Licenciamento e Permissões de distribuição

Iniciado por nerdxxx, 02 de Novembro de 2011, 16:01

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Denis Ferraz

#15
Boa Noite a Todos!

Caro nerdxxx;

Citação de: nerdxxx online 04 de Novembro de 2011, 23:35
Engraçado que o cara do "Fique com deus" seja malicioso assim "gajo" ou "guri" como for de preferência
fique sossegado no "Bica com ubuntu" e para falar de "d"eus já leu a Bíblia e lá classifica como tolo aqueles no qual falam do que não sabe ou que apressa o julgo. "Retornando ao real assunto e foco" a distro não seria fechada é por isso que eu deixaria a distro um base aberta para download, seja para telemóvel ou desktop. Ponto b- A distro não é fechada em si mas sim meus produtos (aplicações) a cada 3 atualizações  da distro uma versão é extremamente gratuita. E antes da versão gratuita sempre vai ser disponibilizada a distro gratuitamente, porém a distro fornecida será trabalhada e desenvolvido um produto final comercial, a ideia não é manter a fonte livre? e não vai estar se eu deixar a distro que dá origem ao produto final, que raios... é só isso que preciso saber

Você tem razão! Estou envergonhado e arrependido pelas palavras que escrevi... peço perdão, pois reconheço à pressa do meu julgamento sobre você!

Eu, sobre as minhas mensagens postadas neste tópico, editei-as, censurando-me!

Fique com Deus e Obrigado!
São Mateus 6,31.33-34

garfo

Por mim pode fazer essa distro ae e fechar tudo. Se for de boa qualidade, as pessoas irão comprar, com certeza.

Agora no caso da GPL, infelizmente terá que liberar o código fonte.

Pode fazer tipo a Red Hat: uma distro comercial, e deixar o código fonte pra comunidade (talvez ela faz um "fedora" com o código, vai saber).
Garfo -  linux
"Pra quê complicar? Facilidade e simplicidade é tudo!"

irtigor

Citação de: nerdxxx online 04 de Novembro de 2011, 23:35a ideia não é manter a fonte livre? e não vai estar se eu deixar a distro que dá origem ao produto final, que raios... é só isso que preciso saber
Você pode ter aplicativos de código fechado na sua distro e a iso pode ser vendida, mas os fontes da parte GPL (kernel e etc) devem estar disponíveis.

nerdxxx

 Então, fazendo as duas distros a base e o produto final,
deixando o produto inicial apenas gratuito já não é o cumprimento do requisito?
Distro1: Gratuita e vai dar origem a segunda.
Distro2: Comercializável.

Já que a distro 2 baseia-se 1 não estaria eu liberando a fonte assim e comercializando a 2?

garfo

Citação de: nerdxxx online 05 de Novembro de 2011, 16:52
Então, fazendo as duas distros a base e o produto final,
deixando o produto inicial apenas gratuito já não é o cumprimento do requisito?
Distro1: Gratuita e vai dar origem a segunda.
Distro2: Comercializável.

Já que a distro 2 baseia-se 1 não estaria eu liberando a fonte assim e comercializando a 2?

Sim, já está cumprindo o requisito. O importante, meu amigo, é ter o código fonte da distro liberado pra todos, como está na GPL, então deixa o código fonte lá pra quem quiser usa-lo, e faz sua distro comercial sem problemas, pode vende-la, modifica-la como o Windows, do jeito que quiser.
Garfo -  linux
"Pra quê complicar? Facilidade e simplicidade é tudo!"

irtigor

Não (isso já foi dito de várias formas aqui), se joaquinzinho quiser a parte GPL da distro "Comercializável" você tem que fornecer.

nerdxxx

(Mas a parte que mariazinha quer, o caro joãozinho aqui já disponibilizou na distro base,
a única parte sob licença livre estará disponível para download. leia e interprete meus textos anteriores meu amigo.

irtigor

Não consigo mais encontrar palavras pra reescrever o que já foi dito por aqui. É não. Se joaquinzinho pedir acesso ao código GPL da distro "Comercializável", você não pode dizer: é igual ao da distro base, baixa de lá. Você tem que fornecer dizendo que é da distro "Comercializável". Só na GPLv3 é permitido linkar um servidor externo pra fonte enquanto só se mantem as alterações.

