Essa parte é bem interessante para quem não conhece a história:
PEGADINHA DO BILL GATES
Nos anos 70, a IBM, que ganhava bilhões de dólares vendendo máquinas de grande porte, via com certo desprezo o mercado de computadores “pessoais”. Mas, quando a novata Apple, que lançara seu microcomputador em 1977, começou a atrair a atenção dos consumidores, a IBM percebeu que tinha de entrar no negócio.
A criação da máquina em si até que foi tranqüila. Liderando uma equipe pequena, o engenheiro Don Estridge conseguiu desenvolver, em um ano, um computador mais barato do que o Apple II – pois usava peças de terceiros (até então, a IBM fazia questão de projetar seu próprio hardware).
Mas o grande susto veio na hora de escolher o sistema operacional que daria vida ao micrinho. A IBM tinha seu próprio software, mas acabou seduzida por um tal Bill Gates, cuja empresa, uma quase desconhecida Microsoft, prometia a solução perfeita para o PC. Os softwares da IBM, afinal, tinham sido projetados para rodar em máquinas grandonas, dotadas de uma potência que o computador pessoal não atingia.
Gates, com muita esperteza, conseguiu vender para a IBM um produto que não tinha. Depois de assinar o contrato saiu correndo para comprar um sistema operacional de outra empresa. Conseguiu um chamado Q-DOS, fez algumas modificações e entregou para a IBM como se fosse obra sua.
Foi um verdadeiro negócio da China: Gates pagou US$ 50 mil pelo programa e, do outro lado, recebeu dezenas de milhões de dólares da IBM.
E, continuando, o PC fez um grande sucesso, chegando a se tornar o padrão do mercado. E isso mesmo usando um sistema operacional fuleiro, bem inferior ao dos seus concorrentes. Mais tarde, a IBM iria se arrepender da burrada que fez, entregando o mercado de SOs para a Microsoft, e tentaria consertar as coisas lançando o OS/2, mas aí já era tarde.