Autor Tópico: "Aliança ODF ganha divisão local brasileira e desperta polêmicas"  (Lida 2709 vezes)

Offline glaubergoncalves

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   "A Aliança ODF (Open Document Format) acaba de ganhar uma divisão local brasileira. Criada em março de 2006, a organização busca incentivar a substituição de padrões proprietários de documentos por padrões abertos. A iniciativa, de acordo com seus organizadores, está tendo apoio de governos como Bélgica, dos estados norte-americanos da Califórnia, Ohio e Texas."

Via: IDG Now! (http://idgnow.uol.com.br/mercado/2007/03/29/idgnoticia.2007-03-29.0315831498)


   Pelo que captei do artigo, a Aliança ODF tenta clarear as vantagens de se utilizar documentos que usam formatos abertos, ao invés de fórmulas fechadas, como o .doc da Microsoft. Acho interessante o ponto levantado por Haroldo Hoffmann, citado na matéria, onde diz que “Não se trata de um conflito de um produto por outro produto. Também é errado misturar o conceito de padrão com produto. (...) O foco está no cliente, em oferecer novas opções para ele. Mapeando a suas necessidades, ele vai poder escolher o padrão que for mais interessante”. Ao mesmo tempo que retira o foco da briga rivais da Microsoft x fãs da Microsoft, onde se acaba reduzindo a discussão à uma simples guerra comercial, e uma mera atitude anti-Microsoft, que é tudo que isso não é. Não entendo porque que quando se fala em padrões abertos, vem embutido esse estigma anti-Microsoft, como se o único objetivo fosse o de suplantar a gigante do software proprietário com um novo produto no mercado. É muito mais que uma briga de produtos, a mim parece que é a liberdade de escolha que está em pauta, no caso a liberdade de se poder escolher qual o melhor aplicativo para lidar com os documentos, o que vai ser melhor implementado e terá a melhor relação custo x benefício, e a maior transparência em sua configuração/utilização. Sem precisar se preocupar se ele vai ter suporte ao padrão X ou Y, visto que padrões abertos são muito mais fáceis de se implementar do que os formatos fechados, pelo simples fato de serem abertos! Contundente o exemplo da tsunami, uma situação onde enquanto documentos não abriam, vidas se perdiam... E no fim do texto, Jomar Silva arremata: "Hoje, podemos estar produzindo diferentes arquivos que serão hieróglifos daqui a trinta anos. Sem padrão aberto, a única possibilidade de ver do que esses documentos tratam será via engenharia reversa”. Bem interessante o artigo, confiram!