Eu deixei essa ideia há uns tempos no forum do ubuntu internacional. Contudo penso que pode e deve ser retomado, e estou disponível para qualquer acção conjunta de sensibilização, em forums ou directamente junto da canonical, nesse sentido e caso haja mais utilizadores que pensem que esta medida podia ser útil.
Eu não sei até que ponto o facto do utilizador gostar ou não do SO pode ser relevante. Se for para se perceber se o linux vai no caminho certo (pelo menos no sentido de agradar às massas), pode ter interesse. Mas para fazer pressão junto dos fabricantes, o que interessa são os números, e por números entende-se número de máquinas. Um utilizador com 3 computadores é mais importante para o fabricante do que 2 utilizadores com 1 máquina cada.
Não sei como se poderia contar as máquinas com dual boot, mas sinceramente não sei se é assim tão relevante. A virtualização está cada vez mais na ordem do dia, e é normal até nos ambintes windows, a virtualização dos SO. Na minha opinião, se o SO é usado com regularidade (pode ser 1 vez por mês, por semana ou como for definido) então deve ser contabilizado. Num servidor windows, se virtualizar 8 vezes o SO pago 8 licenças. Tenho 8 instalações. Qual é a diferença nos restantes SO? Se esta instalado em dual boot, e é utilizado com regularidade, então deve ser contabilizado.
Eu trabalho com os seguintes SO na empresa: Ubuntu Desktop 8.04/8.10/9.04/9.10/10.04, Ubuntu Server 8.10/10.04, Mac snow leopard, Windows XP Pro, Vista Home, Server 2003 e Server 2008. Qual é o SO mais importante no meio disto? O que interessa é que todos são usados e quantas máquinas estão com cada um. Tenho programas que necessitam de windows, tenho acessos indirectos dos desktop linux aos servers windows e vice-versa. Quantos utilizadores? Grosso modo, um por máquina, mas no final não é assim tão relevante.
Em resumo, há duas questões e dois tipos de objectivos potênciais:
- Quantas máquinas possuem SO *nix (nomeadamente Ubuntu)/Quantas instalações activas existem (contando virtualização)? - Mercado actual
- Quantos utilizadores estariam disponíveis a usar SO *nix, caso o apoio da industria fosse tão amplo como ao windows? - Mercado potencial
O primeiro responde-se com uma solução como a que apresentei. A segunda terá de ser com um estudo de mercado sério. Não pode ser em foruns, pois tem de apanhar os utilizadores que nem sabem o que é o linux. Tem de partir da Canonical, da RedHat, da IBM, da HP ou de qualquer outra empresa com peso suficiente para fazer um estudo internacional sério sobre este tema. Não será nada de impossível, mas tem de ser amplo, feito por uma consultora independente, para ser reconhecido como válido pelos media e pelos cépticos/fanáticos do windows/mac/GNU *nix/móveis e outros.
Existem mais colegas que concordam e estariam disponíveis em avançarmos com um abaixo assinado junto da Canonical neste sentido? Que protecções em termos de direito de confidencialidade, tal mecanismo de controlo de utilizadores deveria possuir? Que informação poderia no limite ser retirada de cada PC e enviada para a Canonical e quem controlaria este pacote espião (a canonical/uma entidade independente privada/outra entidade-especifiquem qual)? Seria interessante fazer este "estudo" em parceria com os velhos aliados da industria do hardware, nomeadamente a IBM e a HP?
Fico a aguardar a colaboração de todos.
Cumprimentos