Não sei o seu caso mas vou lhe contar minha experiência.
Para sentir o Ubuntu e suas dificuldades, instalei o Ubuntu 8.10 com o Wubi (depois descobri que as dificuldades de uso do Ubuntu são mínimas -- exagerando um pouco, não muito diferente de quando saí do Windows XP para o Vista). Com isto, você vai ver se o Ubuntu tem drives para todo o seu hardware e também vai poder usá-lo por um tempo para ver se não sente falta de nada do Windows. No meu caso, ele reconheceu todos os drives que eu precisava e até mesmo a rede wireless aqui de casa foi reconhecida logo de cara sem qualquer necessidade de ajuste e/ou configuração. Aliás, na 1a. entrada eu já acessei a internet e todos os meus periféricos (para ser sincero, ainda não testei o scanner mas eu o uso bem pouco). E, na 8.10, eu não precisei de algo que em toda instalação da 8.04 o pessoal fala: a de instalar codecs para ouvir música MP3, WMA e outros. Quando terminei a instalação, já ouvi algumas de minhas músicas sem problema nenhum e sem precisar instalar codec algum.
O Wubi faz com que o Ubuntu, como disse o Alakazan, rode como um programa do Windows. Na realidade, a coisa funciona assim: ele se instala como um programa do Windows mas, depois de instalado, roda como Ubuntu "full" e fora do Windows (na hora do boot, você escolhe se quer o Windows ou o Ubuntu, ou seja, não é um Ubuntu rodando junto com o Windows -- os dois estão no mesmo computador mas você só roda um deles de cada vez e, se quiser rodar o outro, tem que dar novo boot). A vantagem, também como disse o Alakazan, é que se você não quiser mais o Ubuntu é só entrar via Windows e desinstalá-lo, como se faz com qualquer programa Windows.
Dizem que a desvantagem desta alternativa é a performance. Como usuário novo no Ubuntu, posso dizer que uso esta solução e não sinto deficiências de performance (eu diria até que, em várias coisas, ele é mais rápido que o Vista Premium que tenho instalado no mesmo computador). Pode até ser que se eu o instalar numa partição separada do Windows ele fique mais rápido mas não estou sentindo falta desta performance para aquilo que eu faço normalmente.
Outra desvantagem, esta bem mais remota, é que se der um "pau" no teu Windows e você perder a partição dele, você perde também o Ubuntu pois, como dito acima, ele fica em um arquivo dentro do Windows. Mas, é claro, essa possibilidade é bem remota (não me lembro se já aconteceu comigo alguma vez de perder a partição do Windows). E, é claro, se você ficar no uso só do Ubuntu, a probabilidade de acontecer uma "zebra" dessas é praticamente zero.
E a instalação é bem simples: eu apenas segui as orientações da revista Dicas Info e não tive nenhum problema. Você não precisa criar partição nenhuma (só é recomendável desfragmentar o disco antes mas nem isto é mandatório) pois o próprio Wubi cria um arquivo grande (cujo tamanho você escolhe até o máximo de 30 GigaBytes). O Ubuntu passa a enxergar este arquivo como sua partição quando está rodando. Eu escolhi 30 Gigabytes e não me arrependi pois, depois de instalar tudo o que me interessa no Ubuntu, estou usando 11.5 GBytes. Se tivesse ficado em 8 ou 10 (como vi algumas recomendações), estaria com problemas e, mesmo com 15 eu estaria "perigosamente" no limite.
Para quem está iniciando, também não precisa mais que isto pois você continua acessando todos os drives e pastas do Windows. Então, eu acesso os mesmos arquivos (fotos, músicas, documentos, ebooks, etc.) que tenho no Windows (e isto até é bom pois você fica com uma versão só de cada arquivo, que você pode ler/alterar/incluir/apagar tanto no Windows quanto no Ubuntu).
Um abraço.