Alias, não sei porque tanta insistência em obscurecer o acesso ao fonte:
a) Não é qualquer um que consegue [re]construir a distro a partir dele.
b) Qualquer referencia a marcas registras por você precisariam ser removidas.
c) Se os programas que você vai fornecer serão o diferencial, qualquer tentativa vai ficar no minimo um passo atrás.

Supermouse

Vamos lá meu amiguinho, vou tentar expicar:

http://pt.wikipedia.org/wiki/GNU_General_Public_License

A GPL é uma das N licenças disponíveis para software livre. Conhecer a GPL apenas não vai ser suficiente no seu caso, pois vários aplicativos usam outras licenças, como a LGPL, BSD e Apache, por exemplo, e cada uma delas tem regras diferentes do que você pode ou não fazer com o código fonte.

A GPL, no entanto, é a mais restritiva. Ela diz que, se você pegar um software aberto e licenciado pela GPL, alterá-lo e redistribuí-lo, você deve deixar tudo aberto pela GPL. Isso inclui a maior parte do que tem em uma distro, caso os programas que você quer desenvolver usem software GPL em seus componentes, tudo vira GPL.

Por fim, você pode fazer como a Red Hat. Ela vende Linux, mas tudo que ela usa que é GPL tem o código fonte disponibilizado. Ela não pode simplesmente dizer "O Fedora é igual. O código já tá lá."

Abraços
Lembrando que essa é apenas a minha opinião, e se você discordar, você está errado.

Ralado

#24
CitarSe você quiser montar uma distribuição "fechada"(mais restrita, dependente de você e sob seu controle visando interesses comerciais) você poderá fazer. O truque? Leia por muita horas sobre licenças dos softwares que compõe as distribuições e veja toda a história das principais distribuições comerciais: de 95 para cá(percorrer até 2009 talvez esteja bom). A questão da leitura das licenças é ver até onde você pode ir, o que você pode fazer e como se comportar com licenças diferentes, algumas não tem copyleft(não lhe impedem de não disponibilizar o código-fonte dos programas). Você também deve ler sobre e usar para testar programas comerciais e proprietários e seus modelos de negocio no universo de Software Livre e Código-Aberto: como não ferir a licença de ninguém e evitar que alguém o faça com você.

Você obrigatoriamente(é bom) terá que criar sua distribuição do zero, principalmente a parte dos scripts para construção dos pacotes dos programas, poderá ou não utilizar um formato, gerenciador e sistema de pacotes já existente, se optar por não e criar o seu próprio você tem a vantagem de poder usar licença que quiser e não disponibilizar seu código fonte.

Como geralmente existe o padrão de praticamente tudo ou tudo numa distribuição ser instalado por pacotes(falo do que a própria distribuição disponibiliza), o gerenciador e sistema de pacotes sendo seu você poderá impor limitações, restrições, é bom complementar isso com a criação de um instalador próprio.

Colocando licenças aos moldes de softwares proprietários no sistema de pacotes(gerenciador, instalador...) e jogando tudo isso em qualquer mídia(CD/DVD/Pendrive...), você poderá chamar de pirata alguém que copiar a sua distribuição(cópia exata é mais fácil de perceber o problema), culpa das licenças dos softwares proprietários que você colocar nas mídias, você poderá inclusive perseguir quem pirateia seu produto mas isso dependerá de qual parte ele pirateou(levando com bom humor seria como tentar distinguir entre usuário e traficante, nesse caso não é a quantidade mas sim qual parte do bolo ele pegou, se ele pegou a sua pegou a errada).

