Microsoft critica posição do governo brasileiro sobre o software livre

Iniciado por marcosrokc, 17 de Setembro de 2010, 11:14

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marcosrokc

O presidente da Microsoft na América Latina, Hernán Rincón, mandou um recado ao governo brasileiro: a inovação de softwares não acontece nas mãos de governos e sim do setor privado.

A declaração foi feita após ele ser questionado sobre a posição do governo brasileiro de apoio a programas com código aberto, como o Linux.

Em encontro com jornalistas da América Latina em Bellevue, Estado de Washington, ele disse na manha desta terça: "Os governos têm que se perguntar: o negocio deles é servir os cidadãos ou desenvolver software? A inovação está no setor privado".

Segundo Rincón, programas livres demandam mais trabalho e investimento do governo para mantê-los funcionando e atualizados --o que não aconteceria quando empresas cuidam disso para o governo.

O executivo, porém, disse que os dois modelos --software aberto e fechado-- continuarão a coexistir.

CONCORRÊNCIA

Rincón também alfinetou a concorrência que apostam em modelos abertos e sem custo, como o Google. "Quando você não pode competir, você se declara aberto. Isso mascara a incompetência".

O executivo completou: "Quando é conveniente, as empresas se declaram abertas. Elas usam isso para seu próprio benefício".

NÚMEROS

O executivo também apresentou com otimismo números sobre a região.

Segundo ele, em seis dos últimos sete anos, a região teve crescimento --a exceção foi 2008. E o setor tecnológico teve forte participação nisso.

Nos últimos anos, o setor tecnológico da América Latina esteve, na média, de dois a três pontos percentuais acima do do crescimento da região. Em um ano, por exemplo, em que o crescimento do PIB regional foi de 5%, a tecnologia da informação cresceu de 7% a 8%.

O Brasil, disse Rincón, teve papel de liderança nesse processo.

A Microsoft da América Latina acompanhou o crescimento. O executivo disse que a sua divisão é a que mais cresce entre todas as divisões regionais. A empresa seria três vezes maior em termos de volume de negócios do que era sete anos atrás.

Segundo ele, 95% dos computadores na América Latina rodam Windows. A Apple teria 1,3% e Linux de 2% a 3%.

zeroday

A manchete poderia ser perfeitamente portável para ser assim:
"Comunidade do Software Livre crítica posições da Microsoft pelo mundo."

E teríamos toda razão em dizê-la. ;D
"Lutar sempre , vencer na medida do possível , desistir jamais."

rjbgbo

CitarO presidente da Microsoft na América Latina, Hernán Rincón, mandou um recado ao governo brasileiro: a inovação de softwares não acontece nas mãos de governos e sim do setor privado.
correto
Linux User #440843 | Ubuntu User #11469

Mateusislaneo

É claro que a microsoft vai criticar o software livre, os open source concorre com eles. :D
Mandriva 2010.1 kde4.5.2
kubuntu 10.10 kde4.5.2
Windows 7 Ultimate

zeroday

Citação de: Mateusislaneo online 17 de Setembro de 2010, 11:56
É claro que a microsoft vai criticar o software livre, os open source concorre com eles. :D
A microsoft concorre com a canonical , e isso não é motivo para criticarmos a MS , alguns criticam pela baixa qualidade dos produtos que ela vende , e não por outro motivo.
"Lutar sempre , vencer na medida do possível , desistir jamais."

macalex

O que ninguém comenta é que muitas das fraudes da internet que assolam nosso pais (parece que está nos primeiros lugares) são consequencia de usar um S.O. com suporte à vírus, trojans, exploits etc...
Então DEUS disse: "tar -zxvf universo-0.1.tar.gz ; cd universo-0.1 ; ./configure --nodeps && make && make install

Dinei

THERMALTAKE V4 BLACK EDITION | NZTX SENTRY 2 | ASUS M5A78L-M LX/BR | AMD ATHLON II X2 3.0GHZ | ZALMAN CNPS 9900NT | KINGTONE HYPERX 4GB (2x2GB) DDR3 1333Mhz | SEAGATE 250GB SATA III + SEAGATE 500GB SATA III | ATI RADEON HD 4890 1GB GDDR5 256 BITS


Adriano R.N.

O fato é que os governos (não apenas o brasileiro) são grandes consumidores de tecnologias, se eles investirem em software livre o desenvolvimento de aplicativos será ainda mais rápido.

Não faz sentido a afirmação:
"Os governos têm que se perguntar: o negocio deles é servir os cidadãos ou desenvolver software? A inovação está no setor privado"

afinal, ao desenvolver softwares de qualidade sem necessitar pagar por licenças extorsivas, transferindo dinheiro público para a iniciativa privada, os governos estão investindo nos serviços aos cidadãos. Tomemos como exemplo as urnas eletrônicas, todas em Linux, uma grande inovação brasileira, agora com os testes com leitor biométrico. Temos milhares de urnas por todo o Brasil, com código aberto, transparência de informação e o melhor... sem pagar nada para uma gigante monopolista.

O processo de migração de grandes estatais também é significativo, os números de redução de custos do B.B. por exemplo, são indicativos de que sobra dinheiro para investir em outras áreas do banco.

Por fim, o argumento mais importante para mim está na garantia da soberania dos Estados, podemos confiar em tecnologias livres porque sabemos o que os códigos retiram ou não dos computadores de nosso país. Não ficamos sujeitos aos "mandos" e "desmandos" das relações internacionais e comerciais.
Boa sorte e Muito AXÉ!!!

marcosrokc

Citação de: Adriano R.N. online 18 de Setembro de 2010, 00:31
O fato é que os governos (não apenas o brasileiro) são grandes consumidores de tecnologias, se eles investirem em software livre o desenvolvimento de aplicativos será ainda mais rápido.

Não faz sentido a afirmação:
"Os governos têm que se perguntar: o negocio deles é servir os cidadãos ou desenvolver software? A inovação está no setor privado"

afinal, ao desenvolver softwares de qualidade sem necessitar pagar por licenças extorsivas, transferindo dinheiro público para a iniciativa privada, os governos estão investindo nos serviços aos cidadãos. Tomemos como exemplo as urnas eletrônicas, todas em Linux, uma grande inovação brasileira, agora com os testes com leitor biométrico. Temos milhares de urnas por todo o Brasil, com código aberto, transparência de informação e o melhor... sem pagar nada para uma gigante monopolista.

O processo de migração de grandes estatais também é significativo, os números de redução de custos do B.B. por exemplo, são indicativos de que sobra dinheiro para investir em outras áreas do banco.

Por fim, o argumento mais importante para mim está na garantia da soberania dos Estados, podemos confiar em tecnologias livres porque sabemos o que os códigos retiram ou não dos computadores de nosso país. Não ficamos sujeitos aos "mandos" e "desmandos" das relações internacionais e comerciais.

Concordo inteiramente com o Adriano. Ao incluir, divulgar, estimular, financiar e utilizar os SL, os governos ganham em segurança e em qualidade, além de aumentar o contingente tecnológico nacional.