Office 2007: Receita quer comprar R$ 40 milhões

Iniciado por Werton Franca, 24 de Dezembro de 2007, 17:59

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Werton Franca

Noutro tópico, houve uma discussão acerca de a Receita Federal disponibilizar programas de declaração para LINUX sem todas as funcionalidades (ex: não calcula ganho de capital).

A Receita, porém, realmente parece muito "chegada" à Microsoft, embora não se possa falar, sem provas, em corrupção (servidores da Receita receberam propina da Microsoft para continuarem a gastar dinheiro público com seus programas).

Vejam em http://idgnow.uol.com.br/mercado/2007/12/18/idgnoticia.2007-12-18.6107413512/

E a notícia extraída do site www.prsp.mpf.gov.br:


18/12/07 - MPF recomenda que Receita mantenha suspenso pregão milionário de software

Receita planeja adquirir 44 mil licenças do programa Microsoft Office 2007, ao custo de quase R$ 41 milhões, mas TCU investiga a compra

O Ministério Público Federal em São Paulo recomendou ao Secretário da Receita Federal do Brasil que a Receita mantenha suspenso o andamento Pregão Presencial RFB/COPOL nº 19/2007 para a aquisição de um lote de 44.087 licenças do programa Microsoft Office 2007, orçadas em R$ 40.898.480,00, até que o Tribunal de Contas da União conclua o processo TC 022.814/2007-3, de exame do pregão.

Após o caso ser tornado público, o pregão foi suspenso pela Receita em agosto, por tempo indeterminado, mas o MPF apurou que a Receita poderá retomá-lo com alterações no edital. Em resposta ao TCU, a Receita emitiu nota técnica no último dia 27 de novembro, na qual mantém a intenção de realizar o certame para aquisição das licenças. E para isso apresenta, nesse documento, defesa minuciosa acerca da necessidade de continuar utilizando o MS Office como ferramenta.

Na mesma nota técnica, a Receita afirma ao TCU: ``um relançamento (do edital) poderia acontecer ou não, com alteração ou não, dependendo das decisões técnicas e políticas superiores´´.

A apuração do MPF sobre o pregão começou após uma denúncia anônima, em que um cidadão questionava a utilidade e a economicidade do pregão. A Coordenadoria de Informática do MPF-SP foi consultada e deu um parecer técnico no qual afirmou que a Receita pode abrir mão da compra em troca de softwares livres com as mesmas características.

Outros pontos levantados pelo MPF é que o pregão da Receita para a compra de software de código fechado contraria recomendação do Governo Federal para a adoção de softwares de código aberto (livre). Na apuração, o MPF descobriu a apuração do TCU que, até o momento, considera que o pregão fere o princípio da economicidade, uma vez que ``se trata de escolha entre um produto com custo de aquisição orçado em R$ 40.898.480,00 frente a outro produto cujo custo de aquisição é nulo´´.

A 2ª Diretoria Técnica da 2ª Secretaria de Controle Externo do TCU já indicou 11 irregularidades no edital, dentre as quais: ausência de justificativa fundamentada para a compra excepcional de softwares; a aquisição de 44 mil licenças, sendo que a Receita, em todo o Brasil, possui somente 33.686 estações de trabalho; portaria da própria Receita que indica o uso de software livre e a exigência indevida no edital de que o licitante seja uma revenda que possua o certificado Microsoft Gold Certified Partner.

Na recomendação, o MPF, além de entender que o Pregão deve permanecer suspenso, também sugere que a Receita não avance no pregão sem comunicação prévia 30 dias antes de qualquer nova etapa do certame e que a autarquia responda à recomendação em 10 dias, a contar da data do recebimento.

(ninguém aí conhece o presidente, para contar a ele o que a receita está fazendo, mesmo após a perda da arrecadação da cpmf?)

-.-

eles poderiam fazer que nem a secretaria da fazenda de minha cidade \o

crossover server com M$ office e os computadores terminais burros com linux que so serviriao para abrir o office do servidor então não seria pirataria pois o office abre no servidor e não na estação \o
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livio

Olha só a que ponto isso chegou! Comprar 44 mil licensas do MS Office 2007, é, no mínimo suspeito, sem falar que é burrice, com o perdão da palavra, pois o OpenOffice.org faz exatamente a mesma coisa, com um custo reduzido. Até o presidente sabe que é melhor usar software livre.

