Bem, recentemente aproveitei a oportunidade de um feriado e resolvi testar umas 15 distribuições Linux. Algumas até fora de uso (sem atualizações - que chamam de "dormindo"?!) e outras bem "famosas" no meio Linux.
O que percebi é o seguinte: Por que o Linux Mint tem o alcance que tem? Não, não sei... "ele é muuuuito bonito"... É? Não achei isso não, não é mais "bonito" que o Ubuntu mais é nem a pau, porém, aí entram questões subjetivas e assim a coisa complica, pois, será a percepção de cada um. Ele é "extremamente completo"... É? completo? como assim? então quer dizer que eu não tenho que instalar meio mundo de "complementos" pra fazer com que ele funcione, de fato, plenamente? tenho sim. Então onde está essa completude? Não sei.
O Debian, muito seguro, muito estável, porém, com poucas "inovações", o que ao menos em parte, justifica sua estabilidade, pois fazem uso de características que há algum tempo já vem sendo testadas e assim possuem maior índice de correções, aprimoramentos etc. Porém... o processo de instalação dele é muito penoso. Para um usuário Ubuntu/ Mint/ K-Ubuntu e similares, o processo de instalação do Debiam se mostra um tanto quanto antiquado, o que para alguns pode ser motivo de desistência. (O mesmo valeria para o Slackware - sistema muito seguro, muito bem feito, um dos "pais do Linux") porém, muito complexo e, sinceramente, não vejo como isso pode ser motivo de se "vangloriar", aliás, acho essa postura "meio doida" e isso tem e muito no Linux sim (o que acho uma pena) que é "uso um sistema que é osso, difícil demais, tenho que instalar tudo na unha, é uma verdadeira batalha entre eu a minha máquina, pense num sistema invocado, ninguém consegue nem sair do canto" - Senhores, pelo amor de Deus... que raciocínio é esse??? que coisa mais boba... !
Agora vamos a minha eterna relação de irrestrito amor e profundo ódio ao Ubuntu... Sim, ele é excelente, é sim muito bonito, os grafismos dele são muito bem acabados (ao contrário do que um irresponsável de uma revista de renome andou dizendo) ele é bem acabado sim. Porém, vamos lá... de fato a instalação já poderia ter deixado de lado o "espaço de um CD" pois, creio que sejam muitos os que já utilizam um PenDrive para realizar a instalação do SO. Vejamos o que ocorre hoje: hoje ao instalarmos o Ubuntu em uns 20 minutos, depois temos que dedicar uma hora pra buscar e instalar tudo que de fato precisamos. Os melhores programas (muitos programas, não necessariamente tudo) estão em PPA's, se é assim, porque já não virem na "Central de Programas"? já que usar PPA's não seria inadequado?!
Por que o Ubuntu Tweak ou o MyUnity não já foram contatados para serem "padrões do Ubuntu"? (aliás, e não esquecer do efeito de minimizar clicando no ícone do Dash - recurso excelente.), porém, nada feito. Eles não estão lá.
Enfim, há meio mundo de coisas a serem observadas, porém, não vou assim tão longe, na verdade o que espero é que alguém aqui mesmo, possa entrar em contato com o pessoal da Canonical, seja lá fora, seja aqui mesmo, e assim, possa passar algumas observações pra esse pessoal. Isso resultará em algo positivo pra comunidade? não... pois, ver o Mark Shuttleworth afirmar que "o Ubuntu não é uma democracia", aí senhores, já era... Ao menos faremos nossa parte ao afirmarmos que "não concordamos com certos rumos". E o Unity? quando ele surgiu eu passei pouco mais de um ano sem mudar de distribuição... coisa que para um usuário feito eu, é um tanto quanto diferente (já que mudo logo logo). Sim, ele era horrível sim, péssimo, repleto de falhas, pesadão, lento. Eu fui um dos maiores críticos e não cansava de acessar tudo que é site pra criticar e criticar e... criticar o Unity. O tempo passou e hoje estou usando o Unity com o Ubuntu 12.10, melhorou? olha, respondendo a essa pergunta, creio que seja impossível não afirmar que ele melhorou e melhorou muito mesmo (não duvido que ele ainda venha a ser muito mais rico, mais cheio de funcionalidades, pois creio que é esse o rumo que a Canonical quer dar a ele e creio que ele tem espaço pra isso). Eu chegaria a afirmar que no 12.10 ele está até mais "leve" e estável que no 12.04. Não sei porque não colocaram alguns efeitos do Cairo Dock nele (ainda que seja meio desnecessário rsrs...), mais seria interessante. Também lamento que o Dash ainda não seja muito mais manipulável (configurável). Enfim, é isso... o Ubuntu permanece como um sistema "melhor" mesmo. Mas... Ao contrário do que muitos querem, não ele não é fácil não... não é trivial como querem que seja, não é a "maravilha dos deuses", faltam programas mais elaborados (ainda que tenha muitos e bons programas). O LibreOffice ainda não compete com um Microsoft Office. Creio que o VLC beire a perfeição, assim como o Amarok (e o Clementine - pros que como eu, gostam de um player de áudio simples, só pra ouvir músicas mesmo). Os navegadores também estão muito bons. Os programas de "bate papo" (MSN) ainda estão longe de serem de fato bons, são meio pobres, tem muitos erros, hora não exibem nossa foto, hora não enviam arquivos ou não nos deixam receber arquivos, mais o visual mais limpo é uma virtude, vejam como está a cara do MSN, poluído demais, feio, complicado, repleto de propagandas... Aqui também vela ressaltar que a "culpa" não é dos desenvolvedores/ programadores Linux e sim do pessoal da Microsoft que vive mudando os protocolos.
E finalmente: Linux e a aventura de ousar ser diferente. Bem, o fato é que se não fosse o Linux (e mais especificamente o Ubuntu) não sei bem o que seria de mim, porque definitivamente, odeio os produtos da Microsoft, odeio instalar algo e de repente, devido a um erro misterioso, ter que formatar o computador?! Isso sem falar do fato de um Windows ser muito pesado, instável, absurdamente inseguro. Andaram melhorando no "7" e creio que pra máquinas muuuuuuuito boas, o "8" também seja satisfatório. Porém, e como diz uma comunidade "viva o linux" meeeeesmo. Vamos trabalhar pra continuarmos crescendo com esse excelente sistema, e torcer para que cada vez mais novos desenvolvedores se arrisquem nessa plataforma.
É isso pessoal, valeu e tudo de bom a todos vocês.