Não é assim tão fácil fechar acordo com fabricantes de aparelhos quando se quer fabricar algo bem diferente. Um artigo bem interessante, mas não relacionado com diretamente com o Ubuntu Edge é
http://www.cultofandroid.com/38115/why-google-is-such-a-great-hardware-company/O autor do artigo perguntou a um executivo da Motorola porque depois que a Motorola foi comprada pelo Google ela ficou mais "radical", colocando alguns atributos no Moto X que provavelmente não colocaria se não tivesse sido comprada pelo Google. São coisas que a Motorola já vinha desenvolvendo com ou sem Google, então porque só agora? Acho que a resposta do executivo da Motorola também ajuda a esclarecer a importância da Canonical ter proposto o Ubuntu Edge. Ele diz que os riscos são altos e leva muito tempo para colocar um telefone no mercado e que visto que eles não sabem como o mercado vai mudar nesse tempo então eles frequentemente eles escolhem não fazer coisas que podem ser fantásticas para os usuários. Fabricar demais um produto que não faça sucesso pode ter efeito devastador nas finanças de uma empresa de hardware, mesmo que você acredite que é um produto excelente (mesmo produtos excelentes nem sempre são um sucesso).
É aí que entra a importância da Canonical ter proposto o Ubuntu Edge e tentado financiá-lo com crowdfunding. Valeu pela propaganda sim, claro, mas também pela Canonical ter tido a oportunidade de negociar com fornecedores e mostrar a demanda por um aparelho como o Edge. Tudo isso serve também de aprendizado, que sem dúvida nenhuma será importante no futuro. Talvez não tenhamos o Edge agora, mas tudo tem que ter um começo e esse foi um bom começo.