2) configurar o fstab para minimizar a escrita no disco SSD (noatime ou não).
A próxima questão é quanto ao parâmetro noatime no fstab.
Basicamente se trata do seguinte: cada vez que é feito um acesso de leitura a um arquivo o sistema operacional altera a data informando que aquele arquivo foi acessado, ou seja é um update da data de acesso.
Como exemplo, pegue qualquer arquivo aí e faça:
stat /path/nome-do-arquivo
exemplo:
stat /etc/profile
resulta:
stat profile
Arquivo: 'profile'
Tamanho: 581 Blocos: 2 Bloco IO: 1024 arquivo comum
Dispositivo: 16h/22d Inode: 935 Links: 1
Acesso: (0644/-rw-r--r--) Uid: ( 0/ root) Gid: ( 0/ root)
Acessar: 2016-04-22 03:29:32.000000000 -0300
Modificar: 2016-04-22 03:29:32.000000000 -0300
Alterar: 2016-04-22 03:29:32.000000000 -0300
Como se observa (em negrito), todo arquivo mantém esses registros que o stat está mostrando.
Nos SSD modernos isso não chega a se constituir num enorme problema, pois a durabilidade foi enormemente ampliada, então se isso era muito importante lá atrás quando começou a implantação da tecnologia, hoje já pode ser relativizada.
Bem, de toda forma, evidentemente que algum ganho tem se achar que não precisa ter essa data sempre atualizada.
Para fazer isso, querendo, é preciso editar o fstab colocando o parâmetro noatime.
sudo gedit /etc/fstab
Modifique:
errors=remount-ro
por
noatime,errors=remount-ro
Veja que é o parâmetro, uma virgula (sem espaço entre um e outro) e o restante.
De forma mais completa no fstab:
Antes:
UUID=7a0f44d0-f6b9-4660-bee6-b83634b2af41 / ext4 errors=remount-ro 0 1
Depois
UUID=7a0f44d0-f6b9-4660-bee6-b83634b2af41 / ext4 noatime,errors=remount-ro 0 1
Salvar, sair, reboot.
Existe mais alguma coisa a se falar sobre isso, que seriam os parâmetros discard e nodiratime, mas tratamos disso no próximo post, se eu conseguir mais um pouquinho de tempo daqui a pouco.