Antes de querer iniciar uma discussão infundada, e para não pensarem que sou só um hater troll, quero basear essa discussão neste artigo e na minha experiência com o ubuntu desde 2007.
http://blog.projectnibble.org/2010/08/08/how-ubuntus-broken-bluetooth-support-came-to-be/ Não sei qual o motivo para tanta dificuldade, porém é uma tortura trabalhar com dispositivos bluetooth no linux, especialmente no Ubuntu. Até 2007 o suporte a bluetooth era problemático, mas mais no sentido de instabilidade cósmica do que problemas no desenvolvimento dos aplicativos em si. Em outras palavras: o suporte não era muito bom, todo mundo sabia disso e tentava-se arrumar os problemas, nem que fosse com gambiarras. E funcionava.
Hoje em dia, até pelo que o artigo diz, o suporte a bluetooth se encontra num estado de: 1- mistério e 2- Omissão. Mistério por problemas óbvios no suporte da biblioteca bluez. E omissão pela mais do que evidente cara de pau da Canonical em adotar o bluez4 desde então, mesmo com inúmeras reclamações. Neste ponto caímos numa filosofia da canonical: usar os usuários como eternos beta-testers. Foi assim na versão 8.04, que introduziu o pulseaudio em versão pré-beta numa versão LTS do ubuntu...
Isso me faz questionar: até onde os mantenedores se importam realmente com a experiência de usuário? Ainda mais no Ubuntu, um "linux para todos" e claramente voltado para usuários leigos. Para fazer o bluetooth funcionar, independentemente do computador (testei 3) e do dispositivo (adaptadores internos e externos de bluetooth), tenho que fazer um ritual de instalação e desinstação do gnome-bluetooth e blueman, ao mesmo tempo em que tenho que ter todo e qualquer pacote com 'blue' no nome instalado, só para garantir. E mesmo assim, o processo de parear e conseguir enviar/receber um arquivo com sucesso entre dispositivos, depende de um processo longo de matar processos, reiniciar o adaptador e torcer para que Gaia dê forças ao espectro eletromagnético e tudo ocorra bem. Ou seja, no fim tenho que recorrer ao bom e velho cabo USB para transferir coisas do meu celular, ou pendrive para transferir arquivos entre computadores.
O meu objetivo nem é criticar a falta de suporte, pois sendo um projeto livre o ideal era eu tentar contribuir de alguma forma. Mas de um jeito ou de outro isso cai na questão da Canonical: por que ela tem essas decisões bizarras de desenvolvimento? Eu não queria abandonar o ubuntu, pois há pontos em que gosto muito dele e vejo vantagens enormes. Inclusive periodicamente testo lançamentos de outras distros para acompanhar o mercado. Mas, como falei, ubuntu é pra ser uma distro voltada aos usuários leigos, que precisam de tudo funcionando.
É aí que quero a opinião de vocês. Estou certo de criticar esse ponto, ou é um problema que simplesmente só acontece comigo?