BB desiste do software livre verde-amarelo
Ricardo Cesar e João Luiz Rosa De São Paulo
Um dos mais alardeados projetos de software livre, criado no rastro do entusiasmo do governo federal pelos programas de computador que não cobram licença de uso, enfrenta o desafio de sobreviver depois que seus principais parceiros desistiram da empreitada. O Freedows Consortium, que reunia o Banco do Brasil - por meio da Cobra, seu braço de tecnologia - e a empresa Free Software, criadora do sistema, ruiu silenciosamente no semestre passado, em meio a desentendimentos entre os sócios.
Pelo acordo, caberia à Cobra vender o Freedows, um sistema operacional com visual semelhante ao do Windows, da Microsoft, a seus clientes públicos e privados. A iniciativa seria impulsionada pela adesão do próprio BB, cuja enorme rede daria escala ao programa da Free Software.
A Cobra chegou a investir mais de R$ 2 milhões no projeto, mas conflitos ocorridos dentro do consórcio mudaram radicalmente a posição do Banco do Brasil. "Não há uma só cópia do Freedows no banco", diz José Luiz de Cerqueira César, vice-presidente de tecnologia e logística da instituição.
Segundo o executivo, o rompimento foi causado pela decisão da Free Software de não abrir totalmente o código do sistema, uma das principais características dos programas livres. Mas Sandro Nunes Henrique, que dirige a companhia, alega que estavam previstas duas versões do programa - uma totalmente aberta e outra com restrições - e que não descumpriu o acordo.
O episódio também tem entre seus personagens a Abrasol, uma associação de empresas de software livre que apoiava o projeto, mas é alvo de críticas. As principais distribuidoras de Linux não estão ligadas à entidade, cujo endereço na internet foi registrado pelo próprio Nunes Henrique.
fonte
http://gazetaweb.globo.com/Canais/Informatica/Noticias.php?c=3734&tipo=1
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