Agora outro ponto a ser abordado: se não há dinheiro pra investir em educação, saúde e segurança, de onde vieram esses 44 milhões pra comprar as licensas do Office 2007?

Não é nada improvável que haja alguma ação por parte da MS por trás disso.

Também há rumores de que a MS esteja pagando para que sites como o IG mudem para o Windows Server, mas são apenas rumores.

zoroastro

Fazer o quê... vivemos num país onde os velhacos ladrões são politicos e nao entendem nada do assunto e falam asnneiras sem conhecer o softwatre-livre.

koianiskatsi

Esse pessoal não procura estudar o O.O, aí da nessa caca.


-.-

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Glauco Hass

Interessante esta parte da notícia.
CitarAlém disso, o MPF descobriu a apuração do TCU que, até o momento, considera que o pregão fere o princípio da economicidade, uma vez que "se trata de escolha entre um produto com custo de aquisição orçado em 40,89 milhões de reais frente a outro produto cujo custo de aquisição é nulo".

A 2ª diretoria técnica da 2ª secretaria de controle externo do TCU já indicou 11 irregularidades no edital, entre as quais a ausência de justificativa fundamentada para a compra excepcional de softwares, a aquisição de 44 mil licenças, sendo que a Receita, em todo o Brasil, possui somente 33.686 estações de trabalho, uma portaria da própria Receita que indica o uso de software livre e a exigência indevida no edital de que o licitante seja uma revenda que possua o certificado Microsoft Gold Certified Partner.
Bom saber que o TCU está preocupado com isso. Por que comprar um software, se tem similar que é de graça?
E por que comprar 44 mil licenças, se a instituição possui apenas 33 mil computadores?

carlosaluisio

Citação de: Glauco Hass online 16 de Janeiro de 2008, 02:35
Interessante esta parte da notícia.
CitarAlém disso, o MPF descobriu a apuração do TCU que, até o momento, considera que o pregão fere o princípio da economicidade, uma vez que "se trata de escolha entre um produto com custo de aquisição orçado em 40,89 milhões de reais frente a outro produto cujo custo de aquisição é nulo".

A 2ª diretoria técnica da 2ª secretaria de controle externo do TCU já indicou 11 irregularidades no edital, entre as quais a ausência de justificativa fundamentada para a compra excepcional de softwares, a aquisição de 44 mil licenças, sendo que a Receita, em todo o Brasil, possui somente 33.686 estações de trabalho, uma portaria da própria Receita que indica o uso de software livre e a exigência indevida no edital de que o licitante seja uma revenda que possua o certificado Microsoft Gold Certified Partner.
Bom saber que o TCU está preocupado com isso. Por que comprar um software, se tem similar que é de graça?
E por que comprar 44 mil licenças, se a instituição possui apenas 33 mil computadores?

Pensa bem, meu caro.. Pensa bem !!!

Só tem um jeito de desviar verba : Contratando obra ou serviços de qualquer tipo. O serviço custa x, mas, fazem um edital "amarrado" a uma empresa certa, tudo combinado, colocam como se custasse x³ (x ao cubo, isso memso, 3 vezes mais, como exemplo. as vezes é mais ainda), e daí todo mundo faz a  festa. Isso é em todos os lugares do Brasil, sem exceção, e vai desde prefeiturazinha, até o executivo nacional. E, infelizmente, na avassaladora maioria das vezes, Prefeito, Governador, Presidente, nao ficam sabendo, pois eles não cuidam de tudo. Eles delegam pessoas para isso, daí é que é o problema...
Ubuntu Lucid é 10 !!!

jamiro

Citação de: Werton Franca online 24 de Dezembro de 2007, 17:59

A apuração do MPF sobre o pregão começou após uma denúncia anônima, em que um cidadão questionava a utilidade e a economicidade do pregão. A Coordenadoria de Informática do MPF-SP foi consultada e deu um parecer técnico no qual afirmou que a Receita pode abrir mão da compra em troca de softwares livres com as mesmas características.


Fiquemos de olho nós todos! Podemos fazer sempre como o cidadão anônimo e denunciar ao MPF práticas como essa!

Abraços,