Bom, então vamos começar do princípio: o Linux não é o Windows. Quem muda de lá pra cá tem que estar atento que há coisas que são diferentes, e coisas que simplesmente não existem.
Uma coisa que não existe são as letras de unidade. Assim, não faz sentido a gente discutir como mapear compartilhamentos pra letras de unidade aqui.
Ou faz? Bem, qual é a função de um mapeamento, como os que você descreveu? A função seria criar atalhos para os usuários, de forma que ao invés de acessar \\servidor\publico, ele acesse "X:\".
Aqui, o que existe são operações de montagem. Então, o que faríamos seria montar o compartilhamento samba //servidor/publico, e montá-lo em um lugar mais à mão do usuário, como "/home/usuario/compartilhamentos/publico", ou talvez "/media/publico" ou ainda "/mnt/publico". Ou seja, dificilmente o atalho vai ser mais curto que a referência original...
A primeira dica, óbvia, então, seria não fazer nenhum mapeamento. Simplesmente orientaríamos seus usuários a, quando quisessem pegar alguma coisa no compartilhamento "\\servidor\publico", apontar seus gerenciadores de arquivos para "smb://servidor/publico". Isso resolveria uns 60 a 70% dos problemas.
Os 30% restantes ficariam por conta de programas como o BrOffice, que costumam ter problemas para acessar arquivos em URIs (URI? Pra encurtar, "smb://servidor/publico/arquivo.doc" é um URI, "file:///mnt/publico/arquivo.doc" também). O BrO fica mais à vontade com os compartilhamentos mapeados. Ou, montados, como a gente também diz.
Como eu imagino que a minha lenga-lenga acima não vai fazer você mudar de idéia sobre fazer os mapeamentos
a primeira coisa a decidir é
onde mapear os compartilhamentos. As três sugestões que fiz acima estão de pé ("/home/usuario/compartilhamentos/*", "/media/*", "/mnt/*"). É claro que, com algumas limitações impostas pelo bom-senso, você pode colocar esses mapeamentos em qualquer lugar da árvore.
Vamos supor que vc escolha usar "/mnt/*", por brevidade. O próximo passo é resolver
quem faz a operação de mapeamento (montagem).
No Linux, a operação de montagem/desmontagem de um sistema de arquivos só pode ser feita pelo root (super-usuário). Como isso nem sempre é conveniente, o root pode autorizar usuários a fazer a montagem, com duas condições:
1) O ponto de montagem deve estar descrito no arquivo "/etc/fstab";
2) Esse ponto de montagem deve ter as opções "user" e/ou "users".
Isso funcionaria bem se vc tivesse um ou dois usuários, e um ou dois compartilhamentos pra cada um deles. Como são vários usuários e vários compartilhamentos, não acho que será prático.
A alternativa, então, é permitir que os usuários possam executar alguns comandos como se fossem um super-usuário. Isso é feito com o comando "sudo" (modo texto) ou "gksudo"/"kdesudo" (modo gráfico).
Normalmente esses comandos pedem a senha do próprio usuário (que tem que ter sido previamente autorizado pelo root). Com a configuração correta, no entanto, essa senha não será pedida
apenas para os comandos de mapeamento. Eu acho que assim ficaria perfeito.