Pai do Tetris é contra software livre - Triste declaração

Iniciado por cristianoquaresma, 01 de Março de 2008, 14:53

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kakita

Citação de: ;/) online 03 de Março de 2008, 17:10
Eu sou contra esses tipos de extremismo, mas acho que não são todos os softwares que deveriam ser livres, isso depende do propósito do software.

Todo extremismo é maléfico.
claro
acho bom haver muita variedade de tudo porque assim todos aprendem uns com as ideias dos outros e vao aperfeiçoando seus sistemas e como podemos ver todos os dias as empresas que tem monopolio apresentam sempre mau serviço

felipeborges

Lembro uma vez, uma reportagem na televisão, não me recordo do canal, se não me engano era no Discovery Channel, sobre o inicio das tecnologias e do mundo dos computadores, e um bloco do documentário foi dedicado exclusivamente aos criadores do Tetris. Foi dito que na época "choveu dinheiro na horta deles" (desculpe aos amigos tugas, está expressão vem a dizer que eles enriqueceram!) Assim como o "Tio Bill" eles caíram nas graças dos ambiciosos por tecnologias. Logo as novas tecnologias vieram a surgir, assim como hoje um software novo, pode passar a ser chamado de ultrapassado em questão de meses, e a "equipe" ou o próprio programador, perderam consideravelmente espaço no mercado.

Isto vem a concretizar que: Nosso "amigo" programador ficou furioso pelo crescimento de outros programadores e equipes, que indiretamente também foram movidos pela comunidade do software livre (digamos que os grandes construtores do mundo tecnológico de hoje começaram com tutoriais em fóruns de discussões, o que vem a ser compartilhamento de conhecimento, ou seja, diretamente software livre) . Eu diria, um sentimento indireto de inveja, não que sejamos melhores, ou não, mais ele guarda magoas de quando foi atropelado pela manada de produtos melhores ao seu.

Meu blog sobre GNU/Linux
Debian Lenny e Gentoo.

Piras

#17
Citação de: Syph0s online 02 de Março de 2008, 20:46
Citação de: Piras online 02 de Março de 2008, 15:42
Esta é a razão pela qual ele critica indistintamente a Red Hat e Richard Stallman: é o software livre em si mesmo e não as idéias que fundamentam o projeto a alvo da crítica. Para percebê-lo, basta citar o que ele diz da Red Hat ("Volvemos a lo mismo. Me está hablando de casos minoritarios y que al fin y al cabo limitan la posibilidad de hacer un negocio mayor."- grifo meu) e da sua própria experiência com o Tetris ("Me sucedió a mí con el Tetris; yo lo creé y como no había posibilidades de hacer nada con el juego, se lo pasé a mis amigos despreocupadamente."- grifo meu). Aqui está uma crítica implícita a própria licença GPL (a impossibilidade de fazer algo com o jogo, isto é, de fazê-lo render mediante o uso de direitos autorais), cerne do software livre e não só ao movimento. Pazhitnov vê no software livre um limitador do grande negócio na área tecnológica, o que significa dizer que ele não acredita no desenvolvimento tecnológico sem grandes corporações ("al fin y al cabo limitan la posibilidad de hacer un negocio mayor"). Duvido que ele pensaria diferente se Richard Stallman fosse um programador da Microsoft.

eu sei que ele opinou sobre o SL em geral, tanto que eu disse "Pode parecer leitura subjetiva".. só mostrei que o tiozinho não sabe do que está falando (e o entrevistador também) misturando alho com bugalhos..

Não vi nenhum desconhecimento ou confusão na entrevista do Pazhitnov. Para mim, ele é simplesmente contrário ao software livre e pronto. Nem todo mundo se opõe ao software livre por ignorância ou "pré-conceito". É conceito mesmo e conceitos contrários ao SL. Temos que nos conformar que até pessoas que admiramos podem ser contrárias às nossas idéias. É o caso do criador do Tetris.


CitarNosso "amigo" programador ficou furioso pelo crescimento de outros programadores e equipes, que indiretamente também foram movidos pela comunidade do software livre (digamos que os grandes construtores do mundo tecnológico de hoje começaram com tutoriais em fóruns de discussões, o que vem a ser compartilhamento de conhecimento, ou seja, diretamente software livre) . Eu diria, um sentimento indireto de inveja, não que sejamos melhores, ou não, mais ele guarda magoas de quando foi atropelado pela manada de produtos melhores ao seu.

Se é esta a razão da repulsa do "camarada" Pazhitnov pelo SL, então os "conceitos" que fundamentam sua opinião são bem mais "concretos" do que eu imaginava.

Syph0s

#18
Citação de: Piras online 03 de Março de 2008, 20:56
Não vi nenhum desconhecimento ou confusão na entrevista do Pazhitnov. Para mim, ele é simplesmente contrário ao software livre e pronto. Nem todo mundo é se opõe ao software livre por ignorância ou "pré-conceito". É conceito mesmo e conceitos contrários ao SL. Temos que nos conformar que até pessoas que admiramos podem ser contrárias às nossas idéias. É o caso do criador do Tetris.

o desconhecimento está no simples fato de colocar stallman e redhat no mesmo saco. ele que tenha a opinião que quiser embasada no conceito que ele quiser. o problema é levar a sério uma opinão, de quem quer que seja, sobre um assunto que esta mesma pessoa claramente não conhece.. não quero justificar a posição do tiozinho, somente expor que ele não sabe o que diz e por essa simples razão não deve ser levado a sério... é a mesma coisa que levar a sério a opinião de alguém da Al-Qaeda sobre os USA...

