalador (em no máximo 20 minutos instalamos o Linux em uma máquina), ao identificar que existe um outro sistema operacional instalado, nos pergunta se queremos instalar um gerenciador de boot, ou seja, ao ligarmos nosso computador, o próprio Linux nos pergunta qual sistema operacional gostaríamos de trabalhar.

Que tipo de máquina se adapta melhor ao Linux? Qualquer uma, na verdade, se você porventura não tem HD na sua máquina não se preocupe, no mundo Linux existe a figura dos Live-CDs, ou seja, ele roda o sistema Linux na sua máquina sem precisar instalar, sem HD, apenas usando a memória RAM da sua máquina, mas se você realmente quer instalá-lo, o Linux não é tão exigente, com 256 de memória RAM ou até menos você já tem um Linux instalado, pois é, aquela máquina velhinha que ninguém aguenta ver pode ressurgir das cinzas e comportar um poderoso sistema operacional, e com a vantagem de que a grande maioria do hardware instalado nela vai ser reconhecido. Sem falar que travamentos e vírus são coisas do passado com o Linux, não é uma verdade 100% absoluta, mas confesso que sou usuário de Linux há alguns anos e nunca precisei de antivírus nem usar CTRL+ALT+DEL.

Por: Renato Prado Pinto Filho


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