Instalando o Ubuntu em Modo Texto! - Um tutorial para iniciantes

Iniciado por galactus, 22 de Novembro de 2008, 21:04

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Autor: Marcelo A. S. Pugliesi

Sobre o Autor:
Marcelo Pugliesi é Dentista especialista em Dentística Restauradora. Usuário de sistemas Linux desde 2004, faz da distribuição Ubuntu o seu sistema Operacional principal. É Moderador no Fórum do Ubuntu em Português sob o Nick galactus.

1 - Considerações Gerais:

   Meu objetivo com este tutorial é o de ajudar o iniciante no mundo Linux a entender e aprender um pouco mais sobre uma instalação em modo texto. Eu também já fui um usuário iniciante e senti muita falta de um tutorial em Português mostrando e explicando como isso funcionava. Espero que com este tutorial os novos iniciantes não sintam mais essa falta.
   Não procurei reinventar a roda, apenas procurei unificar uma grande quantidade de informações técnicas e práticas espalhadas em guias, tutoriais, livros, Blogs e etc., sobre um assunto que parece uma verdadeira “caixa preta” para os iniciantes no Mundo Linux. Uma instalação em modo Texto!
   Tentei usar uma linguagem informal o máximo possível para explicar ou exemplificar termos técnicos do jargão do mundo Linux e da informática. Entretanto, esse tutorial não é para Leigos! Assumo que você já possui alguma experiência em informática e em Linux, como por exemplo saber gravar uma Imagem ISO e iniciar o seu PC pelo  CD-ROM.
   Como o título já deixa claro este tutorial é voltado para iniciantes, portanto não cobre todos os aspectos de uma instalação em modo texto! Ao final do tutorial você terá um sistema básico voltado para um usuário final que usa a interface gráfica, contudo, o sistema estará longe de ser considerado pronto para uso diário.
             Sendo este um tutorial sobre instalação em modo texto, nada melhor do que você já ir se acostumando, todo este tutorial será apenas em modo texto!  :D

2 - Porquê uma instalação em modo texto?

   Acredito que você deve ter feito essa mesma pergunta. Afinal, qual a utilidade de aprender uma instalação em modo texto do Ubuntu se ele é voltado para um público iniciante acostumado a usar a interface gráfica? Posso enumerar algumas ótimas razões para começar:

1) Aprendizado sobre o sistema. Esta é uma ótima maneira de conhecer como as coisas funcionam no Ubuntu  e nas distribuições derivadas do Debian , obviamente para aqueles que gostariam de aprender sobre isso.
2) Possibilidade de instalar o Ubuntu em máquinas com Hardware mais modesto do que a configuração padrão exigida com o Live-CD ou até mesmo na instalação padrão do Alternate Install CD (explicarei mais sobre isso nos tópicos seguintes). Ao final do processo você descobrirá que as variantes do Ubuntu também podem ser bem mais leves e rápidas que uma instalação padrão.
3) Melhor controle sobre as aplicações a serem instaladas no seu sistema. Você instalará apenas aquilo que você vai usar.
4) Liberdade de escolha! É mais uma alternativa se não estiver satisfeito com a instalação padrão do Ubuntu, ou se esta instalação padrão não servir para você.

   Você também poderia me perguntar, não existem desvantagens nesse processo? Eu te responderia que sim, e a principal delas é o tempo. Uma instalação como a proposta neste tutorial leva muito tempo e exige uma conexão de alta velocidade com a Internet.  Então vamos deixar de papo e vamos colocar a mão na massa!


3 - Onde tudo começa

   Antes de mais nada é precisa deixar bem claro que será FUNDAMENTAL que você possua uma conexão com a Internet e com fio. De preferência Banda Larga! Nada de conexão discada ou rede sem fio! Os motivos são simples. Basicamente o que faremos é obter uma imagem ISO, gravar essa imagem num CD para realizar a instalação na sua máquina, instalar um sistema básico em linha de comando para só então baixar e instalar tudo necessário para deixar o seus sistema “habitável”para um usuário Final! É possível instalar um sistema básico de linha de comando sem conexão com a internet, mas não teremos como prosseguir com o restante da instalação com um modem discado ou rede sem fio pois não teremos as “ferramentas” necessárias para fazer funcionar a conexão com esses dois métodos.


