Miguel de Icaza, que tem como maior projeto o Gnome, nos últimos tempos vem, a cada vez que fala em público, prestando diversos desserviços a comunidade do Software Livre.
Na realidade, nos últimos tempos, ele está mais preocupado em manter compatibilidade com os produtos da Microsoft, que realmente, prestar algum serviço relevante a comunidade do SL.
Seu produto principal, nos últimos tempos, é o famigerado Mono, uma implementação livre ( teoricamente ) de um ambiente multiplataforma para suporte ao .NET em ambiente Linux. Explicando melhor, o mono é uma plataforma de desenvolvimento de código aberto baseada no framework .NET ( urgh !!!!! ) que permite aos desenvolvedores construir aplicações Linux e multiplataforma.
O mono tem principalmente como carro chefe a linguagem C#, que é um java piorado. Na realidade, como a Microsoft não conseguiu o aval da Sun para misturar o Java ao tal do .NET, ela "criou" uma tosca linguagem para tentar repetir o Java. Não conseguiu, mas conseguiu adeptos dos mais variados tipos para falar que o C# é bonito.
O mais engraçado disto tudo, é que dois indivíduos envolvidos com a Microsoft estão apoiando o projeto. Primeiro, logicamente, nosso amigo Miguel de Icaza e a Novell.
Como todos sabemos, a Novell hoje é uma estranha para o mundo do SL. Ela, na realidade, tem hoje uma distro Linux, mas apoia abertamente a Microsoft em todos os seus atos.
Seu acordo inclui um projeto de interoperabilidade ( para operar com o Windows ? Para que rodar as coisas ruins do Windows no mundo Unix ? ) e coisa mais escusas que na realidade, nem todo mundo sabe. Ou seja, são dois indivíduos apoiando, falando sobre algo, em uma comunidade altamente contrária a se operar com amigabilidade no ambiente Microsoft.
O caso é que estas ações, impetradas por estas duas entidades do mundo SL ( Novell e Icaza ), provam uma estratégia antiga da MS. Ou seja, vamos de dentro do próprio movimento, criar diversas facções até o momento em que ela estarão brigando entre si, e se eliminando continuamente.
O que está revoltando muita gente, entre eles eu e o TaQ, é que o pessoal que ama o Mono, acha que todos tem que gostar desta coisa horrorosa. Fiquei super feliz quando o TaQ provou que não é preciso de nada do mono, para rodar com tranquilidade o Gnome tanto no Fedora quanto no Ubuntu, provando que este ET, híbrido de um SL com tecnologias proprietárias, pode ser estirpado de uma distro sem nenhum problema.
A discussão que fica, lendo e vendo o que o Miguel de Icaza fala, é que a Novell e ele querem abertamente que os padrões Microsoft dominem o mundo. Sim, porque ele abertamente falou a alguns dias atrás, que a fundação Gnome iria adotar como padrão de seus documentos, o OOXML, padrão rejeitado pela ISO, em favor do ODF, do OpenOffice.
Há diversas threads na internet querendo a morte do Icaza, mas a realidade é clara.
Icaza e Novell entraram em um problema de identidade. Ambos não sabem se querem apoiar o Software Livre, ou se abrem logo o jogo dizendo que estão totalmente do lado da Microsoft.
Uma coisa é certa. Para a Novell a coisa pode ficar preta. Sua incapacidade de provar que realmente está a favor do SL, pode causar, em algum tempo, a dúvida na hora de usar um Linux. Entre um Enterprise que admitiu que quebra patentes e um que realmente prova que não há patente nenhuma quebrada, quem você iria usar ? Abertamente, qualquer um falaria que seria o Red Hat.
No caso do Icaza, a coisa já está preta. Sua credibilidade entre os ativistas do SL e usuários de Linux já não existe mais. Viver de um passado, onde ele realmente prestou um grande serviço a comunidade, ao criar o Gnome, não adianta.
Hoje, é sabido que, entre KDE e Gnome a maioria das pessoas vai preferir o primeiro. Primeiro, porque o projeto KDE é abertamente software livre, enquanto o Gnome, com um líder maluco destes, é outro híbrido de filosofias SL com Software Proprietário.
Os próximos capítulos desta novela do SL, tendem a ser cada vez mais interessantes ...
Em tempo, havia esquecido de citar isto aqui. Bom, seguindo o exemplo de remover o mono de todas as distros que temos no mercado, tentei fazer isto no OpenSUSE, versão aberta ( teoricamente ) do SuSe, produto enterprise da Novell.
Qual a minha surpresa, ao executar o comando :
# yast --remove mono
Que, no meio da resolução de dependências do mono, há a necessidade de eliminação do Gnome. Ou seja, sim, no SuSE, o Gnome é totalmente dependente do mono, daí, talvez a loucura dos Monoboys, em tentar provar que todas as distros tem o mono como necessidade básica para o funcionamento do Gnome.
Ou seja, se você usa o SuSE, vai ser forçado a suportar o Mono em sua distribuição ....
http://www.ataliba.eti.br/node/1428Será que vai chegar o dia em que teremos de boicotar o gnome???