Eric Raymond, que todo geek que se preza conhece e respeita, é o Santo Padroeiro e um dos fundadores do movimento Open Source. Ele fez declarações polêmicas e pragmáticas na Linux World. Segundo ele para que o Linux se torne uma opção viável é preciso atender ao público, que quer rodar seus vídeos em formatos proprietários, ou plugar seu iPod, abrir um iTunes e sair usando.
A discussão pegou fogo, no painel e na Internet, pois uma das pedras fundamentais do Open Source, e por extensão do Linux, é não aceitar arquivos binários de terceiros. Alguns drivers de placas de vídeo são criticados por causa disso, e não são incluídos no kernel exatamente por esse motivo.
O problema é que muitas vezes o fabricante não quer, por motivos estratégicos, liberar seu código-fonte. A Apple, ao não liberar uma versão Open Source dos drivers do iPod, evita que outros criem programas que venham a competir com o iTunes, por exemplo. Ao não liberar o código-fonte dos CODECSs do último Windows Media Player, a Microsoft evita que programadores no mundo inteiro investiguem o código, descubram a lógica por trás do DRM e criem programas que a contornem.
Raymond percebeu que as empresas não vão abrir mão dessas vantagens estratégicas, e concluiu que mais importante do que pureza ideológica, o Linux precisa contemplar os usuários que querem os produtos que acompanham essas tecnologias.
Precisamos de uma boa resposta para o cara de 20 anos que pergunta se o Linux "vai rodar meu iPod?"
Note, ele não está falando de gambiarras, programas alternativos, edições de arquivos .conf e programas em versão alfa, está falando de abrir um iTunes ou algo muito parecido, como no Mac, e simplesmente usar.
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http://www.meiobit.com/arq/008406.html