Entendendo um pouco mais: O que é uma Imagem ISO? Um ISO (*.iso) é uma imagem de CD de um sistema de ficheiros/arquivos ISO9660. Resumindo, é a cópia literal de um CD ou DVD que  contém todos os arquivos do CD/DVD, além de informações que permitem gerar uma cópia fiel do mesmo. Uma imagem ISO não é um arquivo compactado! Portanto, não tente usar um programa para descompactar a imagem ISO para posterior gravação!
   Assim, precisaremos baixar uma imagem do Ubuntu para instalação em modo texto. Duas imagens podem ser usadas com essa intenção, o Alternate Install CD ou a Minimal CD Image. Mas qual a diferença entre elas, você deve ter se perguntado. Vamos as explicações.
   O Alternate Install CD é uma imagem relativamente grande, aproximadamente entre 550 e 700MB, conforme a versão da família Ubuntu que você escolher (Ubuntu, Kubuntu, Xubuntu e Edubuntu). Nela estão contidos todos os pacotes necessários para uma instalação completa do Ubuntu e suas variantes em modo texto. Uma das diferenças em relação a versão Live-CD é que só é possível instalar essa versão no HD. Você não poderá testar o Ubuntu antes no seu PC. Ainda dentro da versão  Alternate Install CD, você poderá escolher, entre outras opções, a instalação completa do sistema padrão em modo texto ou instalar um sistema básico em linha de comando. Nos dois métodos citados anteriormente, você não terá a obrigação de possuir uma conexão com a internet para concluir a instalação proposta.
   O Minimal CD Image é uma imagem muito pequena, entre 7 a 10MB, no geral só contém o instalador em modo texto, o necessário para configurar uma conexão com a internet (COM FIO) e o particionador do disco. Todo o restante deve ser baixado da Internet para posterior instalação, inclusive o sistema básico em linha de comando! Essa imagem é o equivalente ao Debian NetInstall.
   No Alternate Install CD você perderá mais tempo baixando a imagem, mas terá uma primeira etapa de instalação mais rápida. Contudo, não terá o sistema básico mais atualizado. Só após a instalação dele é que você poderá atualizar o mesmo. No Minimal Image CD, você ganhará muito tempo não tendo que baixar uma imagem relativamente grande, mas perderá mais tempo na primeira etapa da instalação pois você terá que baixar e instalar o sistema básico. Entretanto, o sistema básico estará totalmente atualizado, já que ele só baixa as versões mais atuais do repositório. Além disso, o tamanho total do sistema básico a ser baixado da Internet, ainda é menor que a imagem do Alternate Install CD.
   Outra diferença importantíssima entre elas, o consumo de recursos durante a instalação! Os números a seguir são frutos da minha experiência prática, se você se interessar em ler os requisitos do sistema fornecidos pela Canonical, verá que os números são outros! Com o método descrito neste tutorial, o Alternate Install CD pode ser usado em máquinas com memória entre 128 e 256MB de RAM com sucesso. Enquanto o Minimal Image CD pode ser usado em máquinas entre 64 e 128MB de RAM.  Quanto ao processador eu particularmente não recomendo a instalação de qualquer variante do Ubuntu em máquinas com um processador com freqüência inferior a 550MHz! Não estou querendo dizer que você  não consiga instalar em máquinas com recursos ainda menores do que os listados acima, mas o desempenho do sistema pós-instalação, com coisas básicas, como por exemplo navegar em páginas da Internet cheias de animações Flash, deixariam o seu sistema lento facilmente! Entenda que estou levando em consideração o uso do sistema em modo gráfico!   Eu tive sucesso em instalar o Ubuntu 7.10 em um PIII de 400MHz e 128MB de RAM para testar se isso realmente seria possível.