a provavel "inveja" do tiozinho é o fato de associar todo o SL (de stallman a linus) com movimento esquerdista. Quando esse comandava a união soviética, simplesmente emperraram as negociações dele com a Nintendo para a venda do Tetris, o que gerou milhões de dóllares para a Nintendo e ele ficou um tempo sem ver a cor da grana.. não que seja errado fazer essa associação com a fsf, basta olhar as campanhas oficiais no site...

fellipereale

o pai do tetris está indo contra  por que a tecnologia etá evoluindo para o software livre



agora é a era  da computação nas nuvens e do softwares livres

todo mundo está recorrendo a ubuntu 9.04

Alakazan

PC é como ar-condicionado: é só abrir Windows que ele para de funcionar.
Tentando ser melhor - desculpem o incômodo!

macalex

Queira ele ou não o estabelcimento do software livre é um fato, e seu crescimento constante.
a evolução seleciona os melhores, os menos aptos tendem a diminuirem, gostando eles ou não.
Em tempos de crise, eu quero mais é economizar com o software livre, e muitas empresas já pensam assim também.
Eu até já enjoei do Tetris hehehhee.
Então DEUS disse: "tar -zxvf universo-0.1.tar.gz ; cd universo-0.1 ; ./configure --nodeps && make && make install

platao

O software livre esta ai para ficar, é irreversivel e faz com que empresas produtoras de software melhorem muito a qualidade do produto, para que comprar se eu posso usar uma ferramenta open source bem acabada e que funciona perfeitamente?

Acho que as empresas estao buscando esse diferencial. 
\\\\\\\\Apostilas Dicas e Guias do Ubuntu\\\\\\\\\> http://ubuntuforum-br.org/index.php/topic,79368.msg440997.html#msg440997

0tacon



RamonB

É claro que Pazhitnov foi de um extremo a outro: saiu do comunismo e, por ter passado toda a vida reprimido, acha que a solução é "liberar geral". Ele, inclusive, se contradiz. P.ex., ele diz que o software livre não tem projeção de mercado e logo depois ele diz que SL destrói mercado. Como é que algo que não tem projeção de mercado destrói mercado?

Mas o ponto principal é que ele fala em causa própria. Ele vive de vender programas. Ora, se ele ficou rico vendendo programas (ou fazendo programas para a Microsoft vender), como é que ele poderia achar que é bom não vender programas?

Então, é apenas uma opinião como qualquer outra e não é das mais abalizadas porque, depois do Tetris, não é citado nada significativo que ele tenha criado (não estou desmerecendo o Tetris, no qual eu gasto algum tempo de vez em quando, mas simplesmente colocando um fato). Ele esquece, inclusive, que mesmo em um mercado capitalista existe espaço para trabalhos sem fins lucrativos, como é o caso das milhares (ou milhões) de pessoas que, no mundo todo, fazem trabalho voluntário (e um dos países em que isso é mais forte é justamente na meca do capitalismo, que é os EUA). E sem falar também na Internet, cujos principais avanços que a viabilizaram foram desenvolvidos em meios acadêmicos sem fins lucrativos. Sem pensar muito, dá para destacar o trabalho de Tim Berners-Lee, que criou a World Wibe Web sem qualquer finalidade lucrativa (e até hoje vive de seus trabalhos acadêmicos e de consultoria, não tendo nem ficado rico com uma das maiores invenções do século XX) ou o pessoal que fez, em um laboratório, o Mosaic que depois virou Netscape e que deu início a todos os browsers que estão por aí no mercado.

Além disso, ele dizer que o software livre não traz desenvolvimento tecnológico é realmente olhar o mundo real com viseiras. Sem falar de novo na WWW ou no Mosaic, quanto de evolução tecnológica foi obtido com as milhares de pessoas que dedicam parte do seu tempo para desenvolver software livre sem pensar em ganhar com isso? Além disso, muitos dos movimentos da Microsoft foram feitos exatamente para enfrentar o software livre. Se ela não tivesse a concorrência (inclusive do próprio software livre), ela estaria até hoje acomodada lá no seu DOS ou, no máximo, em um Windows 3.1 ou algo do gênero.

E, para completar, na entrevista, tanto ele quanto o entrevistador, cometem um engano. Eles falam como se a Internet, no tempo da cortina de ferro, já fosse uma realidade aqui no mundo ocidental e não existisse na URSS. A internet, antes da queda do muro de Berlim, era apenas uma rede acadêmica ligada ao Departamento de Defesa dos EUA (e, portanto, sem gerar qualquer lucro) voltada apenas para troca de e-mails e para uso de algum processamento remoto, tudo feito no modo texto e sem interface gráfica. Não era nem sombra do que é hoje e só se viabilizou para chegar onde está justamente pelos trabalhos de Berners-Lee e do Mosaic, que só se tornaram realidade no comecinho da década de 90, quando a URSS não existia mais (o 1o. site www de Berners-Lee foi colocado no ar, se não me engano, em 1991). As coisas evoluem tão rapidamente que as pessoas às vezes se confundem com as datas e pensam que o que está aí sempre esteve. Só para lembrar: o PC da IBM, que começou, de fato, a difusão dos microcomputadores e que viabilizou empresas como a Intel e a própria Microsoft, foi lançado em 1981. Portanto, só 7 ou 8 anos antes da queda do muro de Berlim.

Ou seja: é uma entrevista para ler e se esquecer.
Notebook: Dell Inspiron 15 5584, 8 GB RAM, 1 SSD 480 GB, 1 HD 1 TByte. Dual-boot Linux Mint Cinnamon 21.1 / Windows 11
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Alakazan

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ChausDevereaux

Os caras que postaram aqui já morreram, e o povo ainda discutindo...