Vamos a algumas observações:
- Usando o LMDE, então eu não precisarei mais de atualizações tipo "a cada 6 meses" ou "ao fim de um período de LTS"? Perdão, mas em parte, vocês não estariam equivocados em alguns comentários? vejam só... "o LMDE (Mint) é apenas uma interface rodando no Debian". Tudo bem, ok... Mas pera aí, se é assim então como fica a questão de "deixar de usar o Ubuntu pelos seus muitos bugs ou mesmo o MInt (que inclusive leva os mesmo erros existentes no Ubuntu) e passar a usar uma plataforma que é tida como extremamente estável, onde a "publicidade" está justamente nessa estabilidade? Então quer dizer que eu instalei o LMDE (ao menos "um pouco mais próximo" do Debian (penso eu...!)) focado na estabilidade (e também em um sistema mais "leve") e na verdade "não é bem assim"?!
- E outra: Pela experiência de vocês, essa de LMDE é uma sacada? é uma boa? é pura bobagem? é mais do mesmo? nada acrescenta? é uma bomba?
- Confesso à vocês que até imaginei a possibilidade de o pessoal do desenvolvimento do Mint deixar de usar os repositórios do Ubuntu/Canonical e passar a explorar a ideia de "Mint/Debian". Não é uma boa? Não é viável?!
P.S. Já é possível instalar PPA no Debian? Quis instalar o Audio Recorder e... nada feito.
O LMDE é baseado diretamente no Debian Stable, logo o seu tempo de suporte é idêntico ao deste. Certamente esse tempo de suporte, apesar de não ter um prazo definido, será bem maior do que 6 meses, haja vista todas as versões do Debian, desde a 2.2, receberem suporte por mais de 1000 dias. Alem disso, o Debian 8 Jessie é considerado uma versão LTS, o que garantirá um suporte bastante longo.
Como o LMDE é baseado no Debian Stable, o qual utiliza pacotes mais maduros e testados, o sistema tende a ser mais estável do que outras distros, como o Ubuntu e o Linux Mint "normal". Entretanto, pelo mesmo motivo, seus pacotes tendem a ser mais desatualizados.
O LMDE é sim um pouco mais leve do que a versão tradicional da distro. Da mesma forma é mais leve do que o Ubuntu.
É possível utilizar PPAs no Debian, porém não é um procedimento tão simples. Além disso, existe o risco de quebra ou bugs no sistema. Se isso já ocorre no Ubuntu e derivados (entre eles o Mint tradicional), para os quais as PPAs foram originalmente desenvolvidas, imagine para distros para os quais não o foram... Enfim, não recomendo fazê-lo, mas a decisão final é de cada um.
Quanto aos desenvolvedores do Mint deixarem de utilizar o Ubuntu como base e passarem a utilizar apenas o Debian, algum tempo atrás até houve um movimento nesse sentido, devido a alguns desentendimentos entre um dos membros da Canonical e o pessoal do Mint. Entretanto, as coisas se acalmaram, com o Clem (líder do projeto Mint) afirmando que não há qualquer previsão (especialmente no curto prazo) de deixar de usar a distro da Canonical como base.
Em suma, temos:
Vantagens do Ubuntu e derivados (entre eles o Mint tradicional): - melhor para usuários iniciantes, pois são distros um pouco mais amigáveis do que o Debian. Mesmo o LMDE, o qual possui avanços neste sentido em relação a distro mãe, fica atrás neste quesito (ressalto, porém, que o layout tradicional do LMDE realiza um contra-peso neste sentido, pois em geral iniciantes no Linux se adaptam melhor a ele).
- Pacotes mais atualizados (porém menos testados e estáveis).
- Possibilidade de utilizar PPAs de forma nativa (com seus riscos inerentes, apesar de, em geral, ser bem mais tranquilo do que no Debian e derivados)
- Comunidade maior e com amplo material sobre a distro (apesar de que o Debian e o Mint também têm uma grande comunidade e bastante material disponível)
Vantagens do LMDE (e do Debian Stable, no qual ele é diretamente baseado):- sistema mais leve
- sistema mais estável e maduro (porém com pacotes e apps mais desatualizados)
- Ambiente de trabalho com layout tradicional, o que em certa medida tende a facilitar a utilização da distro por parte de iniciantes no pinguim.
É mais ou menos por aí.
Se você é um usuário iniciante, recomendo utilizar o Ubuntu e/ou seus derivados (entre eles o Mint tradicional). Com o passar do tempo, a medida que for ganhando domínio sobre o sistema, pode começar a se aventurar em outras distros, tais como o Debian, LMDE, ou até em outras distros que utilizam outros empacotamentos, como Fedora, Mageia, Arch, etc. Obviamente, esta é apenas a sugestão de um colega com um pouquinho de conhecimento na área, a decisão final, obviamente, é de cada um.
Abraço.