   Você poderá encontrar as versões mais recentes do Alternate Install CD nos respectivos Sítios de cada variante do Ubuntu:

www.ubuntu.com
www.kubuntu.com
www.xubuntu.com
www.edubuntu.com

   Se quiser utilizar versões mais antigas de qualquer variante do Alternate Install CD, com ou sem suporte, você terá que “garimpar” um pouquinho entre diversos endereços:

Ubuntu - http://releases.ubuntu.com/
Ubuntu - http://old-releases.ubuntu.com/releases/
Kubuntu - http://old-releases.ubuntu.com/releases/kubuntu/
Edubuntu - http://old-releases.ubuntu.com/releases/edubuntu/
Xubuntu - http://cdimage.ubuntu.com/xubuntu/releases/

   Todas as imagens disponíveis do Minimal Image CD,  sejam elas recentes ou antigas, são encontradas no mesmo sítio:

https://help.ubuntu.com/community/Installation/MinimalCD

   

           NOTA: É fundamental que você use uma versão ainda com suporte, pois as versões sem suporte tem o seu repositório paralisado. Ou seja, você não conseguirá baixar os pacotes necessários para terminar a instalação ou pós-instalação do sistema básico. As versões LTS ( Long Term Support ou Suporte de Longa Duração) possuem suporte por 3 anos, as outras possuem 18 meses de suporte. 

   
Qual variante você deve baixar? Isso depende da configuração do seu Hardware. Não adiante nada baixar a versão mais recente do Ubuntu e suas variantes para ser usada em uma máquina com mais de 10 anos  de idade!  Ele pode simplesmente não instalar! De maneira prática eu sugeriria o seguinte: Em máquinas anteriores a 2001 use no máximo até a versão 7.04, mas prefira a 6.06! Em máquinas entre 2001 e 2005 use as versões 7.04 ou 7.10.  Em máquinas a partir de 2006 para cá, use a versão mais recente possível do Ubuntu e suas variantes. Lembrando mais uma vez que isso é apenas uma sugestão! 
   Após baixar a imagem ISO escolhida é hora  de verificar a integridade da imagem e depois  gravar/queimar a mesma no CD. Visite a página do Wiki do Ubuntu em Português para instruções mais detalhadas de como fazer isso:

http://wiki.ubuntu-br.org/ConferindoMd5
http://wiki.ubuntu-br.org/ComoGravarImagemIso

ou

http://wiki.ubuntu-br.org/Documentacao

   A minha intenção é a de fazer você visitar o Wiki mesmo! Prestigie a excelente documentação sobre o Ubuntu organizada lá pela comunidade Ubuntu em Português. Não poderia deixar de sitar que além do Wiki, você pode encontrar muita informação neste Fórum do Ubuntu em Língua Portuguesa (os dois Links abaixo levam ao mesmo Fórum):

http://ubuntuforum-br.org/

ou

http://ubuntuforum-pt.org/


   Se você preferir uma abordagem ainda mais segura, pois não quer arriscar uma formatação do seu disco rígido, use uma máquina virtual (como o VirtualBox - http://www.virtualbox.org/ ou o Vmware - http://www.vmware.com/ ) para testar tudo sem medo. Com eles você não vai precisar gravar/queimar o CD. A máquina virtual pode ler diretamente a imagem ISO baixada por você, instalar o Ubuntu dentro do seu sistema operacional atualmente em uso e isso tudo sem risco de perda de dados! Se você gostou dessa alternativa, realize uma pesquisa sobre o funcionamento de máquinas virtuais. Não vou ficar falando sobre máquinas virtuais pois foge ao nosso tema principal.







