Duas coisas me deixam ferrado.
Uma é a incapacidade de muitos de ler e interpretar um texto. Culpa da educação brasileira? Não, é preguiça mesmo.
Criar uma interface que rivalize a do Mac OS X é (desculpem o trocadilho) o tema da notícia, e não mudar o tema do Ubuntu para algo Macniano. Não se trata de querer imitar o tema do Mac, até porque mesmo com o Mac4Lin o máximo que se consegue é enganar quem não tem um Mac; mactards reconhecem um não-Mac à distância, e o Mac4Lin não é tão bom assim (preferi a customização feita por um sujeito usando o Clearlooks mesmo; ficou mais parecido com o Mac, até). Se trata de criar uma completa interface que seja rival do Mac OS. É só ler os changelogs do Jaunty, incluindo o seu novo sistema de notificação, rejeitado por muitos mas esperado por todos (eu, inclusive), para o bem ou para o mal. O Mac tem um sistema como este proposto? Não. Alguma outra distro tem? Também não. É uma inovação. É isso que se está querendo fazer, adotando o Ext4 (MUITO MAIS VELOZ que o Ext3), melhorando in-kernel o suporte a hardware (nada de SiS ainda, né, gente?) e virtualização, adotando ferramentas mais seguras e confiáveis como o padrão do sistema -- e o sistema de notificações, é claro. Tudo para criar uma interface que rivalize a do Mac.
A segunda coisa é essa mania de se querer mudar o Human. Cara, não vejo ninguém reclamando da lívida cor do Fedora com GNOME, nem do tom esverdeado do Foresight com GNOME -- mas se é o Ubuntu, tira essa cor de cocô (não perco meu tempo analisando o tom cromático de defecações próprias ou alheias, mas se alguém afirma tão acertadamente...)! O Human hoje está mais alaranjado que amarronzado (se não existir essa palavra, eu a libero sob CC-BY), e se isso não bastasse existem temas suficientes para o GNOME, que já é pensado para ser customizado pelo usuário (diferentemente do KDE4, por exemplo, que não permite muitas modificações de sua interface janelas-like).
Enfim, vamos primeiro começar a prestar atenção nas aulas de língua portuguesa e ler jornais e revistas, para aprender a interpretar textos lidos. Depois, vamos aprender a customizar nossos Ubuntu e deixar que a equipe do Mark se preocupe em nos dar uma interface rivalizante à do Mac OS X.