Acho ridículo isso. Geralmente as pessoas são atraídas para um sistema pela quantidade e qualidade de seus programas. Algumas pessoas preferem alguns programas para Linux do que seus equivalentes para Windows. Por exemplo: Conheco muita gente que prefere o Gimp ao photoshop, e o mesmo tem sua versão para Windows, possibilitando o usuário de usá-lo sem ter que passar por nenhuma experiência com o Linux. E o mesmo processo se repete com o firefox.
Alguns pontos que acho importante ter em mente:
1 - Não existe uma rivalidade Linux x Windows...
O que existe é uma rivalidade (do tipo "torcida de futebol") dos usuários Linux de um lado, e questões puramente relacionadas a interesses comerciais por parte das empresas de software proprietário, do outro lado. Desenvolvedores de Software Livre não se preocupam com a plataforma dos seus usuários. Tudo o que eles querem é compartilhar aquilo que produzem com todas as pessoas e de forma indiscriminada. Eventualmente, há programas que rodam também em Windows, eventualmente não... mas isso não faz parte das diretrizes de desenvolvimento.
2 - A "briga" não é contra a MS, mas contra as licenças "proprietárias"...
... e todas as restrições impostas aos usuários por parte dos detentores de "propriedades intelectuais" e patentes. Isso vale para todo e qualquer software proprietário. O exemplo do Photoshop é bom porque, apesar de toda a sua indiscutivel qualidade, ele é distribuído sob uma licença proprietária. Ele não é desenvolvido pela MS, como sabemos, e nem roda apenas em Windows. Com o GIMP, os usuários agora têm uma alternativa "Livre", e isso é o que importa. Se ele vai rodar em outras plataformas além do Linux, melhor para os usuários. Sobre a MS, as pessoas não deveriam utilizar o Windows, não porque o Bill Gates é a besta do Apocalipse, mas porque este produto as priva das suas liberdades; porque, seu uso "não-licenciado" é ilegal, etc...
3 - Apesar de todos os méritos, o Linux não é um fim em si mesmo...
O kernel Linux é uma excelente alternativa para a viabilização de um SO Livre. É a alternativa que mais se popularizou, a que mais investimento de esforços recebe da comunidade, e a que mais chances tem de se tornar um "standart" para o grande público, mas não é um fim em si mesmo e nem a única opção (vide o exemplo do Nexenta:
http://www.gnusolaris.org/gswiki). O grande alvo é a disseminação do Software Livre (SO e aplicativos) e da "Cultura de Liberdade", e isso passa por todas as plataformas.
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