Hora do freio: apesar de tudo você terá que disponibilizar o código fonte e modificações que fizer dos programas protegidos por licenças com copyleft. Alguns poucos programas(licenças bem exóticas que vamos imaginar que devem estar presentes) devem evitar que algum desses passos se concretize, nesse caso ou se evita o programa ou procura uma solução para se adequar e ele sem ferir a licença e sem perder o poder.

No final de tudo algo que nasceu bom, era para dar a liberdade foi encaixotado, continua livre mas cercado por muros. Você vai desperdiçar muito tempo analisando licenças, vai precisar de uma boa equipe por quantos dias, quantos meses, quantos anos durar esse projeto para garantir que tudo está dentro da legalidade ao mesmo tempo em que suas partes criam restrições para favorecer o seu lado comercial. Você jogou errado mas dentro da lei(Lawful Evil ou Lawful Neutral para quem joga NWN) mas quanto mais você crescer e outros tentarem copiar essa formula de negocio(não o produto) mais você correrá risco das licenças que compõe se voltarem contra você(os autores vendo a situação criada poderão colocar cláusulas para evitar uma situação como a sua). Os programas cobertos por GPL são os que mais facilmente iriam se adaptar para evitar seu domínio, porque quem desenvolve a licença costuma atualizá-la para responder a novas questões e problemas que aparecem.

Ninguém que se importa com software livre ou liberdade apoiaria a ideia de uma distribuição fechada como essas, não utilizariam, desaconselhariam outros a utilizarem e combateriam sempre quando pudessem a sua iniciativa. Você não teria público(não aquele tipo que veste a camisa), o público que você pode conquistar são empresas, elas vão entender a autoridade que você impõe sobre o produto e as restrições, mas tem que ser capaz de vencer os seus concorrentes.

OBS: Não são informações de um especialista, algumas distribuições já se utilizaram de gerenciadores de pacote, instaladores e adição de componentes proprietários em discos de instalação como forma de manter um controle sobre seu produto, mas não se sabe se o GPL 3 DRM Killer resolveu questões como essa.

nerdxxx

 Porém,posso eu aplicar a mesma uma outra licença?
exemplo:
Sistema "tal" baseado em "tal" linux no qual encontra-se sob licença bsd?
Um exemplo mais claro; se eu  basear-me no Debian e gerar uma distro, posso
rotulá-la sob a licença BSD? Continua livre, gratuito porém com outra licença?

Supermouse

Não, porque você não pode alterar a licença de um programa para torná-la mais restritiva.

Se o kernel do Linux está sob a GPL, você pode baixá-lo, alterá-lo e colocá-lo na sua "distro fechada", mas ele vai continuar sendo GPL, e você vai continuar obrigado a disponibilizar o código dele e de todas as suas alterações. O mesmo vale para outros aplicativos GPL.

Uma licença como a BSD é um pouco menos restritiva nesse ponto, e serve melhor aos seus propósitos, mas, mesmo que o kernel do FreeBSD seja sob a licença BSD, a maior parte dos aplicativos que rodam em cima dele são GPL, então você acaba em um beco sem saída.
Lembrando que essa é apenas a minha opinião, e se você discordar, você está errado.

Adriano R.N.

Senhores, a gpl não é restritiva, ao contrário ela é a liberdade. Restringir neste caso seria como diminuir, reduzir algo para outras finalidades deferentes da original, com a gpl você tem plena liberdade de fazer o que quiser com o código, logo ela amplia, porém, não pode fechar o código. Por quê?
Porque seria muita sacanagem se beneficiar de algo pronto e se apropriar do que é de todos. A F.S.L. nasceu entre outras porque a At&t fechou o código que os hackers trabalhavam colaborativamente na época.
Quanto a vender, a história é outra, a gpl não impede a venda do software, ela só proíbe que feche o código.
Qualquer mudança que fizer no código do kernel linux ou e outros aplicativos com gpl deverá ser disponibilizada.
Outras licenças devem ser estudadas caso a caso.
Boa sorte e Muito AXÉ!!!