Pessoal, segue abaixo matéria que considero da maior importância para todos nós. Foi retirado do site
www.ofluminense.com.br.
Cidades
Publicado em 25/05/2008
Cresce a quantidade de pessoas que escrevem errado publicamente
Para quem sabe escrever, chega a doer na vista acentuação colocada de forma errônea em grandes placas
Está aberta uma nova era da língua portuguesa. Em uma tendência cada vez mais crescente, as regras gramaticais vêm sendo distorcidas segundo os critérios e o conforto de cada usuário. Erros antes grosseiros parece que passaram a ser toleráveis em meio à correria do dia-a-dia. Agora, nem mais aqueles que querem atrair o interesse e a fidelidade do público se importam em dar o bom exemplo.
"Artezanato" e "alizamento", com a letra "z" em vez de "s", viraram erros freqüentes entre seus próprios realizadores. Lava-jato, e não "lava a jato", seria o mesmo que limpar com água um determinado modelo de avião. A expressão "entregas a domicílio" é vista muitas vezes potencializada com o acento grave, indicativo da crase (junção da preposição "a" com o artigo "a" que antecede um substantivo feminino).
"Quem entrega, entrega algo a alguém em algum lugar, portanto, no domicílio de outra pessoa", diz Paulo Mauricio Moura, professor de Português para estrangeiros em um curso particular de Icaraí e um dos defensores, portanto, da expressão "em domicílio".
"As pessoas têm tanto medo de errar por não colocar a crase, que acabam colocando o acento grave em tudo, por falta de conhecimento mesmo", acredita Patrícia Santos Quintão, licenciada em Letras pela Universidade Estácio de Sá.
Apesar de reconhecerem que anúncios escritos com erros de português são ruins para a imagem de um estabelecimento comercial, Paulo e Patrícia admitem que a freqüência e o consumo nesses locais não são abalados apenas por essas incorreções. Eles próprios confessam que fazem "vista grossa" ao problema quando necessário.
Em paralelo às incorreções não propositais, reina também o linguajar dos internautas. Para acompanhar a velocidade da informação digital pela rede internacional de computadores, seus usuários abreviam palavras e até expressões inteiras com um critério próprio.
Entretanto, em uma página de relacionamentos da própria internet, há quem abomine a nova tendência. No Orkut, a comunidade "Eu OdEiU GeNTi ki IsKreVi AxIM" possui nada menos do que 190.828 membros brasileiros. "Escrevo assim porque acho legal, diferente", admite o estudante Thiago Mendonça, de 19 anos.