Para músicos usuários de Ubuntu

Iniciado por eliseu_carvalho, 02 de Fevereiro de 2010, 13:44

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Qual seu principal software de criação/produção musical e por quê?

Ardour
3 (30%)
Rosegarden
0 (0%)
MuseScore
1 (10%)
LMMS
1 (10%)
Audacity
5 (50%)
Outro (explique)
0 (0%)

Total de membros que votaram: 8

eliseu_carvalho

Vou começar por mim: MuseScore, pois ele funciona como um substituto do Encore para Windows no meu caso. Faço faculdade de Música e volta e meia pedem trabalhos em partitura, então esse programa caiu como uma luva para mim.

Becker

#1
No momento prefiro o LMMS - Linux Multimedia Studio.

Muito embora ainda esteja numa versão beta é um sistema muito bom, pois:
- importa arquivos midi;
- trabalha bem com soundfonts;
- trabalha bem com samplers;
- tem um engine que trabalha direto com o áudio, sem depender das conexões do Jack Control;
- trabalha com alguns instrumentos vst, e tem um engine própria para isto;
- efeitos lasdpa;
- de fácil uso e navegação.
- roda razoavelmente bem até no Ubuntu normal (sem kernel otimizado)
Acompanho desde a versão 0:33 e vem evoluindo muito bem.
Hoje esta na versão 0:46, mas é um software que promete muito, quando chegar na versão final.
Para partituras uso tanto o muse como o rosegarden.
A próxima versão do rosegarden que vai sair neste semestre também deverá vir com muitas melhorias.
O Rosegarden tem muitos recursos, e necessita de muito estudo.
Quanto ao Ardour, ainda não testei o suficiente, mas não gosto da dependência dele para com o Jack.
Muitos falam que o Ardour é um DAW, mas não vejo assim, depende demais do Jack Control e de seus derivados.
Esta muito longe de ser um DAW.
É um exagero do pessoal do Linux chamar o Ardour de DAW - que significa Digital Áudio Workstation.
Tentam até comparar com o Protools, o que requer muita imaginação.
Tem uma gravissíma limitação, pois não trabalha com midifiles, necessita de um outro programa para conectar via Jack.
O que exige dezenas e dezenas de configurações extras, o que o torna improdutivo, pois as conexões não são estáveis, e a quantidade de janelas dos vários programas interligados que vai se usar o tornam pesado e cansativo.
Pois a cada vez que você conecta um programa ao outro os recursos da máquina vão se exaurindo, quanto mais programas abertos ao mesmo tempo, mais lentidão, e mais latência, que é o problema maior do linux em áudio.
Quanto aos instrumentos, o melhor de todos que acho, é o órgão Aeolus, que é fantástico e bem leve, e o uso junto com o Rosengarden.
Um dos melhores sintetizadores de órgão de igreja que já escutei.
Outro bom sintetizador é o Zynadsubfx, e também o Horgand.
O Linux no seu ambiente nativo, ainda não possui uma única solução completa de áudio esta é a grande verdade.
A maioria dos softwares ainda se encontra na versão beta, ou na primeira versão relativamente estável.
O único software por enquanto que esta caminhando a vir a ser nesta linha é o LMMS, pela sua simplicidade e praticidade, mas nem por isto deixa de ser poderoso.
Vamos tentar centaralizar os tópico na seção de "Outras distribuições derivadas do Ubuntu", para discutirmos melhor sobre o Ubuntu Studio.

Macerapa

Olá!
Eu gosto muito do Ardour e, desculpe Becker, mas não concordo contigo quanto a dependência dele ao jack, não pela dependência em si, mas sim pelas (quase ou plena) infinitas possibilidades alcançadas justamente por conta do jackcontrol.
Acredito que, graças ao jack, pode-se remeter a verdadeira essência de um studio real, conectando-se vários aparelhos (periféricos) simultâneamente e conforme a necessidade da produção. Claro que, para tanto, faz-se necessária uma bela e possante máquina. Mas, qual ótimo studio no mundo não tem o dever de ter uma?
Talvez, por conta do que você produz, o LMMS seja mais adequado pra você e, por isso - e também pelo fato de não conhecer o Ardour profundamente -, prefira trabalhar com o LMMS, o que é mais do que natural.
Enquanto a comparação do Ardour com o ProTools, eu, particularmente, não vejo nenhuma desvantagem usando o Ardour. O ProTools combina software com hardware num sistema operacional instável. Se eu possuo uma ótima combinação de hardware e tenho o jack me possibilitando conectar o Ardour a tudo que se imaginar em software (com qualidade igual ou superior ao protools), ou vice-versa, então...acho que não tenho mais palavras pra demonstrar minha satisfação com o que tenho em mãos.
Portanto, como todos nós podemos bravar: Viva ao Ubuntu!!!
Abraços!   
Marcos Ramos

Becker

Concordo com você que o Jack Control abre infinitas possibilidades.
Uma ponte móvel , é sempre uma ponte para novas idéias.
Isto é bom, mas tem o outro lado.
A maioria dos softwares de áudio do Linux não tem uma engine própria para gerar o som sem depender do Jack.
E isto é muito ruim, pois o desempenho de um software depende de outro, e as inovações podem não acontecer simultaneamente em diferentes programas.
Um bom software deveria ter as duas opções, funcionar junto com o Jack Control, e funcionar sem o Jack Control.
O Ardour funciona sem o Jack Control, mas com recursos limitados.
Nas minhas máquinas, que não são top, sempre tenho problemas no uso do Jack Control.
O software trava e desconecta com muita facilidade.
O Jack Control para mim ainda é um software muito instável.
Assim não consigo conectar tudo o que poderia e deveria conectar.
Fora o tempo que se perde nas configurações e no uso.
Não é nada prático.
Quanto ao Ardour vou aguardar o lançamento da versão 3, para tentar retomar o uso deste software.