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« Online: 22 de Setembro de 2015, 21:58 »
Minha experiência com Mac foi pelo Hackintosh. Na época, estudava para concurso e precisava conhecer os sistemas operacionais mais comuns do mercado. Usei o Leopard e depois o Snow Leopard, instalados em um PC AMD athlon x2 64.
Para funcionar, tinha pré carregar alguns drives com um CD de Boot para depois iniciar pelo DVD da Apple, fazendo o particionamento do disco em GPT. Por padrão, esse particionamento reservava uma partição inicial, chamada pelo sistema de EFI, que era muito semelhante ao sistema usado pelo UEFI.
Pelo que sei, no iMac e no Macbook isso é um pouco diferente, pois o hardware não tem a interface BIOS e originalmente, seu bootloader, assim como do Windows, só lê o que é padrão do sistema.
Nessa experiência, na qual instalei MacOSX, Ubuntu e Windows 7, na mesma máquina, eu fazia o gerenciamento de boot por um aplicativo chamado chameleon RC5.
Trata-se de um bootloader pensado para ser mais amplo, que reconhece Linux, Solaris, BSD e Windows.
Nessa época (2009-2010), pude verificar que o EFI se comunica muito bem com o bootloader, ao ponto das opções de boot serem dinâmicas. Um dos HDs estava falhando e eventualmente, parava de funcionar e não era reconhecido pelo sistema. Então, sempre que o computador era iniciado, na opção de boot (um menu gráfico, com ícones dos sistemas a serem escolhidos), o sistema instalado no HD defeituoso aparecia como opção ou deixava de ser exibido, conforme o fato de ter sido reconhecido ou não, em virtude desse defeito.
Para efeito de comparação, o menu do grub fixa as coordenadas dos discos no momento em que se comanda o update-grub e se por algum motivo o HD falhar, aparece uma mensagem de erro na tela preta.
Usei isso, para estudo, por três anos e acabei optando por ficar somente como o Ubuntu mesmo. Pelo que percebi, para que tudo funcionasse bem, eu precisava instalar o grub na partição onde o Ubuntu foi instalado; não na raiz.
Com isso, o chameloen RC5 lia as informações da EFI e exibia o menu gráfico. Na oportunidade que instalei o grub na raiz, o chameleon não reconhecia o Ubuntu. Com o UEFI, talvez essa limitação tenha sido resolvida, mas optei por instalar o grub na partição, em vez da raiz.
Sobre a questão das tabelas de partição, para EFI e UEFI, é obrigatório o uso do GPT. Contudo, por conta do security boot do UEFI, se a distribuição não for homologada (pelo que sei, as versões mais recentes do Ubuntu e Fedora são homologadas), não é possível usar o UEFI, que precisa ser desabilitado na BIOS.
Nas distribuições não homologadas e antigas, por padrão, o GParted lê e monta o disco como tabela MBR. Assim, não funciona instalar a distro não homologada antes e tentar instalar o Windows 8 ou 10 depois, pois eles exigem o GPT. E pior, se tentar ler o disco com a instalação do Windows 8 ou 10, com UEFI desabilitado, em uma sessão live-CD de distro não homologada, existe o risco de corromper a tabela de partições, pois essas distros tentam ler o disco como MBR e a tabela é GPT.
Na experiência que fiz com o Mac Hackintosh, perdi uma instalação por corrupção de disco, quando carreguei o sistema por live-CD e e montei a partição do Mac, para entender a estrutura dos diretórios ocultos. Ao terminar e reiniciar, o sistema estava perdido e tive que formatar. Não sei se o UEFI é mais flexível quanto a isso, mas tenho lido alguns comentários de pessoas que perderam a instalação do Windows ao tentar instalar o ubuntu não homologado.
Quando comprei o Notebook com Windows 8, de imediato tentei instalar o Ubuntu como dual boot, desabilitando o UEFI Security Boot. Terminada a instalação, o menu do grub exibia a entrada do Windows, mas ela não funcionava. Na época, que removi o Windows e fiquei só como o Ubuntu mesmo (12.04LTS). Mais tarde, quando precisei do Windows, por especificidades do serviço, resolvi tentar entender o que estava acontecendo e depois de muita pesquisa, encontrei uma solução, descrita no tutorial.
O fato é que a coexistência de sistemas diferentes com diferentes sistemas de arquivo é algo fora do comum e sujeito a erros. E, a gente aprende muito com os erros.