Nem tanto ao mar nem tanto a terra!
Nâo sou radical em nenhum sentido. Gosto do Gnome enquanto ele for software livre. Se deixar de ser livre, pelas limitações práticas decorrentes desta perda de liberdade, me verei obrigado a mudar de ambiente gráfico.
Agora, francamente, não acredito que a posição individual de uma única pessoa, mesmo sendo o líder do projeto possa produzir uma mudança como essa. As pessoas hoje em dia perderam o sentido do coletivo: Miguel de Icaza é importante, mas não é o Gnome. O Gnome é um projeto comunitário, não a casa do Sr. Icaza. Quando o Líder do Gentoo se bandeou para a Microsoft a distro continuou a existir, com suas virtudes e seus problemas.
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Caro boi,
Frequentemente eu tenho o prazer de concordar com você, principalmente na crítica ao "ubuntismo" mais radical, ou "baba ovo", como você diria. Mas, francamente, você não acha que dizer "o Gnome não faz falta a ninguém" não é um pouco rude da sua parte?
Afinal, quem gosta do Gnome - como é o meu caso - por acaso é ninguém? Ou será que a criatura que aprecia o Gnome é tão esquisita que seria incapaz de alimentar sentimentos diferentes do seus? Faço esta última pergunta por imaginar que você ficaria bastante chateado se o seu ambiente gráfico preferido sumisse, não é mesmo? Então, é de se supor que os usuários do Gnome sentiriam também falta do seu ambiente predileto se ele desaparecesse! Salvo, é claro, se você presumir que a preferência pelo Gnome seja um sentimento tão estúpido que não tenha relevância nenhuma.
Acho que você e o sylvester têm todo o direito de defender com unhas e dentes cada uma de suas idéias e preferências, inclusive a preferência pelo KDE. Toda discussão faz sentido se for alimentada por bons argumentos. Mas acho que afirmações como "o Gnome não fará falta a ninguém" são de um radicalismo tão arrogante que beiram o desrespeito. É neste ponto a discussão Gnome vs. KDE perde totalmente o sentido.
Acho que podemos discutir qualquer assunto, inclusive este, de uma outra forma.