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#1
4 – Instalando o sistema básico em linha de comando


   Já de posse da imagem escolhida gravada em CD, reinicie a máquina para ler primeiro o CD-ROM. Para os que vão usar máquina virtual esse passo não será necessário. Apenas mande a máquina virtual iniciar a imagem ISO.
   Farei agora uma pequena divisão. Para sua melhor compreensão primeiro descreverei a instalação básica do Alternate Install CD e em seguida a do Minimal Image CD.


   4.1 - Alternate Install CD

   Até a versão 7.10 era preciso teclar F2 na tela de apresentação para escolher o idioma preferido. Após escolher o idioma as opções de instalação já estarão em Português, basta então escolher a opção  "Instalar um Sistema em Linha de Comando" teclando ENTER.
   Na versão 8.04 em diante tivemos mudanças. A tela de apresentação do Alternate Install CD para a versão 8.04 em diante leva você diretamente à escolha do idioma.  Se teclar ENTER agora, a instalação padrão de todo o sistema acontecerá. É preciso seguir as instruções da tela e teclar F4 para visualizar os modos alternativos de instalação. Escolha a opção de instalação em linha de comando teclando ENTER. Com isso você retornará à tela de apresentação inicial, só então tecle ENTER com a opção "Instalar o Ubuntu" selecionada.
             Tendo escolhido a instalação em linha de comando aguarde a detecção do Hardware do seu computador e a leitura do CD-ROM. Se tudo correr bem você será levado a escolha do nome do computador e a configuração de Rede via DHCP. Se mais de uma placa de rede for detectada o Ubuntu deverá mostrar os modelos encontrados para que você escolha a placa de rede a ser utilizada para conexão com a Internet.
             Contudo, em alguns casos, como em máquinas antigas (com mais de 7 anos) ou com algum hardware mais problemático, podem ocorrer travamentos durante o carregamento do instalador.  Nesses casos  será necessário entrar com alguns comandos especiais. Neste caso procure seguir as dicas deste tópico: http://ubuntuforum-br.org/index.php/topic,1236.0.html

             Em seguida teremos o Particionamento do Disco. Nunca é demais lembrar que você deve fazer cópias de segurança de seus dados se a sua intenção é a de manter os dados de uma instalação anterior. Você foi avisado!
   Para os iniciantes a opção mais fácil é usar o particionamento assistido oferecido pelo instalador. De acordo com situação encontrada no seu Disco Rígido, algumas sugestões lhe serão dadas, tais como: "usar disco Inteiro", "usar o maior espaço vazio continuo" ou "redimensionar uma partição existente". Se você estiver utilizando um Disco Rígido com outro sistema operacional previamente instalado, procure facilitar a sua vida nesta etapa e use um programa particionador antes da instalação do Ubuntu para deixar uma área livre para instalação do mesmo.    Com isso você vai apenas apontar a área livre para o particionador do Ubuntu. Duas ótimas alternativas livres para realizar esse serviço são o Parted Magic ( http://partedmagic.com/wiki/PartedMagic.php ) ou o Gparted LiveCD ( http://gparted.sourceforge.net/ ).
   No mínimo duas partições deverão ser criadas. A opção padrão do particionador assistido para iniciantes é a de colocar os arquivos do sistema operacional e os seus futuros dados pessoais todos juntos numa única partição. Essa partição é chamada de partição raiz, e tem como símbolo uma barra "/". A outra partição a ser criada é a chamada partição Swap ou área de troca. Sua função  é a de servir como memória virtual no disco rígido quando quase toda a memória RAM já tiver sido utilizada ou alguma aplicação/ação que exija o seu uso mesmo com memória RAM disponível.
   Você pode estar se perguntado, qual o tamanho das duas partições? De maneira geral eu recomendaria no mínimo 4GB para a partição raiz, se você não for fazer cópias de DVDs ou Cds. E no mínimo 10GB se você pretende fazer cópias de DVDs ou Cds. Isso sem contar o espaço que você pretende usar para os seus dados pessoais. Já em relação a partição Swap as coisas podem ficar um pouco mais complexas. A regra clássica dizia que a quantidade de Swap deveria ser o dobro da de memória RAM. Infelizmente essa regra clássica já não vale mais. Sem procurar entrar em detalhes técnicos, vou sugerir alguns parâmetros gerais, mas tenha em mente que o que vou sugerir leva em consideração que você pretende desligar a sua máquina todos os dias e não vai usar uma máquina virtual junto com o seu sistema principal! Então teríamos:
       
