Glauber, vc nasceu e cresceu no Jurassico, msmo sendo amigo do Barney Rubble
huauhahuauhuhauhuahahuua
Meu primeiro contato com computadores foi com 11 anos, no início dos anos 90. Apesar do XT já ser considerado ultrapassado mesmo pra essa época, era o computador a que eu tinha acesso no curso de informática que fazia, curtia pra caramba! Isso quando ele não dava pau, o que era meio freqüente hehe. Então acho que tenho um pouco de dinossauro e outro pouco de arqueólogo também...
E pra não fugir muito do tema inicial do tópico: lá no tempo do XT, quando internet era algo que nem se ouvia falar, que eu usava o
DOS, o
Wordstar, o
Dbase III Plus... vírus era algo remoto, algo que sabíamos que existia, mas que ninguém temia muito pegar, naqueles computadores a única forma de ser infectado era através de disquetes, então era só ter um pouco de critério quanto ao que estava sendo enfiado goela abaixo do PC pelos drives A:/ e B:/...
Sem tanta preocupação em tornar o PC em uma caixa forte impenetrável e cheia de guardas de segurança pra me proteger de todas as pragas virtuais possíveis e imagináveis como é hoje no Windows XP, era muito mais tranqüilo sentar na frente do computador e curtir a simples descoberta dessa ferramenta tão bacana, entender os programas que podem ser utilizados nela, criados para ela... e como eles podem ser úteis e facilitar a minha vida e a de outras pessoas.
Então veio a internet, junto com a popularização do Windows, que dominou o setor dos desktops. E junto me parece que veio também
uma cultura do vírus de computador, programas que se aproveitam das inúmeras falhas de segurança do OS dominante e da própria ingenuidade do utilizador e se instalam na máquina, roubando dados pessoais, destruindo arquivos... Será que aquele arquivo que chegou no meu email com o nome
fotos_da_festa_JPG.exe é seguro de abrir? E lá se vai...
Acabou se criando uma paranóia (tudo bem, justificável até certo ponto), onde cada clique do mouse pode ser um risco em potencial... Então agora parece que o foco principal deixa de ser o computador, a descoberta da informática, o conhecimento sobre os programas e como utilizá-los, incluí-los no dia-a-dia. Primeiro e antes de mais nada deve-se aprender a
manter o computador seguro, saber tudo sobre anti-virus, atualizar o anti-vírus, passar o anti-vírus, saber tudo sobre anti-spy, atualizar o anti-spy, passar o anti-spy, levantar o firewall e instalar as atualizações de segurança do OS, mesmo aquelas que ligam de volta pra casa, ou aquelas que podem estrelar o tray (ops!)...
Segurança é a palavra de ordem!
Com toda essa neurose fica bem mais complicado simplesmente usar o computador, é como se entrar na internet fosse o mesmo que entrar em um campo minado, onde cada passo deve ser meticulosamente calculado. Viajar pela rede deixa de ser algo fluído, fica travado, perigoso... sem defesas contra ataques virtuais o navegante se torna presa fácil... realmente, vendo a coisa desse jeito a internet parece mais um campo de guerra mesmo...
E agora vem o Ubuntu, e algo que gosto nele: não tenho anti-vírus nem anti-spy instalado, sei que o iptables tá lá, funcionando, embora nunca tenha mexido nele, também tenho um firewall de hardware. Tudo bem, não vou sair a torto e a direito abrindo arquivos com aquelas
fotos_da_festa_JPG que eu nem sequer fui, acho que um pouco de discernimento e até ceticismo não é algo ruim, ajuda a evitar roubadas na rede. Mas me sinto livre daquela cultura do vírus de computador que falei antes, aqui sinto que posso focar no que realmente me interessa, que é a informação, o conteúdo, a aquisição e troca de conhecimento... não o vírus. Não estou dizendo que fora do Windows não existem ameaças virtuais, claro que existem, inclusive instalei o Clam e o Firestarter nos primeiros meses em que usei o Ubuntu, só pra "garantir". Percebi que num determinado ponto eles não estavam me fazendo falta, e agora eles não estão mais aqui.
Acho legal a atitude de manter um anti-vírus com o intuito de ajudar a proteger outras máquinas que podem estar vulneráveis à eles. Felizmente não percebo muita vulnerabilidade na minha neste momento, e acho que o sistema de permissões do Linux é uma boa garantia de que minha máquina vai estar segura, até onde entendi um vírus de Linux só vai me infectar se eu teclar minha senha pra dar permissão!
Enfim, atualmente no Ubuntu tenho uma sensação parecida com a que tinha lá no tempo do XT no que diz respeito a simplesmente usar o computador e aproveitar o conteúdo que ele tem pra me oferecer. Não vou ignorar hábitos de navegação segura, apenas não quero torná-los uma obsessão que se sobreponha ao propósito de estar navegando... Acho que é isso, e peço desculpas pelo texto longo! Grande abraço, Gláuber.