TRADUÇÃO - Como "minha pátria é minha língua" prezo um sistema com tradução perfeita e completa e o Ubuntu está ainda distante do Debian neste quesito. Gostaria de contribuir neste item, mas o meu Inglês é muito deficitário...
GNOME - Acho um pouco engraçada esta obsessão linuxiana por transparências e outros efeitos deste tipo. Para mim, efeitos comuns no KDE não caem tão bem no Gnome, pois ambos obedecem a concepções muito distintas em termos de aparência.
Ficaria muito triste se o Gnome perdesse sua particularidade estética e sua opção pela simplicidade. Respeitemos a pluralidade do mundo Linux e deixemos o Gnome seguir suas tendências próprias.
NAUTILUS - Fiquei surpreso com as críticas dirigidas ao Nautilus, pois ele é o que mais me agrada no Gnome. Por outro lado, não gosto muito do Konqueror, tanto quanto navegador de Internet quanto como navegador de arquivos. Para mim, o que falta mesmo ao Nautilus é um pouco mais de agilidade e leveza. Assim, o seu modelo deveria ser o Thunar (novo navegador do Xfce) e não o Konqueror.
MULTIMÍDIA - O Ubuntu poderia ser um pouco menos fiel ao Gnome no que respeita aos aplicativos multimídia. Totem, Rhythmbox e Sound Juicer não são, definitivamente, a melhor opção para a maioria dos usuários.
O que mais me irrita, contudo, é o fato de que acaba sendo necessário aplicar um sem número de aplicativos apenas para ter um suporte multimídia completo. Opções que diminuíssem o número de aplicativos, codecs, plugins e bibliotecas seriam muito bem-vindas. Sugiro alguns caminhos:
- trocar a dupla Sound Juicer e Rhythmbox pelo Banshee, pelo menos até que outro aplicativo melhor e mais versátil esteja mais maduro;
- desenvolver uma interface para o VCL da Videolan adequada ao Gnome e mais fácil de usar que aquela oferecida pela própria Videolan, muito pesadona e que requer, inclusive, algumas bibliotecas do KDE, ou então,
- tornar o Beep Media Player ou seu sucessor a interface padrão do Mplayer no Gnome, de modo que um único aplicativo pudesse servir para as funções de ambos os programas, inclusive de player para o Streamtuner.
SUPORTE MULTIMÍDIA - A legislação americana torna o suporte multimidia um problema não só para o Ubuntu mas também para toda distribuição com ambições mundiais. Mas a solução é muito simples: cada comunidade nacional Ubuntu poderia manter nos repositórios próprios ou multiverse um metapacote com todos os codecs, bibliotecas e plugins necessários. Ou então, manter em site próprio, para transferência pelos usuários, os pacotes necessários ou um pequeno guia de instalação. Afinal, muitos demoram até encontrar os guias não-oficiais do Ubuntu.
ARQUITETURA - Há tantos projetos dirigidos a equipamentos antigos ou limitados que eu também não vejo mais sentido em manter a arquitetura básica atual (i386). Poderiam elevá-la ao menos para a i586, como, aliás, fizeram a Suse e a Mandriva, embora estas também não sejam exatamente modelos de leveza. A questão é que, comparada a outras distribuições - e mesmo ao Windows - o Ubuntu é muito lento e pesadão.
APT - Outra solução - ao meu ver, a mais moderna que existe - seria adoção de um sistema semelhante ao ports do BSD, pelo qual o usuário pode escolher entre a instalação de pacotes binários, compilados na arquitetura básica, ou então, a compilação de pacotes-fontes, segundo as especificidades de sua máquina. Já compilei o Firefox, quando experimentei, o DesktopBSD e nunca vi aquele navegador tão ágil!
MELHORAR O APT-BUILD - Mas, por enquanto, o Ubuntu bem que poderia investir mais um pouco no apt-build. Nunca consegui rodar este programa no Ubuntu 6.10, ao que parece, devido a problemas no GCC. E falta a ele melhor suporte e até mesmo uma interface amigável para o usuário. Imagine se, no momento da instalação, nós pudéssemos optar entre a instalação de pacotes binários e a compilação de todo o sistema via apt-build. O Ubuntu seria ainda mais popular do que ele já é.