Em sistemas com 128 a 256MB de RAM tenha de 500MB a 1GB de Swap.
Em sistemas com 512MB a  1GB de RAM tenha de 350 a 500MB de Swap.
Em sistemas com 1GB de RAM ou mais tenha 300MB de Swap.



        Só será possível escolher o tamanho das partições se você escolher o "Particionamento Manual" ou responder "Não" a sugestão do particionamento assistido.

        Se tudo correu bem no particionamento, a próxima etapa será a instalação do Sistema Básico. Apenas aguarde até que esta faze seja finalizada. Isso pode levar muito ou pouco tempo de acordo com a configuração do seu Hardware. Passada esta etapa você deverá ser questionado quanto a configuração do relógio, nome do usuário, senha e configuração do APT. Com essas etapas cumpridas a instalação básica terá terminado. Siga as instruções e reinicie o PC retirando a mídia de instalação do leitor de CD-ROM.



        4.2 - Minimal CD Image

       De acordo com a versão escolhida, a instalação pode começar apenas teclando-se ENTER ou escolhendo o tipo de instalação. É preciso ter um domínio maior do Idioma Inglês, como o nome já diz, com uma imagem mínima, a instalação usará uma quantidade maior de telas deste idioma. As opções para instalação são:

Na versão 8.10

Install - Será realizada uma instalação do sistema básico e depois você será levado a uma tela onde poderá escolher diversas coleções de software pré-definidas. São muitas as opções ( na versão 8.10 você terá 27 opções, por exemplo), entre elas estão instalar um Servidor LAMP ou qualquer variante da família Ubuntu. A vantagem deste tipo de instalação é que ao final dela você terá um  sistema o mais atualizado possível.

Command-line install - Apenas uma instalação básica  do sistema em linha de comando será  realizada.

Expert install - Instalação para especialistas com ainda mais opções de configuração durante a instalação do que a opção "install" acima.

Command-line expert Install - Instalação para especialistas de um sistema básico em linha de comando.         


Da versão 6.06 a 8.04 as opções são (o comando deve ser digitado no prompt que aguarda a opção escolhida por você):

install - Será realizada uma instalação do sistema básico e depois você será levado a uma tela onde poderá escolher diversas coleções de software pré-definidas.

expert - Instalação para especialistas com ainda mais opções de configuração durante a instalação do que a opção "install" acima.

cli - Apenas uma instalação básica  do sistema em linha de comando será  realizada.

cli-expert - Instalação para especialistas de um sistema básico em linha de comando.

     Como não poderia fugir ao tópico, escolheremos a opção "Command-line install" ou "cli", conforme a versão Minimal escolhida por você. Na seqüência escolha o Idioma, o teclado, passe pela configuração de rede e o nome da máquina. Aí você será levado a escolha de um Espelho do repositório do Ubuntu. Prefira escolher o repositório mais próximo de você. Mas em alguns casos pode ser necessário escolher um espelho que não esteja próximo. A seguir ele fará uma verificação do espelho e começará a baixar e depois instalará os pacotes necessários para continuar a instalação. Essa etapa pode demorar muito de acordo com a velocidade de sua conexão ou a configuração do seu PC. A seguir você fará a configuração do Relógio (fuso horário) e o particonador será chamado.

