Como dar boot em pendrives formatados em exfat / FAT64

Iniciado por larj, 11 de Fevereiro de 2013, 20:44

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larj

exfat ou FAT64 é um sistema de arquivos de 64 bits criado pela Microsoft que traz algumas vantagens sobre o FAT32. Dentre essas vantagens, a possibilidade de que os arquivos sejam muito maiores.
Existe uma versão de exfat para Linux, a fuse-exfat, disponível no repositório do Ubuntu.
fuse-exfat 1.0.1-1
"system implementation with write support. exFAT is a simple file system created by Microsoft. It is intended to replace FAT32 removing some of it's limitations. exFAT is a standard FS for SDXC memory cards."
O NTFS e os sistemas ext não são bons para memórias flash por causa do Journaling que grava uma grande quantidade de arquivos reduzindo a vida útil da memória flash. Mesmo que formatasse o pendrive em ext2 ou ext4 desabilitando o journaling, o mesmo seria ilegível no Ruindows, limitando trocas de arquivos. Outro detalhe importante é que o Ruindows não aceita mais de uma partição em pendrives, só reconhecendo uma.
O exfat parece ser uma resposta para tal situação, uma vez que pode ser lido tanto no Ruindows quanto no Linux, graças ao fuse-exfat.
Imagens de isolinux instaladas em pendrives formatados em Fat32 não suportam muitas atualizações ou novas instalações de programas no modo persistente porque o limite de tamanho do arquivo casper-rw logo é atingido.
Então eu formatei um pendrive meu de 64 GB em exfat, instalei o fuse-exfat no Ubuntu e tentei instalar o isolinux nele, mais especificamente o Kubuntu 12.10. Não foi possível. Primeiro porque nenhum dos muitos instaladores que eu tentei, nem os do Linux e nem os do Windows reconheceram o pendrive formatado em exfat. Segundo porque nenhum inicializador, incluindo o GRUB e o GRUB4DOS reconhecem o exfat.
Eu imagino que a solução ideal para o problema seria forçar o GRUB a reconhecer exfat, ou então sugerir essa alteração para as novas versões do GRUB ou até mesmo o GRUB4DOS. Eu não consegui fazer essa sugestão ainda pois não descobri o acesso ao suporte do GRUB.
Obs.: prefiro instalar o Kubuntu do que o Ubuntu em pendrives porque o Dolphin (navegador de arquivos do KDE) enxerga o diretório raiz do pendrive, enquanto o Nautilus não enxerga.
Alguém tem alguma sugestão para tal problema?

Tota

Ola

Sugestão para seu problema eu não tenho, mas fiquei com uma duvida:

Se todos os arquivos do sistema são menores que as alocações do sistema Fat, qual a razão de querer usar extFat, um sistema de arquivos que nem oficializado ainda foi?

[]'s

larj

Se você instalar qualquer distro Linux em modo persistente em um pendrive formatado em FAT32 e começar a atualizá-lo ou a instalar programas como se fosse no HD, rapidamente o limite do tamanho de arquivos do FAT32 (que me parece que são 2 ou 4 GB) será atingido pelo arquivo casper-rw, o que fará com que as instalações travem definitivamente em determinado ponto. Eu já tentei várias vezes e sempre trava. Imagino que em exfat não travaria, desde que o pendrive desse boot.

Sergio Benjamim

Se for usar Linux de verdade, fuja de coisas proprietárias, como o exFAT. Esse negócio nem deve ter suporte decente no kernel.

Se vc particionar esse pen drive em duas partições, vc poderá ter uma imagem do Kubuntu na segunda partição, e na primeira vc usa para documentos mesmo. O windows vai reconhecer a primeira partição, e não vai fazer ideia que existe a segunda (já testei isso com cartão de memória). Só não sei se dá para fazer boot do kubuntu, vc vai ter q tentar aí. Dessa forma, vc pode tentar usar exFAT na primeira, para compatibilidade com o windows, e na segunda vc deixa FAT32 mesmo.
É novo no Ubuntu? Já leu o Ubuntu – Guia do Iniciante 2.0 ?
Experimente o Xubuntu 14.04 !

Tota

Citação de: larj online 11 de Fevereiro de 2013, 20:59
Se você instalar qualquer distro Linux em modo persistente em um pendrive formatado em FAT32 e começar a atualizá-lo ou a instalar programas como se fosse no HD, rapidamente o limite do tamanho de arquivos do FAT32 (que me parece que são 2 ou 4 GB) será atingido pelo arquivo casper-rw, o que fará com que as instalações travem definitivamente em determinado ponto. Eu já tentei várias vezes e sempre trava. Imagino que em exfat não travaria, desde que o pendrive desse boot.

Olá,

Realmente pode até não travar.

Mas agora surge uma segunda duvida:

Sabendo que a velocidade das portas USB giram na casa dos 600kbps e um pendrive tem uma velocidade de leitura bem inferior a isto, não seria exasperante esperar um arquivo de 4 gigas ser carregado para dentro da maquina?

Então, por que fazer isto se o sistema não foi projetado para tal?

Não seria muito mais viável instalar um segundo hd ou mesmo um hd externo ( que tem o limite de 600 kbps bem mais proximo disto) e ter varias partições com o Ubuntu nele?

Pelo que entendo, pendrive é apenas para transito de arquivos pequenos, onde não importa a velocidade, mas sim a portabilidade em transferir estes arquivos.

Se seu pendrive suportar e tiver ao menos 8 gigas, formate em ext4, ou jfs, ou qualquer outro sistema de arquivos rapido, e instale o Ubuntu nele colocando e acertando o grub na partição do pendrive.

Ou mesmo crie duas partições no pen (alguns não suportam) uma em fat32 para o inicio do sistema e outra em extFat para o modo persistente. isto é moleza de fazer e tem muito material na rede explicando.


[]'s

zekkerj

Citação de: TotaSugestão para seu problema eu não tenho
Eu tenho... não fazer isso. Se vai colocar um pendrive pra dar boot, use um formato nativo --- ext4, reiserfs, etc.
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Sergio Benjamim

Por quê não instala no HD logo?

Instalei o Ubuntu em um cartão de memória de 8 GB, mas por necessidade, pois meu HD estragou. Usei EXT4 nele, desativei journaling e mexi em umas configurações do sistema e do firefox, para rodar até que bem.
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