KurtKraut
10/09/2006
"Além dos cassetes (
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cassete ), os k7 também serão coisa do passado. Quem tem acompanhado o desenvolvimento do Ubuntu Edgy Eft e utilizava um kernel específico para as arquiteturas k7, 686 ou amd64 já deve ter notado a presença de um linux-image-generic no lugar de seu kernel habitual.
Pois bem, em recentes benchmarks (
https://lists.ubuntu.com/archives/ubuntu-devel/attachments/20060814/82176505/attachment-0001.eml ) (bem simples -
https://lists.ubuntu.com/archives/ubuntu-devel/2006-August/019983.html - diga-se de passagem) notaram que não havia um considerável ganho de desempenho entre um kernel 386 e outro 686 que justificasse o custo operacional de manter o kernel especial. O mesmo se verificou entre as variantes amd64-generic e amd64-xeon.
Um único teste foi realizado comparando o kernel compilado para 386 e para k7. As diferenças foram maiores do que as encontradas entre 386/686. Mas ainda assim não acharam justificável a permanência do linux-image-k7.
Sendo assim, os pacotes linux-image-generic (
http://changelogs.ubuntu.com/changelogs/pool/main/l/linux-source-2.6.17/linux-source-2.6.17_2.6.17-7.19/changelog ) nos desktops e o linux-image-server nos servidores irão atender os processadores das famílias 686 e k7 sem otimizações específicas para os mesmos. As variantes 64 bits como amd64-k8 ou amd64-xeon deixarão de existir e estes processadores serão atendidos por um kernel de fato compilado para 64 bits mas com o nome linux-image-generic por uma questão de simplificação. Resta aos adictos pelos kernels especiais a tarefa de compilá-los por conta própria.
Apesar de eu concordar que mais testes (
https://lists.ubuntu.com/archives/ubuntu-devel/2006-August/020007.html ) são necessários , essas alterações não devem causar decréssimo notável de desempenho por parte do usuário por mais que soe de início. Portanto, nada de alardes. Mas fica o convite a todos a fazerem mais benchmarks (
http://en.wikipedia.org/wiki/Benchmark_(computing) ) que tragam números que talvez demonstrem que essa decisão não deveria ter sido tomada, porém, até agora nenhum surgiu nesse sentido.
O Edgy tem sim ganhos de performance, vindo de reorganizações do processo de boot (
https://features.launchpad.net/distros/ubuntu/+spec/replacement-init ), de desligamento (
https://features.launchpad.net/distros/ubuntu/+spec/teardown ) e até do LiveCD (
https://features.launchpad.net/distros/ubuntu/+spec/optimized-live-cd-layout-for-faster-boot ). Além, é claro, das melhorias costumeiras das novas versões de todos os pacotes. O que deve vir a tona para próximas versões são as discussões sobre medidas mais intrusivas na melhoria de performance como preload (
http://sourceforge.net/projects/preload ) ou o prelink (
http://ubuntuforums.org/showthread.php?t=74197 ).
O preload analisa os hábitos do usuário e a partir desta análise prevê quais aplicações serão abertas em seguida no sistema e já as carrega juntamente com suas dependências para acelerar a abertura mediante a solicitação do usuário.
Já o prelink faz a ligações das aplicações com suas bibliotecas e armazena estas informações que usualmente são criadas cada vez que o programa é aberto. Como haverá uma espécie de ‘cache’ para estas ligações, o processo de abertura de programas que requerem muitas bibliotecas deverá ser acelerado. Há obviamente um custo: a instalação de programas via APT passa a ser mais demorada e a interrupção do processo de prelinking pode causar a quebra do sistema ou aplicação. O Fedora e o SuSE já usam prelink por padrão em algumas aplicações específicas."
Fonte: Planeta Ubuntu Brasil -
http://planeta.ubuntubrasil.org/post/1008