     Nunca é demais lembrar que você deve fazer cópias de segurança de seus dados se a sua intenção é a de manter os dados de uma instalação anterior. Você foi avisado!
     Para os iniciantes a opção mais fácil é usar o particionamento assistido oferecido pelo instalador. De acordo com situação encontrada no seu Disco Rígido, algumas sugestões lhe serão dadas, tais como: "usar disco Inteiro", "usar o maior espaço vazio continuo" ou "redimensionar uma partição existente". Se você estiver utilizando um Disco Rígido com outro sistema operacional previamente instalado, procure facilitar a sua vida nesta etapa e use um programa particionador antes da instalação do Ubuntu para deixar uma área livre para instalação do mesmo.    Com isso você vai apenas apontar a área livre para o particionador do Ubuntu. Duas ótimas alternativas livres para realizar esse serviço são o Parted Magic ( http://partedmagic.com/wiki/PartedMagic.php ) ou o Gparted LiveCD ( http://gparted.sourceforge.net/ ).
     No mínimo duas partições deverão ser criadas. A opção padrão do particionador assistido para iniciantes é a de colocar os arquivos do sistema operacional e os seus futuros dados pessoais todos juntos numa única partição. Essa partição é chamada de partição raiz, e tem como símbolo uma barra "/". A outra partição a ser criada é a chamada partição Swap ou área de troca. Sua função  é a de servir como memória virtual no disco rígido quando quase toda a memória RAM já tiver sido utilizada ou alguma aplicação/ação que exija o seu uso mesmo com memória RAM disponível.
     Você pode estar se perguntado, qual o tamanho das duas partições? De maneira geral eu recomendaria no mínimo 4GB para a partição raiz, se você não for fazer cópias de DVDs ou Cds. E no mínimo 10GB se você pretende fazer cópias de DVDs ou Cds. Isso sem contar o espaço que você pretende usar para os seus dados pessoais. Já em relação a partição Swap as coisas podem ficar um pouco mais complexas. A regra clássica dizia que a quantidade de Swap deveria ser o dobro da de memória RAM. Infelizmente essa regra clássica já não vale mais. Sem procurar entrar em detalhes técnicos, vou sugerir alguns parâmetros gerais, mas tenha em mente que o que vou sugerir leva em consideração que você pretende desligar a sua máquina todos os dias e não vai usar uma máquina virtual junto com o seu sistema principal! Então teríamos:
       
Em sistemas com 128 a 256MB de RAM tenha de 500MB a 1GB de Swap.
Em sistemas com 512MB a  1GB de RAM tenha de 350 a 500MB de Swap.
Em sistemas com 1GB de RAM ou mais tenha 300MB de Swap.



        Só será possível escolher o tamanho das partições se você escolher o "Particionamento Manual" ou responder "Não" a sugestão do particionamento assistido.

Terminada a etapa de instalação básica do sistema em linha de comando, siga as instruções e reinicie o PC retirando a mídia de instalação do leitor de CD-ROM.
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#2
5 - Instalando o sistema em modo gráfico básico para usuário final!

     Chegamos então a parte em que você deve estar mais ancioso. Deixar o modo texto para voltar ao modo das cores e janelas! Então vamos lá!  Após a instalação básica do sistema em linha de comando, de acordo com a imagem que você escolheu na parte 4 deste tutorial, você reiniciou o PC e é brindado com uma tela de inicialização sem aquela barra de progresso padrão pós instalação completa de qualquer variante da família Ubuntu. Isso é absolutamente normal, lembre-se, foi realizada apenas uma instalação básica do sistema. A tela de aprensentação é considerada um ítem desnecessário numa instalação básica. Mais tarde você poderá instalar isso.

     Após você  ter observado uma série de caracteres passando na tela, onde pode ter visto até alguma mensagem de erro, a inicialização termina numa tela preta aguardando que você faça o Login no sistema.

NOTA: Nas versões mais antigas do Ubuntu, essa tela de login pode ter se misturado a tela de inicialização. O que acontece é que você acha que o seu sistema congelou/travou, mas a inicialização já terá terminado. Observe se ainda existe atividade do seu HD, se não existe atividade, simplesmente tecle ENTER que a linha do Login deve aparecer. Eu sei, esse é um Bug chato que só foi resolvido nas versões mais recentes do Ubuntu.

