Bem amigos da rede Ubuntu, finalmente posso pagar a minha promessa!
Testei o Slackware 11 após insistentes apelos dos amigos. Então vamos lá, mas antes, gostaria de dizer que venho tentando usar o Slackware no meu PC desde a versão 10.0. Acho que meu PC não foi feito para o Slackware, pois ele não reconhecia ou não configurava corretamente o meu teclado e mouse USB, minha placa de rede e o som. Além é claro de não subir o X logo de cara! Mas tudo bem, uma distro tão conceituada e cheia de defensores apaixonados, uma hora funciona aqui.
Baixei o Slack 11 em DVD via Bittorrent, cerca de 3,3GB. Resolvi baixar logo o DVD com tudo para dessa vez não ter escapatória, ia fazer uma instalação FULL. Com o Slack você tem a opção de fazer a instalação em modo texto ou fazer a instalação em modo texto!
Não é bicho, até ficou mais fácil, acho que o Patrick está amolecendo, antes tinha que usar o cfdisk pelo terminal para particionar o HD e depois formatar as partições. Dessa vez ele me avisou que havia encontrado uma partição Swap (eu instalei ele por cima do Edubuntu 6.10, havia duas partições, uma Swap e a outra raiz em ext3), concordei que ele a usasse. Depois ele apontou a outra partição raiz e mandei ele formatar ela em ext3 também, ele ainda dava as opções de usar ext2 e Reiserfs. Como eu uso esse HD antigo para testes (comprei um HD de 10GB IDE de 5400rpm exatamente para testar distros, assim eu não detono o meu sistema principal, já fiz essa besteira no passado), sempre procuro usar o mesmo sistema de arquivo e o mesmo tipo de particionamento em todas as distros que testo, dessa maneira tenho um excelente modo de comparar o desempenho das diversas distros testadas.
Voce deve escolher o mapa do teclado antes de formatar a máquina.
O kernel utilizado na instalação foi o padrão da instalação dele, não coloquei nenhum parâmetro especial. Como havia dito, escolhi a instalação FuLL, onde ele instala cerca de 3GB de pacotes, KDE, XFCE, pacotes de desenvolvimento, idiomas internacionais e etc. O Patrick retirou de vez o Gnome do Slack, quem quiser usar Gnome nele tem que se virar sozinho depois. Ainda marquei para ele usar o hotplug (para que já reconhecesse os dispositivos USB e os CDs que eu colocasse).
Enfim, tudo para deixar a minha vida o mais fácil possível nele. Aí foi só esperar que ele instalasse tudo sem me perguntar mais nada. Após uns 20 minutos, ele me manda escolher o Kernel para o sistema, isso mesmo, você não leu errado. No Slackware você pode usar um kernel durante a instalação (com parâmetros especiais) e outro para uso do seu sistema recém instalado. Por padrão ele usa o Kernel 2.4, eu escolhi o kernel de teste (segundo ele), o 2.6.18! Me pede a senha do root e depois ele instala o LILO, pede para você apontar onde quer instalar o LILO, as opções são: Disquete, /boot e MBR. O legal é que ele avisa que a opção MBR é a mais arriscada!
Como gosto de viver perigosamente, escolhi a MBR! Instalação terminada, ele pede para você reiniciar o sistema, aí você faz isso em modo texto, se não souber como reiniciar o sistema em modo texto, aperta o dedo no Reset (que sacrilégio!
). Há, esqueci de dizer que para quem nunca instalou o Slackware, ele instala o sistema como root, e você tem que chamar o instalador no modo texto. É bom que você saiba inglês.
Tchan, Tchan, Tchan, Tchaaan! Na expectativa para ver se tudo ia funcionar dessa vez. Ele me brinda com uma tela do LILO tricolor! Resolvi cronometrar o boot, 45 segundos para ser brindado pela tela do terminal me esperando para logar no sistema. Me logo no sistema e continuo no terminal, aí vamos ao "startx" e ..... Pau no X! Muito bem, já tava esperando por isso, você deve configurar o Xorg antes de chamar o X, mea culpa, mea máxima culpa!
Digito xorgconfig e ele me passa por uma carrada de perguntas sobre o teclado, mouse, monitor e placa de vídeo. Faz bem mais perguntas que o dpkg do Ubuntu e do Debian. Caí na besteira de escolher configurar umas paradas no teclado quem nem sabia para onde correr, tive que voltar e refazer o processo!
Dessa vez a opção "auto" de configurar o mouse funcionou! Com o X configurado, lá fui de novo: startx!
E dessa vez subiu o X, achei o carregamento do KDE 3.5 lento. Mas tudo bem, era a primeira vez. Mas o que mais estava ancioso era para ver a tão propalada velocidade do Slack em ação.
Meu teclado, mouse e resolução do monitor estavam ok! Uma incrível melhora em relação as outras versões que testei. Mas ainda sem som!
Ele dá erro na incicialização do sistema. Isso acontece desde a versão 10.0 dele!
Alterei a configuração do KDE para Português do Brasil e mudei o teclado para ABNT2. Com o sistema agora todo em português, resolvi chamar os programas para testar o desempenho. Vou ser sincero, não sei se foi por conta do pessoal falar tanto da velocidade dele, fiquei esperando muito mais. Não foi mais rápido que o Debian, e muito menos que o BSD, que até agora foi o KDE mais rápido que já usei na vida. Depois de jogar no cache os programas, ele é muito rápido mesmo, mas para chamar logo de cara não vi diferença nenhuma do Debian. Em relação ao Kubuntu 6.10? Ele é mais rápido sim, mas não espere uma diferença gritante. Quanto ao Ubuntu e Xubuntu 6.10, é um pouco mais rápido. Acredito que como muitos fazem, instalar o mínimo de coisas e compilar o kernel e o sistema, deva dar uma diferança brutal. Mas com a instalação FULL, não vi muita vantagem. Em relação as versões 6.06 e anteriores, ele dá um banho mesmo em matéria de velocidade. Tudo partindo do princípio de uma instalaçã padrão!
Ele não vem com o OpenOffice e sim com o Koffice. E já vem com suporte para tocar MP3 logo de cara, foi o que li em outras análises, mas como ele não achou a minha placa de som, fiquei sem saber! Tentei usar o comando que o n3t0 falou, mas não funcionou. Coloquei um CD e um DVD nas minhas leitoras e nada aconteceu. Pluguei meu cartão de memória e nada aconteceu também. Sim, montei eles manualmente! Achei estranho pois havia ativado o hotplug para evitar isso.
Bom, fui para configurar a minha ADSL, aí veio o velho galho de sempre. Sem ADSL, sim eu fui ver como configurar a ADSL nele. Segui o tutorial a risca e nada! O Slackware não reconhece a minha placa de rede, não é culpa da configuração da ADSL. Aí fica impossível conectar.
Enfim, minha aventura do Slack chegou ao fim! Já estou mal acostumado, não quero mais ter serviço de ficar configurando um monte de coisa na unha! Me parece que o meu PC não foi feito para o Slackware, talzez quando mudar de PC ele reconheça tudo. Por enquanto prefiro disparado o Debian ao Slackware. Em matéria de distro dita "complicada". Nem preciso falar que não troco o meu Ubuntu por versão nenhuma do Slackware, simplesmente porque o Ubuntu funciona aqui e o Slack não!
Tópico: Testando o Slackware 11! (Lida 2836 vezes)