     Tendo realizado o Login, digitando seu nome de usuário e senha cadastrados na primeira parte da instalação básica, o terminal aguarda o seu comando para a próxima ação. Pode não parecer, mas você está diante de uma sistema operacional em funcionamento. Você só não tem a parte gráfica, ainda! Essa tela preta a sua frente nada mais é do que uma ferramenta para que você possa se comunicar com o seu sistema operacional! Listarei alguns comandos básicos úteis para você. Para aprender mais sobre comandos Linux no terminal, procure o GUIA FOCA LINUX - http://focalinux.cipsga.org.br/ entre tantos outros Guias de comandos que existem na Internet.
     O símbolo do cifrão "$" após o nome da máquina que você deu durante a instalação, indica que você é um usuário sem poderes de administração do sistema. No entanto, você pode realizar vários comandos.

Ao digitar o comando: free -m + ENTER

Você terá um mini relatório do uso da memória do seu sistema em mega bytes. Interessa a você a coluna "used". Aí você notará que o seu recém instalado sistema deve estar consumindo em torno de 14MB de RAM!

Ao digitar o comando: df -h + ENTER

Você terá um relatório do uso do espaço utilizado pelo seu sistema de arquivos. Até agora o seu sistema ocupa cerca de 540MB!

    Se quiser saber maiores opções que esses comandos oferecem, use o manual do sistema. É só utilizar o comando "man" seguido do nome do comando que ele mostrará uma ou várias páginas sobre o comando em questão, tudo em Inglês! Use as setas do teclado para navegar nas páginas do manual e use a tecla "Q" para sair do manual. Assim você faria:

man free


ou

man df


    Mas precisaremos nos tornar um usuário com poderes administrativos para realizar a instalação básica de tudo o que um usuário final precisa. No Ubuntu vamos fazer uso do comando "sudo su". Você terá duas opções neste caso. Você pode logar-se como usuário com poderes administrativos e ficar assim ao longo de todo o restante do tutorial. Ou usar o comando "sudo su" antes de todos os comandos listados a seguir.  Se você não tem medo de errar, pode ficar logado com poderes administrativos até o final dessa etapa. Isso implicará em um maior risco na segurança do sistema, mas fica a seu critério! Assim faça:

sudo su + ENTER

   E digite a senha que você cadastrou durante a instalação. O símbolo do sifrão muda para o símbolo do "jogo da velha" ou cerquilha "#". Este é o indicativo que você se tornou um usuário com poderes administrativos do sistema em modo texto.

   Vamos fazer uso do sistema de gerenciamento de pacotes. Você pode fazer uso de dois comandos para isso. O apt-get ou o aptitude. Eu recomendo que você use o aptitude. Qual a diferença entre eles? É simples, o aptitude possui um melhor controle das dependências a serem instaladas e desinstaladas, principalmente quando você precisar remover algum pacote instalado. Mas existe um porém! Não é recomendado que você misture o uso dos dois comandos no seu sistema.  Então escolha qual deles vai fazer uso e permaneça com ele. Existe outro detalhe importante. Os gerenciadores de pacotes em modo gráfico, fazem uso do apt-get e não do aptitude. Assim, se você for usar o Synaptic ou o Adept em modo gráfico, faça uso do apt-get durante essa parte do tutorial! Após dominar um pouco a linha de comando, você poderá acabar fazendo uso apenas do terminal para instalar, remover e atualizar os programas do seu sistema.

   Agora com poderes adminstrativos, vamos alterar a lista de repositórios antes de começar as instalações. Isso é necessário já que podemos liberar toda a lista de repositórios, assim teremos ainda mais opções de programas para instalar. Vamos fazer uso de um editor de texto em modo texto. Vou usar o "Nano". Escolho o Nano pois ele está em um meio termo entre facilidade e praticidade. Utilize as setas do teclado para navegar dentro do arquivo. A lista de repositório é o arquivo sources.list que se encontra no diretório /etc/apt. Vamos usar o parâmetro -B. Com isso o Nano vai criar um arquivo de backup do original acrescentando o "~" ao final da extensão do arquivo. Assim, se você cometar um erro, basta renomear o arquivo com sufixo "~".

nano -B /etc/apt/sources.list


   Você verá uma arquivo parecido como o do exemplo abaixo:


# deb cdrom:[Kubuntu 8.04.1 _Hardy Heron_ - Release i386 (20080702.1)]/ hardy main restricted
# See http://help.ubuntu.com/community/UpgradeNotes for how to upgrade to
# newer versions of the distribution.

deb http://br.archive.ubuntu.com/ubuntu/ hardy main restricted
deb-src http://br.archive.ubuntu.com/ubuntu/ hardy main restricted

## Major bug fix updates produced after the final release of the
## distribution.
deb http://br.archive.ubuntu.com/ubuntu/ hardy-updates main restricted
deb-src http://br.archive.ubuntu.com/ubuntu/ hardy-updates main restricted

## N.B. software from this repository is ENTIRELY UNSUPPORTED by the Ubuntu
## team, and may not be under a free licence. Please satisfy yourself as to
## your rights to use the software. Also, please note that software in
## universe WILL NOT receive any review or updates from the Ubuntu security
## team.
deb http://br.archive.ubuntu.com/ubuntu/ hardy universe
deb-src http://br.archive.ubuntu.com/ubuntu/ hardy universe
deb http://br.archive.ubuntu.com/ubuntu/ hardy-updates universe
deb-src http://br.archive.ubuntu.com/ubuntu/ hardy-updates universe

## N.B. software from this repository is ENTIRELY UNSUPPORTED by the Ubuntu
## team, and may not be under a free licence. Please satisfy yourself as to
## your rights to use the software. Also, please note that software in
## multiverse WILL NOT receive any review or updates from the Ubuntu
## security team.
deb http://br.archive.ubuntu.com/ubuntu/ hardy multiverse
deb-src http://br.archive.ubuntu.com/ubuntu/ hardy multiverse
deb http://br.archive.ubuntu.com/ubuntu/ hardy-updates multiverse
deb-src http://br.archive.ubuntu.com/ubuntu/ hardy-updates multiverse

## Uncomment the following two lines to add software from the 'backports'
## repository.
## N.B. software from this repository may not have been tested as
## extensively as that contained in the main release, although it includes
## newer versions of some applications which may provide useful features.
## Also, please note that software in backports WILL NOT receive any review
## or updates from the Ubuntu security team.
deb http://br.archive.ubuntu.com/ubuntu/ hardy-backports main restricted universe multiverse
deb-src http://br.archive.ubuntu.com/ubuntu/ hardy-backports main restricted universe multiverse

## Uncomment the following two lines to add software from Canonical's
## 'partner' repository. This software is not part of Ubuntu, but is
## offered by Canonical and the respective vendors as a service to Ubuntu
## users.
deb http://br.archive.canonical.com/ubuntu hardy partner
# deb-src http://br.archive.canonical.com/ubuntu hardy partner



   As linhas que começam com o símbolo da cerquilha ou jogo da velha "#" estão comentadas. Isto significa que o sistema ignora essas linhas. Se quiser que esse repositório fique ativo descomente a linha em questão, ou seja, apague a cerquilha "#" do começo da linha. Feitas as modificações que você queria pressione CRTL+O para gravar as modificações e depois CRTL+X para sair do Nano.  Minha recomendação é a de que você ative os repositórios MAIN, UNIVERSE, MULTIVERSE e PARTNER. Se quiser, você também pode  ativar o repositório BACKPORTS. Mas lembre-se, o Backports não possui suporte oficial da Canonical. Mesmo assim eu gosto de usá-lo. Fica a seu critério!

   Agora precisamos atualizar a lista de repositórios.

apt-get update

ou

aptitude update

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